Presidente do COB fez declaração durante visita os Jogos Universitários
De passagem pela 68ª edição dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBS), neste sábado (16) em Brasília, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Paulo Wanderley, afirmou que a meta dos atletas do Brasil na Olimpíada de 2024 (Paris) é superar o desempenho dos Jogos de Tóquio.
Na capital japonesa, o país alcançou 21 medalhas (7 ouros, 6 pratas e oito bronzes).
“O resultado foi ótimo, mas queremos fazer melhor. Temos sempre que avançar. Recuar nem para dar impulso”, brincou o dirigente, lembrando que colaboradores da entidade já fizeram duas visitas à França para checar locais de treinamento, possíveis cidades para aclimatação e montagem da base principal.
“É uma preparação que envolve muita antecedência, mas nada foi mais desafiador do que enfrentar a pandemia. Tivemos que refazer tudo”, afirmou.
Sobre os JUBs, Paulo lembrou que participou da competição como judoca e que, em 1974, quando presidente da federação universitária capixaba de esportes, organizou o jubileu de prata (25ª edição) dos jogos em Vitória.
“Sinto-me em casa, mas os JUBs são uma competição consistente e com décadas de realização, e importante na implementação e na divulgação do esporte, consolidada como uma referência”, concluiu.
Na madrugada deste domingo, 17 de outubro, a seleção brasileira de Rugby sub23 embarca para o primeiro desafio do país na categoria.
O Brasil disputará entre os dias 22 e 30 de outubro, em Montevidéu (Uruguai), em sistema de bolha, o Americas Pacific Challenge 2021.
A competição não foi realizada em 2020 por conta da pandemia da COVID-19.
Além Brasil, também estarão na disputa a Argentina XV, Chile, Paraguai, Uruguai e o Estados Unidos Selects. O país verde e amarelo está no grupo A e terá como adversários o Uruguai, EUA e o Paraguai, nos dias 22, 26 e 30 de outubro, respectivamente.
A equipe que somar mais pontos é declarada a campeã.
Entre os atletas sub23 convocados está Daniel Silva “Maranhão”, atleta que vem se destacando na equipe principal e também faz parte do grupo. O atleta revela um grupo bem unido e focado para conquistar o objetivo.
“A preparação foi muito dura, estamos desfrutando cada momento com o grupo, estamos muito unidos e conectados, esperamos fazer um bom torneio e representar bem a nossa nação. Eu ainda tenho 23 anos e estou dentro da idade do campeonato, mas tenho bastante experiência, por vim disputando vários torneios e me preparando junto com a seleção principal, e com isso, tenho tentado ajudar como posso os meus companheiros e tentando passar o máximo de tranquilidade possível”
disse Maranhão sobre ser um dos atletas experientes dessa seleção
A equipe brasileira realizou toda a preparação no Núcleo de Alto Rendimento (NAR), em São Paulo e embarca com uma equipe confiante na madrugada deste domingo, 17 de outubro, confiante para um resultado histórico para a seleção sub 23, que disputará seu primeiro campeonato.
Vagas são limitadas e inscrições estarão abertas a partir de segunda-feira, 18/10, na sede da Secretaria de Esportes
A partir do dia 18/10, a Secretaria de Esportes e Lazer (SEMEL) de Taboão da Serra abre inscrições para as aulas de Taekwondo e de Jiu-jitsu. A faixa etária é a partir de 6 anos e sem limite de idade. As inscrições vão até o dia 27/10 e as vagas são limitadas.
O início das aulas está previsto para o dia 03/11. A modalidade Taekwondo terá aulas às terças e quintas-feiras, das 9h às 10h e o Jiu-jitsu às quartas e sextas-feiras, das 17h às 18h, na sede da SEMEL.
Olívio Nóbrega, secretário de Esportes, declarou: “Agora na Secretaria teremos duas novas modalidades, o Taekwondo e o Jiu-Jitsu. Nossos professores estão preparados para receber os alunos e ajudá-los. Por conta da pandemia, os números de vagas são limitados”.
De acordo com Mestre Ney Carvalho, diretor do Departamento de Artes Marciais, para realizar a inscrição é necessário se dirigir até a Secretaria de Esportes, localizada na Avenida Dr. José Maciel, 708, Jardim Maria Rosa e levar documento oficial com foto, comprovante de endereço, comprovante de vacinação de, pelo menos, a 1ª dose da vacina contra a Covid-19. Menores de 18 anos devem estar acompanhados do responsável.
Professor Vagner Kurouwa, conhecido como Sensei Japa, é instrutor de Jiu-jitsu. Ele explicou sobre o poder da defesa pessoal que as artes marciais ensinam a ter. “O Jiu-Jitsu é uma forma de defesa pessoal sem armas. A pandemia veio para mostrar que precisamos, principalmente as mulheres, praticar algum tipo de arte marcial, não importa qual. O que queremos é incentivar a defesa pessoal, fazer com que as mulheres e as crianças se sintam protegidas e com autoestima”, ressaltou.
“Além de ensinar às crianças, a arte em si, procuro trabalhar a mente. Quando falo de trabalhar a mente da criança não é que ela tem que agredir e sim que ela saiba se defender de uma forma intelectual. Agressão não leva ninguém a lugar algum, não precisa ser violento para se defender”, finalizou o Sensei.
Mestre Geraldo Siqueira, que foi técnico da Seleção Brasileira e da Seleção Paulista de Taekwondo, falou sobre os benefícios da modalidade. “O Taekwondo é um esporte Olímpico, de inclusão e para todos os públicos. O objetivo é o desenvolvimento, melhoria da saúde, controle emocional, autocontrole e confiança em si”, explicou.
Documentos necessários para inscrição Documento com foto; Comprovante de endereço; Comprovante de vacinação.
Serviço: Secretaria de Esportes e Lazer Avenida Dr. José Maciel, 708, Jardim Maria Rosa Telefone (11) 4788-5888 De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h
Brasileiro faturou o cinturão dos médios-ligeiros em 1975, em Mônaco
Referência no boxe brasileiro, o campeão mundial Miguel de Oliveira, na categoria médios-ligeiros, morreu aos 74 anos nesta sexta-feira (15), em São Paulo. O ex-boxeador passou os últimos três meses internado para tratamento, após ser diagnosticado com câncer no pâncreas.
Miguel de Oliveira, campeão brasileiro em 1970, se notabilizou no boxe mundial cinco anos depois, ao conquistar o cinturão do peso médio-ligeiro do Conselho Mundial de Boxe. O título veio após o brasileiro superar o campeão europeu, o espanhol José Duran, ao fim de 15 assaltos, por decisão unânime dos unânime dos jurados, em luta realizada no Principado de Mônaco.
O pugilista parou de lutar precocemente, ao 28 anos, quando já somava 46 vitórias – 28 delas por nocautes -, cinco derrotas e um empate. Após se despedir dos ringues, se graduou em Educação Física e abraçou a carreira de treinador. Foi o responsável por levar outra estrela do boxe brasileiro, Adilson Maguila Rodrigues, a grandes vitórias no fim da década de 1980, contra o argentino Daniel Falconi e o holandês Andre Van Den Oetelar.
Após título em Doha e entrada no top 5, atleta projeta Jogos de 2024
O ciclo da Olimpíada de Paris começou recheado de boas notícias para o mesa-tenista Hugo Calderano. Além de faturar o maior título da carreira, o WTT Star Contender, em Doha, no final de setembro, e subir para o quinto lugar do ranking mundial (posto inédito para um latino-americano), ele foi apresentado no novo clube, o Fakel Gazprom Orenburg (Rússia), que é pentacampeão europeu.
Porém, o brasileiro quer mais, a conquista de uma medalha nos Jogos de 2024 na capital francesa.
“Tenho os pés no chão, mas sei daquilo que sou capaz. Quero buscar cada vez mais conquistas. Não estou satisfeito. Considero que vivo a minha melhor forma física e técnica. E a motivação é gigante para o futuro”, declarou em entrevista coletiva.
Em Orenburg (Rússia), Calderano fará parte da equipe ao lado do taiwanês Lin Yun-Ju (6º do ranking mundial), do alemão Dimitrij Ovtcharov (8º), do português Marcos Freitas (24º) e do russo Aleksandr Shibaev (87º).
“Um pode aprender muito com o outro. Apesar de estarmos em um nível muito parecido, acredito que conseguiremos criar um misto de experiência e juventude. Devemos ser a equipe mais forte da Europa, e vamos assumir esse posto de favoritos na briga pelo sexto título continental do clube”, declarou.
Mesmo defendendo o clube russo, carioca seguirá morando e treinando na cidade alemã de Ochsenhausen.
“Minha rotina deve seguir basicamente a mesma. Mas, pelo fato de ter menos jogos, vou ter mais liberdade e mais tempo no calendário para participar de competições internacionais”.
É justamente neste ponto que se encaixa um dos desejos do brasileiro para concretizar o sonho de chegar ao pódio olímpico: “Talvez eu possa treinar e até jogar na Coreia, no Japão ou na China. De repente posso até participar da Liga Chinesa. Agora terei uma liberdade maior para cumprir as etapas que necessito para seguir evoluindo”.
Segundo o mesa-tenista, o torneio chinês ocorre durante, aproximadamente, um mês, e tem a participação de poucos jogadores ocidentais.
“Sei que dois alemães já jogaram por lá, o Dimitrij Ovtcharov e o Timo Boll. Além deles, alguns coreanos, atletas de Taiwan e do Japão. Mas, com certeza, para entrar no torneio tem que ser mesmo integrante do top 10, já que a China é o celeiro dos maiores nomes da modalidade há bastante tempo. Em relação ao formato, é ainda um mistério até mesmo para mim. Acompanho alguns jogos, mas ainda tenho algumas dúvidas. O certo é que os melhores jogadores estão lá. Então, para chegar forte aos Jogos Olímpicos de Paris, e ter a chance de brigar mesmo pela medalha, preciso jogar com eles. Ainda estou longe do meu auge. Sei que posso muito mais e vou correr atrás disso”, afirmou.
E, por falar em Olimpíada, nos Jogos de Tóquio, apesar de ter feito a melhor participação brasileira na história do evento, tendo chegado às quartas de final, ele precisou se recuperar rápido de uma derrota dolorosa. Após chegar a estar perdendo por 2 sets a 0, o alemão Dimitrij Ovtcharov conseguiu virar o jogo e eliminar o brasileiro.
“É claro que aquela derrota foi muito pesada, mas isso me deu mais motivação. Logo depois da partida, já estava com vontade de voltar, e jogar ainda melhor”, concluiu.
Próximo desafio da fera do tênis será torneio nos EUA entre os oito melhores do mundo
A Copa do Mundo de tênis em cadeira de rodas, realizada em Alghero (Itália), marcou o início do ciclo da Paralimpíada de Paris (França) para Ymanitu Silva.
Número oito do mundo da classe quad (atletas com deficiências em três ou mais extremidades do corpo), o catarinense de 38 anos tem como objetivo, no caminho até os Jogos na capital francesa, participar das quatro principais competições do circuito mundial, os Grand Slams, que são os mesmos do tênis convencional: Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open.
“A primeira meta até Paris é fazer pelo menos um ano jogando os quatro Grand Slams. Para isso, tenho que estar entre os sete do mundo. Permanecendo em oitavo, tem a possibilidade de receber convite. Subindo para sétimo, entro direto nos torneios”
explicou Ymanitu à Agência Brasil
Em 2019, o brasileiro fez história ao ser o primeiro tenista em cadeira de rodas do país a participar de um Grand Slam. Na ocasião, disputou Roland Garros como convidado.
A estreia na chave de simples foi contra o australiano Dylan Alcott, número um do mundo, que o derrotou por 2 sets a 0 (1/6 e 2/6). Na disputa pelo terceiro lugar, Ymanitu perdeu por 2 sets a 1 para o japonês Koju Sugeno, de virada (6/3, 4/6 e 2/6).
Nas duplas, o catarinense e Sugeno foram superados na final por Alcott e o norte-americano David Wagner por 2 sets a 0 (duplo 6/3).
O atual posto no ranking da Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) na classe quad, atingido em setembro, credencia Ymanitu a disputar o Masters, evento que reunirá os oito melhores tenistas do mundo.
O torneio será realizado em Orlando (Estados Unidos) entre 31 de outubro e 7 de novembro. É a segunda vez que o brasileiro disputará a competição.
A primeira foi há quatro anos, quando também era o número oito da categoria. Ele não foi além da primeira fase, superado por David Wagner e pelo sul-africano Lucas Sithole.
“Para mim, é muito importante estar entre os oito do mundo, mostra que o trabalho diário é colocado em prática. Os resultados vêm a longo prazo no tênis.
Será um tiro curto [até Paris], um ciclo com menos de três anos para atingir o ápice lá. Seguirei treinando e só devo parar nas datas festivas do fim do ano.
Minha equipe aproveitou a Paralimpíada de Tóquio [Japão] e o Mundial para ver o nível dos adversários e tirar um embasamento do que é preciso para chegar bem em Paris”, destacou o tenista, que treina na ADK Tennis, em Itajaí (SC).
“Nos últimos anos, chegaram novos jogadores na categoria, como os holandeses [Sam Schröder e Niels Vink, medalhistas de prata e bronze em Tóquio]. Isso é importante, pois torna a concorrência mais forte. A quad é uma classe onde os jogadores têm ao menos três limitações [físico-motoras]. Atletas com menor grau de deficiência têm aparecido e deixado os jogos mais difíceis”, completou.
A Paralimpíada na capital francesa poderá ser a terceira de Ymanitu. O catarinense, que é natural de Tijucas (SC), disputou os Jogos do Rio de Janeiro tendo menos de dois anos de experiência internacional.
Na ocasião, foi superado por Lucas Sithole na primeira rodada. Neste ano, em Tóquio, teve David Wagner como adversário na estreia. O brasileiro chegou a vencer o primeiro set, mas sofreu a virada do rival, ex-número um do mundo e atualmente na quarta posição do ranking.
Atleta segue se destacando e fazendo história com o nome do Brasil no esporte no gelo
Larissa Paes, é atualmente, a única atleta feminina da equipe brasileira de patinação de velocidade no gelo, ela é a primeira atleta do país a disputar competições oficiais na modalidade e segue treinando firme em Salt Lake City, onde treina ao lado de atletas que possuem uma vasta experiência internacional e até mesmo com atletas olímpicos.
Desde o primeiro dia da brasileira na modalidade ela vem batendo recordes nacionais, por ser a pioneira da modalidade, mas agora os novos tempos batidos, tem um gostinho ainda mais especial, eles são fruto de um trabalho de muita dedicação.
Nos últimos dias Larissa alcançou o seu melhor tempo nos 500m onde saltou de 43,42 para 42,59 e nos 1000m saiu de 1.25,22 para 1.23,00, resultados que mostram que Larissa pode chegar ainda mais longe.
“Em alguns sábados acontecem provas abertas organizadas pelo Oval, você pode se inscrever em qualquer distância. São provas de treino, ou seja não tem premiação ou qualificação como um campeonato. Servem para o atleta se preparar, e os tempos eles contam como recordes, caso tenha. Nesse último final de semana consegui executar muito bem ambas as provas, e abaixei bastante meu tempo nos 500m e 1000m. Estou começando a colher frutos do meu esforço, e com o trabalho contínuo que venho fazendo posso alcançar resultados ainda melhores.”, concluiu a patinadora brasileira.
Para esse ano, Larissa ainda tem a disputa de duas competições, a primeira dela acontece em outubro, é a Am Cup, que será realizada entre os dias 20 e 24, e em seguida entre os dias 3 e 5 de dezembro, a brasileira disputará uma etapa da Copa Mundial.
Larissa Paes, vem quebrando tabus na patinação de velocidade no gelo, na primeira competição dessa temporada ela se tornou a primeira brasileira a garantir vaga para a disputa de Copas Mundiais.
Halterofilista retomou treinos logo após voltar da Paraolimpíada
Há exatamente um mês, Mariana D’Andrea escrevia o nome na história do paradesporto ao conquistar, nos Jogos de Tóquio (Japão), um inédito ouro paralímpico para o halterofilismo brasileiro.
Três meses após o feito, a paulista de 23 anos será testada pela primeira vez desde a medalha, logo em um Campeonato Mundial.
Ela já retomou os treinamentos visando a competição, que será disputada entre 28 de novembro e 5 de dezembro na cidade de Butami (Geórgia).
“A expectativa é muito boa. Saí de Tóquio preparada, tive um resultado muito bom lá e agora é manter os treinos para melhorar mais ainda e buscar outra medalha, agora de ouro”
disse Mariana à Agência Brasil
“Será uma competição forte. Em Tóquio, eram oito [atletas por categoria]. Na Geórgia, podem ser 20. Mas estou bem preparada, tanto fisicamente como psicologicamente”, completou a medalhista de ouro da categoria até 73 quilos, que foi prata no último Mundial, realizado em Nur-Sultan (Cazaquistão), em 2019, na disputa por equipes mistas, ao lado de Bruno Carra e Evandro Rodrigues.
Chegar como atual detentora da coroa da categoria fará de Mariana a atleta mais observada pelas rivais no Mundial. Lidar com a pressão, no entanto, não parece que será difícil para a jovem de Itu (SP), que tem nanismo (baixa estatura). No halterofilismo paralímpico, os competidores não são divididos pela deficiência, mas conforme o peso.
“Tenho amadurecido com as experiências. O nervosismo só atrapalha. Sei que o que faço na competição é o mesmo que faço nos treinos. [Em Tóquio] fiquei bem tranquila. Sabia que a medalha viria. Era meu objetivo, meu foco. Tinha a adrenalina, mas nada de medo ou nervosismo. Nem eu mesmo acreditei que estava calma daquele jeito”, recordou a brasileira.
“Fiquei surpreso com o equilíbrio emocional da Mariana. Ela aqueceu ao lado da adversária principal, a chinesa [Lili Xiu, que foi prata]. Começaram a fazer pressão, jogar a barra, dar gritos, mas a Mariana simplesmente ignorou, virou as costas, fingiu que nada estava acontecendo. Ela dizia o tempo todo que queria ganhar o ouro, desde Hamamatsu [cidade japonesa onde a delegação brasileira fez aclimatação antes de ir para Tóquio]. Estava certa de que disputaria o ouro. Isso fez diferença”, completou o técnico da atleta, Valdecir Lopes, à Agência Brasil.
A maturidade de Mariana, que iniciou na modalidade em 2015, chama atenção pela juventude. A brasileira era a segunda mais jovem entre as finalistas da categoria dela em Tóquio. Das oito competidoras, cinco tinham mais de 30 anos. A chinesa Xiu, vice-campeã, tem 40 anos, um a mais que a francesa Souhad Ghazouani, recordista mundial do peso e medalhista de bronze no Japão.
“O halterofilismo paralímpico é um esporte de longo prazo, que permite tranquilamente que o atleta chegue aos 40 anos, 45, sendo competitivo. A Mariana é muito jovem. Minha ideia, como treinador, é cuidar para que ela prolongue ao máximo da saúde, sem lesão, para atingir essa maturidade e seguir entre as três primeiras do mundo por muito tempo. Ela gostou de ganhar o ouro, viu que representa muita coisa. Se perguntar a ela sobre [a Paralimpíada de] Paris [França], em 2024, ela vai falar que quer ganhar de novo [risos]”, comentou Valdecir.
Os participantes do Mundial ainda não foram confirmados. A equipe brasileira será definida após a seletiva marcada para 13 de outubro, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Os sete atletas que representaram o país em Tóquio, porém, já possuem marcas que os credenciam à competição na Geórgia e não devem participar do evento de qualificação.
“Muita gente virá ao Mundial em uma fadiga danada, pois é a primeira vez que o torneio será realizado após a Paralimpíada. Talvez as marcas não sejam lá tão esperadas. Mas acho que aqueles que não conseguiram atingir os objetivos em Tóquio estarão com a faca nos dentes. Será um campeonato forte e duro, talvez até mais duro que os Jogos”, avaliou o técnico de Mariana.
“Meu objetivo é chegar lá, conquistar essa medalha e completar o ano bem feliz. Meu treinador sempre fala que é difícil chegar ao topo, mas que mais difícil é se manter. Quero continuar firme e forte para não deixar que as meninas me peguem e ser a melhor das melhores, sempre”, finalizou a paulista, que foi ao pódio dez vezes nas 12 competições internacionais que disputou.
Seleção não resiste aos atuais campeões e terá que disputar o 3º lugar
O sonho de reconquistar a coroa do futsal foi adiado para 2024. Nesta quarta-feira (29), o Brasil foi derrotado por 2 a 1 pela Argentina em confronto pela semifinal da Copa do Mundo da modalidade, realizada na Lituânia.
Resta à seleção canarinho buscar, no próximo domingo (3) a partir das 10h (horário de Brasília), o terceiro lugar do Mundial contra o perdedor de Portugal e Cazaquistão, que se enfrentam nesta quinta-feira (30) a partir das 14h.
Atuais campeões, os argentinos buscam o bi também no domingo, mas às 14h. As partidas serão todas em Kaunas, mesma cidade onde foi disputado o jogo desta quarta.
Os brasileiros criaram as primeiras oportunidades do jogo, mas pararam em ao menos quatro defesas do goleiro Nícolas Sarmiento e na trave, após uma batida cruzada do pivô Pito.
Os argentinos foram mais eficientes. Aos 11 minutos, Cristian Borruto soltou a bomba da entrada da área e o também ala Constantino Vaporaki, em cima da linha, completou para as redes.
Dois minutos depois, Borruto arrematou de primeira e aumentou a vantagem dos hermanos.
A seleção verde e amarela seguiu pecando na finalização. O pivô Ferrão, quase na pequena área, mandou por cima do gol. Já Pito driblou Sarmiento pela esquerda, mas ficou sem ângulo e acertou novamente a trave. Aos 17 minutos, enfim, a recompensa veio pela insistência.
Após cobrança de escanteio pela esquerda, Pito tabelou com o fixo Marlon e cruzou rasteiro para Ferrão concluir de carrinho, descontando para o Brasil.
O segundo tempo foi quase todo jogado na metade argentina da quadra.
O pivô Rocha e Ferrão testaram Sarmiento, que salvou os hermanos. Aos 15, Ferrão dominou na entrada da área, girou e bateu rente à trave. A três minutos do fim, o técnico Marquinhos Xavier adotou a estratégia do goleiro-linha para ter mais um homem apoiando o ataque, mas não foi suficiente para superar a marcação adversária.
O Brasil é o maior campeão mundial no futsal. São sete títulos desde 1982, quando o torneio era organizado pela Federação Internacional de Futebol de Salão (Fifusa), mais cinco a partir de 1989, ano em que o evento passou a ser realizado pela Federação Internacional de Futebol (Fifa).
A última taça veio em 2012, na Tailândia. Na edição passada da Copa do Mundo, na Colômbia, a seleção brasileira caiu nas oitavas de final para o Irã.
Mesa-tenista, Hugo Calderano, quinto do ranking mundial, reforça equipe russa na próxima temporada
Figurando entre os cinco melhores do ranking mundial, o mesa-tenista carioca Hugo Calderano se apresentou na última terça-feira (28) ao clube russo Fakel Gazprom Orenburg, atual pentacampeão europeu.
O atleta fará parte da equipe na temporada 2021/2022, disputando a Champions League, competição em que o clube tem cinco taças (2012, 2013, 2015, 2017 e 2019). “Orenburg é um time muito forte não só na Rússia, mas em toda a Europa. Lutarei para ajudar o clube a conquistar novos títulos”, afirmou o brasileiro através de sua assessoria de imprensa.
Calderano foi apresentado ao lado de Lin Yun-Ju, sexto colocado do ranking mundial. O alemão Dimitrij Ovtcharov (8º), o português Marcos Freitas (24º) e o russo Aleksandr Shibaev (87º) completam a equipe.
No último final de semana, o brasileiro conquistou o título mais expressivo da carreira, o WTT Star Contender de Doha (Catar).
O primeiro compromisso do jogador na Rússia será a segunda fase da Champions League, na primeira semana de novembro. Orenburg está no Grupo B, ao lado de Bogoria Grodzisk (Polônia), Neu-Ulm (Alemanha) e El Nino Praha (República Tcheca). Nesta fase, os dois primeiros de cada chave avançam às quartas de final.
Nas últimas sete temporadas, Hugo defendeu o Liebherr Ochsenhausen, pelo qual conquistou os títulos da Liga Alemã e da Copa da Alemanha, ambos em 2019. O brasileiro seguirá morando e treinando na cidade alemã, viajando à Rússia nos períodos de competição pelo clube.