No último domingo (25), em Tóquio, a equipe alemã de ginástica substitui o collant pelo macacão em protesto a sexualização da mulher no esporte.
Mais uma vez a seleção feminina de ginástica artística da Alemanha protesta contra a sexualização da mulher no esporte.
Primeiramente, o protesto se iniciou no último campeonato europeu da modalidade. Assim, dessa vez aconteceu na etapa de qualificação da ginástica artística.
Desse modo, no último domingo (25) as atletas voltaram a se vestir com o longo macacão ao invés do curto maiô tradicional.
A princípio, a ideia foi da ginasta Sarah Voss que até hoje é líder da ação juntamente com suas companheiras de equipe.
Dessa forma, o objetivo da equipe é abrir assuntos pertinentes sobre a mulher no esporte. Como por exemplo: abusos sexuais, assédio, sexualização do corpo e sexismo financeiro.
Entretanto, a Federação Alemã de Ginástica afirmou que o principal debate é a diferenciação do uniforme masculino para o feminino.
Assim, homens podem ter direito de preservar a região da virilha. Por outro lado, as mulheres são aconselhados a usar um uniforme cavado na mesma região do corpo.
Ao que tudo indica, não haverá punição pelo protesto. Isso porque a o regulamento permite a escolha entre o collant ou o macacão. Porém, ate então só havia sido utilizado por motivos religiosos.
No entanto, mesmo sem quebrar nenhum protocolo ou regra a equipe conseguiu impactar o mundo, sobretudo esportivo, com o protesto.
A ginasta brasileira Rebeca Andrade comentou o movimento instantes depois de se classificar para três finais:
Isso está sendo uma conquista enorme para as mulheres. Os olhares diferentes, as coisas que as pessoas falam na internet, no direct, no Instagram, a gente tem que aturar, e não precisa. A conquista delas é conquista nossa”.
Porém, a atleta brasileira também disse se sentir confortável utilizando o tradicional collant.
A Alemanha não conseguiu se classificar para as finais de equipe, apesar do grande momento proporcionado.
Foto destaque: Divulgação/Tokyo2020