Tag: pandemia

  • Pesquisador vê bolha como única alternativa para futebol em São Paulo

    Pesquisador vê bolha como única alternativa para futebol em São Paulo

    Incidência de infecção por covid-19 em torneios paulistas foi de 11,7%

    O futebol em território paulista está paralisado há duas semanas por conta do aumento de casos e internações pelo novo coronavírus (covid-19). A proibição de eventos esportivos foi determinada pelo Governo de São Paulo após recomendação do Ministério Público Estadual. O pesquisador Bruno Gualano, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), porém, entende que a retomada só poderia ocorrer no formato de bolha sanitária, onde os envolvidos (jogadores, comissão técnica, etc) ficam totalmente isolados.

    “Em um cenário como o nosso, onde a transmissão comunitária [da covid-19] permanece cada vez mais descontrolada, a única maneira que você tem para dar segmento a qualquer tipo de setor, não só o esporte, é isolá-lo da comunidade. Ou isola, ou para”, avalia em entrevista à Agência Brasil.

    Gualano integra a coalizão Esporte Covid-19, que reúne pesquisadores de instituições como os hospitais das Clínicas da FM-USP, Albert Einstein e do Coração, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o Complexo Hospitalar de Niterói (RJ), o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e o Núcleo de Alto Rendimento Esportivo de São Paulo (NAR-SP), com apoio da própria Federação Paulista de Futebol (FPF). O professor coordenou um estudo, divulgado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em cima dos testes feitos em 4.269 atletas que disputaram as competições paulistas em 2020 (masculinas e femininas, profissionais e de base) e em 2.231 membros de equipes de apoio.

    A análise observou que a incidência de infecção pelo novo coronavírus foi de 11,7% (501) entre os esportistas e 7% (161) entre membros de estafe. O último grupo, que reúne dirigentes e membros de comissão técnica, onde a idade é mais elevada e as condições de saúde variam bastante, é o que registrou os casos mais graves. Entre eles, um óbito.

    Segundo Gualano, a porcentagem equivale à da incidência em profissionais de saúde da linha de frente na pandemia. Em nota, o Comitê Médico da FPF sustentou que a comparação “é cientificamente incorreta, pois seguramente a testagem frequente em todos os atletas possibilitou maior número de diagnósticos, principalmente por serem assintomáticos” e que o futebol “realiza mais testes” que a maioria dos segmentos da sociedade.

    “A comparação que fizemos é com base científica”, afirma Gualano. “Os profissionais da linha de frente da saúde foram testados por sorologia, então não há de se falar de eventuais casos não detectados pelo exame de PCR que acontece no futebol. O PCR não é o instrumento mais sensível para se detectar exposições a doença, uma vez que ele tem sensibilidade a uma faixa curta de tempo, três a dez dias. Os inquéritos sorológicos são mais informativos nesse sentido”, completa.

    O pesquisador entende que a realização de mais de 30 mil testes (precisamente 31.632, segundo a FPF, entre 1º de julho e 31 de dezembro de 2020) mostra que a aplicação do protocolo no meio esportivo foi cumprida. O problema, segundo ele, está fora do ambiente do futebol.

    “A positividade [considerando o total de testes realizados] foi baixa, o que significa que se testou adequadamente, isso é importante. O fator preponderante para o alto número de infecções é a falta de controle de transmissão comunitária. Os jogadores seguiram o protocolo no ambiente esportivo. Fora dele, não houve qualquer tipo de controle. Não sabíamos onde esses jogadores iriam se reunir à noite, onde sairiam para jantar, com quantas pessoas conviviam, se eles se higienizavam, se cumpriam o distanciamento. O protocolo não ia até esse ponto”, argumenta Gualano.

    A pesquisa ainda comparou a incidência da covid-19 nos atletas do futebol paulista com outros países, e constatou que o percentual superou ligas como a do Catar (4%) e a Bundesliga, primeira divisão do Campeonato Alemão (0,6%). A nota do Comitê Médico da FPF entende que, “do ponto de vista científico”, tal correlação seria inviável, “afinal, existem enormes diferenças entre os países/ligas”, como as características de protocolos, o período da análise, as características sociais e o estágio da pandemia.

    “Quando a gente faz um estudo como o nosso, de incidência de infecção em uma população restrita, o objetivo é comparar com outros cenários, saber em que estágio estamos de controle epidêmico. O que comparamos, basicamente, foi a abertura do futebol com outros países, que tinham dados publicados cientificamente. Claro que há peculiaridades no cenário epidêmico dos vários países, mais referentes à transmissão comunitária e menos com relação aos protocolos. Justamente pela comparação com outros cenários, a gente consegue chegar à conclusão de que a abertura do esporte em um ambiente não mitigado, de transmissão comunitária elevada, requer medidas mais rígidas de controle de transmissão”, conclui o professor da FM-USP.

    Os jogos de futebol estão proibidos em São Paulo pelo menos até 12 de abril, um dia após o término da Fase Emergencial, a mais restritiva do Plano São Paulo, de combate à covid-19. A FPF se reuniu, no início da semana, com o Ministério Público para apresentar um novo protocolo, mais exigente, para tentar viabilizar a retomada da competição antes do dia 11. Entre as medidas, estão a adoção de bolhas para concentração de atletas e comissões técnicas, com testagem nas 24 horas que antecederem a entrada no isolamento, exames de PCR antes e depois de cada jogo e afastamento do atleta e rastreio de contatos no caso de resultados positivos. A entidade tem afirmado que a Série A1 (primeira divisão) estadual será finalizada na data prevista, em 23 de maio.

  • Conmebol suspende eliminatória sul-americana que seria no fim de março

    Conmebol suspende eliminatória sul-americana que seria no fim de março

    Restrição de viagens de atletas que atuam na Europa motivou decisão

    A Conmebol decidiu neste sábado (6) suspender as próximas datas das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo previstas para fim de março devido às dificuldades para a participação de jogadores que atuam na Europa.

    As equipes deveriam jogar uma rodada dupla entre 25 e 30 de março do torneio que começou em outubro, mas as partidas estavam em dúvida devido à resistência dos clubes europeus em ceder seus jogadores em meio às restrições de quarentena pela pandemia de coronavírus.

  • Pandemia movimenta as redes sociais do futebol

    Pandemia movimenta as redes sociais do futebol

    Levantamento da Ibope/Repucom mostra crescimento de diversos clubes nas redes

    Na edição de março do Ranking Digital dos Clubes Brasileiros, o IBOPE Repucom destaca os resultados de Flamengo, Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos. Os 5 clubes que mais cresceram no período somaram, juntos, cerca de 1,3 milhão de inscritos, 65% do total de 2 milhões de novos inscritos entre os 50 clubes monitorados no Ranking.

    Fato de destaque foi o desempenho inédito dos clubes para um primeiro bimestre. O volume registrado entre janeiro e fevereiro de 2021 foi de 3,9 milhões de novas inscrições entre os 50 clubes monitorados, volume 15% maior em relação a 2020 e 40% maior que a média dos últimos três anos para o período. Campeonatos de peso como a Série A do Campeonato Brasileiro e a Libertadores da América – com times brasileiros como finalistas – concentraram seus momentos decisivos no primeiro bimestre de 2021 e contribuíram para este resultado.

    O Flamengo retomou liderança no crescimento mensal após título do Campeonato Brasileiro de 2020. No último mês o rubro-negro somou cerca de 730 mil novas inscrições em seus canais oficiais. Mais da metade (54%) do desempenho flamenguista é proveniente de seu perfil no Instagram, que somou mais inscritos que qualquer clube conseguiu considerando todas as plataformas no mês anterior. Com o resultado, o clube ultrapassou os 38 milhões de inscritos no combinado de todos os seus perfis sociais. O clube registrou outro feito importante ao bater a marca de 6 milhões de inscritos na “FLA TV”, seu canal oficial no YouTube, e ampliar a vantagem na liderança desta plataforma.

    O Palmeiras, recentemente campeão da Libertadores e atual finalista da Copa do Brasil, também colhe os frutos de sua boa fase e obteve o segundo maior crescimento no último mês. O clube ultrapassou a marca de 13 milhões de inscritos no combinado de suas redes ao somar mais de 208 mil novos inscritos. Assim como o Flamengo, mais da metade (55%) das novas inscrições foram captadas pelo seu perfil no Instagram.

    O Corinthians completa o pódio ao somar 108 mil inscrições em fevereiro, com 70% de participação oriundos de sua conta no Instagram. O clube é o que mais concentra seus resultados no Instagram entre os 10 maiores do ranking. O “Timão” está próximo de bater 1 milhão de seguidores em seu perfil no TikTok e ostenta o segundo maior perfil nesta plataforma entre todos os clubes nacionais.

    São Paulo e Santos fecham o TOP 5 e aparecem em quarto e quinto lugar, respectivamente, somando cerca de 90 mil novas inscrições cada um no último mês. Ambos os clubes concentraram mais da metade de suas novas inscrições em seus perfis no Instagram.

    O Cuiabá ascende à Série A e passa a figurar no Ranking Digital. Com o acesso da equipe cuiabana à Série A o clube ganha protagonismo na publicação do ranking, que por critério contempla sempre os 20 clubes participantes da edição atual do Campeonato Brasileiro e também os 30 clubes com maiores bases digitais, independentemente de sua divisão.

    Outros clubes avançaram, como o Atlético Goianiense, que subiu 2 posiçõesao ultrapassar Grêmio Audax e Brasil de Pelotas, e o Confiança, que assumiu a 49ª posição.

    Veja abaixo o levantamento completo:

    Fonte: IBOPE Repucom – Ranking digital dos clubes brasileiros
    O levantamento é divulgado mensalmente pelo IBOPE Repucom e tem o objetivo de acompanhar o desenvolvimento das bases digitais dos 50 clubes com o maior número de seguidores do país.

  • Palmeiras sai na frente e Corinthians empata o clássico COVIDÃO

    Palmeiras sai na frente e Corinthians empata o clássico COVIDÃO

    Timão sofreu com surto de Covid-19, e Verdão poupou para a final da Copa do Brasil

    O primeiro Dérbi da temporada 2021 terminou empatado. Nesta quarta-feira, pela segunda rodada do Campeonato Paulista, Corinthians e Palmeiras ficaram no 2 a 2 na Neo Química Arena, castigada por uma tempestade no primeiro tempo. Lucas Lima e Gabriel Silva abriram o placar para o Verdão, mas o Timão reagiu com Mateus Vital e Rodrigo Varanda.

    Os rivais atuaram com times alternativos por diferentes motivos. O Corinthians teve um surto de Covid-19 e perdeu oito jogadores para a partida. E o Verdão, concentrado na final da Copa do Brasil, domingo, contra o Grêmio, optou por preservar a maioria dos titulares.

    CORINTHIANS 2 X 2 PALMEIRAS

    Local: Neo Química Arena, São Paulo (SP)

    Árbitrao: Edina Alves Batista (Fifa/SP)
    Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Neuza Ines Back (SP)
    Árbitro de vídeo: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (SP)
    Cartões amarelos: Otero e Xavier (Corinthians); Fabinho e Renan (Palmeiras)

    Gols: Lucas Lima, 4’/1T (0-1); Gabriel Silva, 25’/2T (0-2); Mateus Vital, 35’/2T (1-2); Rodrigo Varanda, 2’/2T (2-2

    CORINTHIANS: Matheus Donelli; Bruno Méndez, Jemerson, Gil e Lucas Piton; Cantillo (Xavier, 28’/2T) e Roni; Rodrigo Varanda (Luan, 28’/2T), Cazares (Otero, 16’/2T) e Mateus Vital (Antony, 41’/2T); Jô. Técnico: Vagner Mancini.

    PALMEIRAS: Vinicius Silvestre; Gabriel Menino (Fabinho, 35’/2T), Luan, Renan e Lucas Esteves; Danilo, Lucas Lima (Victor Luís, 25’/2T) e Gustavo Scarpa (Giovani, 40’/2T); Breno Lopes, Gabriel Silva (Gustavo Garcia, 25’/2T) e Willian (Papagaio, 24’/2T). Técnico: Abel Ferreira.

  • Brasileiro conta como esta sendo viver na Suécia em meio a pandemia

    Brasileiro conta como esta sendo viver na Suécia em meio a pandemia

    Anderson Ponciano aponta a falta de rigidez do governo sueco e grande quantidade de estrangeiros como principais fatores para o aumento de casos no país

    Há mais de dez anos jogando futebol profissionalmente na Suécia, o brasileiro Anderson Ponciano tem se surpreendido com as medidas adotadas pelo governo do país para lidar com a pandemia da Covid-19. Na contramão do mundo, o país tem preferido manter o funcionamento do comércio e das atividades normalmente e apostar no bom senso da população para evitar a propagação do vírus.

    “Aqui sempre existiu muitas regras e o governo confia que a população siga todas elas. Houve muita crítica no começo da pandemia, mas as coisas estavam indo bem, até vir a segunda onda e mudar tudo”, relembra. “Um fator que prejudicou as medidas adotadas pelo governo foi o fato de ter muitos estrangeiros que não seguiam as regras do modo como os suecos seguiam”

    afirma

    O jogador do United IK, time que vai disputar a segunda divisão do campeonato sueco neste ano, conta que no começo da pandemia a regra imposta pelo governo era de 500 pessoas reunidas em locais públicos, mas depois o número foi reduzido para 50, depois para oito, e agora é permitido apenas quatro pessoas juntas. “Bebida alcoólica também não pode ser servida em lugares públicos depois das 20h”, conta.

    Atleta relata triste retrato, muito parecido com o Brasil

    Ainda é permitido ir trabalhar e estudar. “O governo fala que as escolas serão os últimos locais a serem fechados”, comenta. 

    Apesar de quase tudo estar em funcionamento, o número de mortes e casos no país não para de subir. Até o começo desta semana o governo contabilizou 657.307 infectados e 12.826 mortes pela doença desde o começo da pandemia.

    “O uso de máscara é uma recomendação, e não uma regra. Para mim, as pessoas estão agindo de maneira muito normal, tendo em vista que é uma pandemia e muita gente já morreu”

    finaliza

    Carreira

    Anderson Ponciano, de 31 anos, é um jogador de futebol brasileiro, nascido na Baixada Santista (SP), que atualmente vive na Suécia. Aos 19 anos alcançou o sonho de ser um jogador profissional e estrelar em um time da Europa, mas antes de seguir carreira internacional, foi jogador das categorias de base dos times: Associação Atlética Portuguesa Santista e Associação Esportiva Santacruzense, ambos do interior paulista.

  • O futebol da pandemia não para e o Covid também não

    O futebol da pandemia não para e o Covid também não

    O amor ao futebol deve ser maior do que o amor a vida? Tanto a ponderar…

    Mais de 200 mil mortos com a pandemia e o mais incrível é que o futebol brasileiro discute a continuidade ou não de alguns torneios em meio a pandemia todas as dificuldades enfrentadas pelas federações dos últimos meses só revela a incapacidade e a insensibilidade daqueles que gerenciam a paixão nacional o futebol brasileiro se encontra numa lacuna de insensibilidade e responsabilidade total com relação a sua administração.

    Vimos um Campeonato Brasileiro insensível e totalmente desregulado onde A CBF não consegue implantar nenhum protocolo para gerenciamento do vale muito menos saber implantar protocolos para agir durante a pandemia os casos de times que ficaram totalmente desfalcadas durante a competição devido aos altos números de contaminados pelo covid-19 na falta de gerenciamento que existe dentro da Confederação Brasileira de futebol.

    A entidade máxima não tem capacidade para gerenciar o próprio campeonato, imagine as modestas federações estaduais espalhadas pelo país como solicitar que clubes do Acre do Amapá do Sergipe ou de outros estados menos favorecidos financeiramente e seu futebol consiga realizar sem 200 testes de covid em todas as rodadas.

    No que tange a segurança das torcidas e das pessoas que a cercam o negócio futebol mostra total irresponsabilidade e desrespeito para com os seus patrocinadores e seus torcedores, o combustível principal da paixão nacional o futebol é o patrimônio cultural de nossa nação e para tanto é necessário que sim exige responsabilidade e cuidado no que diz respeito à administração desse patrimônio tão importante para a geração de empregos renda e também de diversão para o povo o futebol é sim muito valioso na nossa cultura até para quem não gosta dele mas não podemos negligenciar que estamos com hospitais lotados falta de médicos e principalmente falta de vacinas o país que dá lição ao mundo em vacinação não está conseguindo vacinar sua própria população.

    Se não estamos conseguindo isso porque vamos querer tem mar em realizar os campeonatos estaduais onde a maioria das equipes que disputam são equipes com poucos recursos financeiros, baixíssima estrutura, algumas tem dificuldade até para pagar médicos para acompanhar as suas equipes como elas vão ter dinheiro para garantir exames a todos não é barato não é fácil e as federações que nadam em dinheiro nada fazem para ajudar os pequenos.

    É muito fácil falar em tudo isso quando a gente fala de Flamengo, Palmeiras, Corinthians São Paulo, Santos, Fluminense e outros que vivem uma realidade diferente de um modesto Tupinambá, América e tantos, que vivem contando moedas para garantir o salário daqueles poucos atletas que acreditam no sonho de um dia viver do futebol.

     O futebol da pandemia é o futebol da realidade, do raio-x da crueldade da sociedade nacional onde poucos abnegados estão aí vivendo numa bolha de tranquilidade e conforto enquanto a grande maioria vive o sofrimento do dia a dia da incerteza do dia seguinte em meio às perdas pela doença e com o desemprego, a fome e a insegurança social.

    Lógico é só um dos pontos de vista, afinal, não podemos deixar de pensar que a paralisação do esporte também ajuda a engrossar o desemprego e os problemas na economia ainda mais, são tantos problemas causados pela pandemia, temos que zelar e ao mesmo tempo não podemos parar…muito complicado não?

    Quero sua opinião, diga ai…