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  • Adeus a “fantástica geração belga”. Croácia segue na Copa 2022

    Adeus a “fantástica geração belga”. Croácia segue na Copa 2022

    O time idolatrado pela geração “leite com pêra” parou nos vice-campeões do mundo e estão eliminados da Copa

    Atual vice-campeã mundial, a Croácia está nas oitavas de final da Copa do Mundo do Catar. Nesta quinta-feira (1º), a seleção do leste europeu empatou sem gols com a Bélgica no Estádio Ahmad bin Ali, em Al Rayyan, avançando com a vice-liderança do Grupo F.

    Os croatas finalizaram a chave com cinco pontos, dois atrás de Marrocos, que venceu o Canadá por 2 a 1 no Estádio Al Thumama, em Doha, garantindo a primeira colocação. Com quatro pontos, os belgas deram adeus ao Mundial na primeira fase, o que não ocorria desde 1998.

    Os Diabos Vermelhos tiveram ao menos três grandes chances na etapa final, todas com Romelu Lukaku, mas o centroavante, recém recuperado de uma lesão na coxa que quase o deixou fora da competição, acabou desperdiçando.

    A Copa do Catar, encerrada precocemente, pode ter sido a última de uma talentosa geração belga, com jogadores vitoriosos nos respectivos clubes e que colocaram a seleção no topo do ranking da Fifa entre 2018 e 2021, mas que fracassou na busca por grandes títulos. Nomes como o meia Kevin de Bruyne (31 anos), o volante Alex Witsel (33), os zagueiros Jan Vertonghen (35) e Toby Alderweireld (33), o lateral Thomas Meunier (31) e os atacantes Eden Hazard (31) e Dries Mertens (35) têm presença incerta (a maior parte deles, improvável) na edição de 2026.

    Presente nas oitavas pela terceira vez em seis participações em Mundiais, a Croácia enfrentará o líder do Grupo E, que tem Espanha, Alemanha, Costa Rica e Japão. O duelo será na segunda-feira (5), às 12h (horário de Brasília), no no Estádio Al Janoub, em Al Wakrah. Nas duas ocasiões anteriores em que passou da primeira fase, os croatas chegaram, pelo menos, às semifinais

    Se o técnico croata, Zlatko Dalic, mandou a campo a mesma escalação que goleou o Canadá por 4 a 1, as más atuações contra canadenses (apesar da vitória por 1 a 0) e marroquinos (derrota por 2 a 0) levaram Roberto Martínez a mexer no time belga. A formação com três zagueiros foi resgatada, com Leander Dendoncker ao lado de Alderweireld e Vertonghen, em substituição ao volante Amadou Onana, suspenso pelo número de cartões amarelos. No ataque, Yannick Carrasco e Leandro Trossard assumiram os lugares dos irmãos Eden e Thorgan Hazard e Michy Batshuayi saiu para entrada de Mertens.

    As alterações, a princípio, surtiram efeito e tornaram a Bélgica mais veloz para trocar passes e contra-atacar. Aos dez minutos, Mertens tabelou com Trossard na esquerda, invadiu a área e cruzou rasteiro para Carrasco, que perdeu o ângulo para finalizar. Quando o fez, na pequena área, chutou em cima do lateral Josip Juranovic. Dois minutos depois, De Bruyne avançou pelo meio e tocou para Mertens, que entrou na área pela esquerda e bateu de primeira, mas pegou mal, mandando por cima, quase na marca do pênalti.

    A intensidade belga, porém, não demorou a esfriar e a equipe logo se viu presa na marcação croata. A seleção do leste europeu, em ritmo mais cadenciado, teve uma penalidade marcada a favor aos 14 minutos e anulada três minutos depois, com participação do árbitro de vídeo (VAR). Após cobrança de falta de Modric, Carrasco derrubou o atacante Andrej Kramaric na área. Assinalada em campo, a infração foi cancelada pelo zagueiro croata Dejan Lovren estar um ombro à frente no lance. Impedido, portanto.

    O segundo tempo iniciou com a Croácia tentando se impor no ataque. Aos quatro minutos, o zagueiro Josko Gvardiol encontrou Mateo Kovacic na área, entre Alderweireld e Meunier. O meia finalizou e obrigou Thibaut Courtois a uma grande defesa. Três minutos depois, Kovacic teve nova chance, agora da entrada da área, mas o chute no canto direito também parou em Courtois.

    A pressão croata pareceu ter acordado os belgas, que assustaram duas vezes em sequência, ambas com Lukaku. Aos 14 minutos, o atacante, que substituiu Mertens no intervalo, pegou a sobra de um chute de Carrasco que explodiu em Juranovic. Livre na área e com o gol aberto, o centroavante da Inter de Milão (Itália) chutou na trave esquerda. Aos 16, na pequena área, ele cabeceou por cima da meta, após De Bruyne cruzar pela esquerda – a bola, porém, já tinha saído pela linha de fundo e o lance seria invalidado em caso de gol.

    A Bélgica foi para o abafa, mas a noite catari, definitivamente, não era dos Diabos Vermelhos e, principalmente, de Lukaku. Aos 41 minutos, o atacante desviou, na pequena área, um chute de Meunier pela direita, que saiu rente à trave esquerda. Aos 45, o camisa 9 teve a chance após cruzamento pela esquerda de Thorgan Hazard, que o goleiro Dominik Livakovic deixou passar. O centroavante matou de peito, quase debaixo do travessão, mas perdeu o controle da bola, recuperada pelo arqueiro. O adeus belga já era uma realidade.

    Marrocos confirma boa fase e se classifica em primeiro no grupo

    O torcedor marroquino teve de esperar 36 anos para ver a seleção do país, enfim, ir além da primeira fase em uma Copa do Mundo. Nesta quinta-feira (1º), os Leões do Atlas derrotaram o Canadá por 2 a 1, no Estádio Al Thumama, em Doha, garantindo vaga às oitavas de final do Mundial do Catar.

    Com a vitória, Marrocos encerrou o Grupo F na liderança, com sete pontos, dois a frente da Croácia, atual vice-campeã, que empatou sem gols com a Bélgica no Estádio Ahmad bin Ali, em Al Rayyan. Os canadenses se despedem zerados, na lanterna do grupo. O país da América do Norte será uma das sedes da próxima edição, em 2026, ao lado de Estados Unidos e México.

    Nas oitavas, mesmo estágio em que se despediu da Copa em 1986, Marrocos terá pela frente o segundo colocado do Grupo E, que réune Espanha, Alemanha, Costa Rica e Japão. A partida será na terça-feira (6), às 12h (horário de Brasília), no Estádio Cidade da Educação, em Doha.

    O técnico marroquino, Walid Regragui, promoveu apenas uma mudança no 4-3-3 que derrotou a Bélgica por 2 a 0, com a entrada de Abdelhamid Sabiri, que cobrou a falta que originou o primeiro gol do jogo, no lugar do também meia Selim Amallah. O goleiro Yassine Bounou, que perdeu o último duelo ao se sentir mal instantes antes da bola rolar, retornou à meta, com Munir El-Kajoui de volta ao banco.

    No Canadá, John Herdman fez quatro alterações na equipe que sofreu 4 a 1 da Croácia, passando do 4-4-2 para um 3-4-3. O lateral-esquerdo Sam Adekugbe entrou no lugar de Richie Laryea, enquanto o direito, Alistair Johnston, formou a trinca de zaga com Kamal Miller e Steven Vitória. No meio, Junior Hoilett (titular no revés por 1 a 0 para a Bélgica), Mark-Antony Kaye e Jonathan Osorio foram escolhidos para as vagas de Atiba Hutchinson, Stephen Eustáquio e do atacante Jonathan David.

    Os Leões do Atlas repetiram a postura dos jogos anteriores, marcando pressão no campo de ataque. Foi assim que, logo aos três minutos, Hakim Ziyech abriu o placar. Após recuo perigoso de Johnston, o goleiro Milan Borjan afastou mal a bola, nos pés do atacante marroquino, que bateu por cobertura, de primeira, marcando um golaço.

    Após cerca de 15 minutos sofrendo com a intensidade de Marrocos, o Canadá parecia ter encaixado a marcação e diminuído os espaços do time africano. Aos 22, porém, o lateral Achraf Hakimi encontrou uma brecha entre Miller e Vitória e lançou En-Nesyri. O atacante superou os zagueiros na velocidade e chutou no canto esquerdo de Borjan, aumentando a vantagem.

    Mesmo diminuindo o ritmo, a equipe marroquina era pouco ameaçada pela canadense. Não à toa, foi só graças a um gol contra que os norte-americanos descontaram. Aos 40 minutos, Adekugbe driblou Hakimi pela esquerda e cruzou rasteiro. O zagueiro Nayef Aguerd se esticou para cortar, mas desviou a bola nas próprias redes. O próprio Aguerd, impedido, ainda levou o árbitro brasileiro Raphael Claus a invalidar o que seria o terceiro de Marrocos, dos pés de En-Nesyri, já nos acréscimos.

    O Canadá voltou melhor para o segundo tempo, ficando mais com a bola e rondando a área de Marrocos. O recuo excessivo dos Leões do Atlas quase resultou em gol canadense aos 25 minutos. Após cobrança de escanteio pela direita, Hutchinson (que entrou depois do intervalo, no lugar de Kayé) cabeceou no travessão. A bola quicou na linha e, na sobra, Johnston mandou por cima.

    A seleção norte-americana pressionou atrás do empate, que renderia o primeiro ponto do país em uma Copa. Aos 41 minutos, Bounou quase deu uma ajudinha, ao tentar dominar a bola de peito e a deixar escapar, dentro da área. O atacante Alphonso Davies quase aproveitou, mas o goleiro marroquino se recuperou. Nos minutos finais, os canadenses empilharam cruzamentos e até Borjan foi para frente auxiliar o ataque, em cobranças de escanteio. O time africano, porém, conteve a pressão e celebrou a vitória histórica.

  • O mesmo de sempre, a “Holanda das Américas”, joga como sempre e passa recibo na Copa, novamente

    O mesmo de sempre, a “Holanda das Américas”, joga como sempre e passa recibo na Copa, novamente

    É primeira vez que o México fica fora do mata-mata desde 1978

    O México venceu pela primeira vez na Copa do Mundo do Catar, mas está fora da briga do título. Nesta quarta-feira (30), a seleção norte-americana bateu a Arábia Saudita por 2 a 1 no Estádio de Lusail. O triunfo, porém, foi insuficiente. A equipe tricolor encerrou o Grupo C na terceira posição, com a mesma pontuação da Polônia, segunda colocada, ficando atrás pelo saldo de gols. Os asiáticos, com três pontos, ficaram com a lanterna.

    A vitória da Argentina sobre a Polônia, por 2 a 0, no Estádio 974, em Doha, permitiria aos mexicanos se classificarem com uma vitória por três gols de diferença. Um triunfo por 2 a 0 – como apontou o placar em Lusail em quase toda a segunda etapa – levaria a decisão da segunda vaga para o critério do número de amarelos, que colocaria os poloneses na segunda posição por terem três cartões a menos. O gol saudita, marcado nos acréscimos, foi uma ducha de água fria.

    É a primeira vez, desde 1978, que o México não passa da primeira fase em uma Copa. Após estrear com uma vitória histórica sobre a Argentina, por 2 a 1, de virada, a Arábia Saudita ficou pelo caminho e repetiu o roteiro das quatro participações anteriores, entre 1998 e 2006 e 2018, quando caiu na fase de grupos. Os sauditas avançaram ao mata-mata apenas em 1994, na estreia do país em Mundiais, parando nas oitavas de final.

    O argentino Gerardo Martino, técnico do México, voltou atrás em boa parte das mudanças feitas contra a Argentina (que terminou em derrota por 2 a 0) e reeditou a base da equipe que empatou sem gols com a Polônia, na estreia. O lateral Jorge Sánchez, o volante Edson Álvarez e o atacante Henry Martín retornaram ao time, escalado com três homens de frente. O único desfalque foi o volante Andrés Guardado, capitão mexicano, com uma lesão muscular.

    Na seleção saudita, o francês Hervé Renard também mexeu no time que perdeu por 2 a 0 da Polônia. Em alguns casos, as trocas foram necessárias. Na defesa, Sultan Al-Ghanam e Ali Al-Bulayhi (na vaga do lesionado Mohammed Al-Burayk) assumiram as laterais, com Hassan Al-Tambakti na zaga (o meia Sami Al-Naji iniciou no banco) e Saud Abdulhamid (lateral nos jogos anteriores) escalado como volante. Ainda no meio-campo, o suspenso Abdulelah Al-Malki foi substituído por Ali Al-Hassan.

    A necessidade de uma vitória com bom saldo de gols fez o México ter o comando das ações ofensivas no primeiro tempo. Aos dois minutos, Hirving Lozano espetou a bola no meio da zaga saudita e Alexis Vega, na frente de Mohammed Al-Owais, bateu em cima do goleiro. A resposta asiática veio cinco minutos depois, em contra-ataque pela esquerda e cruzamento para o Mohamed Kanno, livre na direita, quase na pequena área, bater de primeira, por cima do gol. O volante assustou novamente aos 12, em cobrança de falta da meia-lua, rente ao travessão.

    Os mexicanos rondavam a área asiática, mas com dificuldades para entrar nela. Os chutes da intermediária e as bolas alçadas foram alternativa, sem sucesso. Em uma delas, aos 26 minutos, Lozano cruzou pela direita para cabeçada do meia Orbelin Pineda, no contrapé de Al-Owais, que Al-Ghanam salvou quase em cima da linha. Recuada, a Arábia só conseguiu encaixar um contra-ataque nos acréscimos, pouco antes do intervalo, em cruzamento de Al-Ghanam pela direita e “peixinho” de Al-Hassan, que foi à direita do gol de Guillermo Ochoa.

    A insistência norte-americana foi premiada no segundo tempo. Aos dois minutos, após escanteio batido pela esquerda, o zagueiro Cesar Montes desviou na primeira trave e Martín, na pequena área, mandou para as redes. Quatro minutos depois, o volante Luis Chávez, cobrando falta no ângulo, aumentou a vantagem tricolor. O terceiro teria saído aos dez minutos, com Lozano, mas a arbitragem deu impedimento de Martín e anulou o gol.

    A possibilidade de classificação empolgou os mexicanos, que martelaram atrás do gol salvador. Martín e Pineda falharam por pouco na pontaria, enquanto Chávez e Lozano pararam em Al-Owais. Aos 41, Uriel Antuna balançou as redes, mas o lance foi anulado por impedimento do atacante. Nos acréscimos, o drama tricolor deu lugar à decepção. Na única investida saudita no segundo tempo, o atacante Salem Al-Dawsari tabelou na entrada da área e finalizou na saída de Ochoa, para delírio da torcida polonesa, que aguardava, desesperada, o término da partida, após a derrota para a Argentina.

  • Argentina finalmente “estreia” na Copa contra a medíocre Polônia de Lewa

    Argentina finalmente “estreia” na Copa contra a medíocre Polônia de Lewa

    Argentina joga o que se espera dela, garante vaga contra uma Polônia que no mínimo é medíocre, mas que também se classifica

    Antes da Copa do Catar, Lionel Messi anunciou que o Mundial seria o último da carreira. Nesta quarta-feira (30), o sonho de levantar o troféu mais importante do futebol antes de pendurar as chuteiras ganhou sobrevida, com a vitória dos argentinos sobre a Polônia, por 2 a 0, no Estádio 974, em Doha, pela terceira e última rodada do Grupo C.

    A vitória, cheia de autoridade, deu à Argentina a ponta da chave, com seis pontos. Nada mal para quem estreou perdendo da Arábia Saudita por 2 a 1 e viu chegar ao fim, de forma surpreendente, uma série invicta de 36 partidas oficiais. Os poloneses, com os mesmos quatro pontos do México, levaram a segunda vaga do grupo por terem um gol a mais que os mexicanos de saldo. A nação europeia não passava de fase em uma Copa desde 1986.

    A presença de Messi o isolou como o argentino com mais partidas em Copas. Foi o 22º jogo dele, superando ninguém menos que Diego Armando Maradona. Se a equipe sul-americana for à final e o astro estiver em campo nos quatro duelos até lá, ele se tornará o atleta que mais vezes atuou em Mundiais. A estatística tem o alemão Lothar Matthäus como líder, com 25 participações.

    Os compromissos de ambas as seleções pelas oitavas de final serão neste fim de semana. No sábado (3), às 16h (horário de Brasília), a Argentina encara a Austrália, no Estádio Ahmed bin Ali, em Al Rayyan. No domingo (4), às 12h, a Polônia terá pela frente a França, atual campeã mundial.

    Assim como na vitória por 2 a 0 sobre o México, Lionel Scaloni escalou a seleção argentina com várias mudanças. Na lateral direita, Nahuel Molina retomou o posto de titular no lugar de Gonzalo Montiel (pendurado). Na zaga, Cristian Romero (1,85 metro) substituiu Lisandro Martínez (1,75 metro), para enfrentar Robert Lewandowski (1,85 metro) pelo alto. No meio-campo, Guido Rodríguez (que levou a vaga de Leandro Paredes contra os mexicanos) saiu para entrada de Enzo Fernández. Por fim, no ataque, Júlian Álvarez desbancou Lautaro Martínez.

    No lado polonês, Czeslaw Michniewicz repetiu quase toda a formação que bateu a Arábia Saudita por 2 a 0. A única alteração foi no ataque, com Lewandowski sozinho à frente e Karol Swiderski como ponta de lança, no lugar de Arkadiusz Milik, que fora o parceiro de área do centroavante do Barcelona (Espanha) no jogo anterior.

    A Polônia como em toda a copa, não jogou nada, uma seleção medíocre com um craque.

    O primeiro tempo foi um massacre argentino para cima da Polônia. Regidos por Messi, os hermanos finalizaram 14 vezes, sendo nove em direção à meta de Wojciech Szczesny. Aos nove minutos, o goleiro polonês salvou um chute cruzado do craque, na área pela esquerda. Aos 16, o camisa 10 lançou Marcos Acuña na esquerda. O lateral, na área, levou à perna direita e mandou por cima do travessão. Aos 27, Acuña teve uma nova chance, na sobra de uma finalização do atacante Julián Álvarez. O chute, da entrada da área, saiu rente à trave esquerda.

    Aos 36 minutos, Álvarez recebeu do meia Alexis Mac Allister na área e finalizou cruzado, para mais uma defesa de Szczesny. No rebote, o atacante do Manchester City (Inglaterra) cruzou pela esquerda e o goleiro acabou atingindo o rosto de Messi na área. Com auxílio do árbitro de vídeo (VAR), o pênalti foi assinalado. O camisa 10 cobrou, mas o arqueiro se lançou no canto esquerdo e salvou uma penalidade pela segunda vez nesta Copa. 

    A pressão da Argentina, que continuou após o pênalti perdido, não arrefeceu na volta do intervalo, com a diferença que, enfim, a rede balançou. Antes do cronômetro completar o primeiro giro, Molina recebeu pela direita do atacante Ángel Di Maria e cruzou rasteiro para Mac Allister, revelação de 23 anos, colocar a equipe sul-americana à frente.

    A fome argentina não estava saciada. Com Messi se multiplicando à frente, os hermanos continuaram alugando o campo de ataque, rondando a área dos europeus, que pouco faziam para se desvencilharem da pressão. Questão de tempo, o segundo gol saiu dos pés de mais duas jovens promessas. Aos 22 minutos, Enzo Fernández, 21 anos, encontrou Álvarez na área. O atacante, de 22 anos, bateu no ângulo de Szczesny – que, três minutos depois, evitou o terceiro ao salvar uma conclusão de Messi, após cruzamento de Enzo Fernández, pela esquerda.

    Acuada, a Polônia parecia mais preocupada em evitar outro gol, que poderia custar a vaga às oitavas, mas seguiu dando espaços à Argentina. Aos 40 minutos, o atacante Lautaro Martínez foi lançado pelo volante Rodrigo De Paul, entrou na área pela direita e bateu cruzado, próximo à trave direita, na última boa chance da partida.

    Após o apito final, enquanto a torcida argentina comemorava, a polonesa, tensa, voltou as atenções ao jogo entre México e Arábia Saudita, que estava já nos acréscimos. Os mexicanos venciam por 2 a 0 e estavam a um gol da classificação, mas quem balançou as redes foram os sauditas, com o atacante Salem Al-Dawsari. Apesar da derrota, os europeus celebraram a vaga nas oitavas.

  • Zebra Australiana bate Dinamarca e vai as oitavas após 16 anos

    Zebra Australiana bate Dinamarca e vai as oitavas após 16 anos

    País ficou em 2º lugar no Grupo D e pega líder da chave C no sábado

    Pela segunda vez na história das Copas do Mundo, a Austrália está classificada às oitavas de final. Nesta quarta-feira (30), os Socceroos derrotaram a Dinamarca por 1 a 0 no Estádio Al Janoub, em Al Wakrah, pela rodada final do Grupo D do Mundial do Catar.

    Os australianos finalizaram a chave na segunda posição, com os mesmos seis pontos da França, atual campeã, que ficou à frente pelo saldo de gols. Em duelo simultâneo, no Estádio Cidade da Educação, em Doha, os franceses perderam da Tunísia por 1 a 0. O resultado teria eliminado a equipe da Oceania (que representa a federação asiática), caso o jogo em Al Wakrah terminasse empatado ou com vitória dinamarquesa.

    Desde 2006, na Alemanha, quando ficou na segunda colocação do grupo do Brasil, a Austrália não passava de fase em uma Copa. Na ocasião, a seleção caiu para a futura campeã Itália nas oitavas. A seleção escandinava ficou fora do mata-mata pela segunda vez em seis participações em Mundiais. A última queda precoce tinha sido em 2010, na África do Sul.

    Nas oitavas de final, a Austrália terá pela frente o líder do Grupo C, onde estão Argentina, Polônia, Arábia Saudita e México. A partida será neste sábado (3), às 16h (horário de Brasília), no Estádio Ahmad bin Ali, em Al Rayyan.

    Na Dinamarca, o técnico Kasper Hjulmand abriu mão da formação com três zagueiros, com a saída de Victor Nelsson e o reforço ao meio-campo com a entrada do volante Mathias Jensen. Na ligação com o ataque, Andreas Skov Olsen pegou a vaga de Mikkel Damsgaard. O treinador australiano, Graham Arnold, por sua vez, mexeu somente na lateral direita, trocando Fran Karacic por Milos Degenek.

    As mudanças na seleção escandinava a deixaram com maior mobilidade para articular jogadas. Aos 11 minutos, o atacante Martin Braithwaite fez o pivô na entrada da área, quebrando a linha de marcação e rolando, à direita, para Jensen bater cruzado e o goleiro Mathew Ryan espalmar. Dois minutos depois, Skov Olsen recebeu de Braithwaite na entrada da área, levou à perna direita e chutou por cima do gol.

    A Dinamarca sustentou a pressão nos dois primeiros terços da etapa inicial, mas pecando na finalização, como em tentativas de Skov Olsen e do também meia Cristian Eriksen, ambas da entrada da área, aos 24 e 28 minutos, respectivamente. Apesar do desgaste reduzir o ímpeto dos europeus, a Austrália não aproveitou e quase se aventurou à frente. Quando o fez, em contra-ataque aos 41 minutos, foi pouco efetiva. O meia Riley McGree ajeitou na intermediária para Mitch Duke, pela esquerda. O atacante carregou a bola em direção à área, sem marcação, mas chutou fraquinho, nas mãos do goleiro Kasper Schmeichel.

    A pressão da Tunísia sobre a França no outro jogo desta quarta pareceu ter acendido o alerta nos Socceroos, que retornaram melhor do intervalo. A entrada do volante Keanu Baccus no lugar do atacante Craig Goodwin recuperou o meio-campo e deu mais fluidez aos contra-ataques, como o que resultou no gol da vitória. Aos 15 minutos, o meia Mathew Leckie disparou pelo meio, lançado por McGree, escapou da marcação do lateral Joakim Maehle e chutou cruzado, colocando a Austrália à frente.

    As saídas de Jensen, Skov Olsen e Braithwaite, de boas atuações na primeira etapa, para darem lugar a Damsgraad e aos atacantes Andreas Cornelius (1,92 metro) e Kasper Dolber (1,87 metro) deixaram, novamente, a equipe da Escandinávia estática. As apostas no jogo aéreo e nos lançamentos longos acabaram, na verdade, “consagrando” os zagueiros Harry Souttar e Kye Rowles. Nos acréscimos, o time europeu foi para o abafa e até mesmo Schmeichel foi para a área nas cobranças de escanteio, mas a rede não balançou mais no Al Janoub.

  • Pulisic decide e Estados Unidos eliminam Irã na Copa do Catar

    Pulisic decide e Estados Unidos eliminam Irã na Copa do Catar

    Agora os norte-americanos pegam a Holanda nas oitavas de final

    Graças a um gol de Pulisic, os Estados Unidos derrotaram o Irã por 1 a 0, na tarde desta terça-feira (29) no Estádio Al Thumama, e se garantiram nas oitavas de final da Copa do Catar. Os norte-americanos avançaram após alcançarem a segunda melhor campanha do Grupo B da competição.

    Já os iranianos não conseguiram alcançar um fato inédito, ultrapassar a fase de grupos pela primeira vez em sua quinta participação em um Mundial de seleções.

    Na partida que era considerada uma das principais da primeira fase da competição por envolver dois países que vivem sob tensão há mais de 40 anos, desde a Revolução Islâmica, com o rompimento das relações diplomáticas, o que prevaleceu foi o bom futebol.

    Precisando de uma vitória para avançar para as oitavas, os norte-americanos começaram a partida com uma postura mais propositiva, mantendo mais a posse de bola, trocando passes na intermediária do campo do Irã e buscando espaços para finalizar. Já o Team Melli se fechava atrás, abusando de uma forte marcação que às vezes descambava para lances violentos.

    Em um confronto muito intenso no meio de campo, a primeira finalização a gol surgiu apenas aos 10 minutos, quando Musah levantou a bola na área, onde o camisa 10 Pulisic cabeceou para defesa sem dificuldade do goleiro Beiranvand.

    Seis minutos depois os norte-americanos voltaram a chegar com perigo. Dest avançou na ponta direita e cruzou rasteiro, forte, para Beiranvand afastar com um soco e impedir a finalização de Pulisic. Já o Irã se limitava a esperar na defesa por uma boa oportunidade de avançar rápido em contra-ataque.

    Aos 27 Pulisic tocou para Sargent, que bateu forte para corte da zaga iraniana. A bola ganhou altura e Weah chegou finalizando de cabeça, mas Beiranvand defendeu bem. Cinco minutos depois foi Weah que levou perigo, ao bater forte, de dentro da área, mas a bola foi por cima da meta do Irã.

    E, de tanto tentar, os norte-americanos conseguiram abrir o marcador aos 37 minutos. McKennie lançou Dest na ponta direita e o lateral escorou, de cabeça, para o meio da área, onde Pulisic chegou escorando de primeira. Este foi o primeiro gol do jogador do Chelsea (Inglaterra) em um Mundial de seleções. O detalhe é que o camisa 10 dos Estados Unidos acabou se chocando com muita força com o goleiro Beiranvand no lance e acabou não comemorando o seu tento.

    Com a desvantagem no marcador os iranianos passaram a se posicionar de forma mais adiantada no gramado. Com isso, os Estados Unidos conseguiram encontrar mais espaços para contra-atacar, como aos seis minutos de acréscimos, quando Weah recebeu lançamento longo e bateu na saída do goleiro para colocar no fundo do gol. Mas o lance foi anulado pelo juiz espanhol Antonio Mateu por posição irregular do atacante.

    Mas o fato é que a etapa inicial foi de predomínio da equipe norte-americana, que teve 58% de posse de bola e finalizou oito vezes, enquanto o Team Melli não bateu a gol.

    No retorno do intervalo, os Estados Unidos tiveram que abrir mão de seu líder técnico, Pulisic, que não conseguiu se recuperar do choque que sofreu ao marcar o gol. O segundo tempo iniciou com o Irã arriscando mais, e chegando pela primeira vez ao gol aos 7 minutos, quando Razaeian cruzou na área para Ghoddos cabecear para fora.

    Aos 19 o Team Melli chegou novamente com perigo, quando Gholizadeh aproveitou sobra de bola e cruzou rasteiro. Taremi não conseguiu finalizar e Ghoddos bateu com violência, mas para fora.

    O tempo foi passando e o desespero do Irã foi aumentando. O Team Melli fez uso então de uma velha estratégia para tentar reverter o marcador, levantar bolas na área da equipe adversária. Mas a ideia se mostrou pouco efetiva diante da segura defesa norte-americana. E a melhor oportunidade surgiu já nos acréscimos. Aos 47, quando Razaeian cobrou falta e Pouraliganji cabeceou com muito perigo.

    Agora, os norte-americanos (que passaram na segunda posição do Grupo B) pegam a Holanda, primeira colocada do Grupo A, a partir das 12h (horário de Brasília) do próximo sábado (3) no Estádio Internacional Khalifa.

  • Inglaterra chega às oitavas após vitória sobre Gales

    Inglaterra chega às oitavas após vitória sobre Gales

    English Team triunfa por 3 a 0 para avançar como primeiro do Grupo B

    A Inglaterra confirmou o favoritismo no Grupo B da Copa do Catar ao superar o País de Gales por 2 a 0, nesta terça-feira (29) no Estádio Ahmad Bin Ali, para chegar às oitavas de final como primeiro colocado da chave.

    Inglaterra e País de Gales formam o Reino Unido, junto com a Escócia e a Irlanda do Norte. Os dois países fazem fronteira e são costumeiros adversários no futebol, tendo disputado mais de cem confrontos. Nenhum, no entanto, mais importante do que este.

    O primeiro confronto entre as duas seleções foi disputado em 1879 (os ingleses venceram por 2 a 1 numa época na qual o futebol nem tinha ampliado suas fronteiras para além da Grã-Bretanha). Acrescente a isso o fato de a seleção do País de Gales ter nove jogadores nascidos, justamente, na Inglaterra e que o principal clube do país, o Swansea City, disputa, na verdade, o Campeonato Inglês da 2ª Divisão.

    Num confronto de tanta tradição, Gales entrou em campo dependendo de uma vitória sobre a Inglaterra (e um empate entre Irã e Estados Unidos) para ir mais longe na Copa. Percebeu que era uma missão dificílima, até porque não conseguia nem trocar passes, nem atacar. Logo aos 9 minutos, o inglês Rashford apareceu diante do goleiro Ward, que saiu de carrinho para evitar o gol.

    Rompendo com a tradição, a Inglaterra deixou de privilegiar as jogadas de chuveirinho na área, uma irritante e antiga especialidade britânica. O time do técnico Gareth Southgate, embalado pela torcida cantando o hino God Save the King, preferia o jogo rápido próximo à área, diante de uma retranca bem postada. Aos 37 minutos, numa jogada com dois passes de calcanhar, Phil Foden acabou desperdiçando a conclusão com um chute por sobre a meta de Ward. A Inglaterra tinha o domínio territorial e a posse de bola, mas não fez gols no 1º tempo.

    Na etapa final tudo mudou. Aos 4 minutos, Marcus Rashford cobrou uma falta com perfeição, a bola foi no ângulo do goleiro Ward e o que se viu foi um golaço inglês. Aos 5 minutos, a Inglaterra tirou todas as chances do país vizinho, quando Harry Kane cruzou rasteiro na área e Phil Foden completou para as redes. Dois gols em dois minutos foi um golpe muito duro para o País de Gales.

    Aos 22 minutos Marcus Rashford foi lançado, dominou a bola, invadiu a área, cortou para o meio e encheu o pé, com a bola passando por baixo das pernas do goleiro Ward. Foi o terceiro da Inglaterra.

    A Inglaterra ainda desperdiçou alguns gols, com Jude Bellingham perdendo um chute rasteiro nas mãos do goleiro Ward e Stones batendo inacreditavelmente por cima, dentro da pequena área, aos 45 minutos.

    Com a vitória por 3 a 0, a Inglaterra avança em primeiro lugar no Grupo B e enfrenta Senegal no domingo (4), a partir das 16 horas (horário de Brasília). Já o País de Gales, eliminado sem ter feito uma boa Copa, pode tentar voltar a um Mundial em 2026, quando a Fifa dará 16 vagas diretas para as seleções europeias.

  • Com homenagem a ídolo, Senegal bate Equador e vai às oitavas da Copa

    Com homenagem a ídolo, Senegal bate Equador e vai às oitavas da Copa

    Leões de Teranga não chegavam à segunda fase desde a estreia, em 2002

    No duelo do Grupo A que era um confronto direto por vaga às oitavas de final da Copa do Mundo do Catar, melhor para Senegal. Nesta terça-feira (29), os Leões de Teranga derrotaram o Equador por 2 a 1, no Estádio Internacional Khalifa, em Doha, pela terceira e última rodada da primeira fase.

    O triunfo deu aos campeões africanos o segundo lugar da chave, com seis pontos, um atrás da Holanda, que garantiu a primeira colocação ao bater os anfitriões, já eliminados, por 2 a 0. Desde a estreia em Mundiais, na edição de 2002, no Japão e na Coreia do Sul, os senegaleses não chegavam ao mata-mata. Na ocasião, a seleção caiu nas quartas de final (oportunidade na qual o atual treinador, Alliou Cissé, era o capitão). De lá para cá, o país também esteve na Copa da Rússia, há quatro anos, eliminado na fase de grupos por ter mais cartões amarelos que os japoneses.

    Um dos heróis daquela campanha de 2002, aliás, foi homenageado no jogo desta terça. Autor do primeiro gol senegalês em Copas, na vitória por 1 a 0 sobre a França, Papa Bouba-Diop faleceu há exatamente dois anos, vítima da esclerose lateral amiotrófica (ELA). Nas arquibancadas, torcedores dos Leões de Teranga pintaram as costas com o número do ex-meia, o 19. Na braçadeira do zagueiro e capitão Kalidou Koulibaly também constava o número 19.

    Nas oitavas, Senegal terá pela frente o líder do Grupo B, que reúne Inglaterra, Irã, Estados Unidos e País de Gales. A partida será no domingo (4), às 16h (horário de Brasília), no Estádio Al Bayt, em Al Khor.

    Precisando vencer para se classificar, Senegal iniciou o jogo subindo as linhas e marcando presença no campo do Equador, que tentava diminuir o ritmo da partida, administrando a posse da bola. Aos sete minutos, a equipe africana deu o primeiro susto, com Boulaye Dia aparecendo pela direita às costas do zagueiro Félix Torres. O atacante recebeu do lateral Youssouf Sabaly na área e bateu cruzado, próximo à trave direita. Aos 23, o ataque foi pela esquerda, com o meia Ismailla Sarr desarmando o lateral Ángelo Preciado, invadindo a área, levando à perna direita e chutando colocado, rente à forquilha esquerda.

    A insistência dos Leões de Teranga foi premiada aos 41 minutos. Lançado na esquerda pelo lateral Abdou Diallo, em rápida cobrança de falta, Sarr aproveitou falha de Preciado ao tentar cortar a bola, entrou na área e foi atropelado pelo zagueiro Piero Hincapié. O próprio meia converteu a penalidade, deslocando o goleiro Hernán Galíndez e abrindo o placar em Doha.

    Os papéis se inverteram no retorno do intervalo. As entradas do meia Jeremy Sarmiento e do volante José Cifuentes deixaram o Equador mais agressivo. Diferentemente do primeiro tempo, os sul-americanos trocavam passes com pressa, mas com dificuldades para chegar à área. A solução acabou sendo a bola parada. Aos 21 minutos, após cobrança de escanteio de Gonzalo Plata, pela direita, o também atacante Moisés Caicedo apareceu livre, na segunda trave, para desviar uma cabeçada de Torres na pequena área e deixar tudo igual.

    Os senegaleses, porém, levaram três minutos para responder. O meia Gana Gueye cobrou falta da intermediária, pela esquerda, a bola desviou na coxa do atacante Enner Valencia (ironicamente, o artilheiro equatoriano no Mundial) e sobrou para Koulibaly concluir e recolocar os africanos à frente. O primeiro gol do zagueiro do Chelsea (Inglaterra) em 68 jogos pela seleção.

    O desenho da reta final da partida ficou claro, com Equador ocupando o campo ofensivo e Senegal apostando nos contra-ataques. Em um deles, aos 42 minutos, o volante Pape Gueye quase surpreendeu Galíndez com um chute de fora da área, que o goleiro sul-americano salvou em dois tempos. Nos acréscimos, os equatorianos foram para o abafa com bolas levantadas na área, mas sem sucesso, para explosão da torcida africana em Doha ao apito final.

  • Holanda supera Catar por 2 a 0 para avançar como primeira do Grupo A

    Holanda supera Catar por 2 a 0 para avançar como primeira do Grupo A

    Gakpo e Frenkie De Jong garantiram o triunfo da seleção europeia

    A Holanda superou o Catar por 2 a 0, na tarde desta terça-feira (29) no Estádio Al Bayt, na cidade de Al Khor, para se classificar para as oitavas de final da Copa do Catar como a primeira colocada do Grupo A. Já os donos da casa, que entraram no gramado já sem chances de avançar, se despediram da competição.

    Quem poderia imaginar que a partida começaria de forma eletrizante? O anfitrião, cujo próprio técnico Félix Sánchez declarou que está “um passo atrás das demais seleções”, teve sua chance aos 2 minutos com um chute de fora da área de Al Haydós, defendido pelo goleiro Noppert. A Holanda respondeu no lance seguinte, mas Blind acabou mandando por cima da meta um rebote de Barsham.

    Podendo terminar o Grupo A em primeiro lugar, o time do técnico Louis Van Gaal conseguiu marcar seu gol aos 26 minutos, numa jogada individual de Cody Gakpo. O atacante do PSV (Holanda) passou como quis pela defesa catari e chutou no cantinho, encaminhando a vaga nas oitavas de final.

    Gakpo teve outra oportunidade aos 40 minutos, quando dominou e girou dentro da área, chutando por cima da meta de Barsham. O garoto de 23 anos, artilheiro do time com 3 gols nesta Copa, parecia a única arma ofensiva da Holanda até então. Mas foi só.

    Em um 1º tempo de pouca inspiração, o placar mínimo foi o máximo que os holandeses conseguiram fazer, suficiente, no entanto, para a classificação. O Catar, sem pretensão alguma, estava satisfeito somente em ter sediado o evento.

    As falhas da defesa catari foram realmente vexatórias. Logo aos 3 minutos do 2º tempo, num cruzamento para a área, a zaga cortou de cabeça para trás, Memphis Depay chutou, o goleiro Barsham rebateu e Frenkie De Jong, meia do Barcelona (Espanha), completou para as redes, aumentando para 2 a 0.

    Aos 22 minutos foi até covardia. Um passe em profundidade encontrou a defesa catari em linha, perdida, e Berghuis balançou as redes, mas o tento foi anulado porque Gakpo colocou o braço na bola no início da jogada. O VAR (árbitro de vídeo) fez justiça.

    Depois disso, a rotação da partida diminuiu muito. As duas equipes ficaram apenas esperando o tempo passar, frustrando o público de 66.784 pessoas. O árbitro de Gâmbia ainda deu seis minutos de acréscimo, quando Berghuis teve uma última chance, chutando de fora da área e acertando o travessão do Catar.

    Eliminado na primeira fase, o Catar poderá retornar a uma Copa do Mundo em 2026, já que a Fifa ampliou o número de vagas diretas nas Eliminatórias asiáticas para oito seleções. Num país de apenas três milhões de habitantes, com pouco mais de 10 por cento de nativos, a estratégia deve ser novamente a naturalização de estrangeiros para formar a seleção.

    Como era esperado, a Holanda, com 7 pontos, foi a líder do Grupo A, e volta a campo no sábado (3) a partir das 12h (horário de Brasília) para medir forças com o segundo colocado do Grupo B (ainda a ser definido).

  • Bruno Fernandes comanda a festa portuguesa sobre o Uruguai

    Bruno Fernandes comanda a festa portuguesa sobre o Uruguai

    Meio-campista marcou os gols da vitória de 2 a 0 sobre o Uruguai

    Portugal contou com o brilho do meio-campista Bruno Fernandes para superar o Uruguai por 2 a 0, nesta segunda-feira (28) no Estádio de Lusail, e garantir uma das duas vagas do Grupo H para as oitavas de final da Copa do Catar.

    Este duelo serviu como uma espécie de revanche do jogo das oitavas de final da última edição do Mundial, em 2018 (Rússia). Naquela oportunidade o Uruguai eliminou Portugal com uma vitória por 2 a 0.

    Agora, no Catar, Giménez, aos 11 minutos, teve a primeira oportunidade para o Uruguai, cabeceando um escanteio sobre a meta de Diogo Costa, enquanto Portugal tinha chutado apenas uma bola acima da meta de Rochet, com Bruno Fernandes. Nitidamente era um jogo de marcação e com o mínimo espaço para desenvolver lances mais apurados.

    Aos 15 minutos foi João Félix que arriscou de fora da área. O desvio em Giménez quase complicou a vida do goleiro Rochet, mas foi somente para córner. Porém, o melhor lance foi do uruguaio Bentancur, aos 32 minutos, que resolveu driblar toda a defesa portuguesa e foi parar diante de Diogo. Ele acabou chutando rasteiro e o goleiro defendeu com a perna.

    Curiosamente, de quem muito se esperava no 1º tempo: Cristiano Ronaldo, por um lado, e Cavani, por outro, pouco se viu. Os talentosos homens de frente não foram protagonistas, até porque nem sempre a bola chegou a eles em boas condições. Dessa forma, o empate em 0 a 0 foi um resultado justo para 45 minutos nos quais a marcação se sobrepôs à criação.

    Na etapa final os espaços foram aparecendo e João Félix, aos 7 minutos, surgiu livre na diagonal da área e chutou firme, mas na rede pelo lado de fora. Para Portugal foi o início de um tempo de domínio. No minuto seguinte, cruzamento de Bruno Fernandes na área, Cristiano Ronaldo aparece para cabecear. Erra a bola, é verdade, mas assusta o goleiro Rochet e o lance termina nas redes uruguaias. 1 a 0 para Portugal. A Fifa apontou Fernandes como autor do gol.

    Aos 29 minutos, após o técnico Diego Alonso colocar em campo os craques Arrascaeta (do Flamengo) e Luís Suárez (do Nacional), o time melhorou muito e Gómez arriscou da meia-lua da grande área, acertando a trave de Diogo Costa. Incrível! Foi a terceira bola na trave que o Uruguai acertou nesta Copa (as duas anteriores foram contra a Coreia do Sul, na estreia). Aos 32, foi a vez de Suárez, na pequena área, ajeitar e chutar na rede pelo lado de fora. No minuto seguinte, Arrascaeta entrou na área e tentou dar um toquinho na saída de Diogo, mas perdeu a oportunidade de ouro, ao ver a bola ser defendida pelo goleiro.

    A partida virou um ataque contra a defesa, com os portugueses entrincheirados dentro da área, procurando garantir o 1 a 0 magrinho. Até que, aos 45 minutos, o juiz iraniano consultou o VAR (árbitro de vídeo) e puniu o Uruguai com um pênalti bem polêmico. Um toque na mão no qual a bola bateu no braço de apoio de Giménez. Como Cristiano Ronaldo já tinha sido substituído, a responsabilidade recaiu sobre Bruno Fernandes, que, com paradinha, fez 2 a 0.

    Aos 53 minutos Bruno Fernandes perdeu a chance de fazer o terceiro gol, ao chutar de fora da área e acertar a trave de Rochet. Dessa forma, com 2 a 0, Portugal conseguia sua revanche da eliminação na Copa de 2018.

    A vitória consolida o time de Fernando Santos na liderança do Grupo H, diminuindo muito a possibilidade de um confronto com o Brasil nas oitavas. A briga pela segunda vaga será na próxima sexta-feira (2), a partir das 12h (horário de Brasília), quando a Coreia do Sul joga sua sorte diante dos portugueses e Gana mede forças com o Uruguai.

  • Alucinante. Camarões e Sérvia empatam em 3 a 3

    Alucinante. Camarões e Sérvia empatam em 3 a 3

    Equipes seguem com chances de avançar se vencerem na última rodada

    A Copa do Catar teve, nesta segunda (28), sua partida mais emocionante até agora. Em duelo de reviravoltas, Camarões e Sérvia empataram por 3 a 3 no Estádio Al-Janoub, em Al-Wakrah. Embora tenham proporcionado um belo espetáculo, as duas seleções respiram por aparelhos no grupo G e precisarão vencer na última rodada para conseguir avançar às oitavas de final do Mundial. Ambas somaram seu primeiro ponto na competição, enquanto Brasil e Suíça (que se enfrentam ainda hoje) já têm três.

    Antes mesmo de a bola rolar, uma surpresa: o goleiro André Onana, um dos principais nomes de Camarões, não estava relacionado para a partida. Segundo informações da imprensa do país, o jogador, que defende a Inter de Milão e foi titular na estreia diante da Suíça, teria sido expulso da delegação por divergências com o técnico Rigobert Song. Até o momento, não há posicionamento oficial da federação camaronesa. Epassy assumiu o posto de goleiro titular contra os sérvios.

    O começo da partida foi de dificuldades para a defesa da equipe africana. Aos nove minutos, Mitrovic recebeu dentro da área, cortou para o meio e chutou na trave. Pouco depois, os zagueiros camaroneses se atrapalharam e a bola sobrou limpa para o centroavante sérvio, de cara para o gol. No entanto, o chute forte do camisa 9 foi para fora.

    Pouco a pouco, Camarões se encontrou na partida, com boas investidas pelo lado direito, principalmente com Kunde. A evolução do time acabou premiada aos 28 minutos. Em cobrança de escanteio pela esquerda, N’Koulou desviou de cabeça na primeira trave e Castelletto apareceu sozinho, sem marcação, para completar para o gol sem dificuldades.

    Mais à vontade depois de abrir o placar, a seleção africana seguiu explorando bastante o lado direito e quase ampliou com Kunde, aos 42. Porém, pouco depois, a partida teve a sua primeira reviravolta.

    Virada relâmpago da Sérvia

    Como tem sido costume nesta Copa, os acréscimos foram generosos na primeira etapa. Os seis minutos adicionados foram suficientes para a Sérvia alterar o panorama da partida antes do intervalo. Aos 46, em cobrança de falta na área, Pavlovic testou com firmeza para empatar.

    Dois minutos depois, em jogada trabalhada na entrada da área, Sergej Milinkovic-Savic finalizou de esquerda e venceu Epassy, que não conseguiu segurar o chute rasteiro do adversário.

    A Sérvia ainda poderia ter ampliado, mas o chute de Mitrovic, em contra-ataque em que a seleção europeia tinha vantagem numérica no campo de ataque, desviou na zaga e tirou tinta da trave esquerda defendida por Camarões.

    Camarões arranca empate 

    Na volta do vestiário, o roteiro do fim do primeiro tempo parecia estar apenas tendo continuidade. Aos sete minutos, a Sérvia ampliou a vantagem no placar em uma bela jogada coletiva. Após a roubada de bola no meio do campo, Mitrovic avançou, a bola passou por outros três companheiros, desmontando a defesa camaronesa, até o atacante receber de volta, já na pequena área, para marcar o terceiro gol dos sérvios.

    No entanto, dois minutos depois, começava a segunda reviravolta do duelo, com uma substituição chave do técnico Song, de Camarões. A derrota significava a eliminação precoce para a seleção africana, o que motivou o comandante a trocar o volante Hongla pelo atacante Aboubakar.

    O efeito não demorou para se manifestar. Depois de belas jogadas individuais, aos 17, Aboubakar diminuiu a desvantagem em um dos gols mais bonitos da Copa até agora. Ele recebeu nas costas da defesa sérvia, pela direita, deu um corte no zagueiro e encobriu o goleiro Vanja Milinkovic-Savic. No momento, ele não chegou a comemorar, porque inicialmente a jogada foi anulada pelo bandeirinha, mas posteriormente o VAR confirmou o gol.

    Na jogada seguinte veio o empate. Aboubakar foi novamente lançado no limite do impedimento, pela direita, mas desta vez avançou e encontrou Choupo-Moting livre na área para empatar. 

    Daí em diante, os dois times tiveram chances de vencer, mas já exaustos pela energia gasta em duas reviravoltas numa partida disputada às 13h no horário local, diminuíram o ritmo, sem alterar o placar.

    Na última rodada do grupo G, Camarões e Sérvia só têm uma opção: vencer. Qualquer outro resultado representa a eliminação ainda na fase de grupos. O último compromisso de ambos será na sexta (2), às 16h (horário de Brasília): a Sérvia encara a Suíça no Estádio 974, enquanto a seleção camaronesa tem pela frente o Brasil, no Lusail.

    Fonte: EBC