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  • Juventus-SP: Conselheiros Aprovam Criação da SAF e Abrem Caminho para a Modernização do Clube da Mooca

    Juventus-SP: Conselheiros Aprovam Criação da SAF e Abrem Caminho para a Modernização do Clube da Mooca

    Decisão histórica em Assembleia Geral marca um novo capítulo para o Moleque Travesso e visa a profissionalização do futebol

    Em uma decisão que promete transformar o futuro do Clube Atlético Juventus, o Conselho Deliberativo do clube paulista aprovou, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada no tradicional Salão Nobre do clube, a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A votação, que contou com a participação de conselheiros e associados, foi o passo decisivo para a modernização e a profissionalização da gestão do departamento de futebol do Moleque Travesso.

    A medida histórica, que vinha sendo debatida há meses nos bastidores, representa um divisor de águas na centenária trajetória do time da Mooca. Com a aprovação da SAF, o Juventus poderá atrair novos investimentos, gerar receitas e, consequentemente, fortalecer seu elenco e sua estrutura. A expectativa é que a profissionalização da gestão garanta mais competitividade ao clube nas disputas do Campeonato Paulista e nas demais competições que participa.

    O que muda com a SAF do Juventus-SP?

    A principal mudança com a implementação da SAF é a separação da gestão do futebol da gestão social do clube. A partir de agora, o departamento de futebol do CA Juventus funcionará como uma empresa, com CNPJ próprio e uma diretoria dedicada exclusivamente à administração da equipe. A iniciativa visa a transparência e a eficiência na aplicação dos recursos.

    Outro ponto crucial é a possibilidade de atrair investidores dispostos a injetar capital no clube em troca de participação acionária na SAF. Esses recursos serão fundamentais para a modernização da infraestrutura, a contratação de jogadores de ponta e a formação de atletas nas categorias de base, um dos pilares do futuro sucesso do clube.

    Os próximos passos para a implementação da SAF

    Com a aprovação da criação da SAF, o próximo passo é a avaliação dos ativos do clube e a busca por um parceiro investidor. A diretoria do Juventus já vem estudando o mercado e as melhores práticas de gestão de clubes-empresa. O objetivo é encontrar um grupo que compartilhe dos valores e da história do clube, garantindo um futuro promissor sem abrir mão das suas raízes.

    A diretoria do Moleque Travesso ressalta que a aprovação da SAF é um projeto de longo prazo. A implementação completa exigirá tempo, planejamento e, acima de tudo, o apoio da apaixonada torcida juventina, que agora vislumbra um futuro com mais conquistas para o time de seu coração.

  • A Profissionalização da Gestão no Futebol do Brasil

    A Profissionalização da Gestão no Futebol do Brasil

    A Lei 14.193 de 2021, conhecida como a Lei das Sociedades Anônimas de Futebol (“Lei da SAF”), teve como origem o PL nº 5.516, de 2019

    Por: Fernando Drummond

    Desde a promulgação da lei, mais de 20 clubes de futebol no Brasil aderiram ao novo modelo societário, como Cruzeiro, Botafogo, Vasco da Gama e Bahia.

    Constituindo-se como um tipo específico de sociedade, a SAF traz instrumentos de mercado que permitem o financiamento e a capitalização dos clubes de futebol, além de trazerem mais transparência e governança corporativa. A SAF apresenta, ainda, atrativos aos clubes, como a maior possibilidade de investimentos e regime tributário diferenciado.

    Uma das razões para que o futebol não seja explorado como deveria no Brasil é a má gestão dos times em razão do modelo associativo, adotado pela grande maioria das entidades desportivas brasileiras. Dentre os problemas concernentes a este modelo estão a dificuldade de tomada de decisão gerencial, em decorrência da quantidade de associados; a dificuldade de responsabilização dos dirigentes, com diversos casos de corrupção; e a má gestão do futebol, que tem resultado em dívidas milionárias de diversos clubes.

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    A preferência dos clubes pelo modelo associativo é explicada pelas, dentre outros motivos pelas isenções tributárias. Contudo, as associações possuem limitações para captação de recursos e apresentam grande instabilidade na gestão.

    A SAF surge, assim, como um modelo que tem como objetivo profissionalizar a gestão dos clubes de futebol no Brasil e fortalecer o mercado no ramo, apresentando especificidades suficientemente interessantes para que o modelo associativo seja repensado pelos clubes.

    Percebe-se que a Lei da SAF tem demonstrado bons resultados e que seus pontos controvertidos estão sendo discutidos a partir de sua aplicação prática nos últimos anos.

    Assim, o legislador foi bem-sucedido ao criar um modelo societário exclusivo para o futebol, apoiando-se no exemplo de países europeus, abordando o problema do endividamento dos clubes e a dificuldade da arrecadação de investimentos.

    Desse modo, o cenário mostra-se favorável para investidores estrangeiros e nacionais, de forma a beneficiar não só os clubes de futebol, mas toda a população pelo aproveitamento do potencial deste nicho na economia do país. 

    Fernando Drummond é Vice-presidente, COO e Sócio do Marcelo Tostes Advogados, Mestre em Direito Empresarial e Especialista em Mediação e Resolução de Conflitos pela NYU

  • Bahia avança sobre SAF, mas ainda não chegou a um acordo final

    Bahia avança sobre SAF, mas ainda não chegou a um acordo final

    Grupo City é o parece mais próximo de acordo com o Bahia

    O Bahia e o Grupo City avançaram na negociação para uma venda de uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do clube. Já são quase seis meses de discussão de detalhes de como funcionaria a aquisição.

    Vasco e Botafogo também adotaram à SAF, e outros clubes estão indo pelo mesmo caminho. Desde o início do ano, o Bahia vem sendo apontado como alvo de investidores, e no mês passado surgiu o interesse do Grupo City, dono do Manchester City. Desde então, o Conselho Deliberativo realiza eventos no intuito de estudar o modelo.

    Segundo informação do portal ESPN, as negociações que se arrastam por quase dois meses estão avançadas e o Bahia deve apresentar a proposta do Grupo City aos sócios-torcedores para votação, porém, antes disso, a diretoria ainda discute sobre algumas cláusulas. Quando tudo estiver alinhado, a proposta será então encaminhada ao Conselho Deliberativo, que conta com uma comissão provisória formada por sete conselheiros que irão analisar a fundo todos os pontos do acordo.

    Ainda segundo a reportagem, a tendência é que a negociação da venda das ações seja entre 70% e 80% do total. No entanto, o Bahia não abre mão de que questões como o símbolo e cores de camisa não sofram grandes transformações. Essa é uma das exigências feitas pelo clube. O processo de análise do pré-contrato e a oficialização da proposta deverá acontecer em um período de duas semanas. Em meados de abril, a oferta final deverá ser encaminhada ao Conselho Deliberativo.

    Com uma dívida na casa dos R$ 250 milhões, agravada com o rebaixamento à Série B do Brasileiro, fora a eliminação na Copa do Nordeste, que poderia ser uma fonte de renda com as premiações, o Bahia tem como objetivo com a SAF não apenas o aporte financeiro para a contratação de reforço, mas principalmente para quitar as dívidas.

    Hoje, o City Football Group conta com dez times: Manchester City, da Inglaterra; Melbourne City, da Austrália; Mumbai City, da Índia; New York City, dos Estados Unidos; Girona, da Espanha; Yokohama Marinos, do Japão; Montevideu City Torque, do Uruguai; Sichuan Jianiu, da China; Lommel, da Bélgica; e Troyes, da França. É o maior conglomerado de times do mundo.

    Nas redes sociais, o jornalista Darino Sena, torcedor declarado do Esporte Clube Bahia, se posicionou contrário a possibilidade de alteração no escudo do clube.

    Informações de https://futebolbahiano.org/2022/03/saf-bahia-nao-abre-mao-de-manter-tradicoes-e-faz-exigencias-ao-grupo-city.html