Atleta ex-campeão mundial da modalidade, atualmente afastado das competições, decidiu difundir sua paixão e fundou a academia França Boxe na periferia de São Paulo que atrai cada vez mais interessados nos benefícios do esporte
Com um histórico de campeões no país, o boxe é bastante apreciado pelos brasileiros, no entanto, normalmente é lembrado como um esporte olímpico ou de competições para atletas profissionais. Cenário que tem sido transformado por pessoas como Eduardo França, ex-campeão mundial que passou a atuar como personal trainer e, atualmente, é um dos responsáveis pela popularização da modalidade entre amadores em busca dos benefícios da atividade para a saúde.
“Competições ou mesmo a busca pelo aprendizado de defesa pessoal não são mais os principais motivadores da busca pelo boxe. Hoje, o que atrai novos alunos são benefícios como o aumento da resistência, da força, da perda de peso e, consequentemente, da autoestima. Além disso, ainda reduz o estresse e melhora o desempenho cardiorrespiratório e o condicionamento físico”, explica França.
O atleta profissional fundou a academia França Boxe no Lauzane Paulista, na Zona Norte de São Paulo que atrai para as luvas tanto homens quanto mulheres. “Se acompanhado de um trabalho nutricional, os benefícios são ainda mais evidentes e mais rápidos”, conta o ex-campeão.
Um de seus alunos é o radialista Fábio Ricardo que pratica o boxe há quatro meses e, hoje, é um dos maiores incentivadores de todos à sua volta. “Sempre tive uma certa resistência em iniciar uma atividade física, mesmo sendo necessário para a minha saúde e com recomendação de médicos, mas, foi no boxe, que me encontrei e hoje o esporte faz parte da minha vida e o exercício se tornou um dos momentos mais prazerosos da minha semana”, destaca o aluno de França.
Sobre a academia França Boxe
Além do boxe, a academia se especializou em outras modalidades comuns para atletas profissionais e amadores, como muay thai, crossfit, musculação e funcional.
Vitória veio em final com Italo Ferreira na Califórnia (EUA)
O paulista Filipe Toledo conquistou pela primeira vez o título do Circuito Mundial de Surfe, ao derrotar o potiguar Italo Ferreira em uma final brasileira, nesta quinta-feira (8), no WSL Finals na praia de Lower Trestles, em San Clemente, Califórnia (EUA).
Esta foi a quarta conquista consecutiva mundial do Brasil, que com isto mostra que é o atual país do surfe. O país possui no total seis títulos: três de Gabriel Medina (2014, 2018 e 2021), um de Adriano de Souza (2015), um de Italo Ferreira (2019) e o alcançado nesta quinta por Felipe Toledo.
Corrida pelo título
A disputa masculina começou em grande estilo, com a reedição da final olímpica do surfe, com Italo Ferreira medindo forças com o japonês Kanoa Igarashi. E, assim como no Japão, o potiguar foi melhor, com direito a um aéreo incrível, que lhe valeu um 8,17, para triunfar por 13,37 a 11,83.
Depois o campeão olímpico enfrentou o australiano Ethan Ewing. O brasileiro começou com um ritmo muito forte, pegando logo duas ondas que lhe garantiram uma vantagem de 12,83 a 0. A partir daí o australiano não conseguiu se recuperar, e Italo fechou com tranquilidade em 13,10 a 11,83.
Diante de outro surfista da Austrália, Jack Robinson, o potiguar começou a semifinal abusando dos aéreos de esquerda, com destaque para uma onda na qual ele acertou uma sequência de três aéreos que lhe valeu um 7. No final, Italo venceu a disputa por 16,10 a 13,30 para chegar à decisão com Filipe Toledo.
Decisão brasileira
Na grande decisão, que foi disputada em uma melhor de três baterias, Filipe Toledo começou com uma direita na qual desfilou o seu repertório de manobras para receber logo de cara um 7,50. Ele emendou na sequência outra ótima direita, que lhe valeu um 7,63.
Italo Ferreira até tentou responder, inclusive tirando um 8, mas o paulista conseguiu administrar a vantagem construída para fechar a primeira bateria em 15,13 a 14,97.
Assim como na disputa inicial, Filipe Toledo iniciou a segunda bateria partindo para cima, encaixando duas ondas para abrir uma vantagem de 10,84 a 1 sobre o potiguar. Depois o paulista ficou em situação ainda melhor, com outra direita inspirada que lhe valeu um 7,83.
Italo Ferreira respondeu com muita categoria, com um aéreo nota 7,18 quando faltavam 10 minutos para o final da bateria.
E, quando faltavam apenas 2 minutos para o fim, a bateria teve o seu ápice, quando os dois brasileiros pegaram a mesma onda, com Filipe indo para a direita e Italo para a esquerda. Enquanto o potiguar apostou nos aéreos para ficar com 8,60, o paulista voltou a exibir uma grande variedade de manobras para somar 8,67 e ficar com a vitória final, de 16,50 a 14,93.
Com a vitória de 2 baterias a 0 na grande decisão, bastou ao paulista comemorar: “Queria agradecer a todos, minha família, meus amigos. Ainda estou sem acreditar […]. Tenho que agradecer muito a Deus, pois ele cumpriu a promessa. Ele falou que ia me honrar, e me honrou. Então, toda honra e glória seja dada a Deus”.
Disputa feminina
Se o Brasil brilhou entre os homens, entre as mulheres a única representante do país não teve um bom dia. Tatiana Weston-Webb entrou em ação apenas na segunda eliminatória, contra Stephanie Gilmore, que superou a costa-riquenha Brisa Hennessy na primeira bateria.
Apesar de começar a disputa muito melhor, chegando a abrir uma boa vantagem, Tatiana, que foi vice-campeã no ano passado, viu Gilmore melhorar muito nos últimos minutos da disputa para vencer por 15,30 a 14,87.
Apesar de terminar a temporada como 4ª melhor do mundo, a brasileira se pronunciou por meio de suas redes sociais agradecendo todo o apoio da torcida: “Obrigada pela torcida. Dei o meu melhor e acreditei até o final. Estou bem orgulhosa do meu ano e agora é a hora de relaxar um pouco! Obrigada mais uma vez meus fãs, amo vocês! Bora!”.
Já Gilmore seguiu em frente na competição, eliminando a francesa Johanne Defay nas semifinais e batendo a havaiana Carissa Moore na grande decisão para garantir o oitavo título mundial de sua carreira.
FILIPE TOLEDO É CAMPEÃO MUNDIAL DE 2022! 7️⃣7️⃣🏆🌊🇧🇷
O sonho se tornou realidade: Filipe Toledo vence Italo Ferreira por 2 a 0 no Confronto do Título no #RipCurlWSLFinals e se torna CAMPEÃO DO MUNDO pela 1ª vez na carreira.
Brasileiro faturou o cinturão dos médios-ligeiros em 1975, em Mônaco
Referência no boxe brasileiro, o campeão mundial Miguel de Oliveira, na categoria médios-ligeiros, morreu aos 74 anos nesta sexta-feira (15), em São Paulo. O ex-boxeador passou os últimos três meses internado para tratamento, após ser diagnosticado com câncer no pâncreas.
Miguel de Oliveira, campeão brasileiro em 1970, se notabilizou no boxe mundial cinco anos depois, ao conquistar o cinturão do peso médio-ligeiro do Conselho Mundial de Boxe. O título veio após o brasileiro superar o campeão europeu, o espanhol José Duran, ao fim de 15 assaltos, por decisão unânime dos unânime dos jurados, em luta realizada no Principado de Mônaco.
O pugilista parou de lutar precocemente, ao 28 anos, quando já somava 46 vitórias – 28 delas por nocautes -, cinco derrotas e um empate. Após se despedir dos ringues, se graduou em Educação Física e abraçou a carreira de treinador. Foi o responsável por levar outra estrela do boxe brasileiro, Adilson Maguila Rodrigues, a grandes vitórias no fim da década de 1980, contra o argentino Daniel Falconi e o holandês Andre Van Den Oetelar.