Piloto se transformou em referência esportiva e técnica no esporte a motor
Lucas Di Grassi vive um novo momento na carreira. De volta à equipe alemã ABT Cupra, na qual iniciou sua participação no Campeonato Mundial de Fórmula E ainda em 2014, Lucas entra em sua décima temporada na categoria. Neste sábado, o brasileiro de 39 anos disputa a abertura da temporada 2024 no México, em um ePrix no qual possui duas vitórias. No ano passado, Lucas surpreendeu ao cravar a pole position na prova mexicana, terminando por obter seu 40º pódio na categoria.
“É um lugar especial para mim, então será legal começar minha décima temporada justamente no México. O público daqui ama as corridas. E o calor humano me faz sentir como se estivesse em casa, no Brasil. Ao lado disso, voltar a competir pela ABT, que é minha base original na F-E, me diz que 2024 vai ser uma temporada de coisas muito positivas. É muito bom voltar a trabalhar juntos”, comentou Di Grassi.
VALENCIA CIRCUIT RICARDO TORMO, SPAIN – OCTOBER 25: Lucas di Grassi, ABT CUPRA Formula E Team, with his car in the pitlane during the Valencia Pre-Season Testing at Valencia Circuit Ricardo Tormo on Wednesday October 25, 2023 in Valencia, Spain. (Photo by Simon Galloway / LAT Images)
Das pistas à ONU – Em uma trajetória pessoal marcada por muitos momentos de superação e sucesso, que vão do início no kartismo, passando pelos campeonatos de base, até chegar à Fórmula 1 e o Mundial de Endurance, Lucas se tornou uma referência dentro e fora da pista – tanto no esporte como no campo tecnológico.
Primeiro piloto de ponta a apostar em um campeonato global de carros dotados de uma tecnologia revolucionária e necessária – a motorização elétrica –, o brasileiro tornou-se rapidamente uma voz ativa em todo o mundo na defesa da transição tecnológica como ferramenta de preservação ambiental.
Na recente COP28, a conferência do clima da ONU, Di Grassi participou de cinco apresentações sobre o papel do esporte e da tecnologia no contexto ambiental. Desde 2018 o brasileiro é embaixador do Programa do Meio-Ambiente da ONU.
Recordes – Di Grassi é também um recordista da Fórmula E, categoria que ele próprio ajudou a criar e a tornar um sucesso internacional, competindo nas ruas centrais das maiores capitais de todos os continentes. Em 2024, por exemplo, o campeonato estreará nas ruas de Tóquio, no Japão.
Ao longo das nove temporadas já disputadas na Fórmula E, Lucas registrou várias façanhas. E começou cedo: é dele a vitória na primeira corrida da história, em Pequim, capital da China, em setembro de 2014.
O piloto da ABT é o competidor com mais pódios no total (40) e consecutivos (7), além de somar mais vitórias (13). Ele também conquistou mais pontos do que qualquer outro piloto da categoria (1.041).
Foi Di Grassi quem venceu uma corrida na super competitiva Fórmula E, saindo da posição mais ao fundo do grid (15º lugar, ePrix do México de 2017). Terceiro piloto com mais voltas na liderança na história da Fórmula E (340), Lucas foi campeão mundial em 2017, vice em 2016 e 2018 e terceiro colocado em 2015 e 2019.
O retorno de Di Grassi à ABT, que completa 100 corridas na F-E neste fim de semana, tem como objetivo elevar o nível competitivo do time e acelerar o desenvolvimento do carro da equipe.
“Nós queremos dar os próximos passos em 2024, marcar mais pontos e eventualmente surpreender. Apesar de as condições técnicas permanecerem similares, vamos dar o nosso máximo. Os integrantes da equipe são praticamente os mesmos e Lucas, um membro de nossa família, está de volta. Estamos muito entusiasmados com a etapa do México e de todo o restante da temporada”, disse Thomas Biermaier, CEO da ABT e principal dirigente da equipe.
O ePrix do México terá atividades de pista nesta sexta-feira, com um treino livre. No sábado, os pilotos realizarão mais um treino e a sessão classificatória para o grid. Neste mesmo dia, a largada acontece às 17h.
Destino do piloto, campeão da Fórmula E, ainda não foi anunciado
O piloto Lucas Di Grassi anunciou nesta terça-feira (26) a sua saída da equipe Mahindra Racing. Campeão da terceira temporada do Campeonato Mundial ABB FIA de Fórmula E, o brasileiro chegou à equipe indiana para a disputa da temporada 2023, a primeira da categoria com o GEN3, o novo monoposto da competição. Um novo anúncio, informando os planos de continuidade de carreira do brasileiro, será realizado em breve.
Ao todo, foram 16 provas disputadas pela equipe Mahindra na temporada, nas quais Lucas foi responsável pela conquista de 78% dos pontos do time no Mundial. A Mahindra terminou o campeonato na 10ª posição, com 41 pontos, com Lucas registrando 32 deles.
Desde o início do Campeonato, Di Grassi chamou a atenção para os desafios enfrentados pelo time indiano. Mesmo assim o brasileiro ainda conquistou uma pole position e um terceiro lugar, justamente na corrida de estreia pela Mahindra, no E-Prix da Cidade do México.
Lucas, no entanto, alertou que apesar do resultado o time ainda estava muito defasado em termos de desenvolvimento com o novo carro – o que ficou comprovado pelas dificuldades e desempenho nas demais etapas.
“Quero expressar minha gratidão a todos os membros da equipe pela experiência que compartilhamos nesse ano desafiador. Essa decisão beneficiará ambas as partes, com nossas perspectivas e visões divergindo. Desejo à equipe o futuro mais brilhante”
declarou Di Grassi no comunicado divulgado nas redes sociais do piloto e da equipe indiana
Di Grassi ao volante do modelo M9Electro, da Mahindra (Spacesuit Media/Lou Johnson)
Recordes
Lucas Di Grassi é um dos principais pilotos da história da Fórmula E. Além da conquista do título de campeão, na terceira temporada (2017), o brasileiro foi vice-campeão duas vezes (2016 e 2018) e terceiro colocado em mais duas temporadas (2015 e 2019).
Entre outros recordes na Fórmula E, Di Grassi é o detentor do maior número de vitórias (13) e pódios (40), além de ser o único piloto do grid com mais de 1000 pontos na história do Mundial (1041).
A 10ª temporada da Fórmula E terá início apenas em janeiro de 2024, na Cidade do México, mas equipes e pilotos já se reúnem no próximo mês em Valência, para os testes de pré-temporada que serão realizados no Circuito Ricardo Tormo, entre os dias 23 e 26 de outubro.
Vandoorne vence duelo pela pole com Antônio Felix da Costa
O belga Stoffel Vandoorne é o pole-position do ePrix de São Paulo. O piloto da DS Penske, atual campeão da Fórmula E, cravou 1min11s904 para derrotar o português António Félix da Costa, da Porsche, para largar no primeiro posto pela primeira vez na temporada 2022/23 e a oitava na carreira.
O neozelandês Mitch Evans, da Jaguar, vai largar da terceira posição, enquanto Edoardo Mortara, da Maserati, parte de quarto. Nick Cassidy, da Envision, fecha o top-5. Jake Hughes, da McLaren é sexto, seguido por Jean-Éric Vergne, Norman Nato, Maximilian Günther e Sam Bird, que fecham o top-10.
Os brasileiros Lucas Di Grassi e Sette Câmara não foram bem e largam lá atrás. Confira abaixo a classificação e um pouco dos bastidores, gravado pelo Prof Fernando Alves Firmino.
Piloto Sérgio Sette Câmara correrá com capacete em homenagem aos 115 anos do Clube Atlético Mineiro e à Arena MRV
Neste sábado, 25 de março, a cidade de São Paulo entrará mais uma vez para a história do automobilismo no Brasil ao receber a primeira corrida do Campeonato Mundial da Fórmula-E no país. A competição que reúne veículos 100% elétricos e compete nas ruas das principais cidades do mundo está em sua nona temporada e tem como uma de suas estrelas o piloto Sérgio Sette Câmara, de Belo Horizonte.
Serginho, como é conhecido nas pistas, teve passagem vitoriosa pelas principais categorias de base do automobilismo mundial. Em sua trajetória teve participação nas equipes McLaren, Red Bull e Alpha Tauri na F-1 e, desde 2020, direcionou a sua carreira para as competições da Fórmula-E.
Vindo de uma família de atleticanos e filho do ex-presidente do Clube Atlético Mineiro – Sérgio Sette Câmara (pai), o piloto decidiu fazer na corrida deste fim de semana uma homenagem ao Clube, que neste mesmo dia 25 completará 115 anos e, também, à Arena MRV – estádio que está sendo construído pelo clube com inauguração prevista para o próximo dia 15 de abril.
O capacete que Serginho usará na corrida teve a sua identidade visual idealizada pelo artista José Augusto Basílio e a pintura executada pela Starling Design, ambos de Belo Horizonte. O grafismo mostra, em linhas gerais, os contornos da Arena MRV permeados por grafismos em branco, preto e cinza. Nas laterais um grande número 7 remete ao nome do piloto e, na parte interna deste número, o logo do Clube Atlético Mineiro de um lado e o já histórico “Galo Volpi”, de outro. Para completar, na parte traseira do capacete, as bandeiras de Minas Gerais e do Brasil permeadas pelo número 115 no centro de um símbolo que remete à logo do clube fazem à menção histórica ao aniversário.
“Estou muito feliz em correr no Brasil pela primeira vez desde que me profissionalizei no automobilismo. Normalmente, em suas corridas de casa, os pilotos costumam fazer uma homenagem aos seus países de origem. Porém, como em meu capacete tradicional eu já uso as cores da Bandeira do Brasil, achei que faria todo o sentido fazer uma homenagem diferente e especial para o Galo e, também, para a MRV – empresa que me patrocina há seis anos e dá nome ao novo estádio do meu clube do coração. Depois da corrida este capacete será doado ao acervo da Arena MRV e estará disponível para todos os fãs e torcedores poderem ver de perto a peça. Agradeço ao José Augusto e ao Bruno Starling pelo trabalho e espero que a pintura me dê muita sorte na corrida do Anhembi, neste fim de semana”, concluiu o piloto de 24 anos.
A sexta etapa do Campeonato Mundial de Fórmula-E será disputada as 14 horas deste sábado, dia 25 de março, no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Os últimos ingressos ainda estão à venda pelo site eventim.com.br.
De “casa nova”, piloto brasileiro espera aproveitar bom retrospecto na Cidade do México no ePrix em que defenderá a Mahindra Racing
Com um treino nesta sexta-feira (13), às 19h (de Brasília), o Campeonato Mundial de Fórmula E começará sua temporada 2022-2023 no circuito Hermanos Rodriguez, localizado na Cidade do México. Uma das principais novidades é a estreia de Lucas Di Grassi na equipe indiana Mahinda Racing em um palco onde o brasileiro venceu três vezes em suas 100 participações na categoria de carros elétricos.
A mudança de equipe acontece em um momento importante. A etapa mexicana também será a estreia do novo carro da Fórmula E, o chamado Gen3, produzido pela francesa Spark. O novo monoposto representa uma grande evolução técnica frente à versão anterior, o Gen2.
Podendo chegar a até 322 km/h, o modelo aumenta a velocidade máxima em mais de 40 km/h frente ao equipamento anterior e coloca na pista, segundo o piloto, tecnologias que farão parte da evolução dos carros de rua nos próximos anos.
A nova equipe
Com sede em Mumbai, na Índia, o Grupo Mahindra está presente em mais de 100 países, atuando em diversas áreas, que vão da automotiva (carros, caminhões, motos) até a agrícola, aeroespacial e militar. É também é uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo, sendo a proprietária, por exemplo, do legendário estúdio italiano Pininfarina.
Sua equipe está na Fórmula E desde a primeira temporada, 2014/2015, quando estreou tendo Bruno Senna entre seus pilotos – o brasileiro disputaria ainda o campeonato seguinte pelo time indiano. A melhor temporada aconteceu em 2016/2017, justamente quando Lucas foi campeão da categoria correndo pela Audi. Com o sueco Felix Rosenqvist e o alemão Nick Heidfeld, o time indiano terminou no terceiro lugar entre as equipes.
No ano passado, a Mahindra contou com os britânicos Oliver Rowland e Alexander Sims e terminou na oitava colocação no campeonato das equipes. O melhor resultado na pista durante aquela temporada foi de Rowland, que permanece na Mahindra como parceiro de Lucas, com um segundo lugar na penúltima etapa, disputada em Seul, Coréia do Sul.
A contratação de Di Grassi tem um claro objetivo de ajudar o time a voltar a vencer corridas, fato que não acontece desde a temporada 2010/2011, quando o britânico Alex Lynn venceu o ePrix de Londres. A aptidão técnica e o nível competitivo do brasileiro, que detém diversos recordes na categoria, são os principais ativos para o projeto da Mahindra.
Temporada imprevisível
“É muito complicado de saber agora como nossa equipe vai estar em termos de competitividade. Eu espero que a temporada seja difícil. Meu objetivo na Mahindra é mais de longo prazo, de reconstruir a equipe”, resumiu o brasileiro. “O carro mostrou uma boa performance nos testes de Valência (Espanha), andamos no ritmo dos demais, mas isso não significa muito agora. E eu, vindo de outras equipes, sei que precisamos fazer muita coisa ainda no carro”, ponderou.
Lucas acredita que há muito espaço para evolução e que a temporada da Mahindra pode até surpreender. “Se agora, atrasados no desenvolvimento, já temos um carro mais ou menos no mesmo nível de equipes que já têm o carro desenvolvido, isso significa que se a gente trabalhar direito vamos ter um bom produto”, avalia.
“Vamos evoluir muito, mas será com o campeonato em andamento. Nós temos todo o equipamento necessário para brigar pelo título. Mas vamos ter que acelerar o ritmo do trabalho. O desenvolvimento do carro da Mahindra está mais atrasado do que eu esperava. Nós ainda temos praticamente metade dos testes permitidos pela F-E para fazer. Ainda podemos evoluir bastante o carro, mas começamos o ano com menos testes que as outras equipes”, definiu.
Futuro do automóvel na pista
Famoso por seu envolvimento e paixão pela tecnologia, Di Grassi diz que o Gen3 testará ao longo do ano pelo menos duas tecnologias que serão incorporadas definitivamente aos automóveis do futuro. “Uma delas é a capacidade de frear usando somente os motores elétricos. O Gen3 é o primeiro carro de corridas do mundo sem freios na traseira”, destaca ele.
“Quando você pisa no freio, o motor elétrico de trás funciona como se fosse um ABS. 100% da frenagem traseira é com o motor elétrico. É uma novidade que, em um carro de rua comum, poderia economizar mais de 100kg de peso e ganhar de 50 a 100km de autonomia para o veículo”.
Fabricada pela Williams Advanced Engineering, que pertenceu à equipe de F-1, a bateria a ser utilizada em 2023 é revolucionária. Ela permitirá que a F-E possa realizar pitstops de recarga rápida e, segundo Di Grassi, deve ser uma grande novidade também nos carros de rua. Os pitstops devem ser introduzidos pela categoria na segunda metade da temporada.
“Essa tecnologia vai mudar, daqui três ou quatro anos, a forma como os carros elétricos do consumidor comum serão carregados”, aponta ele. “Estamos falando de carregar 100% a bateria de um carro elétrico em cinco ou seis minutos. Imagine você parar num posto, ir pagar a conta e quando voltar o carro já estar carregado. Isso muda tudo para um mercado no qual a tendência já é o crescimento exponencial do uso da energia elétrica para a mobilidade, especialmente a urbana”, completa.
O Generation 3
O novo carro tem duas unidades motrizes, uma na frente e outra atrás. O Gen3 teve o peso reduzido de 900 kg para 760 kg, mas agora conta com um máximo de 350kW (476 cv) de potência, contra 250kW (340 cv) do modelo anterior.
A capacidade de regeneração de energia também foi aumentada, de 25% para 40% da carga da bateria durante uma corrida. A fornecedora de pneus mudou pela primeira vez na história do campeonato, passando da francesa Michelin para a sul-coreana Hankook – a mesma anunciada recentemente pela Stock Car brasileira. Segundo a fabricante, os novos compostos dos pneus radiais incorporam biomateriais e borracha sustentável.
“O carro é ainda uns 10cm menor, é mais estreito e teve o entreeixos reduzido. Tudo isso deixa o Gen3 mais ágil e veloz, superando os 300km/h”, destaca Di Grassi. “Mas os dois principais fatores decisivos para as equipes serão o quanto cada uma vai entender como funcionam os novos pneus e a gestão de energia com a nova bateria. Os pneus dessa temporada são muito resistentes e aposto que poderíamos correr o ano todo com o mesmo jogo. De outro lado, eles deixaram os carros com muito menos aderência – então ficarão bem mais ariscos. Já a gestão de energia é feita por um software fabricado pela equipe, é exclusivo dela. E como uma das filosofias da Fórmula E é avançar na evolução da autonomia dos carros elétricos, as corridas são feitas para todos andarem sempre no limite do consumo. No meu ver, são os dois pontos críticos da equação”, completa.
Retrospecto
Com um título, dois vice-campeonatos e três terceiros lugares, Di Grassi é uma referência na Fórmula E. O brasileiro possui ainda um bom retrospecto no México, onde conquistou vitórias em 2017, 2019 e 2021. O ePrix da Cidade do México acontece no sábado, com a definição do grid a partir das 14h30 e a largada às 17h. A corrida será exibida pelo BandSports.
Di Grassi na Fórmula E
• Temporadas: 8 (9ª em curso) • Corridas: 100 • Títulos: 1 (2016/2017) • Vice-campeonatos: 2 (2015/2016 e 2017/2018) • Terceiros lugares no campeonato: 1 (2014/2015 e 2018/2019) • Vitórias: 13 (Beijing/2014, Putrajaya/16, Long Beach/16, Paris/16, México/17, Montreal/17, Zurique/18, Nova Iorque/18, México/19, Berlim/19, México/21, Berlim/21 e Londres/22) • Pódios: 39 (recorde, 39% do total) • Pódios consecutivos: 7 (recorde, que registrou três vezes na categoria)
Brasileiro fez grande corrida com a Venturi neste domingo e, de quebra, ampliou o status de maior colecionador de troféus da categoria
Lucas Di Grassi completou um grande fim de semana em Londres com vitória no Mundial de Fórmula E. Se no sábado o brasileiro se destacou pela prova de recuperação, largando em 22º e último e terminando em nono, neste domingo (31) o piloto da Venturi brilhou ainda mais.
Lucas levou a melhor em uma dura batalha com Jake Dennis durante a maior parte da prova e venceu pela 13ª vez na categoria.
Desta forma, Di Grassi alcançou o recorde de vitórias da Fórmula E, empatando com o suíço Sébastien Buemi.
O brasileiro também alcançou seu 38º pódio — o terceiro na temporada —, ampliando a vantagem como o maior dono de troféus na categoria em todos os tempos.
A corrida de Lucas foi frenética do início ao fim neste domingo. Di Grassi largou em segundo, formando a primeira fila com Dennis, da Andretti.
Lucas comemora em Londres: brasileiro é agora recordista de vitórias (Venturi) (Photo by Alastair Staley / LAT Images)
Ao longo de toda a corrida, os dois andaram muito próximos e se alternaram em primeiro e segundo lugares, sobretudo durante a passagem pelo Modo Ataque.
Di Grassi assumiu a liderança de forma definitiva nos minutos finais e decisivos da corrida. Dennis ainda tentou pressionar o brasileiro, mas não conseguiu fazer a ultrapassagem.
Foi a primeira vitória de Lucas Di Grassi na capital britânica. O brasileiro já subiu no topo do pódio em Pequim, Putrajaya, Long Beach, Paris, México, Montreal, Zurique, Nova York, Berlim e Puebla.
“Muito obrigado a todos vocês aqui. Foi uma corrida grande, com momentos duros de batalha com Jake Dennis. O carro e a estratégia foram perfeitos.
Agradeço à equipe, que me deu um carro perfeito neste domingo. Estou mega feliz e agora muito motivado para tentar mais vitórias e pódios nesta temporada”, disse o vencedor deste domingo.
Lucas Di Grassi agora é o sexto colocado no campeonato, com 112 pontos. O líder é Stoffel Vandoorne, da Mercedes, que soma 185. O Mundial de Fórmula E volta a acelerar agora para o fim de semana derradeiro da temporada 2022, nos dias 13 e 14 de agosto, em Seul, capital da Coréia do Sul.
Lucas obteve o 38o pódio da carreira: maior detentor de troféus (Venturi Racing)
Di Grassi conquistou sua primeira vitória da temporada em Londres
Lucas di Grassi conquistou sua primeira vitória pela equipe ROKiT Venturi Racing na 14ª corrida da Temporada 8 da ABB FIA Fórmula E, derrotando Jake Dennis (Avalanche Andretti) em uma batalha acirrada e estratégica de 38 voltas no circuito urbano de Londres
Di Grassi saiu da última das três ativações obrigatórias do ATTACK MODE com o suficiente para garantir que superaria um Dennis totalmente em forma quando o britânico se lançou com o seu último impulso de 30kW. Dennis, o favorito do público local, deu sequência ao triunfo do sábado com outra pole position neste domingo, mas o brasileiro ampliou sua vantagem nas últimas voltas e conquistou a vitória no momento da bandeira quadriculada.
Nyck de Vries ficou em terceiro lugar, enquanto seu companheiro de equipe na Mercedes-EQ – o líder do campeonato Stoffel Vandoorne – subiu da 13a para a quarta posição. Seu rival mais próximo na disputa pelo título, Mitch Evans (Jaguar TCS Racing), chegou a estar em quarto lugar tendo largado da 14ª posição, mas um problema técnico nos últimos momentos deu fim à sua corrida em Londres e representou um duro golpe nas suas chances ao título, já que o piloto teve que se retirar da competição e não conseguiu pontuar.
Lucas Di Grassi (BRA), ROKiT Venturi Racing, Jake Dennis (GBR), Avalanche Andretti, BMW iFE.21
Edoardo Mortara (ROKiT Venturi Racing) fez todo o possível para pontuar saindo da 17ª posição do grid, mas a sua performance combativa só lhe permitiu subir para a 13ª posição. Jean-Éric Vergne (DS TECHEETAH) abandonou a corrida no início após um contato, praticamente encerrando suas possibilidades de título no campeonato.
António Félix da Costa lutou com Sébastien Buemi (Nissan e.dams) pela quinta posição no outro carro da DS TECHEETAH, garantindo o seu segundo melhor resultado na Temporada 8 ao terminar em sexto, à frente de Robin Frijns (Envision Racing) e Sam Bird. (Jaguar TCS Racing).
Sérgio Sette Câmara finalmente conquistou os primeiros pontos da temporada para sua equipe, a Dragon Penske Autosport, depois de ter ficado sem energia no final da 13ª rodada de ontem, lutando entre os quatro primeiros lugares. Pascal Wehrlein completou o top 10 com a equipe TAG Heuer Porsche de Fórmula E.
Agora, a batalha pelo título do campeonato parece estar entre Evans e Vandoorne, com 58 pontos a serem disputados daqui a duas semanas no E-Prix de Seul, onde serão realizadas as duas corridas que encerram a temporada.
Neste momento o piloto da Mercedes tem uma margem de 36 unidades sobre o piloto da Jaguar na tabela de pontos. Entre as equipes, a ROKiT Venturi Racing superou a DS TECHEETAH e subiu para o segundo lugar no Campeonato Mundial de Equipes, embora a Mercedes-EQ tenha ampliado sua vantagem para 35 pontos.
Prova da manhã deste sábado (24) na Espanha teve pista molhada, vários incidentes, cinco intervenções do safety car e diversos pilotos ficando sem bateria no fim da prova da Fórmula E
Brasileiro da Fórmula E ainda teve de cumprir punição e mesmo assim terminou em décimo
Lucas di Grassi experimentou uma verdadeira corrida de sobrevivência na manhã deste sábado (24) em Valência, na Espanha, palco da quinta etapa do Campeonato Mundial da Fórmula E.
O brasileiro da equipe Audi terminou a disputa na décima posição, contabilizando um ponto que, em sua visão, deve ser bastante comemorado.
Depois de disputar a classificação com um acerto incompatível com as condições da pista, Di Grassi largou apenas da 21a posição.
E antes mesmo da largada, o brasileiro foi informado de que teria de cumprir uma parada obrigatória de 10 segundos nos boxes como punição pela troca da transmissão de seu Audi, danificada na etapa de Roma após batida causada por Sébastien Buemi.
Lucas optou por pagar a punição já no início da prova.
Contando a largada, que foi com safety car por causa da pista molhada, foram cinco as intervenções do carro de segurança durante a prova, que foi bastante agitada.
Pelo regulamento, a cada entrada do safety car, dependendo do tempo da intervenção, há uma redução na carga das baterias dos carros para forçar os pilotos a trabalhar o gerenciamento de energia. E isso deixou muita gente na mão.
Di Grassi galgava posições e chegou a se fixar na 12a posição. Após a quinta e última intervenção, a bandeira verde liberou as disputas para as duas últimas voltas de prova.
Pelo menos 10 pilotos sofreram com a falta de energia, entre eles o atual campeão António Félix da Costa, que largou da pole e liderou a corrida toda, tendo sido ultrapassado por Nyck de Vries na abertura do último giro, para terminar apenas em sétimo.
Di Grassi, que foi um dos cinco mais votados para levar o FanBoost, mostrou que toda sua experiência de campeão fez a diferença.
Conseguiu economizar energia, enquanto muita gente sucumbiu nos momentos finais da disputa, e teve como prêmio de consolação o décimo lugar e a soma de mais um ponto à sua campanha na temporada2020-21 do Mundial da Fórmula E.
“Foi uma corrida boa, mas frustrante”, disse o brasileiro. “Tive que largar praticamente em último e ainda fazer um drive though. A corrida foi difícil, com chuva. Consegui recuperar e alcançar o 12º lugar no final da prova. Nós erramos na estratégia. Mas mesmo assim conquistamos um ponto. Amanhã é outro dia e a gente vai pra cima”.
Disse Lucas
A Fórmula E realiza a sexta etapa neste domingo, também em Valência, com largada às 9h e transmissão pela TV Cultura e Sportv.
Fórmula E tem inicio de temporada de muito equilíbrio
Na segunda prova do fim de semana realizada em Roma, na Itália, o piloto belga Stoffel Vandoorne foi o grande vencedor da quarta etapa do campeonato da Fórmula E.
De quebra, Vandoorne, que corre pela equipe Mercedes-EQ, também registrou a volta mais rápida da corrida, somando mais um ponto e subindo do 15º para o quarto lugar na disputa pelo título da temporada.
O belga largou na quarta posição neste domingo (11), mas ao longo da prova superou os adversários e conseguiu segurar a posição, mesmo depois de uma última volta emocionante na sequência da saída do safety car da pista.
O pódio foi completado com o britânico Alexander Sims, da Mahindra Racing, em segundo e o alemão Pascal Wehrlein, da Porsche, em terceiro.
Com o resultado, Stoffel Vandoorne foi o quarto piloto diferente a ganhar uma prova nesta temporada, em quatro corridas. Nyck de Vries, Sam Bird e Jean-Éric Vergne (neste sábado, na primeira corrida em Roma) foram os outros vencedores.
O brasileiro Lucas Di Grassi, pela segunda prova seguida, não conseguiu terminar a corrida. Depois de abandonar por problemas mecânicos quando era líder no sábado, desta vez ele foi tocado pelo suíço Sébastien Buemi e teve a frente do carro destruída, ficando impossibilitado de seguir.
“Fizemos um grande esforço para tornar o carro competitivo. E conseguimos, ontem e hoje. Mas infelizmente os dois dias terminaram por motivos fora de nosso controle. Mas tempos difíceis fazem as pessoas mais fortes”
disse Lucas, que corre pela Audi Sport
O outro brasileiro na Fórmula E, Sérgio Sette Câmara, da Dragon/Penske, terminou na 12ª posição, ou seja, fora da zona de pontuação.
Após quatro etapas, o campeonato é liderado por Sam Bird, da Jaguar Racing, seguido pelo companheiro de equipe, o australiano Mitch Evans e pelo holandês Robin Frijns, da Envision Virgin Racing.
As próximas duas corridas serão disputadas em Valência, na Espanha, no fim de semana dos dias 24 e 25 de abril.
A categoria pela primeira vez na TV aberta brasileira
Nesta sexta-feira (26/2), será dada a largada para a sétima temporada da Fórmula E, que em 2021 – pela primeira vez na TV aberta – contará com transmissão ao vivo da TV Cultura. Com corridas duplas, o primeiro grid será realizado já na sexta-feira (26) e o segundo, no sábado (27). A partir das 10h, a emissora exibe os treinos classificatórios e, às 14h, as corridas oficiais – com comentários de Fábio Seixas e narração de Marco de Vargas.
A primeira etapa do principal e primeiro campeonato de carros elétricos acontece na Arábia Saudita, no circuito urbano de Al Diriyah. O público poderá torcer e conferir a disputa pelo pódio de dois brasileiros que estão em destaque na competição: Lucas di Grassi, da Audi, e Sérgio Sette Câmara, da Penske.
De acordo com Vladir Lemos, diretor de Esporte da TV Cultura e apresentador do programa Revista do Esporte, “a parceria com a Fórmula E é um grande momento para a emissora. Não só pela afinidade de valores, a preocupação com a questão da sustentabilidade, o meio ambiente, mas também por ser um campeonato pensado para promover a interatividade com o telespectador e por ser, ao mesmo tempo, uma oportunidade de se aproximar de um novo público. Além de fortalecer nossa grade de eventos esportivos”.
Formula E e a sustentabilidade
Com foco em um futuro renovável, a Formula E foi criada para revolucionar e reinventar o automobilismo – combinando propósito e paixão. As corridas, feitas em circuitos urbanos ao redor do mundo, têm como objetivo inspirar gerações a adotar a mobilidade sustentável, já que são utilizados apenas carros elétricos e, portanto, não poluentes.
A cada ano da competição, as equipes procuram quebrar as barreiras do veículo elétrico, impulsionando a tecnologia, mudando percepções e estimulando a infraestrutura.
Uma competição interativa
Além da inovação tecnológica, o campeonato também investe em interatividade entre os espectadores, com o Virtual Allianz E-Village. A iniciativa traz conteúdo ao vivo do paddock, com participação via comentários e hashtags, bastidores, entrevistas exclusivas, autógrafos digitais e uma sessão de perguntas e respostas com os pilotos.
Há também o sistema de FANBOOST. Os cinco pilotos que recebem o aclamado FANBOOST (votados pelos fãs) recebem um impulso significativo de potência, que pode ser usado em uma janela de cinco segundos durante a segunda metade da corrida. A votação desta temporada abre a partir de 23 de fevereiro, por meio do site do evento e das redes sociais usando uma hashtag com o nome do piloto escolhido, junto com #FANBOOST.
Cobertura exclusiva no digital
O digital da emissora também ganha destaque com uma transmissão ao vivo especial da competição. As redes sociais e site contarão com comentaristas diferentes, câmeras exclusivas direcionadas aos competidores brasileiros e exibição dos treinos livres. Tal dinâmica se repetirá ao longo do ano. Na televisão, somente as corridas e os treinos classificatórios serão exibidos na íntegra.
Como funciona a competição?
O ABB FIA Formula E World Championship tem dois títulos separados, um dedicado aos pilotos e o outro às equipes. O campeonato dos pilotos é ganho por qualquer piloto que tenha acumulado mais pontos durante os sete meses de campanha. Já o campeonato de equipes é decidido pelo cálculo das pontuações dos dois pilotos de cada equipe ao longo da temporada.
O campeonato segue um sistema de pontos padrão, usado em outras categorias sancionadas pela FIA, que concede pontos aos 10 primeiros colocados.
A Fórmula E 2021 é formada, ao todo, por 14 etapas em 12 cidades pelo mundo. São 12 equipes e 24 pilotos na disputa. Após o circuito árabe, será a vez da Itália receber a competição, em Roma, no dia 10 de abril.