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O levantamento sobre ESG, sigla do inglês para Environmental, Social and Governance, feito pela Morningstar e pela Capital Reset apontou que fundos ESG captaram R$ 2,5 bilhões em 2020.  Uma outra pesquisa, realizada em 2019 pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), afirma que 87% dos brasileiros preferem empresas com práticas sustentáveis.  

Outro estudo, realizado pelo The Boston Consulting Group (BCG), apontou que, no mundo todo, crescem os investimentos que consideram os princípios de responsabilidade ESG,  além da observação de que o surgimento de cada vez mais “fundos de sustentabilidade” tem se mostrado uma tendência no mercado. Ainda segundo o estudo da BCG, as instituições que cultivam boas práticas ESG apresentam resultados melhores ao longo do tempo, sendo este fator primordial para atração do interesse de investidores, a perpetuidade da companhia.   

Para Daniel Rossi, CEO da Capitale Energia, empresa de Energia e soluções sustentáveis, essa mudança no comportamento das empresas pode ter sido provocada pela pandemia decorrente do novo coronavírus. “A pandemia da COVID-19 provocou uma mudança na percepção das empresas em relação à sua responsabilidade com o meio ambiente e a sociedade, desta forma, a migração para o mercado livre de energia foi uma consequência oriunda desta mudança, uma vez que é possível consumir energia de fontes renováveis, além do benefício econômico que esta modalidade proporciona”, comenta.  

Mercado livre de energia e ESG 

Ainda de acordo com os dados, usar energia limpa, vindo do mercado livre de energia, pode representar uma economia de até 30% para essas organizações. “Embora deva estar presente em todos os setores da economia, o ESG tem grande destaque quando o assunto é geração de energia. Isso porque esse é um dos setores que mais impactam o meio ambiente. Nesse contexto, fontes renováveis de energia são um dos eixos centrais para um desenvolvimento sustentável”, afirma Daniel. 

De acordo com a ABRACCEL, o mercado livre de energia já conta com cerca de 10mil CNPJ´S, que consomem energia de fontes renováveis. Daniel comenta que: “No mercado livre de energia há modalidades onde o cliente pode consumir normalmente sem se preocupar com limites contratuais e ainda tem uma economia mensal garantida. Porém, como tudo, é preciso ter cautela e saber escolher o fornecedor nesta nova modalidade para que o consumidor tenha segurança e riscos mitigados em toda sua jornada no Ambiente de Contratação Livre”.  

De acordo com a CCEE, o mercado livre de energia tem potencial de absorver 59% da energia do país. Até 2026 os brasileiros estarão exclusivamente consumindo energia limpa do mercado livre de energia. A expectativa, segundo Daniel, é que as empresas, atendendo aos requisitos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, comecem desde já a mudar suas práticas para atender essa demanda que surgirá em breve.