A rede não balançou pela primeira vez na Copa do Mundo do Catar
Nesta terça-feira (22), Dinamarca e Tunísia empataram sem gols no Estádio Cidade da Educação, na capital Doha.
O confronto inaugurou o Grupo D da competição, que ainda reúne França e Austrália. Os atuais campeões mundiais estreiam logo mais, às 16h (horário de Brasília) desta terça, no Estádio Al Janoub, em Al-Wakrah.
Resultado à parte, o jogo foi especial para Cristian Eriksen. Em 12 de junho de 2021, o dinamarquês sofreu uma parada cardíaca em uma partida da Eurocopa, contra a Finlândia. O meia, que disse, à ocasião, que tinha “morrido por cinco minutos”, teve de colocar um marca-passo e viu o futuro no futebol em dúvida. Ele, porém, voltou aos gramados em janeiro deste ano e retornou à seleção dois meses depois.
A Dinamarca, aliás, foi a campo vestindo uma camisa monocromática, onde o escudo da federação e o logotipo da empresa de material esportivo estão “camuflados”. Trata-se de um protesto contra denúncias de violação aos direitos humanos no Catar. A seleção era, ainda, uma das que pretendia adotar a expressão One Love (“Um amor”, na tradução do inglês) na braçadeira de capitão, alusiva à causa LGBTQIA+, mas que acabaram recuando por pressão da Federação Internacional de Futebol (Fifa). A homossexualidade é proibida no país-sede da Copa.
FIFA World Cup Qatar 2022 – Group D – Denmark v Tunisia Um ano e cinco meses após sofrer uma parada cardíaca durante jogo da Eurocopa, o meia Cristian Eriksen entrou em campo pela seleção dinamarquesa na Copa do Catar – Reuters/Bernadett Szabo/Direitos Resevados O próximo compromisso de tunisianos e dinamarqueses será no sábado (26), pela segunda rodada do Grupo D. Às 7h, os africanos encaram a Austrália no Al Janoub. Mais tarde, às 13h, os escandinavos pegam a França no Estádio 974, na capital Doha.
Águias dominam primeiro tempo
Empurrada pela torcida, maioria no Cidade da Educação, a Tunísia controlou o primeiro tempo, adiantando a marcação e saindo em velocidade. Aos 11 minutos, o lateral Mohamed Dräger finalizou da intermediária, a bola desviou no zagueiro Andreas Christensen e passou rente à trave direita. Na sequência, Anis Ben Slimane cobrou escanteio pela esquerda e o também atacante Youssef Msakni, de cabeça, mandou por cima da meta, com perigo.
Os tunisianos até balançaram as redes aos 23, com Issam Jebali, mas o lance foi invalidado. O atacante recebeu às costas da zaga escandinava e bateu na saída do goleiro Kasper Schmeichel, em posição de impedimento. Aos 38, mais um susto africano, agora com Aissa Laidouni. O volante ficou com a sobra de uma cobrança de escanteio e finalizou na pequena área, pela direita, acima do gol. Quatro minutos depois, Jebali foi lançado na cara de Schmeichel e tentou encobrir o arqueiro escandinavo, que salvou com a mão trocada, evitando o primeiro das Águias do Cártago.
E a Dinamarca? Pouco se viu da equipe que “passeou” nas Eliminatórias Europeias (nove vitórias em dez jogos) e até derrotou a França em setembro, por 2 a 0, pela última rodada da Liga das Nações. Sem espaço no meio, a seleção europeia tentou chegar pelos lados, sem eficácia. A oportunidade mais aguda na primeira etapa foi um chute do volante Pierre Hobjerg, da entrada da área, que o goleiro Aymen Dahmen agarrou no meio do gol, aos 33 minutos.
Dinamáquina para na trave
A Tunísia voltou para o segundo tempo iniciando a marcação no meio-campo e apostando nos contra-ataques, ainda que esbarrando na carência de qualidade técnica no último passe. Com mais espaço, a Dinamarca, enfim, conseguiu ser perigosa. Aos nove minutos, o atacante Andreas Skov Olsen pegou a sobra de um chute do lateral Joakim Maehle e mandou para as redes, mas o que seria o primeiro gol europeu foi anulado por impedimento na origem do lance, em um cruzamento do meia Mikkel Damsgaard pela direita.
Aos 23, foi a vez de Eriksen testar Dahmen, que fez boa defesa em finalização da entrada da área do camisa 10, mandando para fora. Na cobrança do escanteio, Christensen escorou na pequena área e o atacante Andreas Cornelius, com o gol vazio e quase em cima da linha, parou na trave esquerda, na oportunidade mais clara da partida até então.
O confronto, aos poucos, perdeu intensidade, com erros de passe de ambos os lados e pouca criatividade. Nos acréscimos, o árbitro mexicano Cesar Ramos foi chamado ao vídeo para conferir uma suposta penalidade a favor da Dinamarca, por toque na mão na área, após cobrança de escanteio por Eriksen. O juiz viu a jogada rapidamente, mas manteve a marcação de campo. No fim, nada de gols no Cidade da Educação.
Há 32 anos os hermanos não perdiam em estreias de Mundiais
A Copa do Mundo do Catar precisou de três dias de bola rolando para conhecer a primeira grande zebra desta edição – quiçá, uma das maiores da história da competição. Nesta terça-feira (22), a Arábia Saudita venceu a Argentina, do craque Lionel Messi, atual campeã sul-americana, por 2 a 1, de virada, no Estádio Lusail.
O duelo foi o primeiro do Grupo C do Mundial, que ainda tem Polônia e México. Europeus e norte-americanos se enfrentam mais tarde nesta terça, às 13h (horário de Brasília), no Estádio 974, na capital Doha.
Foi a primeira vez que os Falcões Verdes estrearam com vitória em uma Copa – nas cinco participações anteriores, foram quatro derrotas e um empate. A Albiceleste, por sua vez, não tropeçava na rodada de abertura de um Mundial desde 1990, quando perdeu de Camarões, por 1 a 0, na Itália.
O resultado negativo encerrou uma invencibilidade de 36 jogos oficiais da Argentina e impediu que a equipe sul-americana igualasse a maior sequência sem derrotas do futebol de seleções. A marca segue com a Itália, que ficou 37 partidas sem perder de 2018 a 2021. O último tropeço dos hermanos tinha sido para o Brasil, por 2 a 0, no Mineirão, em Belo Horizonte, na semifinal da Copa América de 2019.
Apesar do revés, o jogo também foi histórico para Messi. Só por estar em campo, o craque se isolou como o argentino com mais Copas disputadas (cinco), além de igualar o ex-volante Javier Mascherano como segundo jogador do país com mais partidas em Mundiais (20), atrás somente do ídolo Diego Armando Maradona (21).
As seleções retornam a campo neste sábado (26), pela segunda rodada. Os sauditas jogam às 10h, contra a Polônia, no Estádio Cidade da Educação, em Al Rayyan. Às 16h, novamente no Lusail, a Argentina mede forças com o México.
Argentina à frente, mas….
Bastou um minuto de jogo para Messi dar o primeiro susto à defesa saudita. Uma batida chapada, no canto direito, da entrada da área, obrigou o goleiro Muhammed Al-Owais a se esticar para evitar o gol argentino, mas era questão de tempo. Aos sete minutos, o árbitro eslovaco Slavko Vincic foi chamado ao vídeo para analisar um puxão do lateral Yasser Al-Shahrani no volante Rodrigo De Paul, dentro da área. O pênalti foi assinalado e coube à Messi, aos oito, deslocar Al-Owais na cobrança e colocar os hermanos à frente.
Após a ducha de água fria com menos de dez minutos, a Arábia se arrumou em campo, subindo as linhas de marcação e “convidando” os argentinos a buscarem lançamentos, apostando em uma linha de impedimento bem sincronizada para neutralizar o ataque rival. A estratégia, embora arriscada, funcionou, deixando a equipe sul-americana fora de jogo sete vezes em 20 minutos. Messi e o também atacante Lautaro Martínez até balançaram as redes, mas os lances foram invalidados por centímetros.
A sequência de impedimentos aguçou a ansiedade no time argentino, que errou mais passes que o normal e praticamente não deu mais sustos à meta saudita no primeiro tempo. Não que os asiáticos, porém, estivessem aproveitando. À frente, os Falcões Verdes esbarraram na falta de criatividade e insistiram em bolas aéreas, dando zero trabalho ao goleiro Emiliano Martínez. Até aquele momento, é claro.
Virada saudita
No retorno do intervalo, a ducha de água fria foi dos sauditas para cima dos argentinos. Aos dois minutos, Messi perdeu a bola no meio e “deu” o contra-ataque para os asiáticos, finalizado em um chute cruzado de Saleh Al-Shehri, que recebeu do meia Feras Al-Brikan, ganhou do zagueiro Cristian Romero e bateu no canto de Emiliano Martínez. Cinco minutos depois, na sobra de um chute pela direita que explodiu na zaga, o também atacante Salem Al-Dawsari dominou no lado esquerdo da área, cortou para dentro, driblou De Paul e arrematou no ângulo. Virada no Lusail.
A partida se tornou um verdadeiro ataque contra defesa, com louvável entrega saudita e péssimas pontaria e inspiração argentinas. Aos 17 minutos, Al-Owais fez um milagre ao salvar um desvio do lateral Nicolás Tagliafico na pequena área, após chute do zagueiro Lisandro Martínez quase na marca do pênalti. Aos 38, o goleiro levou a melhor contra Messi e agarrou a cabeçada do astro, que estava livre na área, após cruzamento pela direita do atacante Ángel Di Maria.
Aos 45 minutos, Júlian Álvarez teve a oportunidade mais clara dos hermanos, ao finalizar sem goleiro, dentro da área, após uma dividida entre Al-Owais e o zagueiro Nícolas Otamendi. O chute do atacante foi salvo de cabeça, em cima da linha, pelo zagueiro Abdulelah Al-Amri. A partida terminaria aos 53, mas ganhou seis minutos a mais de acréscimos depois de um choque entre o goleiro saudita e Al-Shahrani, que caiu desacordado e teve de ser substituído, mesmo recuperado. Os sul-americanos, porém, não aproveitaram o tempo extra e a zebra passeou de vez no Catar.
Americanos dominam 1º tempo, mas galeses melhoram e empatam no fim
De um lado os Estados Unidos, que ficaram de fora da última Copa, na Rússia (2018). De outro o País de Gales, que disputou seu único Mundial em 1958, há 64 anos.
Tanta ansiedade pela volta ao maior palco do futebol mundial fez as equipes protagonizarem, nesta segunda-feira (21), uma partida quente no Estádio Ahmad Bin Ali, pela primeira rodada do Grupo B da Copa do Catar, que terminou empatada em 1 a 1.
Dois lances, logo aos 9 minutos, mostraram que os norte-americanos entraram mais ligados. Num cruzamento para a área, Rodon quase marcou contra.
O goleiro Hennessey, de Gales, estava atento para evitar o pior. Depois, em nova bola aérea, a trave salvou os europeus, na cabeçada de Sargent. Essa foi a tônica do 1º tempo, os norte-americanos com mais posse de bola, melhores chances e os galeses sempre se defendendo.
Aliás, 64 anos atrás, as imagens ainda em preto e branco gravadas na Copa da Suécia também mostravam o País de Gales sempre na retranca, principalmente contra o Brasil.
O jogo veloz dos dias atuais não perdoa erros, e os Estados Unidos contra-atacaram rápido. Timothy Weah, atacante do Lille (França) recebeu passe em profundidade de Pulisic e avançou livre para bater na saída de Hennessey. 1 a 0 aos 35 minutos do primeiro tempo. Era o fim da retranca.
Timothy Weah, nascido em Nova Iorque no ano 2000, é o filho do presidente da Libéria. Seu pai, George Weah, foi craque de bola nos anos 1990, atuando pelo Milan (Itália), mas jamais disputou uma Copa do Mundo.
Na etapa final, o técnico Rob Page fez uma alteração no ataque para tentar melhorar. O time galês realmente foi para cima, forçou os norte-americanos a fazerem mais faltas e a partida ganhou em qualidade, embora a posse de bola continuasse com quem mandava no placar.
Com o País de Gales mais próximo da área americana, as chances de bola parada foram se multiplicando. Aos 19 minutos, Davies cabeceou bem, mas Turner espalmou de forma elástica. Na cobrança do escanteio, outra testada, agora de Moore, mas desta vez passando acima da meta.
A diferença de comportamento dos times após o intervalo deu resultado aos 35 minutos. Gareth Bale recebeu na área e foi derrubado de forma brusca por Zimmerman. Pênalti claro que o árbitro catari marcou. O próprio Bale bateu com força e balançou as redes: 1 a 1.
Aos 43 minutos, o galês Johnson invadiu a área, mas o chute saiu fraco, centralizado no peito do goleiro Turner, que defendeu impedindo a virada.
O empate deixou o Grupo B em aberto. Enquanto a Inglaterra, com 3 pontos, aparece como favorita óbvia para passar em primeiro lugar, os outros três integrantes prometem lutar muito pela segunda vaga.
Na próxima rodada, a Inglaterra enfrenta os Estados Unidos. Já o País de Gales mede forças com o Irã. Os dois jogos serão disputados na próxima sexta-feira (25).
Duelo no Al Rayyan abriu o Grupo B e teve arbitragem brasileira, que atuou muito bem
A Inglaterra não tomou conhecimento do Irã na estreia das seleções na Copa do Mundo do Catar. Nesta segunda-feira (21), o English Team superou o Team Melli por 6 a 2, no estádio Khalifa International, em Al Rayyan.
O triunfo encerrou um jejum de oito meses (ou seis jogos) sem vitórias dos campeões mundiais de 1966 em partidas oficiais.
O confronto inaugurou o Grupo B do Mundial, que também reúne País de Gales e Estados Unidos. Os outros dois integrantes da chave jogam nesta segunda-feira, às 16h (horário de Brasília), no Estádio Ahmad Bin Ali, em Doha.
O duelo marcou, ainda, a “estreia” do Brasil na Copa. O árbitro brasileiro Raphael Claus foi responsável pelo jogo em Al Rayyan, tendo os compatriotas Rodrigo Figueiredo e Danilo Simon como auxiliares. O outro trio de arbitragem do país no Mundial, formado por Wilton Pereira Sampaio e os assistentes Bruno Boschilia e Bruno Pires, estará à cargo de mais uma partida desta segunda-feira, entre Senegal e Holanda, que finalizam a primeira rodada do Grupo A às 13h, no Estádio Al Thumama, em Doha.
Ingleses e iranianos voltam a campo na sexta-feira (25), pela segunda rodada. Os asiáticos encaram o País de Gales às 7h, no Ahmad Bin Ali. Os europeus terão o EUA pela frente às 16h, no Estádio Al Bayt, em Al Khor.
Protestos no pré-jogo
Alguns torcedores (de ambos os sexos) nas arquibancadas ergueram cartazes exigindo liberdade ao direito das mulheres no Irã. Além disso, durante a execução do hino nacional, os jogadores iranianos ficaram em silêncio. As manifestações acompanham uma onda de protestos iniciada após a morte de Mahsa Amini, iraniana de origem curda, há cerca de dois meses. Ela estava sob custódia da polícia moral do país asiático por utilizar “trajes inadequados”. A repercussão do caso gerou, inclusive, pedidos de exclusão da seleção do Oriente Médio da Copa.
Jogadores da seleção iraniana silenciaram no momento do hino do país em apoio aos protestos contra a morte da jovem Mahsa Amini, sob custódia da polícia, após ter sido presa pelo uso inadequado do hijab (lenço) – Reuters/Marko Djurica/Direitos Reservados
Antes de a bola rolar, os jogadores da Inglaterra ajoelharam no gramado, em manifestação contra o racismo. O atacante Harry Kane utilizaria a braçadeira de capitão nas cores do arco-íris, com a expressão “One Love” (“Um Amor”, na tradução do inglês), em apoio à comunidade LGBTQIA+, mas o risco de punições pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), como sanções esportivas ou multas, fez o English Team e outras seleções que pretendiam fazer o mesmo voltarem atrás. A postura do Catar quanto à causa é motivo de críticas desde a escolha da nação asiática como sede do Mundial.
Antes do apito inicial, jogadores ingleses se ajoelham no gramado do estádio Al Rayyan em protesto contra o racismo – Reuters/Carl Recine/Direitos Reservados
A Fifa argumenta que o artigo 13.8.1 do regulamento de equipamentos da entidade determina que o capitão de cada time, em competições organizadas pela federação, deve utilizar a braçadeira por ela disponibilizada. A faixa liberada tem os dizeres “No Discrimination” (“Sem discriminação”, na tradução).
Susto e passeio inglês
Logo no começo da partida, aos sete minutos do primeiro tempo, o goleiro iraniano Ali Beiranvand se chocou, de cabeça, com o lateral Majid Hosseini, ao cortar um cruzamento de Kane pela direita. Após oito minutos de paralisação, o camisa 1 tentou retornar ao jogo, mas não resistiu à tontura e foi substituído, dando lugar ao reserva Hossein Hosseini.
Como esperado, a Inglaterra teve a iniciativa ofensiva e apostou em ataques pelos lados. O Irã, por sua vez, congestionou a área para diminuir o espaço de finalização. Quando conseguiu acelerar a troca de passes, o time europeu assustou. Aos 29 minutos, o atacante Raheen Sterling tabelou pela direita com Bukayo Saka, que cruzou à meia altura para o também meia Mason Mount chutar na pequena área, na rede pelo lado de fora. Dois minutos depois, o lateral Kieran Trippier cobrou escanteio e o zagueiro Harry Maguire cabeceou no travessão.
Aos 33 minutos, a pressão inglesa, enfim, derrubou a muralha iraniana. Após uma boa troca de passes na esquerda, o lateral Luke Shaw cruzou e o volante Jude Bellingham, de cabeça, deslocou Hossein Hosseini para abrir o placar – e a porteira asiática. Aos 42, Shaw cobrou escanteio pela esquerda, Maguire ajeitou e Saka acertou um lindo chute de primeira, ampliando para os europeus. Os jogadores do Irã cercaram Raphael Claus, reclamando de falta de Maguire no zagueiro Roozbeh Cheshmi, mas o árbitro brasileiro manteve a marcação de campo.
Com dois gols de vantagem, os ingleses obrigaram os rivais a avançarem as linhas e os conduziram a uma armadilha, possibilitando o contra-ataque que originou o terceiro gol, três minutos após o segundo. Aos 45, Kane recebeu pela direita e cruzou à meia altura para Sterling concluir próximo à pequena área, sem chances para Hossein Hosseini.
O cenário do primeiro tempo não se modificou na etapa final, com predominância inglesa no ataque. Aos 16 minutos, a defesa iraniana deu espaço para Saka receber de Sterling na área, tirar dois marcadores da jogada e finalizar no canto para marcar o segundo dele na partida e o quarto do English Team. Desta vez, porém, os asiáticos esboçaram uma reação. Três minutos depois, o meia Ali Gholizadeh – que tinha entrado em campo na volta do intervalo – recebeu na entrada da área pela direita e deixou Mehdi Taremi na cara do gol. O atacante, frente a frente com o goleiro Jordan Pickford, soltou a bomba e descontou.
Só que os ingleses não deixaram o Irã se animar com o gol. Aos 25, poucos segundos após entrar em campo no lugar de Saka, o atacante Marcus Rashford foi lançado por Kane em contra-ataque pela esquerda, invadiu a área com liberdade, deslocou Majid Hosseini e bateu rasteiro, fazendo o quinto dos europeus.
Em ritmo de treino e administrando o resultado, a Inglaterra ainda encontrou brecha para o sexto gol, novamente com participação do banco de reservas, agora, de ambos os atletas envolvidos no lance. Aos 43 minutos, o atacante Callum Wilson recebeu na área e tocou para o meia Jack Grealish finalizar na saída de Hossein Hosseini. Nos acréscimos, Raphael Claus – com auxílio do árbitro de vídeo (VAR) – deu pênalti do zagueiro John Stones no atacante Morteza Pouraliganji. Taremi converteu a penalidade e deu números finais à partida, diminuindo o prejuízo asiático.
Times mostram que estão em outro patamar no Grupo A da Copa
Sem contar com a habilidade de Sadio Mané, cortado por contusão, Senegal não se intimidou com a tradição e o poderio da Holanda. Os africanos foram para cima, pressionaram muito, mas acabaram cedendo espaço no finalzinho do 2º tempo e caíram por 2 a 0 em partida da primeira rodada do Grupo A da Copa do Catar disputada no Estádio Al Thumama.
Logo nos primeiros minutos de bola rolando, as duas seleções já mostraram que não estavam dispostas a um jogo morno. Estudar o adversário? Que nada. Melhor partir logo para cima.
Aos 18 minutos, em um rápido contra-ataque, Frank De Jong perdeu um gol feito. Frente a frente com o goleiro Edouard Mendy, o meio-campista preferiu fazer duas firulas, ficou sem espaço e desperdiçou a chance de abrir o placar para a Holanda.
Aos 24, foi a chance de Sarr, que chutou de fora, mas a bola, que ia com endereço certo, foi cortada de cabeça na área holandesa.
Porém, toda a movimentação das duas seleções e os toques de primeira acabaram sendo neutralizados por defesas atentas e jogadores muito altos. Berghuis percebeu que entrar na área era difícil e arriscou da meia-lua, finalizando sobre o gol de Mendy aos 39 minutos.
O senegalês Sarr respondeu no minuto seguinte, cruzando rasteiro na pequena área, entre o zagueiro e o goleiro Noppert. Mas os defensores da Holanda souberam afastar o perigo.
Desta forma, repleto de emoções, mas sem gols, o brasileiro Wilton Pereira Sampaio apitou o fim do 1º tempo.
Na etapa final, logo aos 7 minutos, Van Dijk cabeceou sozinho um escanteio, mas a bola subiu mais do que deveria e a Holanda continuava desperdiçando chances claras.
Aos 19, foi a vez de Dia receber na área, girar e chutar no cantinho. O gigantesco goleiro Noppert, de 2,03 metros, saltou e espalmou. Aos 27, Senegal teve outra chance de ouro, quando Gana Gueye encheu o pé da meia-lua da grande área, mas Noppert voltou a brilhar.
Quando tudo indicava que os europeus estavam perdendo criatividade, enfim, aos 39 minutos, num levantamento para a área, o meia-atacante Cody Gakpo, do PSV, saltou mais alto que o goleiro Mendy e cabeceou para as redes para marcar 1 a 0. Injusto? Talvez.
A partir daí, Senegal sentiu o gol e teve poucas chances para empatar. Já a Holanda soube enfrentar o jogo duro, com empurrões e vários choques de cabeça pelo alto, ameaçando novamente aos 53 minutos, quando Memphis Depay chutou fraco, Mendy espalmou para frente e Davy Klaassen, que entrou aos 32 da etapa final, só completou para as redes para dar números finais ao confronto: 2 a 0.
Agora, a liderança do Grupo A está dividida entre Holanda e Equador, justamente os rivais da segunda rodada da chave, na próxima sexta-feira (25). Nesta partida, os europeus são considerados favoritos. Já o Senegal tem a obrigação de se recuperar diante do Catar no mesmo dia.
Sul-americanos fazem 2 a 0 nos anfitriões com gols de Enner Valencia
O Equador venceu o Catar por 2 a 0 na tarde deste domingo (20), no horário de Brasília. A partida marcou a abertura da Copa do Mundo de 2022 e foi disputada no estádio Al Bayt, em Al Khor, a aproximadamente 35 quilômetros ao norte de Doha.
Os dois gols da equipe foram marcados pelo atacante Enner Valencia. O primeiro saiu aos 15 minutos da etapa inicial através de uma cobrança de penalidade máxima.
O avante deslocou o goleiro Al-Sheeb batendo de perna direita no canto esquerdo. A definição do placar ocorreu aos 30 minutos ainda do primeiro tempo. Do lado direito, Torres cruza na cabeça de Valencia. O artilheiro cabeceou para o chão e superou o arqueiro catari.
Antes disso, logo aos dois minutos de jogo, o mesmo Valencia já tinha balançado a rede. Mas o lance foi invalidado por impedimento em marcação confirmada pelo árbitro Daniele Orsato depois de auxílio do VAR Massimiliano Irrati.
O detalhe é que, ainda na etapa inicial, Valencia lesionou o joelho direito e seguiu em campo sem as melhores condições físicas até os 30 minutos do segundo tempo, quando saiu para dar lugar ao volante Cifuentes.
No segundo tempo, o ritmo do jogo caiu; os equatorianos administraram a partida e os árabes não tiveram forças para alterar o placar.
Com essa vitória, o Equador lidera o grupo A da Copa do Mundo com 3 pontos. A rodada inicial da chave será completada nesta segunda-feira (21) com o jogo entre Senegal e Holanda, a partir das 13h, em Al Thumama, na cidade de Doha.
Além dessa partida, a Copa do Mundo terá ainda outros dois jogos amanhã. Pelo grupo B, Inglaterra e Irã se enfrentam a partir das 10h no Internacional Khalifa e os Estados Unidos pegam a equipe do País de Gales no estádio Ahmad Bin Ali às 16h.
O Equador volta a campo na sexta-feira (25) para enfrentar a Holanda, no estádio Internacional Khalifa às 13h. E o Catar fará a segunda partida no mesmo dia a partir das 10h contra Senegal.
Fan Festival será realizado em outras seis cidades do mundo
Rio de Janeiro e São Paulo estão entre as oito cidades do mundo que receberão o Fifa Fan Festival, festas promovidas pela entidade, em parceria com patrocinadores, com exibições de jogos da Copa do Mundo de 2022 em telões, além de shows e atividades para o público.
Além das duas cidades brasileiras, o Fan Festival ocorrerá nas cidades de Doha (no país sede da Copa, Catar), Londres, Dubai, Riad, Seul e Cidade do México.
No Brasil, as festas serão realizadas durante os dias de jogos da seleção brasileira. No Rio de Janeiro, o festival será na Praia de Copacabana, mesmo local onde foi realizado o evento em 2014, quando o Brasil foi sede do mundial. Em São Paulo, será no Vale do Anhangabaú.
A entrada é gratuita e os ingressos, disponibilizados em lotes, podem ser reservados no site do Fifa Fan Festival.
Na primeira fase dos grupos, o Brasil jogará contra a Sérvia, no próximo dia 24, às 16h (horário de Brasília), contra a Suíça, no dia 28, às 13h, e contra Camarões, no dia 2 de dezembro, às 16h.
As festas abrem 2 horas antes do início das partidas.
Caso o Brasil se classifique em primeiro lugar do seu grupo, as próximas partidas serão: oitavas de final, no dia 5, às 16h; quartas de final, no dia 9, às 13h, e semifinal no dia 13, às 16h. Caso se classifique em segundo, a agenda será a seguinte: oitavas de final (dia 6, às 16h), quartas de final (dia 10, às 13h) e semifinal (dia 14, às 16h).
A disputa de terceiro lugar será no dia 17 e a final, no dia 18. Ambas partidas serão às 13h (horário de Brasília).
Lista tem abertura, Messi, CR7, atuais campeões e grandes rivalidades
Para o torcedor brasileiro, os três jogos da seleção canarinho, é claro, são as principais atrações da primeira fase da Copa do Mundo. Em meio às 48 partidas da etapa de grupos do Mundial do Catar, porém, outros encontros também merecem destaque, seja pelos personagens envolvidos ou pela rivalidade dentro e fora de campo.
Catar x Equador
20/11 – 13h (de Brasília)
Grupo A – 1ª rodada
A partida no novíssimo Estádio Al Bayt pode não reunir duas das seleções das mais populares do planeta, mas será marcante, por abrir o 22º Mundial da história. A princípio, o duelo inaugural seria entre Holanda e Senegal, demais integrantes do Grupo A.
Em agosto, porém, o Conselho da Federação Internacional de Futebol (Fifa) decidiu manter a tradição, iniciada em 1950, de começar a competição com o atual campeão ou com o dono da casa em campo.
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Os países anfitriões abriram a Copa do Mundo nove vezes (1950, entre 1958 e 1970 e desde 2006) e nunca saíram do gramado derrotados, com seis vitórias e três empates. Estreante, o Catar terá a missão de manter a escrita. Para quebrar o tabu, o Equador terá de repetir o que fez em 2006, única das três participações em Mundiais em que os sul-americanos iniciaram a campanha com vitória, quando bateram a Polônia por 2 a 0.
Tradicionalmente, jogos de abertura não reservam muitos gols. A média é pouco superior a dois por partida (2,16). Desde 2006, quando os donos da casa voltaram a estar nos duelos, porém, a história tem sido diferente, com média superior a quatro bolas na rede (4,25).
Argentina x Arábia Saudita
22/11 – 7h (de Brasília)
Grupo C – 1ª rodada
O Estádio Lusail será palco do primeiro ato da “última dança” de Lionel Messi em uma Copa do Mundo. O duelo contra a Arábia Saudita marca a estreia do craque argentino de 35 anos no Mundial do Catar.
Ao entrar em campo, o atacante se tornará o jogador do país com mais Mundiais no currículo (cinco), superando o ex-volante Javier Mascherano e o ídolo Diego Armando Maradona, com quem está empatado, todos com quatro participações.
A Copa em solo catari será a última de Messi, segundo o próprio. Se participar, ao menos, dos três jogos da primeira fase, o craque se isolará como atleta argentino com mais jogos em Mundiais.
Desde a estreia, na goleada por 6 a 0 sobre Sérvia e Montenegro, na edição da Alemanha, em 2006, ele esteve em campo 18 vezes. O líder da estatística é Maradona, com 20 atuações.
E uma boa notícia para os fãs do atacante: o adversário de estreia na última Copa não costuma oferecer muita resistência na primeira rodada.
Os sauditas nunca largaram com vitória em Mundiais. Em cinco participações, foram quatro derrotas e um empate. Entre os tropeços, duas goleadas: 8 a 0 para a Alemanha, em 2002, e 5 a 0 para a Rússia, há quatro anos.
França x Austrália
22/11 – 16h (de Brasília)
Grupo D – 1ª rodada
Na Copa da Rússia, a França iniciou a jornada que culminou no bicampeonato mundial contra a Austrália. Quatro anos depois, a caminhada em busca do tri começará diante do mesmo adversário, no Estádio Al Janoub.
Presentes na vitória por 2 a 1 sobre os australianos em 2018, nomes como goleiro Hugo Lloris e os atacantes Kylian Mbappé e Antoine Griezmann estarão novamente à disposição do técnico Didier Deschamps.
🏆 Didier Deschamps was 49 when he led France to the trophy at Russia 2018. Who is the oldest head coach to guide a team to #WorldCup glory?
Historicamente, as seleções campeões mundiais costumam se dar bem ao estrearem na Copa seguinte à conquista. Em 19 ocasiões, o então detentor do título venceu nove vezes. A maré, porém, tem mudado. No século XXI, isso ocorreu somente em 2006, quando o Brasil superou a Croácia por 1 a 0.
Em 2002, a própria França largou com derrota para Senegal, por 1 a 0. Em 2010, a Itália empatou por 1 a 1 com o Paraguai. Em 2014, a Espanha foi atropelada pela Holanda: 5 a 1. Por fim, em 2018, a Alemanha perdeu do México por 1 a 0.
Portugal x Gana
24/11 – 13h (de Brasília)
Grupo H – 1ª rodada
Pela quinta vez presente em uma Copa do Mundo, Cristiano Ronaldo busca se tornar o primeiro jogador a balançar as redes em cinco edições seguidas, superando ninguém menos que Pelé.
O atacante português de 37 anos inicia a perseguição ao feito no Estádio 974, diante de Gana, naquele que pode ser o último Mundial da carreira.
Pode, porque ele próprio, ao menos, afirma que estaria apto a competir em 2026, aos 41 anos.
Nas três primeiras Copas que disputou, Ronaldo passou em branco na primeira rodada. Na última, porém, o astro brilhou, ao balançar as redes três vezes no empate por 3 a 3 com a Espanha.
Adversária da estreia em solo catari, Gana foi uma das vítimas do camisa 7 em 2014, na vitória portuguesa por 2 a 1 pela fase de grupos do Mundial do Brasil. Com sete gols, ele está a dois de igualar Eusébio, como atleta que mais marcou por Portugal na história do torneio.
Espanha x Alemanha
27/11 – 16h (de Brasília)
Grupo E – 2ª rodada
Com exceção dos jogos envolvendo o Brasil (que, sozinho, traz consigo cinco títulos mundiais), nenhuma outra partida da primeira fase terá tantas Copas em campo quanto Espanha e Alemanha.
São cinco, sendo uma dos espanhóis (2010) e quatro dos alemães (1954, 1974, 1990 e 2014). O duelo no Estádio Al Bayt opõe, também, as seleções com mais títulos europeus: três de cada lado.
🇮🇹 Alessandro Altobelli scored for Italy against West Germany at Spain 1982 to become the 1st substitute to score in a #WorldCup Final his team won 🏆
Não é a primeira vez que os rivais do Velho Continente se enfrentarão em uma Copa do Mundo. Em 1966, na Inglaterra, as equipes duelaram pela fase de grupos, com vitória alemã (à época, Alemanha Ocidental) por 2 a 1.
O placar se repetiu em 1982, pela segunda fase, mesmo com o torneio em solo espanhol. Outro encontro se deu pela segunda rodada da edição de 1994, nos Estados Unidos, desta vez com empate por 1 a 1. O embate mais recente em um Mundial foi na semifinal de 2010, na África do Sul, com triunfo da Espanha por 1 a 0.
O histórico de confrontos é equilibrado, com leve vantagem espanhola: são nove vitórias, contra oito dos alemães e oito empates.
O último jogo, em 2020, não traz boas recordações aos germânicos, que sofreram uma goleada por 6 a 0, fora de casa, pela Liga das Nações.
Irã x Estados Unidos
29/11 – 16h (de Brasília)
Grupo B – 3ª rodada
O contexto geopolítico explica o porquê de este ser um dos jogos mais relevantes da primeira fase. Os países vivem sob tensão há mais de 40 anos, desde a Revolução Islâmica, com o rompimento das relações diplomáticas e os Estados Unidos apoiando o Iraque na guerra contra o Irã.
Em 2015, foi firmado um acordo com potências mundiais por meio do qual, para se livrarem das sanções econômicas, os iranianos se comprometeram a interromper seu programa nuclear.
As sanções foram reestabelecidas pelos estadunidenses na gestão do ex-presidente Donald Trump, em 2018. Um novo acordo é buscado desde então.
🇮🇷 Iran's first win at a #WorldCup didn't arrive until 1998 🌍
Foi em meio a outro momento tenso entre as nações que asiáticos e norte-americanos estiveram frente a frente em uma Copa do Mundo. Em 1998, Irã e EUA jogaram pela segunda rodada do Mundial da França, em Lyon.
Com gols de Hamid Estili e Mehdi Mahdavikia, os iranianos venceram por 2 a 1 (Brian McBride descontou).
O temor de um jogo violento foi desfeito pelos próprios jogadores, que se abraçaram e tiraram foto reunidos.
Além disso, os atletas do Oriente Médio distribuíram buquês de flores aos adversários.
Em 2022, para além do caráter geopolítico, há a possibilidade de o jogo no Estádio Al Thumama ser um confronto direto por vaga nas oitavas de final, por acontecer na última rodada da primeira fase.
Quando questionados, os técnicos Gregg Berhalter (dos EUA) e Dragan Skocic (do Irã) deixam o extracampo de lado e focam o futebol.
Sérvia x Suíça
02/12 – 16h (de Brasília)
Grupo G – 3ª rodada
Rivais do Brasil na primeira fase, Sérvia e Suíça podem decidir, entre si, um dos classificados da chave às oitavas de final.
O embate entre eles, porém, é outro marcado pela geopolítica.
Não exatamente entre os países, mas envolvendo jogadores e o confronto de quatro anos atrás, pelo Mundial da Rússia, quando ambas as seleções também figuraram no grupo brasileiro.
Em 2018, o atacante Xherdan Shaqiri e o volante Granit Xhaka fizeram os gols da vitória da Suíça por 2 a 1, de virada.
Nas celebrações, ambos cruzaram os punhos e entrelaçaram os polegares, simbolizando uma águia. Trata-se do símbolo da Albânia, país cujo grupo étnico é maioria no Kosovo, nação que declarou independência unilateral da Sérvia em 2008.
Shaqiri nasceu em território kosovar e tem pais albaneses. Xhaka é suíço de família kosovar-albanesa, que fugiu da região em meio à guerra da antiga Iugoslávia. As comemorações revoltaram os sérvios, que alegaram provocação.
Antes das manifestações, os atletas já vinham sendo vaiados pela torcida adversária (Shaqiri, que utiliza a bandeira kosovar em uma das chuteiras, principalmente).
Outros jogadores suíços com origem ou descendência de países vinculados à Iugoslávia também foram alvo das vais, como o meia Valon Behrami (outro nascido no Kosovo), já aposentado da seleção.
As celebrações repercutiram mais do que o próprio resultado e renderam multas financeiras aos jogadores, aplicadas pela Fifa por desrespeito ao artigo 57 do Código Disciplinar da entidade, que versa sobre “comportamento contrário aos princípios do fair play em comemorações de gols”.
No Catar, Xhaka e Shaqiri devem estar, novamente, frente a frente com os sérvios, no duelo marcado para o Estádio 974.
Todos os 26 jogadores convocados se apresentaram nesta segunda-feira
A seleção brasileira masculina de futebol está completa em Turim (Italia), para a última semana de preparação antes da Copa do Mundo do Catar.
Boa parte dos 26 jogadores convocados se apresentaram na manhã desta segunda-feira (14) e já participam do primeiro treino oficial nesta tarde, com exceção de Neymar e Marquinhos que farão atividades na academia.
Ambos chegaram após o almoço no Centro de Treinamento (CT) da Juventus, devido a atrasos nos vôos de Paris para Turim. A equipe comandada pelo técnico Tite segue na Itália até sábado (19), quando embarca para o Catar. A abertura da Copa do Mundo será no domingo (20).
Os primeiros a chegar a Turim nesta segunda (14) foram o zagueiro Militão e o atacante Vinícius Júnior que atuam no Real Madrid (Espanha).
Tite também recepcionou os 14 convocados que atuam no futebol inglês, entre eles Richarlison (Tottenham), Gabriel Jesus (Arsenal) e Casemiro (Manchester United).
A comissão técnica desembarcou em Turim na noite de sábado (12), junto com o goleiro Weverton (Palmeiras), o meia Everton Ribeiro e o atacante Pedro – ambos do Flamengo.
O Brasil está no Grupo G e estreia contra a Sérvia no dia 24 (quinta-feira), às 16h (horário de Brasília), no Estádio Lusail.
Quatro dias depois (uma segunda-feira) enfrenta a Suíça, às 13h. Depois, no dia 2 de dezembro (sexta-feira), o país mede forças com Camarões, às 16h, no último confronto da primeira fase do Mundial.
Técnico pontua papel tático do lateral e vê time equilibrado para Copa
Depois de anunciar os 26 convocados da seleção brasileira para a Copa do Mundo do Catar, nesta segunda-feira (7), no auditório da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o técnico Tite foi questionado, em entrevista coletiva, sobre a presença de Daniel Alves na lista. O lateral-direito, de 39 anos, atualmente defende o Pumas (México), mas não disputa uma partida oficial desde 24 de setembro e vem treinando com o time B do Barcelona (Espanha), atrás da melhor forma física. Ele é o jogador mais velho a ser chamado para defender o Brasil em um Mundial.
O veterano, que disputará o quarto Mundial da carreira, era dúvida, após ficar fora dos jogos contra Gana e Tunísia, nos dias 23 e 27 de setembro, os últimos antes da convocação desta segunda. Para começar a responder, Tite pediu ao preparador físico da seleção brasileira, Fábio Mahseredjian, que explicasse a ausência do lateral na ocasião, antes de justificar os papéis técnico e tático do jogador na equipe.
“O Dani não veio na convocação de setembro por causa de problemas físicos diagnosticados pelo nosso fisiologista. Ele estava com baixos níveis de potência e força. Dissemos a ele que precisava melhorar esses índices. E ele respondeu: missão dada é missão a ser cumprida. Ele mostrou grande evolução. Quero agradecer à comissão do Rafa Marquez [técnico do Barcelona B], que nos mostrou números que deram segurança no aspecto físico, mostrando que o Dani Alves, que treina com eles desde 12 de outubro, é o mesmo que esteve conosco em 2022 e na Olimpíada [em Tóquio, no Japão, no ano passado]. No aspecto físico, ele se encontra apto”, esclareceu Mahseredjian.
“As pessoas têm que entender que os laterais na equipe brasileira, na medida que temos pontas, são laterais construtores. A qualidade técnica individual que o Dani Alves empresta nesse sentido é impressionante, sendo um articulador, um organizador. Não temos nele um jogador que vai e volta. Essa é a função dele”, completou Tite.
Na outra ponta, o técnico brasileiro enalteceu a renovação do elenco que vai ao Catar, principalmente no setor ofensivo. Dos 26 convocados, 16 disputarão uma Copa pela primeira vez, sendo sete atacantes (entre os nove chamados): Vinícius Júnior, Rodrygo, Raphinha, Richarlison, Pedro, Antony e Gabriel Martinelli. Os demais estreantes são o goleiro Weverton, os zagueiros Bremer e Éder Militão, os laterais Alex Telles e Alex Sandro, os volantes Fabinho e Bruno Guimarães e os meias Lucas Paquetá e Everton Ribeiro.
“Quero bater na tecla do equilíbrio. Isso é fundamental não só no esporte, mas na vida. Temos uma geração de atletas de alto nível, que estão se convocando. Não sou ‘eu’, eles estão buscando e o fazem na medida que têm versatilidade. Priorizamos atletas importantes no meio para frente, sem fugirmos à ideia de termos uma equipe equilibrada. Para vencermos em alto nível, precisamos de criação e gols. Temos uma parcela maior de atletas convocados nesse sentido, mas a consistência defensiva gera o ponto de equilíbrio para vencermos”, comentou Tite, detalhando, em especial, a presença de Martinelli, o mais jovem da lista, com 21 anos e três meses.
“Martinelli é um externo, um ponta agressivo, que tem sido um dos destaques do Arsenal, líder da Premier League [Campeonato Inglês]. É um jogador de transições em velocidade, esteve conosco em duas convocações e veio mantendo o alto nível. É um atleta que [se encaixa] nas características, no modelo de jogo. Precisamos de jogadores incisivos pelos lados”, concluiu o treinador.
Os convocados se apresentam à seleção na próxima segunda-feira (14), em Turim (Itália), onde o grupo se concentrará por cinco dias no centro de treinamento da Juventus, antes da viagem para Doha (Catar). A estreia na Copa será no próximo dia 24, às 16h (horário de Brasília), no Estádio Lusail, contra a Sérvia. No dia 28, às 13h, o Brasil terá pela frente a Suíça, no Estádio 974. No dia 2 de dezembro, os comandados de Tite voltam ao Lusail, para encarar Camarões, às 16h, encerrando a participação no Grupo G, pela primeira fase.