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  • Cigarro eletrônico é danoso para saúde bucal

    Cigarro eletrônico é danoso para saúde bucal

    Fumar inalando apenas vapor, livre da fumaça produzida pela queima de tabaco do cigarro tradicional. Essa promessa dos cigarros eletrônicos, também chamados de vaporizadores ou e-cigarette, pode parecer atraente, mas esconde riscos à saúde semelhantes aos de outros objetos fumígenos. Além de poderem causar danos aos pulmões e ao coração, o vapor desses aparelhos prejudica a saúde bucal. 

    O cigarro eletrônico se popularizou como uma alternativa para fumantes que desejavam reduzir os danos à saúde causados pelo tabagismo. Devido ao fato de utilizar uma bateria que aquece um líquido contendo nicotina, o dispositivo dispensa a combustão de tabaco, que produz milhares de substâncias nocivas para o organismo. 

    Contudo, é crescente entre médicos e pesquisadores a percepção de que o vapor produzido pelo e-cigarette também contém milhares de substâncias que podem provocar doenças. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), os dispositivos eletrônicos para fumar não são seguros e podem causar doenças respiratórias, como o enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite e câncer.

    Um outro alerta que vem sendo feito é sobre os prejuízos à saúde bucal. “O cigarro eletrônico possui produtos químicos muito nocivos à nossa microbiota bucal, interrompendo o equilíbrio das bactérias e causando diversos tipos de doenças bucais”, afirma Augusto Lima Miranda, ortodontista da Rede Odonto

    Segundo o especialista, o uso do cigarro eletrônico pode levar a problemas como mau hálito, retração gengival, escurecimento da gengiva e dos dentes, bruxismo, doenças periodontais e câncer. 

    A afirmação de Miranda encontra respaldo em estudos realizados por pesquisadores da Faculdade de Odontologia da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos. O mais recente deles, publicado na revista mBio, apontou justamente que usuários de cigarros eletrônicos têm um microbioma oral menos saudável do que o dos não fumantes – a pesquisa também indicou como se deu o agravamento da doença gengival ao longo do tempo.

    Apelo aos jovens

    Um grande problema relacionado a esse tipo de aparelho está no apelo que ele possui para o público jovem. Nos EUA, a FDA (Food and Drug Administration), agência responsável pelo controle de remédios e alimentos, afirma que o uso de cigarros eletrônicos por jovens tornou-se um problema de saúde pública.

    A atratividade que o e-cigarette provoca pode estar associada ao caráter tecnológico do dispositivo e por ser possível adicionar a ele aromatizantes. Segundo o INCA, a adição de substâncias aumenta os níveis de toxicidade do aparelho, tornando-o tão prejudicial quanto o cigarro tradicional.

    “Os cigarros eletrônicos vêm ganhando mais popularidade entre fumantes, não fumantes e jovens no Brasil. Por conter aromatizantes, atraem diversos tipos de público”, explica Miranda. O fato de ser utilizado por não fumantes e jovens preocupa as autoridades, já que houve no Brasil uma redução significativa no uso de tabaco, que passou de uma prevalência na população de 15,7% em 2006 para 10,1% em 2017.  

    “Cabe salientar que grande parte da população brasileira já possui algum tipo de problema de saúde bucal que pode ser agravado com o uso do cigarro eletrônico, podendo causar complicações bem maiores”, completa o especialista.  

    Tratamento para a saúde bucal

    Quem precisa tratar danos causados pelo fumo à saúde bucal deve procurar clínicas e profissionais especializados. “O tratamento mais comum, caso o indivíduo não pare de usar o cigarro eletrônico, é a visita regular a cada quatro meses ao dentista”, diz Miranda. 

    De acordo com o especialista, é necessário realizar procedimentos que permitam manter a saúde dos ossos da boca, da gengiva e dos dentes. “O tratamento odontológico permite restabelecer o microbioma bucal e a função mastigatória mais adequada”, diz ele.

    Para saber mais, basta acessar o site: www.redeodonto.com.br

  • Economia deve crescer 0,36% em 2022

    Economia deve crescer 0,36% em 2022

    Segundo dados do primeiro boletim Focus de 2022, divulgados no dia 3 de janeiro pelo Banco Central (BC) e apontados pela Agência Brasil, o mercado financeiro reduziu, mais uma vez, a previsão de crescimento da economia do país neste ano. O documento mostra um Produto Interno Bruto (PIB) de 0,36%. Na semana anterior, era de 0,42%. Além disso, também houve uma redução por parte do mercado no que se refere à previsão do PIB no ano de 2021 para 4,50%. A estimativa anterior a essa era de 4,51%. Quatro semanas antes estava em 4,71%. Para 2023 e 2024, o mercado financeiro se manteve estável com a projeção anterior, mostrando expansão do PIB em 1,80% e 2%, respectivamente. 

    Em relação à inflação, ficou definido na ocasião que para 2022 o valor seria 5,03%, semelhante à anterior. Para 2021, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou para baixo, indo de 10,02% para 10,01% – a quarta queda após 35 semanas seguidas de alta. Para 2023 e 2024, a expectativa é de 3,41% e 3%, respectivamente. A estimativa para a taxa básica de juros, a Selic, no final deste ano, girou em torno de 11,50% – a mesma da semana anterior. A taxa atual estipulada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) está em 9,25% ao ano. Para o final do próximo ano, estima-se que a taxa vá para 8% ao ano. Em 2024, 7%. 

    Mercado eleva para 6,45% a estimativa para inflação em 2022.

    Segundo informações divulgadas no dia 14 de março pelo BC, retiradas do Portal G1, após crescimento no valor dos combustíveis, economistas do mercado financeiro aumentaram a estimativa de inflação deste ano para 6,45% – a nona alta consecutiva no cálculo do mercado financeiro em relação à inflação. Os dados foram recolhidos na semana anterior a partir de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. O reajuste no preço dos combustíveis foi anunciado pela Petrobras em um cenário de disparada do valor do petróleo e guerra no território da Ucrânia. 

    Caso a previsão se cumpra, será o segundo ano consecutivo de estouro da meta de inflação – no ano passado, o IPCA totalizou 10,06% (o mais elevado desde 2015). A meta central de inflação para este ano é 3,50%. Em relação ao PIB, o mercado financeiro elevou a previsão de crescimento deste ano de 0,42% para 0,49%. Para 2023, houve uma redução por parte do mercado na expectativa de alta do PIB, de 1,50% para 1,43%.

  • Fintechs crescem no Brasil com seção em nichos de mercado

    Fintechs crescem no Brasil com seção em nichos de mercado

    A dinamização do setor de serviços financeiros, que sistematicamente contempla novas inovações ocasionadas pelo uso da tecnologia, trouxe nos últimos anos uma novidade que cresce de forma exponencial em todo o planeta: as fintechs, que como o próprio nome aponta, têm seu conceito baseado na união das palavras em inglês “financial” e “technology” (“financeiro” e “tecnologia, respectivamente, em tradução livre”). 

    Regulamentadas pelo Banco Central em 2018, estas startups do setor financeiro já somam ao menos 1158 em todo o país, de acordo com relatório “Distrito Fintech Mining Report 2021”, divulgado em abril pela plataforma de inovação aberta Distrito. Trata-se de um crescimento de 207% nestes três anos de mercado regulamentado – em 2018, eram apenas 377 fintechs no país. 

    Ainda de acordo com estudo sobre as fintechs no Brasil, estas empresas podem ser divididas nas seguintes categorias: backoffice, criptomoedas, investimentos, câmbio, crowdfunding, meios de pagamento, cartões, dívidas, crédito, fidelização, risco e compliance, finanças pessoais, serviços digitais e tecnologia. Dentre estas divisões, as fintechs voltadas para meios de pagamento são a maioria, com 174 empresas (15% do mercado), seguidas pelas fintechs de crédito (157) e backoffice (153).

    Outro levantamento, publicado no início de novembro, deu conta que, nos nove primeiros meses do ano, as fintechs brasileiras fizeram 124 rodadas de investimento – mesmo número do ano passado inteiro -, amealhando um valor de US$ 4,9 bilhões (cerca de R$ 27,3 bilhões). De acordo com o estudo, realizado pela plataforma de dados sobre startups Sling Hubs sob encomenda do jornal O Estado de S.Paulo, trata-se de um crescimento de 172% em relação a 2020, quando a quantia captada foi de US$ 1,8 bilhão (aproximadamente R$ 10 bilhões).

    Esta expansão das startups financeiras no Brasil tem sido acompanhada pela diversificação dos serviços oferecidos por estas empresas. Em reportagem recente da Folha de S.Paulo, foi exposto como diferentes instituições do setor têm atuado junto a específicos, como mulheres, negros e a comunidade LGBTQIA+, bem como com fundos de investimentos compostos apenas empresas envolvidas boas práticas ambientais, sociais e de governança. 

    “Fintechs de nicho”

    Estas chamadas “fintechs de nicho” têm surgido com mais força no mercado nos últimos anos, após um período inicial de estabelecimento destas companhias no mercado, em que o foco principal delas se dava na diferenciação das instituições financeiras “tradicionais”, oferecendo produtos básicos, como cartão de crédito sem anuidade para pessoa física e a abertura de uma conta pelo aplicativo. Assim, além do foco direcionado a diferentes perfis sociais, há uma demanda pelos serviços direcionados a grupos específicos do mercado de trabalho.

    Setores que movimentam altas quantias de dinheiro e demandam grande fluxo de caixa são, pelas especificidades de seus negócios, potenciais alvos para as “fintechs de nicho”. Neste sentido, o mercado condominial foi, naturalmente, um segmento da economia a ser explorado pelas starups financeiras no Brasil. De acordo com dados da Receita Federal, existem, atualmente, mais de 500 mil condomínios registrados no país, movimentando R$ 60 bilhões por ano apenas em taxas condominiais. Além disso, de acordo com a ABRASSP (Associação Brasileira de Síndicos e Síndicos Profissionais), a receita total gerada pelos condomínios brasileiros ultrapassa o montante dos R$ 165 bilhões por ano.

    Para Artur da Silva Junior, CEO da CondoBlue, fintech especializada em condomínios, o atendimento a segmentos específicos do mercado é uma das principais diferenças das startups financeiras das companhias mais “tradicionais” do setor. O executivo afirma que as “fintechs de nicho” unem o conhecimento financeiro, de tecnologia e do setor no qual elas estão inseridas – no caso da empresa de Silva Junior, o mercado condominial. 

    “A experiência acumulada no segmento de condomínios permite a uma fintech do ramo entender suas reais necessidades, possibilitando, por exemplo, que a linhas de crédito contemplem o funcionário do condomínio, o próprio condomínio ou síndico e até seus fornecedores”, diz o profissional.

    Atuando no segmento de crédito, já existem ao menos uma dezena de fintechs voltadas ao setor condominial espalhadas pelo país, de acordo com levantamento realizado pela revista especializada Fintechs Brasil em junho deste ano.

    Para Silva Junior, a ampliação do foco das ofertas de linhas de crédito aos moradores dos condomínios é uma das recentes inovações trazidas pelas fintechs da área. “Há mais de uma década as instituições financeiras tradicionais têm tentado atender o segmento de condomínios, mas, no final, o resultado é que há falta de foco e a entrega é ‘mais do mesmo’”, diz ele. “Isso mostrou pra gente que existe um espaço enorme para inovar e crescer neste segmento, principalmente quando o foco também é o morador. Uma conta digital, cartão ou crédito devem ser pensados na realidade deste segmento e não como qualquer outro”.

    Após a regulamentação das fintechs por parte do Banco Central em 2018, um novo enquadramento a estas instituições foi feito recentemente pelo órgão que monitora e fiscaliza o sistema financeiro: desde o dia 1º de novembro, os consórcios e as instituições de pagamento, categoria que abrange as fintechs e os bancos digitais, são obrigadas a ter políticas de relacionamento com clientes similares às dos bancos tradicionais, oferecendo canais como centrais de atendimento e ouvidorias para que esta comunicação seja realizada.

    “Uma fintech deve inovar através do uso da tecnologia na entrega de serviços financeiros”, pontua Silva Junior. “Essa inovação não é só ser diferente do modelo tradicional, mas também impactar de forma positiva a vida das pessoas, dando acesso a crédito, serviços de qualidade e principalmente gerando consciência financeira”. 

    Para saber mais, basta acessar: https://www.condoblue.com/

     

  • Setor têxtil mostra bons resultados em contratações e faturamento em 2021

    De acordo com os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram criados 117.128 novos postos de trabalho no setor têxtil. Considerando a rotatividade, o saldo de empregos criados é de 15 mil pessoas. O setor, que havia sofrido baixa por causa da pandemia da Covid-19, se recupera. Em comparação com 2020, que teve um saldo de 3.236 contratações, o crescimento de 2021 representa um aumento de 370%.

    A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) estima que o faturamento do setor tenha sido de R$ 194 bilhões no ano passado, indicando crescimento de 20% em relação a 2020. O que evidencia uma tendência de recuperação do segmento, mesmo que os números ainda não tenham superado os valores de 2019.

    Produção da indústria têxtil deve crescer 1,2% em 2022

    Para este ano, porém, ainda de acordo com a Abit, a estimativa é que o crescimento da produção têxtil brasileira recue. A associação prevê um avanço de apenas 1,2% na produção e de 1% nas vendas internas. Em declaração à imprensa, Fernando Pimentel, presidente da Abit, disse que o principal motivo para a desaceleração do crescimento é o comprometimento do poder de consumo da população devido ao aumento da inflação.

    Além disso, Pimentel apontou outros fatores que podem prejudicar os resultados do setor: o risco do retrocesso no livre funcionamento do comércio físico, dependendo do número dos casos de Covid; o afastamento de funcionários por causa da infecção pelo coronavírus; e os resultados das eleições presidenciais de outubro e seus desdobramentos para o setor.

    E-commerce cresce no país durante a pandemia

    Apesar da Abit não divulgar dados mais específicos sobre os tipos de venda do setor, de acordo com o Relatório E-commerce no Brasil divulgado em abril de 2021, realizado pela agência Conversion, o segmento de Moda & Acessórios cresceu 63,18%.

    “O formato de negócio que trabalha mais com o digital cresceu na pandemia, e consumidores de diferentes idades e rendas passaram a comprar mais pela internet. Principalmente um público mais maduro, de mais de 35 anos, que começou a comprar on-line na pandemia e tem se sentido cada vez mais à vontade para fazer esse tipo de consumo. Também é interessante notar que consumidores de ‘primeira compra na internet’ cresceram de maneira significativa nesse período”, afirma Rafael Freitas, cofundador da Charme do Detalhe, loja on-line especializada em capa para cadeira, com produção têxtil localizada em Ibitinga (SP).

  • Proteção de dados pessoais se torna direito constitucional

    No dia 10 de fevereiro de 2021, foi promulgado, em sessão solene pelo Congresso Nacional, a emenda constitucional que torna a proteção de dados pessoais, incluindo em ambientes digitais, um direito fundamental. O tema estava tramitando no Congresso desde 2019. O presidente do Congresso evidenciou a importância de garantir a privacidade do indivíduo em um contexto de livre circulação da informação em ambiente virtual, assim como a possibilidade de escolher a quem esses dados podem ser apresentados e sob quais contextos, com exceções legais específicas. A proteção de dados se integra à Constituição na forma de uma cláusula pétrea, sem possibilidade de alteração.

    Cibercrimes no Brasil aumentaram 23% em 2021

    Ainda sobre privacidade e segurança, que, em certa medida, no que tange à necessidade de um DBA Remoto, de acordo com levantamento realizado pela Kaspersky, empresa de cibersegurança, o Brasil registrou um crescimento de 23% em casos de cibercrimes nos primeiros oito meses do ano passado, ante o mesmo período de 2020. Os dados indicam que os criminosos são responsáveis por 481 milhões de tentativas de infestação com 20 malwares populares, ou seja, 1.395 tentativas por minuto.

    Segundo as informações apresentadas no Fórum Konferencia@Casa 2021, da Kaspersky, o Brasil segue uma tendência regional, estando em primeiro como perpetrador de ataques. Na sequência, aparecem México (299 bloqueios/min), Peru (96 bloqueios/min), Equador (89 bloqueios/min) e Colômbia (87 bloqueios/min). O levantamento teve como liderança a equipe de Pesquisa e Análise da empresa na América Latina.

    O crescimento é evidente em toda a região, destacando-se o Equador (75%), Peru (71%), Panamá (60%), a Guatemala (43%) e a Venezuela (29%). Já a Costa Rica, exclusivamente, apresenta redução nos números. O diretor da equipe crê que o crescimento nas tentativas de infestação possui ligação com o crescimento da pirataria. “Identificamos famílias de malware que nos permitem dizer que os internautas latino-americanos procuram as ameaças, pois são disseminadas por meio da pirataria de programas”, diz.

    Além disso, outras informações contidas no Fórum apontam que o Brasil liderou o ransomware e phishing em 2021, e 5,4% dos internautas apontam algum tipo de ataque. Na sequência, aparecem Equador (13,4%), Panamá (12,6%), Chile (12%) e Colômbia (11%). A empresa salienta que, apesar disso, a quantidade de mensagens de fraude reduziu no mundo, ante o mesmo período em 2020. A análise também indica que, em 2021, ocorreram 5 milhões de tentativas de sequestro de dados. “Ao comparar os oito primeiros meses de 2020 com os de 2021, verificamos aumento de 78%”, diz o diretor da equipe, a respeito do quadro geral dos ataques. O Brasil, em conjunto com a França e Mongólia, mostram mais de 14% de tentativas de phishing.

  • Mineração a seco gera até 95% de aproveitamento de água

    Mineração a seco gera até 95% de aproveitamento de água

    Cinco de novembro de 2015, o mundo presenciava um dos maiores desastres ambientais da história da mineração: o rompimento da barragem de Mariana, no interior de Minas Gerais. 25 de janeiro de 2019, o que parecia improvável aconteceu, mais uma vez. A barragem de Brumadinho se rompeu e a lama de rejeitos de minérios matou 262 pessoas na pequena cidade de Minas. As tragédias, que chocaram o mundo, acenderam um alerta para a condução da atividade de extração de minério e colocaram em evidência a mineração a seco.

    O modelo atual, usado por grande parte das mineradoras ao redor do globo, é o de rejeito úmido. Nele, o minério é beneficiado utilizando água. Por isso, toda mineradora que realiza esse método precisa ter, em sua estrutura, barragens para a dispensação dos rejeitos. Apesar de ser uma opção mais em conta, a mineração úmida oferece maior risco ambiental, e até humanitário, quando não está enquadrada na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). Hoje, o Brasil possui pouco mais de 900 barragens de mineração cadastradas no Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração (SIGBM).

    Mineração a seco segue como tendência no setor 

    Por causa dos riscos de grandes acidentes com perdas de vidas e danos ao meio ambiente, o setor de mineração tem migrado para soluções mais eficientes e de menor impacto. A mais procurada é a Dry Stacking, o empilhamento a seco, termo usado pela primeira vez em outros setores da economia mundial na década de 60. A tecnologia que utiliza filtro prensa permite que o minério seja beneficiado com pouca ou até nenhuma água. Na prática, o que resta do processamento do minério é filtrado e disposto em grandes pilhas substituindo as tradicionais barragens.  É como se o filtro ‘espremesse’ a lama de rejeitos dando origem a algo seco e fácil de empilhar. Segundo estudo publicado no artigo, Empilhamento a seco para rejeitos de processos minerais (dry stacking), de 2015, do Encontro Nacional de Tratamento de Minérios e Metalurgia Extrativa, o método de filtragem pode garantir o reaproveitamento, em alguns casos, de mais de 95% da água utilizada no processo. 

    A corrida pela implementação dessa tecnologia tem sido acelerada. É que após as catástrofes ao meio ambiente e a morte de pessoas, o pelo poder público e os órgãos de controle do setor se tornaram mais rigorosos. A Agência Nacional de Mineração (ANM), determinou que as barragens úmidas sejam descomissionadas e descaracterizadas até agosto de 2023. Algumas mineradoras, espalhadas pelo Brasil, começaram a utilizar a mineração a seco, por fatores socioambientais e econômicos. Em Minas Gerais, uma delas instalou filtros prensa em junho de 2020 e com isso a empresa deixou de despejar rejeitos nas barragens úmidas em fevereiro de 2021. A economia de água também foi real para a empresa. “Com a implementação dessa tecnologia conseguimos reutilizar 13 mil metros cúbicos de água em outras atividades dentro da mineradora. Excelente oportunidade para otimizar os processos e ajudar o meio ambiente”, afirmou Fernando Almeida, gestor ambiental da empresa. 

    Segurança e soluções ecológicas para os rejeitos

    A nova tendência de mineração a seco, com rejeitos filtrados e empilhados, traz mais segurança ao processo. Os resultados vão muito além de um beneficiamento mais eficiente. Com a implementação do Dry Stacking e, consequentemente, a redução das barragens tradicionais, há também maior tranquilidade para os moradores que vivem próximos às mineradoras. Afinal, sem o risco do derramamento dos rejeitos úmidos, não há perdas de vidas e o meio ambiente não sofre com grandes degradações.

    Elmar mora bem perto de uma barragem e acredita que com o uso de mineração a seco, a população estará mais segura. “Eu sempre tive um grande receio em relação à barragem, minha família mora comigo e eu sempre temi pela vida de todo mundo aqui. A descaracterização das barragens me fez confiar mais no processo de mineração e acredito que toda a população se sentiu mais segura e confiante”, afirmou o morador que é vizinho de uma das barragens da mineradora Itaminas, em Sarzedo, interior de Minas.

    Além da segurança e dos benefícios ambientais, a mineração a seco traz novas possibilidades para as mineradoras. É que o processo gera um substrato que pode ser utilizado por outras empresas para a produção de novos produtos como: areia usada para a pavimentação de asfalto, tijolos para a construção, que chegam a ser mais resistentes que os convencionais, além de outros produtos. Sem contar que as ‘montanhas’ formadas pelos rejeitos secos, podem ganhar, com o passar dos anos, vegetação e serem reincorporadas à natureza. Solução eficiente que ajuda a colocar as mineradoras dentro das boas práticas de ESG, sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa. 

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  • Olhar diferenciado para a natureza discutido na escola

    Olhar diferenciado para a natureza discutido na escola

    Respeitar a natureza é cuidar da vida. A sobrevivência dos seres vivos está intrinsecamente ligada aos cuidados com a Terra. Apesar disso, o homem tem causado prejuízos para a flora e fauna no planeta, provocando desequilíbrios ambientais, muitas vezes irreversíveis.

    A temática meio ambiente está em alta em 2022. Muitos projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional tratam sobre o assunto e podem influenciar diretamente a relação do ser humano com a natureza. A importância da conservação do meio ambiente para todas as gerações é o assunto no projeto integrador do Colégio Le Petit Galois, que trabalhará este ano a temática “Consciência ambiental – sou parte do mundo e zelo por ele”, em todas as séries da Educação Infantil e Fundamental I. “A escola é o espaço onde a criança inicia seu processo de interação social. O que nela se faz, se diz e se valoriza é um exemplo daquilo que a sociedade aprova. Comportamentos corretos em relação ao meio ambiente devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, com o objetivo de contribuir para a formação de cidadãos responsáveis”, afirma a professora Eliane Perdigão, diretora do Le Petit Galois.

    A ação do Le Petit Galois estimula crianças de dois a dez anos a desenvolver habilidades e competências que os tornem capazes de explorar diversos desafios, buscando soluções criativas e incentivando mudança de atitudes e hábitos em busca de qualidade de vida. “O Projeto Integrador é fundamental para o trabalho pedagógico interdisciplinar e contextualizado. Como envolve teoria e prática, auxilia na formação dos estudantes como um todo e prepara o olhar para o mundo”, diz a professora Lívia Barreto, coordenadora pedagógica da Educação Infantil da escola.

    Entre os conteúdos contemplados estão a biodiversidade e sua importância; a relação do homem com o meio ambiente; como utilizar os recursos naturais; diferenças entre ambiente natural e ambiente modificado; consumo desenfreado e consciência sobre os impactos nas futuras gerações; escolhas certas para consumo consciente; água como um bem precioso; ciclo da água; água como fonte de energia e impactos ambientais e o tratamento de esgoto e reaproveitamento da água.

    Para iniciar o projeto integrador, a coordenação pedagógica convidou a escritora Fernanda de Oliveira, autora da coleção Zoic – trilogia que conta a trajetória de um simpático alienígena empenhado em conscientizar os seres humanos sobre a importância da sustentabilidade. Ex-aluna da professora Eliane Perdigão, Fernanda, que começou a escrever aos oito anos, atualmente vive em Barcelona e participou de uma live para os pequenos, contando a história do livro “Zoic e o Destino do Planeta”, além de organizar dinâmicas que animaram as turminhas.

    O projeto tem até uma música tema, uma paródia da canção “Não é Proibido”, de Marisa Monte, cuja letra incentiva todos a cuidar melhor do planeta. “A estrofe final diz lixo no lixo, sem desperdícios, vamos pensar na sobrevivência, na vida futura. Como será? Salvando a Terra, você e eu temos só a ganhar. E isso é que queremos transmitir às nossas crianças. É notória a necessidade de repensarmos nossos hábitos diários de consumo em função do estilo de vida que adotamos. Esses hábitos precisam ser modificados rapidamente, a fim de possibilitar que as futuras gerações também tenham o direito à vida”, ressalta a professora Lívia, responsável pela letra da paródia. “Nós acreditamos que ao abordar o assunto ao longo do ano das mais diferentes formas e em diversas matérias estamos não apenas mostrando os problemas atuais, mas também incentivando que os nossos estudantes proponham soluções práticas. Assim, estamos contribuindo para formar uma geração mais consciente”, finaliza Eliane Perdigão.

  • Azul realiza ação para enviar auxílio a refugiados na Ucrânia

    Azul realiza ação para enviar auxílio a refugiados na Ucrânia

    Os conflitos na Ucrânia, iniciados em 24 de fevereiro de 2022, já provocaram a saída de pelo menos 2,5 milhões de pessoas do país, segundo dados divulgados pela Organização Internacional para as Migrações (OIM). Esses cidadãos são considerados refugiados e a ONU está movimentando ações para oferecer ajuda à região. O Ministério das Relações Exteriores brasileiro, em nota, pediu a suspensão das hostilidades e uma solução diplomática ao conflito.

    Nesse contexto, a Azul, companhia aérea brasileira que opera voos nacionais e internacionais, começou no dia 12 de março uma ação de ajuda humanitária voltada para arrecadar doações para ajudar as famílias afetadas pelo conflito. As doações podem ser feitas no site da companhia em valores que vão de R$ 10,00 a R$ 250,00.

    Quem deseja participar da ação e fazer doações precisa acessar o site da companhia e simular a compra de um bilhete de voo com a origem “Viracopos” e destino “Doação Ucrânia”. Em seguida, seguir normalmente com o fluxo de compra de um bilhete aéreo e escolher o valor desejado.

    Daniel Bicudo, diretor de marketing da Azul, conta que “a ideia surgiu em uma reunião semanal da empresa, que tem a participação da alta liderança. Foi literalmente uma conversa de brainstorm para pensar em como a Azul poderia ajudar a população afetada pelo conflito na Ucrânia. Pensamos em algumas ações que poderíamos colocar em prática e a ideia mais factível e viável foi a de vender voos fictícios para o país”. Ele reforça que o processo de compra é o mesmo de uma passagem normal e que há voos à venda em todos os dias da semana.

    A campanha não tem data de término nem previsão de quanto se espera arrecadar. Segundo Bicudo, a intenção é ajudar as famílias refugiadas enquanto houver necessidade de suporte a quem está sendo afetado pelo conflito. Todo o montante arrecadado será transferido semanalmente e de forma integral para a conta do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, entidade que tem oferecido apoio a cidadãos ucranianos afetados pelos atos de violência.

  • Inovação e sustentabilidade serão destaques no 35º Congresso da AIGLP

    Inovação e sustentabilidade serão os destaques da Supergasbras durante a 35ª edição do Congresso da Associação Ibero-Americana de Gás Liquefeito de Petróleo (AIGLP). Maior evento da América Latina em GLP, o encontro acontecerá entre os dias 23 e 25 de março, no Rio de Janeiro. A expectativa é reunir uma média de 600 visitantes por dia que poderão visitar também a Feira do Gás com 48 fornecedores do setor de várias partes do mundo.

    Patrocinadora do evento, a Supergabras terá um estande dedicado ao desempenho de sua unidade Qualival, especializada em requalificação de botijões de Gás LP (inspeções e reparos nos vasilhames). Evandro Carlos Zamboni, gerente de Unidade de negócios da Qualival, usará o espaço para apresentar a tecnologia empregada no reparo de vasilhames e o processo para desamassar botijões. Antes do desenvolvimento da técnica, os recipientes danificados eram descartados. Com a inovação, houve redução de 18% para 5% no número de botijões inutilizados por ano.

    “A Supergasbras tem um processo de requalificação eficiente e requalifica aproximadamente 1 milhão de botijões por ano. Muitos países ainda não têm uma estrutura como a nossa, o que desperta bastante interesse dos visitantes”, exemplifica Evandro.

    Gestores e gestoras da empresa participarão ainda de debates em torno de temas de interesse na área reservada às plenárias. Ricardo Tonietto, diretor de Relações Institucionais e Contratos da Supergasbras e presidente da Associação Ibero-Americana de Gás Liquefeito de Petróleo, explica que serão abordados assuntos como infraestrutura primária, competição e a regulação brasileira, modelo para o mundo.

    “Vamos debater questões atuais como o vale gás e os avanços da regulamentação brasileira, criada para garantir ao consumidor um excelente serviço e que preserva a segurança ao longo de toda a cadeia, tudo em benefício do consumidor”, pontua Tonietto.

    O Congresso

    A 35ª edição do Congresso da AIGLP terá a presença de grandes nomes do setor como o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Henrique Saboia, e a diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Heloisa Borges. Integram ainda as mesas de debate o presidente da Associação e diretor de Relações Institucionais na Supergasbrás, Ricardo Tonietto, e o presidente do Sindigás, Sergio Bandeira de Mello, entre outros convidados

    O evento será dividido em cinco blocos temáticos: Rivalidade x Concentração – Mitos e verdades no setor de GLP; Consumidor final no centro das atenções; O mercado de GLP pós-Covid-19; Programas sociais: capacidade fiscal dos países; e Infraestrutura de Abastecimento Primário – Desafios para os próximos anos.

    O objetivo do Congresso é promover o debate sobre o setor de GLP na América Latina, apresentar as últimas novidades nas áreas técnico-operacional, regulatória e de mercado, entre outras. Profissionais de diversas empresas e órgãos governamentais do Brasil e de outros 27 países participam do encontro. Entre eles, México, Turquia, Peru, Argentina, Itália, EUA, Noruega, Índia, Portugal, China, Tailândia, Espanha, Austrália e Israel.

    Nos dias 24 e 25 de março, acontecerá o Energia Excepcional Stage, que consiste em um evento técnico para promover o intercâmbio de inovações tecnológicas na indústria de GLP. Este evento que é realizado dentro da feira de exposições tem como público participante expositores, visitantes da Feira de GLP e gestores técnicos de empresas do setor.

    Para se inscrever e saber mais sobre o 35º Congresso da AIGLP, basta acessar o link: aiglp.org/aiglp2022/

  • Empresas investem em aplicativos de autoatendimento para aumentar vendas

    Empresas investem em aplicativos de autoatendimento para aumentar vendas

    A transformação digital foi acelerada pela pandemia, que há quase dois anos impacta diretamente a forma com que clientes e empresas se relacionam em todo o mundo. De acordo com a Agenda CIO 2021 do Gartner, 65% dos CIOs notaram um aumento na utilização de aplicativos de autoatendimento por clientes ou público em geral, e 79% esperam que esse uso continue crescendo. A ampliação ao acesso à banda larga veloz e de qualidade também impulsionou esse momento de transformação digital nas empresas.

    Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o número de smartphones que aderiram aos planos de internet veloz subiu de 234 milhões no final de 2020 para 253,3 milhões em dezembro de 2021, uma alta de 8,2%. Com grande consolidação para o 4G, que registrou no período 77,8% dos acessos, o que é representado por 197,2 milhões de assinantes. Somente nessa tecnologia, o aumento foi de 13,5%. O que aponta o número de 92% da população brasileira com acesso a internet móvel e veloz.

    Com a população cada vez mais conectada, empreendedores enxergaram uma oportunidade de usar toda essa conexão para se aproximar, estreitar ainda mais os relacionamentos com seu público e, principalmente, aumentar suas vendas.

    “O Brasil ocupa hoje o segundo lugar no ranking de países que tem maior crescimento no mercado mobile, perdendo apenas para a Indonésia, segundo a Pew Research Center. O estudo aponta também que smartphones estão no bolso de 60% dos adultos em todo o país. As empresas precisaram se adaptar a essa realidade rapidamente e os aplicativos de autoatendimento tem a proposta de suprir toda essa demanda”, explica João Paulo Rodrigues, diretor da NewM, empresa especialista no desenvolvimento de projetos de tecnologia para administradoras de consórcio.

    Os aplicativos de autoatendimento oferecem vários benefícios tanto para as empresas quanto para os clientes, que vão desde a redução de custos ao aumento de performance e satisfação dos clientes. Contando com inteligência artificial (IA) para auxiliar a implementação de ações de transformação digital e adotar uma estratégia data-driven, que baseia as tomadas de decisões na interpretação de dados. Uma vez que via esse tipo de solução, a geração de dados é muito grande.

    “A pandemia acelerou a migração das empresas para o digital. Com o aplicativo de autoatendimento é possível oferecer mais autonomia para os clientes, além de melhorar a transparência e comunicação. Para os gestores, usar esse tipo tecnologia é uma grande aliada aos negócios, podendo ser otimizada constantemente, além de ampliar as facilidades do autoatendimento para o cliente”, comenta Jonas Patricke Lauxen, coordenador administrativo da Hs Consórcios, Jonas Patricke Lauxen.

    Com a sexta maior população do mundo, o Brasil contabilizou 230 milhões de celulares conectados em 2019, de acordo com a Fundação Getulio Vargas de São Paulo, o que representa mais de um smartphone ativo por habitante e aponta a liderança do país no mercado de apps da América Latina.

    Para mais informações, basta acessar: https://newm.com.br/solucoes/aplicativos-para-clientes-de-consorcio