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Nasci com a ideia de que São Paulo é a cidade que não dorme. Gigante, metrópole do mundo, vivi e vi de tudo na terra da garoa nos meus poucos anos de vida, até agora.
Mas o que vejo agora é algo inacreditável: pararam a gigante.
Não só ela, pararam o mundo. Um vírus, um maléfico vírus, nos pegou.
Matando nossos idosos, assustando nossas crianças e até nossos ídolos, estão parados.
O esporte, símbolo máximo da resistência, da luta, sucumbiu ao vírus.
Aquela caminhada matinal libertadora, foi confinada.
Arrebatado por um golpe cruel, o mundo se viu preso em sua individualidade, seu quarto, seu reino.
E quantos não tem um quarto para ser seu reino?
Em tempos de pandemia, vemos o quanto somos insignificantes, mas ao mesmo tempo importantes. Sentimos o quanto somos frágeis, mas como somos fortes.
Descobrir que em uma era de intolerância, homofobia, feminicídios e racismo nunca vistos, o mundo tem esperança, com gestos de carinho e solidariedade vindos de onde não se esperava.
Mas ainda há o medo, o medo de quem esta a margem da sociedade, largado ao relento, em um jogo onde a sorte nem sempre esta ao seu lado.
O esporte sempre foi o alicerce da luta pela igualdade, pela democracia e pela paz. E nestes tempos é também o alicerce pela saúde e bem estar.
Clubes e federações se manifestam e oferecem ajuda, até o “Velho Paca” ira virar hospital de campanha, mais uma em sua gigantesca história.
A pandemia é um fato, não é um discurso fascista e autoritário. Não é culpando a imprensa que ira se resolver isto, a informação é a arma contra o mal que nos aflige.
Cabe a nós lutarmos, protegermos quem amamos, rezar por quem esta lutando por nós.
Aos lixeiros, médicos, enfermeiros, policiais, motoristas, cozinheiros, agricultores e tantos outros, o mínimo que podemos dizer é obrigado e continuem a lutar por nós.