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ESPORTESNET

O Instituto Clube da Pesca.org desenvolveu uma competição focada nos usuários das redes sociais. A competição foi lançada com o objetivo de incentivar a pesca esportiva e a preservação ambiental e o resultado foi um alto índice de adesão.

A ideia da competição organizada online denominada de Ranking Nacional da Traíra provocou um verdadeiro “movimento” em pessoas que não tinham hábitos de sair da rotina digital. Incentivadas pelo espírito de competição ou até mesmo pela premiação dada em brindes aos primeiros colocados, pais, filhos e famílias inteiras se viram na beira de um corpo d´água tentando capturar um dos peixes mais famoso do Brasil.

Divulgada na rede social do Instituto Clube da Pesca.org, que conta com mais de 250 mil seguidores no Instagram, a competição foi potencializada pela explosão do consumo de internet ocasionado pela pandemia.

“Outro fator que potencializou o alcance do Ranking Nacional da Traíra foi a facilidade de realizar a inscrição, que é feita de forma online, sendo a régua de medição do peixe enviada para todo o território nacional. A escolha da espécie Traíra, conhecida e presente em todo país, também colaborou com a adesão surpreendente”, relata o Dr. Thiago H. Fantini, presidente e fundador do instituto.

Dentre as regras para homologação da captura está o criterioso vídeo da medição e soltura do espécime, além da postagem na própria rede social do competidor. Dessa forma é possível a conferência das regras e visualização da captura homologada por todos os interessados. A competição não só incentiva a prática de uma atividade ao ar livre como também transmite a importante mensagem de conscientização, que é a obrigatoriedade de soltura do peixe.

O Pesque-e-solte é uma modalidade crescente no Brasil, pais de maior malha hidrográfica do mundo e já aparece em diversas pesquisas e artigos científicos. O Centro Especializado em pesca do Ibama, com apoio do Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora (PNDPA) e do Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros Continentais (CEPTA), realizaram pesquisas sobre a prática do “pesque-e-solte”, a fim de determinar como são afetados física e fisiologicamente os peixes capturados e devolvidos à natureza.

No estudo mais importante relativo ao assunto, intitulado “Sobrevivência de peixes capturados na modalidade pesque-e-solte em viveiros de pesca”, os resultados obtidos comprovaram que os peixes capturados, mesmo sujeitos a predações e feridas durante a “briga”, tiveram um índice de sobrevivência de 90%. O estudo foi tão complexo que foram observados desde peixes que sofreram apenas o ferimento provocado pelo anzol até peixes que sofreram mordidas de predadores como as piranhas, lesões oculares e lacerações. O resultado da pesquisa foi tão otimista para a prática esportiva que o estudo serviu de base para o livro lançado pelo Ibama, “Pesque-e-Solte: Informações Gerais e Procedimentos Práticos”.

Uma vez que os dados científicos rebateram as poucas correntes contrárias à prática, a atividade primária e subsistente conhecida como pesca passou a ser vista como um esporte, que além de movimentar a economia atrelada ao turismo, incentiva a preservação ambiental, a manutenção dos estoques pesqueiros.

A pesca vista como esporte favorece também o desenvolvimento sustentável, visto que as práticas ao ar livre além de trazerem benefícios aos praticantes, proporcionam maior preservação ambiental nos locais onde a atividade acontece, uma vez que aquele meio é essencial para a manutenção da atividade.