Tag: Brasil

  • Brasileirão terá novidades nesta temporada

    Brasileirão terá novidades nesta temporada

    Competição ganha Troféu Roberto Dinamite, tem paralisação durante os jogos da Seleção na Data Fifa e árbitro explicará decisão do VAR aos torcedores

    Representantes dos 20 clubes participantes da Série A do Campeonato Brasileiro 2024 e dirigentes da CBF se reuniram nesta terça-feira (5) na sede da entidade para aprovar novidades nesta edição da competição. Pela primeira vez na história, os capitães dos clubes também participaram do encontro virtual.

    A primeira rodada do Brasileirão 2024 será aberta no dia 13 de abril. O encerramento da competição está marcado para o dia 8 de dezembro.

    A criação do Troféu Roberto Dinamite para o artilheiro da competição, a paralisação do campeonato durante os jogos da Seleção Brasileira nas Datas Fifa e o aumento do limite de estrangeiros foram algumas das novidades anunciadas no encontro realizado na CBF.

    “A reunião foi muito proveitosa. A CBF está sempre aberta ao diálogo, sempre a favor do debate. Foi tudo muito importante e salutar, podem ter certeza de que vamos continuar trabalhando para fazer o futebol brasileiro cada vez mais forte”, disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

    Troféu Roberto Dinamite


    A partir desta edição, a entidade dará o nome do maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro ao troféu de maior goleador de cada edição da competição. O jogador nascido em Duque de Caxias marcou 190 gols no campeonato.

    Roberto Dinamite é o maior ídolo da história do Vasco. No clube carioca, ele marcou 708 gols marcados em 1.110 jogos com a camisa cruz-maltina, e conquistou um Campeonato Brasileiro (1974) e cinco Campeonatos Cariocas (1977, 1982, 1987, 1988 e 1992).

    “O Roberto Dinamite é uma das maiores lendas do futebol mundial. Ele conseguiu um feito fantástico ao se sagrar o maior artilheiro de todos os tempos do Campeonato Brasileiro. Por tudo isso, nada mais justo que eternizar esse feito dando o nome deste craque ao prêmio do artilheiro da competição”, afirmou Ednaldo Rodrigues.

    Capitães


    Pela primeira vez na história, os capitães participaram da reunião, que foi virtual neste ano. “Esse encontro foi uma boa iniciativa e espero que se repita. Gostaríamos de nos encontrarmos novamente antes do início da competição”; disse Tinga, capitão do Fortaleza.

    Datas FIFA


    Pela segunda vez na história, o Brasileirão será paralisado durante os períodos de Data FIFA. Além dos jogos não serem realizados durante as partidas da Seleção Brasileira, os times que tiverem jogadores convocados terão um intervalo mínimo de 48 horas entre o fim do período e suas partidas.O pleito era uma reivindicação antiga dos clubes, que foi atendida pelo Presidente Ednaldo Rodrigues no seu primeiro ano de gestão. 

    Árbitro explica decisão aos torcedores


    Os árbitros vão explicar as decisões revisadas pelo VAR ao público nos jogos do Campeonato Brasileiro. Os anúncios serão feitos pelo microfone que os árbitros já usam. A Comissão de Arbitragem da CBF recebeu a aprovação da FIFA para implementar a medida. A novidade foi testada recentemente na final da Supercopa Feminina 2024. Em fevereiro, ela anunciou para os torcedores que anulara o gol do Cruzeiro marcado irregularmente por Byanca Brasil. O VAR recomendou que a árbitra revisasse a jogada. Pelo replay, ela assinalou toque no braço da jogadora cruzeirense, invalidou o gol e fez o anúncio para o público.

    Bola da competição


    A bola oficial do Brasileirão será a Nike Flight, que neste ano terá um novo desenho.

    Sistema de disputa


    Com o início marcado para o dia 13 de abril, o sistema de disputa do Brasileirão 2024 não sofreu alteração. Serão 19 datas no primeiro turno e outras 19 no returno, com a 38ª e última rodada prevista para o dia 8 de dezembro. 

    Limite de estrangeiros


    A partir desta edição, os clubes poderão inscrever até nove jogadores de fora do país. Até o ano passado, o limite era de sete atletas estrangeiros por clube. 

    Primeiros confrontos


    A Diretoria de Competições divulgou na semana passada a tabela básica da Série A do Campeonato Brasileiro 2024

    Confira abaixo os duelos da 1ª rodada do Brasileirão 2024:

    • Internacional (RS) x Bahia (BA)
    • Cruzeiro (MG) x Botafogo (RJ) 
    • Vitória (BA) x Palmeiras (SP) 
    • Fluminense (RJ) x Red Bull Bragantino (SP)
    • Vasco da Gama (RJ) x Grêmio (RS) 
    • Corinthians (SP) x Atlético (MG) 
    • São Paulo (SP) x Fortaleza (CE) 
    • Athletico (PR) x Cuiabá (MT) 
    • Atlético (GO) x Flamengo (RJ) 
    • Criciúma (SC) x Juventude (RS)
  • Carrasco do Brasil na Copa de 1998 explica estratégia da França: ‘Tínhamos o plano perfeito’

    Zinedine Zidane foi o maior carrasco do Brasil na Copa do Mundo de 1998, quando marcou dois gols na vitória francesa por 3 a 0 na final

    Mas se tem alguém que também brilhou na decisão ocorrida 26 anos atrás é Emmanuel Petit. E foi ele quem explicou, em entrevista exclusiva ao Wettfreunde.net, site parceiro do SDA, a estratégia francesa para ficar com o título mundial.

    O ex-lateral-esquerdo e volante foi titular naquela partida e foi o responsável por um gol e uma assistência na vitória sobre os brasileiros. A primeira cobrança de escanteio que culminou na cabeçada certeira de Zidane foi de Petit, que afirmou que a jogada era uma arma da França para a decisão.

    Zidane, o craque da copa

    – O Rivaldo uma vez me disse que ficou impressionado com os nossos escanteios excelentes (os dois jogadores foram adversários na final da Copa do Mundo e posteriormente foram companheiros de time no Barcelona). Nos nossos escanteios, cada um dos seis ou sete jogadores na grande área sabia exatamente onde se posicionar. Já o responsável pela cobrança tinha a função de levar em consideração as qualidades da defesa adversária em cruzamentos.

    – Se você tem qualidade e consegue bater bem na bola, de sete em cada dez cruzamentos você vai colocar a bola onde deseja na grande área. Tínhamos o plano perfeito – resumiu.

    Os dois gols marcados de cabeça por Zidane partiram de cruzamentos, ambos no primeiro tempo. No primeiro gol, a bola partiu de Petit. No segundo, a assistência foi de Djorkaeff. O que terminou sendo uma vitória tranquila – o jogo é até hoje o de maior vantagem de gols na história das finais de Copa do Mundo, empatado com o 5 a 2 do Brasil sobre a Suécia em 1958 e o 4 a 1 do Brasil sobre a Itália, em 1970 -, teve seus momentos de tensão para os franceses, admite Petit:

    – Quando o Brasil teve cinco atacantes em campo no segundo tempo, ficamos um pouco apreensivos. Também perdemos Desailly, que foi expulso faltando 20 minutos. Houve muita pressão sobre o nosso gol nos últimos 25 minutos de jogo.

    – Felizmente nos beneficiamos de uma grande atuação de Fabien Barthez (goleiro da França na decisão). Estou pensando especialmente no chute de curta distância que Ronaldo conseguiu acertar. Naquele momento os deuses do futebol estavam claramente do nosso lado porque com um 2 a 1 no placar e com um jogador a menos, os últimos dez minutos de jogo teriam sido muito desagradáveis para nós – lembrou Petit.

    Emmanuel Petit ainda marcou o terceiro dos franceses, aos 47 minutos do segundo tempo, encerrando a tarde de maior brilho de sua carreira como jogador de futebol. Atualmente aos 53 anos, é comentarista esportivo na França.

  • Mundial de Beach Soccer: Brasil goleia Japão para alcançar semifinal

    Mundial de Beach Soccer: Brasil goleia Japão para alcançar semifinal

    Irã será o próximo adversário da seleção brasileira na competição

    A seleção brasileira garantiu a classificação para a semifinal da Copa do Mundo de Beach Soccer após golear o Japão por 8 a 4, nesta quinta-feira (22) em Dubai (Emirados Árabes). Agora, a equipe do Brasil medirá forças com o Irã na próxima fase da competição, a partir das 11h (horário de Brasília) do próximo sábado (24).

    O triunfo da seleção brasileira foi construído com gols de Alisson (dois), Bruno Xavier, Rodrigo, Filipe, Brendo, Edson Hulk e Catarino. Yamada, Takaaki Oba (duas vezes) e Yusuke Kawai descontaram para a seleção japonesa.

    “Sabíamos que seria um jogo difícil, mas treinamos muito. Agora é descansar para a próxima partida, que também será difícil. Não tem partida fácil aqui. Só agradecer a Deus e à torcida do Brasil”, declarou Alisson, autor de dois gols na vitória brasileira desta quinta.

  • Wrestling brasileiro disputa no México vagas para Jogos Olímpicos de Paris

    Wrestling brasileiro disputa no México vagas para Jogos Olímpicos de Paris

    Giullia Penalber e Laís Nunes estão na delegação histórica de 18 atletas que lutarão de 28/02 a 01/03 pela vaga olímpica

    O wrestling brasileiro está de malas prontas para o México. Na maior delegação brasileira da história, 18 atletas masculinos e femininos disputarão o Pré-Olímpico de Acapulco, entre 28 de fevereiro e 1º de março, em busca de vagas para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

    Apenas os vencedores das semifinais conquistarão as sonhadas vagas. No estilo livre de 57 kg, a carioca Giullia Penalber, atual 16ª do ranking mundial, é uma das favoritas para garantir a classificação. Já no estilo livre de 62 kg, a goiana de Barro Alto e 9ª do ranking mundial, Laís Nunes, atleta olímpica nos Jogos Rio 2016 e Tóquio 2020 também chega forte para carimbar seu passaporte para Paris. Ambas foram campeãs dos Jogos Pan-Americanos no ano passado em suas categorias.

    Giullia Penalber comemorando a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos 2023
    Crédito da foto: Divulgação CBW

    Antes, entre 21 e 24 de fevereiro, Acapulco será palco para o Pan-Americano Sênior. Embora não seja classificatório para os Jogos Olímpicos, o evento é obrigatório e servirá de preparação para o Pré-Olímpico. O Brasil chegará ao evento com 20 atletas. Confiram abaixo a lista dos selecionados para cada competição.

    Flávio Cabral, presidente da Confederação Brasileira de Wrestling (CBW), comenta sobre as expectativas para esses torneios decisivos. “Estamos nos dedicando bastante aos treinos. Apesar de mais curto, esse ciclo olímpico foi muito positivo para o wrestling brasileiro e pela primeira vez podemos ter uma participação recorde nos Jogos Olímpicos. Só nos resta trabalhar e acreditar neste potencial”, ressalta.

    Última chance em maio

    Caso não conquistem as vagas olímpicas no Pré-Olímpico de Acapulco, os atletas terão a última seletiva no Pré-Olímpico Mundial, em Istambul, na Turquia, de 9 a 12 de maio. Três vagas estarão na disputa em cada uma das 18 categorias olímpicas. Primeiro e segundo colocados garantem presença. Já a terceira vaga, será disputada pelos perdedores das semifinais.

    Atletas selecionados para o Pan-Americano – México (21 a 24 de fevereiro)

    Feminino

    • Estilo Livre Feminino           50 kg Kamila Barbosa Vito da Silva
    • Estilo Livre Feminino           53 kg Sabrina Gama Tapajós
    • Estilo Livre Feminino           57 kg Giullia Rodrigues Penalber de Oliveira
    • Estilo Livre Feminino           59 kg Ana Luiza Pereira França
    • Estilo Livre Feminino           62 kg Laís Nunes de Oliveira
    • Estilo Livre Feminino           68 kg Thamires Martins Machado
    • Estilo Livre Feminino           76 kg Meirele Charamba Santos

    Masculino

    • Estilo Livre Masculino         57 kg Davi Silva Giavannetti
    • Estilo Livre Masculino         65 kg Matheus da Luz Barreto
    • Estilo Livre Masculino         74 kg Cesar Bordeaux Rego Alvan
    • Estilo Livre Masculino         86 kg Pedro Samuel Gonçalves da Silva
    • Estilo Livre Masculino         97 kg Ailton Brito Rocha
    • Estilo Livre Masculino         125 kg Gabriel de Sousa Silva

    Masculino

    • Estilo Greco Romano          60 kg Erivan Constantino Rocha
    • Estilo Greco Romano          72 kg Calebe Correa Ferreira
    • Estilo Greco Romano          77 kg Joilson de Brito Ramos Junior
    • Estilo Greco Romano          82 kg Sorusko Kodzokov
    • Estilo Greco Romano          87 kg Kauan Luiz Ferreira Gomes
    • Estilo Greco Romano          97 kg Ronisson Brandão Santiago
    • Estilo Greco Romano          130 kg Eduard Soghomonyan

    Atletas selecionados para o Pré-Olímpicos de Acapulco – México (28 de fevereiro a 1º de março)

    Feminino

    • Estilo Livre Feminino           50 kg Kamila Barbosa Vito da Silva
    • Estilo Livre Feminino           53 kg Sabrina Gama Tapajós
    • Estilo Livre Feminino           57 kg Giullia Rodrigues Penalber de Oliveira
    • Estilo Livre Feminino           62 kg Laís Nunes de Oliveira
    • Estilo Livre Feminino           68 kg Thamires Martins Machado
    • Estilo Livre Feminino           76 kg Meirele Charamba Santos

    Masculino

    • Estilo Livre Masculino         57 kg Davi Silva Giavannetti
    • Estilo Livre Masculino         65 kg Matheus da Luz Barreto
    • Estilo Livre Masculino         74 kg Cesar Bordeaux Rego Alvan
    • Estilo Livre Masculino         86 kg Pedro Samuel Gonçalves da Silva
    • Estilo Livre Masculino         97 kg Ailton Brito Rocha
    • Estilo Livre Masculino         125 kg Gabriel de Sousa Silva

    Masculino

    • Estilo Greco Romano          60 kg Erivan Constantino Rocha
    • Estilo Greco Romano          67 kg Calebe Correa Ferreira
    • Estilo Greco Romano          77 kg Joilson de Brito Ramos Junior
    • Estilo Greco Romano          87 kg Kauan Luiz Ferreira Gomes
    • Estilo Greco Romano          97 kg Ronisson Brandão Santiago
    • Estilo Greco Romano          130 kg Eduard Soghomonyan

    Sobre a CBW

    A CBW (Confederação Brasileira de Wrestling) é a entidade responsável pelo wrestling nacional em seus estilos greco-romano, livre masculino e livre feminino. Além de gerir também o beach Wrestling, ou wrestling de praia (esporte não-olímpico). 

    Atualmente, a Confederação Brasileira de Wrestling é presidida por Flavio Cabral Neves. O principal objetivo da entidade é tornar o esporte nacional uma referência, fortalecendo suas federações afiliadas e investindo nas categorias de base para propagação da modalidade. A CBW é filiada ao Comitê Olímpico do Brasil, United World Wrestling e United World Wrestling Americas e conta com o apoio da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Estácio e Comitê Brasileiro de Clubes.

  • São Paulo bate Palmeiras e vence a Supercopa do Brasil pela 1ª vez

    São Paulo bate Palmeiras e vence a Supercopa do Brasil pela 1ª vez

    Tricolor ganha nos pênaltis, com Rafael defendendo duas cobranças

    O São Paulo conquistou, neste domingo (4), o título que faltava em 94 anos de história. O Tricolor, campeão da Copa do Brasil de 2023, levantou a taça da Supercopa do Brasil ao derrotar o rival Palmeiras, vencedor do último Campeonato Brasileiro, por 4 a 2, nos pênaltis, após empate sem gols no tempo normal. O duelo foi realizado no Mineirão, em Belo Horizonte.

    A conquista aumentou a supremacia do São Paulo diante do Palmeiras em finais. Foi a quarta vez que os rivais decidiram um título e a terceira com vitória do Tricolor. As duas anteriores foram nos Campeonatos Paulistas de 1992 e 2021. Considerando confrontos eliminatórios, o time do Morumbi obteve o 17º triunfo sobre o Verdão, em 22 encontros.

    Foi, também, o primeiro título de Thiago Carpini. O técnico de 39 anos chegou ao São Paulo em janeiro, vindo do Juventude, como substituto de Dorival Júnior, que assumiu a seleção brasileira. Ele havia batido na trave no ano passado, quando atingiu a final do Paulistão comandando o Água Santa, perdendo justamente para o Palmeiras.

    Torcidas de volta aos clássicos

    Ao contrário do que aconteceria se o jogo ocorresse em São Paulo, onde os clássicos têm somente a presença da torcida mandante, a final deste domingo, realizada em Belo Horizonte, reuniu torcedores de ambos os clubes – o que não ocorria desde abril de 2016. Segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o efetivo de segurança contabilizou mais de 600 agentes atuando entre o público, além de outros espalhados do lado de fora do estádio, helicópteros, drones, cães farejadores e membros da tropa de elite da polícia mineira.

    A competição, este ano, recebeu o nome de Supercopa Rei, em referência a Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Antes de a bola rolar, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foi a campo junto de uma das filhas do Rei do Futebol, Flávia Kurtz; de Arthur Nascimento, neto do Atleta do Século; e do ex-volante Clodoaldo, parceiro do camisa 10 no Santos e na seleção brasileira. Eles levaram o troféu até o gramado.

    Outro homenageado na decisão foi Zagallo, que faleceu no último dia 5 de janeiro, aos 92 anos. O apito inicial foi precedido de um minuto de silêncio, dedicado ao Velho Lobo, campeão mundial pela seleção brasileira como jogador (1958 e 1962), treinador (1970) e auxiliar técnico (1994). Além disso, no minuto 13 da primeira etapa, o telão do Mineirão exibiu a imagem do ídolo, com a frase “Zagallo E13rno”.

    Gols, somente nas penalidades

    O primeiro ataque mais perigoso foi do Palmeiras. Aos dois minutos, o lateral Marcos Rocha cobrou lateral pela direita, lançando Rony na área. O atacante dominou e bateu cruzado, obrigando o goleiro Rafael a uma boa defesa. A resposta do São Paulo veio aos 23 minutos. O atacante Jonathan Calleri ganhou de Marcos Rocha na entrada da área e a bola sobrou para o meia Nikão chutar rasteiro. O arremate desviou no zagueiro Gustavo Gómez, mas o goleiro Weverton conseguiu mandar para escanteio.

    A partir daí, o Verdão passou a ter mais presença no campo ofensivo, mesmo com menos posse de bola (43% a 57%). Aos 25 minutos, Mayke foi lançado na direita pelo atacante Flaco López. O lateral invadiu a área com liberdade, mas chutou em cima de Rafael. Três minutos depois, Rony cruzou pela esquerda e o meia Raphael Veiga desviou de cabeça. A bola saiu rente à trave esquerda do Tricolor. Aos 34, Zé Rafael aproveitou a sobra de uma cobrança de lateral que a defesa afastou, mas a batida do volante, de fora da área, foi à direita da meta.

    O Palmeiras seguiu pressionando o São Paulo na volta do intervalo, principalmente pela direita, com Mayke. Aos quatro minutos, ele cruzou para Flaco López, que acertou o lado de fora da rede. Aos 23, o lateral colocou na área e o meia Jhon Jhon, de cabeça, mandou por cima do travessão. Aos 31 minutos, Mayke novamente levou a melhor sobre a marcação e bateu cruzado. A bola passou por Rafael e quando Rony apareceu na pequena área para concluir, o lateral Moreira se antecipou e salvou sobre a linha.

    Um minuto depois, o São Paulo, enfim, assustou, após erro de Weverton, que saiu jogando errado e deu a bola nos pés de Calleri. O atacante entrou na área e finalizou, mas o goleiro alviverde se redimiu. Aos 35, foi a vez do meia Giuliano Galoppo ficar no quase, em cobrança de falta que raspou na trave esquerda do Palmeiras.

    O duelo, muito truncado (30 faltas e nove cartões) foi ficando mais nervoso à medida que se encaminhava para o fim, com as equipes ponderando a hora certa de ir ao ataque. O último lance de perigo foi um chute de fora da área do volante Aníbal Moreno, do Palmeiras, que saiu perto da trave direita de Rafael.

    O confronto foi para os pênaltis. Calleri e Raphael Veiga abriram a contagem. Galoppo e o volante Gabriel Menino mantiveram os 100% de aproveitamento das duas equipes. Na terceira série, o volante Pablo Maia acertou a cobrança do São Paulo, mas o zagueiro Murilo parou em Rafael. O meia Michel Araújo converteu o quarto chute do Tricolor e obrigou Joaquín Piquerez a marcar, mas o lateral do Palmeiras também teve o arremate defendido pelo goleiro são-paulino, o que garantiu a taça inédita ao clube do Morumbi.

    FICHA TÉCNICA

    PALMEIRAS 0 (2) x (4) 0 SÃO PAULO

    • PALMEIRAS – Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez e Murilo; Mayke (Gabriel Menino), Richard Ríos (Aníbal Moreno), Zé Rafael (Luís Guilherme) e Piquerez; Raphael Veiga, Rony e Flaco López (Jhon Jhon). Técnico: Abel Ferreira.
    • SÃO PAULO – Rafael; Rafinha (Moreira), Arboleda, Diego Costa e Welington (Erick); Pablo Maia, Alisson, Wellington Rato (Ferreirinha) e Nikão (Michel Araújo); Luciano (Galoppo) e Calleri. Técnico: Thiago Carpini.
    • ÁRBITRO – Bráulio da Silva Machado (SC).
    • CARTÕES AMARELOS – Zé Rafael, Flaco López, Luís Guilherme, Marcos Rocha, Raphael Veiga, Abel Ferreira e Vitor Castanheira (Palmeiras); Welington, Pablo Maia, Luciano e Thiago Carpini (São Paulo).
    • PÚBLICO: 42,741
    • RENDA: R$ 7.736.903,00
    • LOCAL – Mineirão, em Belo Horizonte.
  • Scooby e Chumbinho vencem competição de ondas gigantes em Nazaré

    Scooby e Chumbinho vencem competição de ondas gigantes em Nazaré

    Maya Gabeira foi a melhor entre as mulheres na praia lusitana

    O surfe subiu ao topo do pódio em Nazaré (Portugal) com Pedro Scooby e Lucas Chianca, o Chumbinho, que venceram a quarta edição do Desafio de Ondas Gigantes (Big Wave Challenge), competição internacional organizada pela Liga Mundial de Surfe (WSL).

    Nesta segunda-feira (22), a dupla foi a melhor entre outras oito equipes, cada uma com dois atletas.

    Os brasileiros somaram 41.16 pontos, mais de quatro de vantagem sobre os segundos-colocados, os parceiros Nic von Rupp (Portugal) e Clement Roseyro (França), que somaram 37.81.

    A Praia do Norte, no litoral português, é conhecida por ondas que atingem até 30 metros de altura durante o inverno europeu. Hoje, no entanto, os paredões foram de, aproximadamente, 10 metros.

    Lucas Chumbo e Kai Lenny nas ondas gigantes de Nazaré — Foto: WSL/Laurnet Masurel

    Nascido em Saquarema (RJ), Chumbinho surfou a melhor onda da competição:cravou nota 7.83. Além do título, ele ganhou o prêmio de melhor performance individual masculina, ao somar 23.33 pontos. Entre as mulheres, a carioca Maya Gabeira (14.00) superou a franco- brasileira Michelle Des Bouillons (9.83) e também levantou o troféu pelo melhor desempenho feminino no Big Wave Challenge.

    A competição teve duas sessões de três baterias, sendo cada uma com participação de três duplas. O título de melhor equipe ficou com a dupla que somou o maior número de pontos nas notas individuais.

    Já troféu de melhor desempenho individual levou em conta a nota mais alta de cada participante (valendo dois), somada à segunda melhor nota (valendo um).

  • Brasil não conquista títulos, mas vai bem no Dakar

    Brasil não conquista títulos, mas vai bem no Dakar

    Representantes do país venceram oito especiais em quatro categorias

    A delegação brasileira enfrentou uma dura edição do Rally Dakar, que se encerrou nesta sexta-feira (19), depois de ter iniciado no dia 5 de janeiro.

    Ao todo, foram 12 especiais – trechos cronometrados, equivalentes a um dia de corrida –, além do prólogo que definiu a ordem de largada.

    Disputado na Arábia Saudita, o Dakar impôs às duplas do país uma rotina rigorosa e incerta, que incluiu noites sem dormir, acidentes, dias perdidos no deserto e até a interferência de piratas do Mar Vermelho.

    Com 17 representantes, divididos em duplas ou com parceiro estrangeiro, os competidores do Brasil venceram oito especiais nas quatro categorias que disputaram – em todas, havia nomes listados entre os favoritos.

    Na categoria Carros, o país contou com três veículos (veja abaixo). A grande expectativa estava com Lucas Moraes, que estreava como piloto de uma equipe grande e retornava à prova depois de conquistar o primeiro pódio da história para o Brasil, em 2023.

    Agora com o navegador espanhol Armand Monleón, Moraes venceu a terceira especial e ocupou o terceiro lugar na classificação geral durante quatro dias. No penúltimo dia, quando já passava à vice-liderança, uma quebra da suspensão nos quilômetros finais tirou-lhe a chance do segundo pódio consecutivo.

    Mais destaques – O país foi mais numeroso na categoria UTV T3, na qual a dupla Marcelo Gastaldi e Cadu Sachs chegou forte, vencendo a 10ª e a 12ª especiais e terminando em sétimo ao final dos 4.692 km de corrida. Com o quinto lugar, outro destaque foi o navegador Gustavo Gugelmin, que correu novamente em parceria com o piloto norte-americano Austin Jones. A vitória na primeira especial passou perto: Gugelmin e Jones chegaram em segundo.

    A UTV T4 ofereceu momentos de emoção variada. Para começar, a dupla formada pelo campeão sul-americano de Rally Raid, Rodrigo Varela, e o navegador Enio Bozzano Junior teve que arrumar um carro às pressas, faltando poucos dias para a prova.

    O navio que levava seu equipamento teve que usar uma rota milhares de quilômetros mais longa para fugir de piratas do Iêmen no Mar Vermelho – os mesmos que continuam no noticiário por atacarem grandes cargueiros, causando um embaraço internacional.

    De carro improvisado e mal-acabado, o duo surpreendeu vencendo a primeira especial e ocupando as primeiras posições até a quebra do carro, na sexta especial, o que os obrigou a passar duas noites isolados no deserto, racionando água e comida.

    Na mesma categoria, o Brasil teve um competidor eficiente em Cristiano Batista, que formou dupla com o navegador espanhol Fausto Mora. O duo venceu a nona especial e, assim como Varela/Bozzano, figurou entre os principais nomes durante praticamente todos os dias.

    O maranhense Marcelo Medeiros foi um nome dominante na categoria Quadriciclos. Vencedor da primeira, segunda e quinta especiais, ele ocupou a liderança da classificação geral e parecia caminhar para o título até sofrer um acidente na sétima especial.

    O Dakar 2024 percorreu 7.891km na Arábia Saudita, com 4.692km de especiais. Os 778 inscritos de 72 nacionalidades foram divididos em oito categorias. Confira quem foram os campeões e todas as informações, abaixo.

    A equipe dos brasileiros Rodrigo Varela e Enio Bozzano Júnior finaliza o Dakar
    (Magnus Torquato/Fotop)



    Brasileiros no Dakar

    Carros – T1
    *Lucas Moraes (BRA)*
     / Armand Monleon (ESP), Toyota GR DKR Hilux, 9º colocado. Venceu a 3ª especial
    Cristian Baumgart (BRA) / Alberto Andreotti (BRA), Prodrive Hunter, 13º colocado
    *Marcos Baumgart (BRA) / Kleber Cincea (BRA)*, Prodrive Hunter, abandonou por quebra

    Quadriciclos
    Marcelo Medeiros (BRA)
    , Yamaha Raptor 700, não completou. Venceu a 1ª, 2ª e 5ª especiais

    UTVs T3

    Austin Jones (EUA) / Gustavo Gugelmin (BRA), Can-Am Maverick XRS Turbo, 5º colocado
    Marcelo Gastaldi (BRA) / Carlos Sachs (BRA), Taurus T3 Max, 7º colocado. Venceram a 10ª e 12ª especiais
    Oscar Peralta (PAR) / Lourival Roldan (BRA), Can-Am Maverick X3, 11º colocados
    Gunter Hinkelmann (BRA) / Fabricio Bianchini (BRA), Taurus T3 Max, 22º colocados

    UTVs T4
    Cristiano Batista (BRA) / Fausto Mora (ESP), Can-Am Maverick XRS Turbo. 7º colocados. Venceram a 9ª especial
    Jorge Wagernfuhr (BRA) / Humberto Ribeiro (BRA), Polaris RZR Pro R, 14º colocados
    Rodrigo Varela (BRA) / Enio Bozzano Junior (BRA), Can-Am Maverick XRS Turbo. Abandonaram por quebra. Venceram a 1ª especial

    RESULTADOS

    Campeões da edição 2024
    Categoria Carros: Carlos Sainz (ESP) / Lucas Cruz (ESP), Audi RS Q e-tron E2

    Motos: Ricky Brabec (EUA), Honda CRF 450 Rally
    Quadriciclos: Manuel Andujar (ARG), Yamaha Raptor 700
    UTVs T3: Cristina Gutierrez Herrero (ESP) / Pablo Moreno Huete (ESP), Taurus T3 Max
    UTVs T4: Xavier de Soultrait (FRA) / Martin Bonnet (FRA), Polaris RZR Pro R
    Caminhões: Martin Macik (TCH) / Frantisek Tomasek (TCH) / David Svanda (TCH), Iveco Powerstar
    Clássicos: Carlos Santaolalla Milla (ESP) / Jan Rosa Viñas, Toyota Land Cruiser


    46ª EDIÇÃO DO RALLY DAKAR
    _7.891 km de percurso total. Especiais somam 4,692 km_
    _Data / locais / total do dia / especial_
    06/01, Etapa 01 – Al Ula –> Al Henakiyah – 414 km
    07/01, Etapa 02 – Al Henakiyah –> Al Duwadimi – 431 km
    08/01, Etapa 03 – Al Duwadimi –> Al Salamiya –447 km
    09/01, Etapa 04 – Al Salamiya –> Al-Hofuf – 299 km
    10/01, Etapa 05 – Al Hofuf –> Shubaytah – 118 km
    11-12/01, Etapa 06 – Shubaytah  –> Shubaytah (48 horas) – 572 km
    13/01 – Descanso
    14/01, Etapa 07 – Riyadh –> Al Dawadimi – 483 km
    15/01, Etapa 08 – Al Dawadimi –> Hail – 458 km
    16/01, Etapa 09 – Hail –> Al Ula – 417 km
    17/01, Etapa 10 – Al Ula –> Al Ula – 371 km
    18/01, Etapa 11 –Al Ula –> Yanbu – 480 km
    19/01, Etapa 12 – Yanbu –> Yanbu – 175 km

    Competidores
    778 inscritos
    72 nacionalidades

    Veículos e Categorias
    Carros: 72 (5)*
    Motos: 148
    Quadriciclos: 10 (1)
    Protótipos Leves: 66
    UTVs (Challengers, T3): 42 (6)
    UTVs (de produção, T4): 36 (5)
    Caminhões: 46
    Clássicos: 14
    Total: 434 veículos
    *Nota: entre parêntesis, quantidade de competidores brasileiros, que totalizam 17, a maior delegação brasileira no Rally Dakar

  • E o nome é Dorival Jr.

    E o nome é Dorival Jr.

    CBF já considera o acordo próximo de um desfecho

    07/01/2023

    Ednaldo volta à presidência, com ele, a vergonha do acerto que nunca foi um acerto com Ancelotti vem a tona e no meio do furacão jurídico, Diniz cai.

    Após tudo isso, a CBF corre para anunciar um nome de consenso para criar uma situação de paz, após o péssimo início de Diniz.

    A falta de profissionalismo que impera na CBF há décadas nos dá pouca esperança de que algo irá melhorar.

    Neste cenário, Dorival Jr. já tem o caminho pavimentado para ser o novo treinador da seleção brasileira.

    A CBF já concordou em pagar a multa de R$ 4 milhões ao São Paulo para contar com o treinador campeão da Copa do Brasil de 2023.

    Dorival assume em um cenário dos mais sombrios rumo a Copa do Mundo.

    Infelizmente, as ideias de Diniz não deram certo, talvez devido ao prazo curto para implementação, com isto a seleção está em péssima posição nas eliminatórias.

    Além dos resultados em campo, Dorival assume a seleção em uma situação política horrível, onde não sabe-se quem é ou será o presida CBF.

    Vamos torcer para Dorival possa assumir a seleção e realizar um bom trabalho.

  • Sorteio define grupos da Copa América 2024 e Brasil enfrentará Colômbia, Paraguai e Concacaf

    Sorteio define grupos da Copa América 2024 e Brasil enfrentará Colômbia, Paraguai e Concacaf

    Sorteio define grupos da Copa América 2024 e Brasil enfrentará Colômbia, Paraguai e Concacaf

    A seleção brasileira conheceu o seu caminho na primeira fase da próxima edição da Copa América de futebol masculino, que será disputada entre os dias 20 de junho e 14 de julho de 2024 nos Estados Unidos. O sorteio realizado nesta quinta-feira (7) pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) definiu que o Brasil jogará no Grupo D ao lado da Colômbia, do Paraguai e de um representante ainda a ser definido da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe).

    A estreia da equipe comandada pelo técnico Fernando Diniz será justamente contra a equipe da Concacaf (que pode ser Costa Rica ou Honduras), no dia 21 de junho no SoFI Stadium, em Inglewood. O segundo compromisso do Brasil é diante do Paraguai, no dia 28 de junho no Allegiant Stadium, em Las Vegas. A última participação da seleção brasileira na fase inicial da competição será no dia 2 de julho, contra a Colômbia no Levi’s Stadium, em Santa Clara.

    Estádios da Copa América 2024:

    • Allegiant Stadium, Las Vegas, Nevada
    • AT&T Stadium, Arlington, Texas
    • Bank of America Stadium, Charlotte, Carolina do Norte
    • Levi’s Stadium, Santa Clara, Califórnia
    • Lucas Oil Stadium, Indianápolis, Indiana
    • M&T Bank Stadium, Baltimore, Maryland
    • Mercedes-Benz Stadium, Atlanta, Geórgia
    • MetLife Stadium, East Rutherford, Nova Jersey
    • Nissan Stadium, Nashville, Tennessee
    • NRG Stadium, Houston, Texas
    • SoFI Stadium, Inglewood, Califórnia
    • State Farm Stadium, Glendale, Arizona

    Confira imagens de todos os estádios

    A Copa América 2024 promete ser um grande evento para os amantes do futebol. Com jogos disputados em estádios renomados dos Estados Unidos, a competição trará grandes emoções e confrontos entre as seleções sul-americanas e da Concacaf. O Brasil, como atual campeão da Copa América, buscará defender o título e conquistar mais uma vez o troféu.

    O Grupo D, onde o Brasil está inserido, apresenta desafios interessantes para a seleção brasileira. A Colômbia, com seu futebol técnico e habilidoso, sempre foi uma adversária complicada para o Brasil. Já o Paraguai, conhecido por sua marcação forte e jogo físico, também promete dificultar a vida da equipe de Fernando Diniz. Ainda resta saber qual será o representante da Concacaf, mas seja Costa Rica ou Honduras, o Brasil precisará estar preparado para enfrentar uma equipe competitiva.

    Os estádios escolhidos para sediar os jogos da Copa América 2024 são verdadeiras arenas esportivas de renome internacional. Allegiant Stadium, AT&T Stadium, Bank of America Stadium, Levi’s Stadium, Lucas Oil Stadium, M&T Bank Stadium, Mercedes-Benz Stadium, MetLife Stadium, Nissan Stadium, NRG Stadium, SoFI Stadium e State Farm Stadium proporcionarão uma experiência única para os jogadores e torcedores.

    Com a definição dos grupos, a expectativa para a Copa América 2024 só aumenta. Os amantes do futebol já estão ansiosos para acompanhar os jogos e torcer por suas seleções. Será um mês de muita emoção e rivalidade, onde o Brasil buscará mostrar mais uma vez a sua força e qualidade no futebol sul-americano.

    Aguardemos então o início da competição e que vença o melhor!

  • FIFA abre investigação para apurar brigas no Brasil x Argentina

    FIFA abre investigação para apurar brigas no Brasil x Argentina

    Além da CBF, a AFA – entidade máxima do futebol argentino – também pode ser punida pelos confrontos durante a partida da última terça (21), válida pelas Eliminatórias para a Copa de 2026

    O clássico Brasil × Argentina, que culminou na derrota da Seleção Canarinho por 1 a 0 em pleno Maracanã na última terça-feira (21), promete ter novos desdobramentos mesmo após o apito final. Isso porque, antes ainda do jogo começar, torcedores das duas seleções entraram em confronto, resultando em briga, invasão de campo e até um suposto caso de racismo. Com esse incidente, não só a CBF, mas a AFA (Asociación del Fútbol Argentino) vai receber processo disciplinar. Nesta sexta-feira (24), o Comitê de Disciplina da FIFA abriu investigação para apurar o que, de fato, ocorreu na briga que antecedeu a partida.
     

    Do ponto de vista prático, conforme explica Felipe Crisafulli, advogado especializado em Direito Desportivo do Ambiel Advogados, a FIFA, enquanto organizadora da competição, deu o início a um processo disciplinar após a entrega da súmula da partida pelo árbitro, a fim de apurar as responsabilidades e definir eventuais sanções contra a CBF, entidade máxima do futebol brasileiro. “Entre as penalidades cabíveis, estão a aplicação de multa de 10 mil francos suíços (cerca de R$ 55 mil) e partidas sem público ou em campo neutro até, em casos mais graves, a dedução de pontos ou exclusão da competição”, explicou.

    Vale lembrar que o Código Disciplinar da FIFA prevê, em seu art. 17, ser de responsabilidade da associação nacional mandante da partida – no caso, a CBF – garantir a segurança dos torcedores no estádio antes, durante e após o evento. Nesse sentido, as federações nacionais são responsáveis por eventuais comportamentos inapropriados de seus torcedores e incidentes de qualquer tipo, ficando sujeitos a punições disciplinares.
     

    “Assim, era obrigação da CBF, por exemplo, avaliar o grau de risco da partida; tomar todas as medidas de segurança existentes nos regulamentos da própria FIFA e na legislação brasileira, tanto dentro quanto nos arredores do estádio, antes, durante e após o jogo; garantir que a lei e a ordem fossem seguidas dentro e no entorno do Maracanã. Diante do que se viu pela televisão e do que se tem de notícia a respeito do caso, esses itens parecem não ter sido devidamente cumpridos pela CBF na ocasião”, destaca o advogado.
     

    Ainda que não seja mandante da partida, a Argentina, representada pela AFA, também não está isenta de eventuais punições pelos confrontos ocorridos na noite da última terça-feira (21), de acordo com Crisafulli. “Ela está sujeita a sofrer processo disciplinar e ser condenada pelas infrações porventura praticadas por seus torcedores que estiveram presentes no Maracanã, podendo incorrer nesse mesmo tipo de penas, dado que o § 2º do art. 17 do Código Disciplinar da FIFA estabelece que todas as associações nacionais são responsáveis pelos comportamentos inadequados de seus torcedores, entre os quais desordens ou indisciplinas cometidas dentro ou ao redor do estádio”.

    Em relação ao caso da torcedora argentina, que supostamente proferiu ofensas de cunho racial a uma prestadora de serviços do Estádio do Maracanã, Crisafulli pontua que a FIFA pode aplicar o que disposto no art. 15 do seu Código Disciplinar.

    “Assim, em se tratando de primeira infração, a AFA, em razão do comportamento de sua apoiadora, seria obrigada a disputar uma partida com número limitado de espectadores e a arcar com multa de pelo menos 20 mil francos suíços (cerca de R$ 110 mil). Sendo, porém, reincidente – ou se as circunstâncias do caso o exigirem –, as medidas disciplinares já seriam as seguintes: implementação de um plano de prevenção, multa, redução de pontos, realização de um ou mais jogos sem torcida, proibição de jogar em determinado estádio, desistência de um jogo ou expulsão da competição”.
     

    Do ponto de vista da legislação brasileira, a torcedora argentina, em se comprovando os fatos contra si imputados, também fica sujeita a sanção criminal pela sua conduta. Conforme o § 2º do art. 20 da Lei nº 7.716/1989 (Lei do Crime Racial), se condenada, a sua pena seria de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e proibição de frequentar, por 3 (três) anos, locais destinados a práticas esportivas abertas ao público.
     

    “No mais, dado que, desde outubro de 2021, a injúria racial é considerada pelo STF como equivalente ao crime de racismo, trata-se de delito não só imprescritível, mas também inafiançável, pelo que não poderá ser decretada a sua liberdade provisória mediante o pagamento de determinada quantia pecuniária arbitrada pela autoridade policial ou judicial”, completou o advogado especializado em Direito Desportivo.

    Fonte:

    Felipe Crisafulli – advogado especializado em Direito Desportivo do Ambiel Advogados, membro da OAB/SP e do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo (IBDD). É professor de Direito Desportivo e doutorando em Direito Civil pela Universidade de Coimbra (Portugal), com produção acadêmico-científica e experiência profissional no ramo da indústria do desporto e entretenimento.