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Segundo informações da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil ultrapassou, neste ano, a marca histórica de 14 13 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica em sistemas de médio e pequeno porte situados em fachadas, terrenos, telhados e usinas de grande porte centralizadas.

Além disso, ainda segundo a Absolar, desde o ano de 2012, a fonte solar já gerou, no Brasil, mais de 66,3 bilhões de reais em novos investimentos, 17,1 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e criou mais de 390.000 oportunidades de trabalho, evitando, a partir disso, a emissão de 14,7 milhões de toneladas de CO2 durante a produção elétrica.

De acordo com o presidente da entidade, o crescimento da energia solar no Brasil é essencial para o progresso social, ambiental e da economia do país, já que a fonte auxilia a diversificar o suprimento de energia elétrica, diminuindo a pressão exercida nos recursos hídricos e a possibilidade de aumentos na conta de energia elétrica devido às termelétricas. “As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, afirma o presidente da Absolar.

As usinas solares grandes, hoje em dia, representam a sexta maior fonte de geração nacional, com empreendimentos operando em nove estados do país: no Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins).

Em janeiro deste ano, ao somar as capacidades instaladas das usinas de grande porte e da geração própria de energia solar, a fonte solar estava em quinto lugar em relação à matriz elétrica do Brasil, ultrapassando a potência instalada de termelétricas movidas a petróleo e demais fósseis, que equivalem a 9,1 GW da matriz elétrica nacional.

Instalações solares em residências avançam 2.000% no Brasil

Nesse sentido, segundo dados informados pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME) no programa Brasil em Pauta, que foi ao ar no dia 10 de outubro de 2021, o Brasil conta com uma das matrizes de energia mais renováveis do mundo – 48% são renováveis (a média mundial é de 14%). Além disso, ainda de acordo com o secretário, 85% da matriz de eletricidade do país é renovável ante 20% da média mundial.

Também foi mostrado que, apesar do território nacional ainda fazer muito uso de hidrelétricas (cerca de 85% da energia elétrica é oriunda dessa fonte), o Brasil vem apostando na diversificação da matriz – o que pode justificar, por exemplo, a procura pelo preço da franquia de energia solar.

A tecnologia dos painéis fotovoltaicos segue em forte crescimento no país e acaba de atingir 14 GW de capacidade instalada, igualando em potência com a grande hidrelétrica de Itaipu. Segundo o secretário do MME, em três anos a energia solar centralizada (usinas solares) avançou 200%. Em relação à energia solar distribuída (painéis em telhados), o avanço foi de 2.000%.