Tag: Futebol

  • A argentina mais brasileira do futebol feminino está na semifinal do Paulista

    A argentina mais brasileira do futebol feminino está na semifinal do Paulista

    Agus Barroso, zagueira do Palmeiras é apaixonada na cultura brasileira e conta suas
    aventuras no país

    Desde que retornou ao Brasil para atuar no Palmeiras na temporada 2020, Agustina atuou por 20 jogos e marcou um gol pelo Verdão. A atleta argentina tem se dedicado não apenas dentro de campo mas fora dele, se esforça para aprender Português e um pouco da cultura brasileira.

    Com o idioma na ponta da língua, Agus disse que tem dificuldades com algumas pronúncias: “Na hora de pronunciar joelho, queijo, avó e avô, ainda tenho muita dificuldade. Talvez pra vocês são palavras simples mas eu ainda luto com o sotaque (risos)’’, declarou a atleta.

    Além da língua ser diferente, a atleta teve surpresas em relação a alguns costumes na alimentação, mas afirmou que é fã da comida brasileira. “ Eu sinto muita falta da comida. No entanto, o açaí e a tapioca são duas comidas que não tem na Argentina e agora sou fanática em açaí e quando cheguei achei uma coisa nova e hoje por exemplo a tapioca faz parte da minha dieta.”

    Durante as suas passagens por times brasileiros, teve oportunidade de conhecer algumas cidades do país e declara que apesar de não ter uma cidade favorita, gosta muito das praias. Por causa da pandemia e do isolamento social, as atividades fora de casa e do campo de futebol ficaram mais restritas mas Agus falou dos seus hobbies

    “G osto de passear, estar em lugares com piscinas e praias, já que é bom relaxar e não ficar o tempo todo pensando em futebol. Esse ano fez falta ”.
    Agus elogia a alegria dos brasileiros e a troca de cultura com suas colegas de equipe:

    “A alegria dos brasileiros. É um país que independente da situação nunca esquece de ser feliz e realmente isso muda muito o dia a dia. E a alegria da música, escuto sertanejo e pagode. Eu levo muito a minha cultura pra onde vou e as meninas gostam de perguntar e saber dos meus costumes e a minha cultura, temos uma boa troca”,
    finalizou a jogadora.
    Na próxima quinta-feira (10), Agustina entra em campo com o Palmeiras para disputar
    uma vaga na semifinal do Paulista feminino, contra o atual campeão e recém
    campeão o Brasileiro Corinthians. Na partida de ida, o Timão venceu por 1 a 0.

  • Corinthians faz 4 a 2 no Avaí/Kindermann e fatura Brasileiro Feminino

    Corinthians faz 4 a 2 no Avaí/Kindermann e fatura Brasileiro Feminino

    Depois do 0 a 0 em Floripa, Timão vence em São Paulo e é bicampeão

    Na noite deste domingo (6), a Neo Química Arena, em São Paulo, foi o palco da grande final do Brasileiro de futebol feminino. As donas da casa chegaram à decisão com a melhor campanha do torneio, tendo 17 vitórias, dois empates e apenas uma derrota.

    Já as catarinenses ficaram na sexta posição na primeira fase e, somando as quartas e as semifinais, tinham dez vitórias, cinco empates e cinco derrotas. E, depois do 0 a 0 na partida ida em Florianópolis, quem vencesse o jogo seria campeão. O Avaí até que tentou no início do jogo com a marcação avançada e mais posse de bola. Mas a vitória acabou sendo mesmo do Timão e começou a ser construída logo aos 28 minutos da etapa inicial.

    Gabi Nunes aproveitou a cobrança de escanteio de Diany e, muito bem posicionada na área, abriu o placar. Gol muito festejado pela jogadora que passou por três lesões seguidas no ligamento do joelho e, nesse ano, pegou covid-19. “Finalmente saiu esse primeiro gol no Brasileiro desse ano. Marca essa minha superação, que veio depois de muito trabalho e ajuda de um grupo muito grande de pessoas.

    Pensei até em desistir de jogar. Mas, graças a Deus, estou aqui hoje com esse grupo”, disse a emocionada Gabi Nunes. Logo na sequência, a goleira da seleção brasileira e do Avaí, Bárbara, salvou o time de Santa Catarina em duas oportunidades. Mas, no lance seguinte, aos 32 minutos, ela acabou saindo mal e ofereceu a oportunidade para a meio-campista Gabi Zanotti ampliar de cabeça.

    Depois do intervalo, o Avaí/Kindermann chegou a ter esperanças de empatar o jogo. Logo aos seis minutos, a volante Zoio diminuiu. Catyellen cobrou falta pelo lado direito e ela subiu mais do que Poliana balançar as redes do Timão. Mas as esperanças do time do sul do Brasil duraram pouco. Apenas cinco minutos depois de sofrer o gol, o Corinthians conseguiu marcar outro. De novo com Gabi Zanotti. O gol saiu depois de uma boa jogada em velocidade pelo lado esquerdo. Tamires cruzou, Crivelari tentou e a goleira Bárbara acabou dando rebote na cabeça da número 10 do Timão.

    Depois, no intervalo de apenas um minuto, dois lances quase mudaram o rumo da decisão. Aos 32, a atacante Gabi Nunes do Corinthians recebeu nas costas da zaga, driblou Bárbara e fez. Só que a arbitragem marcou corretamente o impedimento. Aos 33, a artilheira Lelê do Avaí/Kindermann aproveitou a chance e fez o segundo gol. Oportunista, ela foi lançada de forma primorosa pela Bruna, invadiu a área e finalizou com perfeição.

    Esses lances até poderiam ter mudado o rumo da final do Brasileiro. Mas logo depois, aos 36, veio o quarto gol do Corinthians. Vic Albuquerque recebeu a assistência muito boa da Diany e, depois de invadir a área, finalizou com precisão.

    Aos 41, outro gol anulado do Corinthians. Zanotti achou Portilho, que driblou a adversária e fez um belo gol. Mas o árbitro assinalou o impedimento.

    Depois foi só festa de um justo campeão que foi melhor desde o início do torneio e passou por todas as fases com muita superioridade. A taça desse ano é a segunda do Campeonato Brasileiro que vai ser colocada na galeria do Timão. “É um momento muito especial. Prêmio individual para coroar um trabalho de todo um grupo enorme. Trabalhamos demais para chegar até aqui. Ano passado, a final contra a Ferroviária ficou entalada. Agora é só festejar”, disse a Zanotti, escolhida melhor atleta da final, que, com esse título, se sagrou tricampeão nacional.

    Publicado em 06/12/2020 – 22:15 Por Juliano Justo – Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional – São Paulo – Agência Brasil – São Paulo

  • Fla vence e segue na cola do Tricolor Paulista

    Fla vence e segue na cola do Tricolor Paulista

    Palmeiras e Santos empataram por 2 a 2 na Vila Belmiro

    O Flamengo venceu o Botafogo por 1 a 0, neste sábado (5), no Maracanã, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com este resultado, os rubro-negros se mantiveram na terceira posição na tabela de classificação, com a mesma pontuação que o vice-líder Atlético-MG, que tem 42 pontos. Além disso, a equipe comandada pelo técnico Rogério Ceni ficou a dois pontos do líder São Paulo, que joga amanhã (6) contra o Sport no Morumbi.

    Já os alvinegros amargam a vice-lanterna do Brasileirão, com 20 pontos. O time da estrela solitária é o time que menos venceu na competição, ao lado do lanterna Goiás. Ambos possuem apenas três no total, em 23 jogos disputados.

    Com menos de um minuto de bola rolando, o atacante Pedro Raul quase abriu o placar para o Botafogo em um chute cruzado. O goleiro Diego Alves conseguiu intervir no lance. Aos 15 foi a vez dos visitantes responderem. Após lançamento do uruguaio Arrascaeta, Bruno Henrique cara a cara com o goleiro Diego Cavalieri quase marcou. Daí para frente o Flamengo teve o domínio da partida, mas não conseguiu transformar em gol as oportunidades criadas.

    Após o intervalo, aos 9 minutos, Gerson aproveitou o passe errado do lateral-direito Marcinho e tocou para Everton Ribeiro, que bateu de primeira para fazer o gol solitário do clássico. Após o gol os alvinegros tentaram reagir, mas não incomodaram o adversário. A situação ficou ainda mais difícil após a expulsão de Victor Luis, aos 39, após falta dura em Rodrigo Muniz. Entretanto, a diferença numérica em campo foi por pouco tempo, pois quatro minutos depois foi a vez do zagueiro do Flamengo Gustavo Henrique também tomar o cartão vermelho. O jogador, que era último homem, sofreu punição por ter puxado Luiz Otávio, que penetraria na grande área em condição privilegiada. Final de jogo: Flamengo 1, Botafogo 0.

    O próximo compromisso do Flamengo é contra o Santos no domingo (13) que vem. A partida será realizada no Maracanã às 16h (horário de Brasília). Já o Botafogo vai entrar em campo em partida que foi reagendada pela 18ª rodada do Brasileirão. Os alvinegros vão duelar com o atual líder da competição, o São Paulo, na quarta-feira (9), no Morumbi. Confira aqui a tabela atualizada do Campeonato Brasileiro.

    Santos e Palmeiras

    No mesmo horário de Flamengo e Botafogo, Santos e Palmeiras fizeram o clássico da saudade e empataram por 2 a 2 na Vila Belmiro. Em casa, aos 37 minutos do primeiro tempo, o Santos abriu o placar com Diego Pituca, que recebeu passe de Kaio Jorge.

    Na segunda etapa, a equipe alviverde empatou, de pênalti, com Raphael Veiga, aos 9. Na sequência, aos 17, Wlillian aproveitou a sobra na cobrança de escanteio e virou o jogo para os visitantes. Contudo, os donos da casa não desistiram. Aos 25, o atacante Marinho deixou tudo igual em um chute rasteiro.

    Os palmeirenses ainda tiveram Zé Rafael expulso nos acréscimos, aos 47. Porém, a punição não interferiu no resultado final. Santos 2, Palmeiras 2.

  • Porque não podemos ser contra Maradona?

    Ídolo argentino possui histórico de erros e crimes cometidos, mas por algum motivo não se pode falar sobre isto

    A atitude da atleta Paula Dapena me trouxe a reflexão sobre o quanto os seres humanos são hipócritas.

    Podemos até não concordar com o fato de ela não homenagear Diego Maradona, mas errada ela não esta.

    Maradona foi um jogador ímpar…sensacional.

    Mas por isto…seus crimes e erros devem ser esquecidos?

    Se qualquer um de nós fizéssemos um terço do que Don Diego fez, seríamos julgados pela sociedade como demônios.

    Mas Maradona não, sua doença com drogas, atirar em jornalista, associação com máfia entre outras coisas, são vistos por todos com uma normalidade assustadora.

    A hipocrisia esta ao isentar o ídolo de seus erros. Assim como Ronaldinho Gaúcho e tantos outros que também erram.

    Quando erramos pagamos por nossos erros, então vamos evoluir.

    Atleta democraticamente se recusou a homenagear Maradona

    A jogadora, do clube da terceira divisão feminina espanhola, disse, segundo a Folha de S. Paulo, estar sofrendo ameaças após ter protestado contra o ex-jogador e ídolo argentino Diego Armando Maradona em razão das “atrocidades que cometeu fora de campo”.

    Até quando seremos assim? Por sermos diferentes ou pensarmos diferente seremos perseguidos e punidos?

    É triste saber disto o quanto somos hipócritas. Este exemplo de Maradona deixa claro.

    Maradona foi gigante…sim..sem dúvida. Mas deixemos de ser hipócrita, ele não foi Deus.

  • “Hasta siempre, Diego”  Confira a história do gol de Lionel Messi que homenageou o ídolo Maradona.

    “Hasta siempre, Diego” Confira a história do gol de Lionel Messi que homenageou o ídolo Maradona.

    Que o futebol é extraordinário por suas histórias e narrativas, todos nós já sabemos, E podemos ver mais uma dessas gratas surpresas que esse esporte nos proporciona.

    Foi assim em mais um jogo do Campeonato Espanhol, teoricamente um jogo comum, se não fosse por uma semana em que perdemos um dos maiores jogadores da história, Diego Armando Maradona.

    E coube ao maior jogador argentino em atividade, e o único capaz de ser colocado e comparado à Maradona, homenagear “El Pibe”.

    O jogo entre Barcelona e Osasuna já estava no segundo tempo, e o placar de 3 a 0 para o time da casa, e então como se o atual craque argentino decidisse prestar a devida homenagem ao seu ídolo aos 33 minutos da etapa final.

    Gol de Messi.

    Gol comum? Não, o futebol não ia nos reservar isso.

    Messi reproduz um gol de forma idêntica, mesmo que sendo do outro lado do campo, o único gol de Maradona com a camisa de La Lepra (Newell’s Old Boys).

    O ano era 1993, em sua passagem de apenas 6 jogos, Maradona marca o gol em um amistoso contra o Emelec, e em comemoração beija as mãos e ergue os braços para o céu, agradecendo por voltar ao futebol.

    Na arquibancada, um pequeno garoto chamado Lionel Messi, com seis anos, assistia o gênio vestindo a camisa do seu time.

    Voltando ao jogo desse domingo (29), na comemoração do gol, os olhos de todos aguardavam o que faria Messi. Talvez aplaudisse como foi feito em todos os jogos da rodada do campeonato italiano no minuto 10, ou olhasse apenas para o céu em menção ao Eterno Maradona.

    Foi além.

    Por baixo da camisa do Barça, lá estava a camisa do Newell’s, Messi a exibe, e os detalhes registrados pelos fotógrafos: beija as mãos e ergue os braços para o céu. agradecendo por tudo o que Maradona fez pelo futebol.

    Simplesmente, inesquecível.

    Obrigado futebol.

    Obrigado Messi.

    Gracias Diego, Gracias Pibe.

    Foto Reprodução/Barcelona

    Confira abaixo os gols de Messi e Maradona:

  • Conheça Brian Carvalho, jogador versátil e de grande coração do Tricolor Paulista

    Conheça Brian Carvalho, jogador versátil e de grande coração do Tricolor Paulista

    Jogador é um dos destaques da base tricolor

    Na última terça-feira, os jogadores do sub-17 do São Paulo doaram chuteiras e luvas para os adversários em um gesto de solidariedade. Após vencerem a equipe do Tocantins, 1ºBPM, por 8 a 1.

    Ao tomarem conta da dificuldade dos adversários, a equipe paulista decidiu ajudá-los. Os garotos do Tocantins viajaram cerca de 1.900km para a partida no CT de Cotia. Entre os jogadores responsáveis pela doação, estava Brian Carvalho, que mesmo sem patrocínio, doou três chuteiras.

    Desde os oito anos de idade, Brian joga nas categorias de base do clube, mundialmente conhecida por revelar craques para o mundo. Apesar da pouca idade, o atleta que atua como zagueiro e volante, já coleciona alguns prêmios entre eles Campeonato Paulista Sub-15 e Campeonato do Brasil-Japão Sub 15.

    O São Paulo eliminou o Corinthians nos pênaltis, na partida das quartas de final e Brian foi um dos escolhidos para as cobranças, classificando a equipe para a semi. Com a vitória por 8 a 1, em cima do 1ºBPM o Tricolor também avançou às oitavas de final da Copa do Brasil sub-17 e enfrenta o CRB, ainda sem data definida.

    Na próxima sexta-feira (27), o São Paulo recebe no Morumbi, o Fluminense pelo duelo de ida das Semifinais Brasileiro Sub-17, com transmissão ao vivo da SporTV

  • Treinador de futebol aborda o legado de Maradona para o mundo do esporte

    Treinador de futebol aborda o legado de Maradona para o mundo do esporte

    Conhecido nacional e internacionalmente, Marcos Falopa ressaltou a influência de uma lenda e contou muitas curiosidades a respeito dela

    “Um artista da bola”. É assim que o treinador de futebol Marcos Falopa definiu Diego Maradona em uma entrevista ao Canal Imagens em Foco, para o qual falou sobre o legado de uma lenda futebolística e um pouco da brilhante trajetória profissional do argentino. Falopa ainda contou muitas histórias e curiosidades sobre o jogador, afinal, o treinador – conhecido nacional e internacionalmente, já atuou com Pelé, Rivelino, Jairzinho e outros, acompanhou oito Copas do Mundo como observador e analista técnico, entre diversos outros trabalhos – pôde acompanhar o talento argentino de perto.

    De acordo com Falopa, o futebol atual carece de lendas como Pelé e Maradona. Este, segundo o treinador, “criou jogadas e situações para a alegria da torcida” que foram responsáveis por consagrá-lo e torná-lo um mito. Falopa também considera Maradona uma grande inspiração, especialmente para os jogadores iniciantes, que ficará eternizada em corações do mundo todo.

    Texto escrito por Mariana Mascarenhas, apresentadora do Canal Imagens em Foco

  • FPF decide cancelar Copa São Paulo 2021

    FPF decide cancelar Copa São Paulo 2021

    Federação Paulista de Futebol define o cancelamento da competição, por não haver condições de segurança sanitária para os atletas participantes e para a população das cidades que abrigariam as partidas.

    Atletas nascidos em 2001 poderão disputar o torneio em 2022.

    A competição contaria com 128 times e mais de 3800 atletas, sem contar os profissionais envolvidos em cada partida.

    Confira a nota na íntegra da FPF:

    Comunicado da FFP sobre o cancelamento da Copinha de 2021 — Foto: Divulgação
    Comunicado da FFP sobre o cancelamento da Copinha de 2021 — Foto: Divulgação

  • Luto: mito Maradona morre aos 60, informa imprensa argentina

    Luto: mito Maradona morre aos 60, informa imprensa argentina

    Maior jogador da história do futebol argentino sofreu uma parada cardiorrespiratória em sua casa em Tigre, segundo o jornal argentino ‘Clarín’. Ele havia passado por uma cirurgia no cérebro no início do mês.

    Em atualização

    Maior jogador da história do futebol argentino, Diego Armando Maradona morreu nesta quarta-feira (25) aos 60 anos.

    Maradona sofreu uma parada cardiorrespiratória em sua casa em Tigre, segundo o jornal argentino “Clarín”.

    O ex-jogador sofreu uma delicada cirurgia no cérebro no começo do mês e recebeu alta oito dias depois.

    Campeão mundial na Copa de 1986, quando ficou eternizado pelos gols que marcou contra a seleção da Inglaterra, o craque argentino drenou uma pequena hemorragia no cérebro.

    O médico Leopoldo Luque afirmou na ocasião que a cirurgia era considerada simples, mas havia preocupação pela condição de saúde do ex-jogador.

    Craque da Copa 1986

    O momento mais importante da carreira de Maradona ocorreu em 1986, quando ele foi determinante para a conquista da Copa do Mundo daquele ano pela Argentina. Realizado no México, o Mundial serviu para Maradona chegar a ser comparado a Pelé, tamanha a grandiosidade de sua performance.

    Naquele Mundial, Maradona fez cinco gols. Todos diferenciados. Num deles, conhecido como “a mão de Deus”, utilizou a malícia para enganar o árbitro tunisiano Ali Bennaceur, dando um leve soco na bola ao disputar pelo alto com o goleiro Peter Shilton, nas quartas contra a Inglaterra.

    No outro, foi genial, marcando um gol antológico após driblar seis adversários, entre eles o mesmo Shilton desde antes do meio de campo.

    Na final, deu um passe preciso para Burruchaga marcar o gol da vitória por 3 a 2 sobre a Alemanha. A atuação de Maradona ganhou nota 10 da revista italiana Guerin Sportivo, na única vez que a publicação deu nota máxima a um jogador.

    Início da carreira

    Nascido em Lanús, em 30 de outubro de 1960, Maradona, desde os nove anos se destacava nas peladas de rua na periferia de Buenos Aires. Jogava também pela equipe “Los Cebolitas”.

    Foi apresentado ao treinador, Francis Cornejo, das categorias de base do Argentinos Juniors e encantou pelo repertório de seu futebol, com uma canhota habilidosa, controle de bola e chutes precisos, acima da média para a sua idade.

    O treinador teve de convencer os pais de Maradona, Dalma Salvadora Franco, e Diego Maradona, a aceitarem que o menino passasse a treinar no clube.

    Depois que ele começou, sua carreira deslanchou de forma rápida, com multidões se acumulando no pequeno estádio (hoje chamado Diego Armando Maradona) para ver a revelação jogar. Maradona tinha outros sete irmãos: Hugo (que também foi jogador), Raúl, Rita, Maria Rosa, Ana Maria e Cláudia.

    No time de coração

    Atuou entre 1976 e 1981 no Argentinos, tendo marcado 149 gols em 166 jogos. Em 1981 foi emprestado ao Boca, que sempre foi seu clube de coração. Naquele ano ganhou seu único título pelo clube, o do Campeonato Metropolitano, terminando como destaque e artilheiro, com 17 gols.

    Àquela altura, já havia sido convocado para a seleção argentina, aos dezessete anos. Mas com 19, defendeu a seleção sub-20 (antes chamada de juniores) e conduziu o time ao título mundial da categoria, na Rússia (então União Soviética), em 1979. Uma grande frustração foi não ter sido convocado pelo técnico Cesar Menotti para a Copa do Mundo de 1978.

    Barcelona e Napoli

    Em uma escursão do Boca Juniors pela Europa, passou a despertar interesse em clubes do continente, tendo se transferido em 1982 para o Barcelona, onde teve grandes atuações. Mas, por sua personalidade irreverente, permaneceu por menos de dois anos, mesmo tendo conquistado o Espanhol e a Copa do Rei em 1983, além da Supercopa da Espanha em 1984.

    Como se fosse algo predestinado, se transferiu para o Napoli, um clube que nunca havia conquistado títulos nacionais, e fez a equipe se tornar a maior da Itália naquele período.

    Graças às suas atuações, o Napoli ganhou seu primeiro Campeonato Italiano em 1987, repetindo a dose em 1990. Pelo Napoli, Maradona ainda foi campeão da Copa da Itália, em 1987; da Copa da Uefa, em 1989 e da Supercopa da Itália, em 1990.

    Polêmicas

    Polêmico, ardoroso defensor de causas da esquerda, ele se desentendeu com dirigentes, como o então presidente da Fifa, Joseph Blatter, a quem cumprimentou com frieza ao receber a premiação pela segunda colocação da Argentina na Copa de 1990. Na ocasião, Maradona estava aos prantos, mostrando toda a devoção que tinha pela camisa de seu país.

    Maradona disputou ainda a Copa de 1994, aos 34 anos e, tendo iniciado bem a competição, com um golaço contra a Grécia, acabou sendo suspenso quando foi flagrado em um teste de doping, que teria detectado efedrina, norefedrina, pseudoefedrina, norpseudoefedrina e metaefedrina – estão presentes em descongestionantes nasais – antes do segundo jogo, contra a Nigéria.

    Ele jurou nunca ter se dopado e garantiu que foi vítima de uma cilada para arranhar sua imagem e impedir o título argentino.
    Maradona permaneceu no Napoli até 1991. Sua saída teve também relação com um certo desgaste ocorrido em função dele ter se irritado na Copa do Mundo na Itália, quando a seleção argentina foi vaiada durante o hino.

    Decadência

    Do Napoli, se transferiu para o Sevilla, já em um período de decadência futebolística. Ficou na equipe espanhola de 1992 a 1993, tendo participado de um amistoso contra o São Paulo no Morumbi, no qual previu que Cafu, em início de carreira, iria longe no futebol.

    Depois do Sevilla, voltou para o futebol argentino, tendo atuado no Newell´s Old Boys entre 1993 e 1994 e depois no Boca Juniors, entre 1995 e 1997, ano em que se despediu com um jogo festivo em La Bombonera.

    Maradona treinador

    Maradona, depois, se aventurou na carreira de treinador. Fez um bom trabalho comandando a seleção argentina entre 2008 e 2010, tendo dado apoio nos primeiros anos de Messi, considerado seu sucessor, na seleção.

    Mas deixou o cargo contrariado, após a eliminação na Copa do Mundo de 2010, nas quartas de final, reclamando do tratamento recebido de dirigentes. Trabalhou ainda como técnico do Textil Mandiyú (1994); Racing (1995); Al Wasl (Emirados Árabes, 2011 e 2012);

    Al-Fujairah (Emirados Árabes, 2017 e 2018) e Dorados de Sinaloa, México, em 2018. Atualmente era o treinador do Gimnasia e Esgrima, na Argentina.

    Vida pessoal

    Maradona ficou casado com Claudia Villafañe, de 1984 a 2003, com quem teve as filhas Dalma e Giannina. Após um período de relutãncia, ele assumiu a paternidade de Diego Junior, filho de um relacionamento dele com a italiana Cristiana Sinagra, ocorrido quando o craque jogava no Napoli.

    Jana é fruto de sua relação com Valeria Sabalain. Diego Fernando é um dos outros filhos, tido em relacionamento com Veronica Ojeda, que durou oito anos. No fim de 2018, Maradona terminou sua relação com Rocio Oliva, cuja duração foi de cerca de seis anos.

    E em março de 2019, seu advogado Matías Morla, anunciou que Maradona era pai de outros três filhos em Cuba, onde passou períodos em tratamentos contra o vício em drogas.

    Inferno das drogas

    Tal dependência foi algo que assolou a fase final da carreira do jogador. O uso de drogas, principalmente cocaína, se iniciou provavelmente durante sua passagem pelo Napoli, quando a idolatria subiu a patamares muito altos e ele teve dificuldades de lidar com sua condição humana.

    A decisão de abandonar definitivamente a carreira ocorreu após novo teste ter detectado uso de cocaína. Ele teve de passar por algumas internações e idas ao hospital, muitas delas em função de problemas causados pelo vício.

    Naqueles momentos, o povo argentino se mobilizava para rezar por seu ídolo. Desta vez, não houve sucesso. O homem Maradona se foi deste mundo. Mas o mito, ficará para sempre.

  • Neymar e Alisson são finalistas do prêmio Fifa The Best

    Neymar e Alisson são finalistas do prêmio Fifa The Best

    De Arrascaeta, do Flamengo, disputa gol mais bonito no Puskás

    A Fifa, entidade máxima do futebol mundial, divulgou nesta quarta-feira (25) os finalistas do prêmio The Best, que elege os melhores atletas da temporada. O atacante Neymar, do Paris Saint-Germain (França), é um dos candidatos ao posto de melhor jogador entre os homens. Atual detentor da honraria entre goleiros, Alisson, do Liverpool (Inglaterra), está novamente na disputa, ao lado de mais cinco arqueiros.

    Já no prêmio Puskás, de gol mais bonito, o representante “brasileiro” é o meia uruguaio Giorgian De Arrascaeta, do Flamengo, com a bicicleta que balançou as redes do Ceará na vitória rubro-negra por 3 a 0, pela Série A do Campeonato Brasileiro do ano passado.

    Também foram anunciados os indicados ao The Best de torcedores, que premia as melhores demonstrações de amor ao esporte. A trajetória do pernambucano Marivaldo Francisco da Silva, que percorre 60 quilômetros a pé, por 12 horas, para assistir aos jogos do Sport, é uma das finalistas. Em 2019, a história ganhadora foi a da paulista Silvia Grecco, que leva o filho Nickollas – que é deficiente visual – às partidas do Palmeiras e narra o que acontece em campo a ele, que é fanático pelo Verdão.

    Os finalistas receberão votos de técnicos e capitães das seleções e de um jornalista de cada país vinculado à Fifa. Torcedores também participam do processo, mas com peso diferente no voto. A exceção é o Puskás: neste a escolha dos internautas terá o mesmo peso que a do painel de ídolos da modalidade, selecionado pela Fifa – o chamado Fifa Legends. A votação é realizada no próprio site da Fifa. Os votos serão computados até o próximo dia 9 de dezembro e os três melhores anunciados no dia 11.

    A premiação da Fifa deveria ter sido feita em 21 de setembro, mas o sofreu alterações devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19) e foi remarcada para 17 de dezembro. Ao contrário dos últimos anos, em que a entrega dos prêmios se deu em cerimônias de gala, não haverá evento presencial e os vencedores serão anunciados em transmissão por vídeo.

    Na disputa pelo posto de melhor jogador, Neymar tem como rivais o francês Kylian Mbappé (que também joga no PSG), o polonês Robert Lewandowski, o espanhol Thiago Alcântara (ambos do Bayern de Munique, da Alemanha), o egípcio Mohammed Salah, o holandês Virgil Van Dijk, o senegalês Sadio Mané (todos do Liverpool), o espanhol Sergio Ramos (Real Madrid, da Espanha), o belga Kevin De Bruyne (Manchester City, da Inglaterra), o argentino Lionel Messi (Barcelona, da Espanha) e o português Cristiano Ronaldo (Juventus, da Itália). Os dois últimos dominam a premiação desde 2008, com seis vitórias de Messi – atual ganhador do The Best – e cinco de Ronaldo.

    Alisson tem a concorrência do belga Thibaut Courtois (Real Madrid), do costarriquenho Keylor Navas (PSG), dos alemães Manuel Neuer (Bayern de Munique) e Marc-André ter Stegen (Barcelona) e do esloveno Jan Oblak (Atlético de Madri, da Espanha). Entre eles, apenas Courtois – além do brasileiro – ganhou o The Best dos goleiros, que é disputado desde 2017. O belga levou a melhor em 2018.

    No Puskás, o gol de Arrascaeta rivaliza com outros dez – sete do futebol masculino e três do feminino. Pelo Twitter, o meia do Flamengo pediu apoio da torcida: “Escolham o uruguaio certo”. A brincadeira tem a ver com um dos concorrentes ser o compatriota Luís Suarez, do Atlético de Madri, que disputa com um gol de quando ainda defendia o Barcelona.

    Se o atleta rubro-negro vencer, seria a terceira vez que um jogador que atua no Brasil levaria o prêmio. Em 2011, Neymar foi o ganhador com o golaço que marcou em uma derrota do Santos por 5 a 4 para o Flamengo. Quatro anos depois, o então atacante Wendell Lira superou Messi e foi o escolhido com o bonito gol de meia bicicleta que assinalou na vitória por 1 a 0 do Goianésia sobre o Atlético-GO, no Campeonato Goiano de 2015.

    O Brasil não teve indicados aos prêmios de melhor técnico (tanto no masculino como no feminino), goleira e jogadora. Neste último, o país já teve a atacante Marta como ganhadora em seis ocasiões. A mais recente em 2018.