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Reduzir custos sempre foi um fator essencial para a competitividade das empresas. Com a pandemia, no entanto, isso deixou de ser um diferencial para se transformar em uma necessidade. Segundo o estudo “2020 Enterprise transformation and cost reduction”, promovido pela consultoria norte-americana Deloitte, duas em cada três companhias ao redor do mundo planejam implementar políticas de redução de custos nos próximos 12 meses, percentual bem superior ao registrado antes da Covid-19, que era de apenas 38%. E dentre as medidas que essas empresas planejam adotar para transformar seus negócios, a automação aparece no topo das preferências, com mais de 66% de menções.

Nesse sentido, uma das ações que vem ganhando adeptos no mercado corporativo é a digitalização e gestão eletrônica de documentos. O último estudo Total Economic ImpactTM, promovido pela Forrester Consulting junto a empresas de serviços financeiros de diversos países, divulgado no segundo semestre de 2019, aponta que este tipo de serviço é capaz de reduzir em até 96% o tempo gasto no processamento de arquivos. Na prática, isso se reflete em ganhos importantes para o negócios, aumentando a produtividade dos funcionários e permitindo que eles se dediquem a outros tipos de tarefas.

Outro benefício trazido pela tecnologia é sua assertividade. Por meio do uso de robôs, é possível fazer uma checagem mais rápida e eficiente, e o processo não fica sujeito a erros humanos. No caso de atestados médicos, por exemplo, a grande quantidade de documentos a cargo dos funcionários de RH acaba, na prática, impossibilitando uma verificação adequada, e a empresa paga por afastamentos indevidos.

“Estimamos que até 13% das licenças médicas ao longo de um ano se dão por conta de atestados entregues fora do prazo ou mesmo emitidos por CRMs inexistentes. Isso acaba gerando um gasto significativo para a empresa, que ainda sofre com o absenteísmo elevado. Ao eliminar o papel, facilita-se o envio, armazenamento e a análise dos dados. Todo o processo passa a ser feito com o auxílio de robôs, o que traz agilidade, assertividade e torna a empresa mais competitiva”, resume André Camargo, CEO e fundador da Closecare, startup focada na automatização de atestados,

A revolução dos bots

E se tratando de robôs, eles são outro importante aliado das companhias que buscam reduzir custos. Se do lado das empresas esse tipo de recurso ajuda a otimizar o atendimento, especialmente no caso de dúvidas que se mostram repetitivas, a boa notícia é que a tecnologia já está sendo cada vez mais aceita pelo consumidor.

Conforme aponta uma pesquisa feita pela Hubspot, 71% dos entrevistados preferem o uso de chatbots ao entrarem em contato com uma empresa pois, segundo eles, isso faz com que seu problema seja resolvido mais rapidamente. Graças à alta receptividade, estima-se que o mercado de robôs de atendimento cresça 30% até 2024, segundo projeção da empresa MarketsandMarkets.

“As tecnologias habilitadas para Inteligência Artificial (IA) e Aprendizado de Máquina (ML) passaram a automatizar processos para oferecer melhor desempenho e agilidade. Um exemplo disso são os bots, que estão ganhando cada vez mais espaço graças à sua capacidade de trazer dinamismo e reduzir custos. Por meio deles, a empresa consegue atender rapidamente um grande volume de consumidores, e pode focar suas atenções para resolver demandas mais complexas” resume Matheus Pavesi, gerente de Marketing da iNexxus, agência com foco em Marketing de Performance.

Mercado de trabalho híbrido e espaços de coworkings são soluções para empresas se manterem ativas e oferecem uma melhor qualidade de vida aos seus colaboradores 

Adaptadas a uma nova realidade de trabalho e conhecendo os benefícios da flexibilidade, muitas empresas não pensam em retomar o formato totalmente presencial. O estudo Coworking Space Global Market Report 2021, realizado em 15 países – Brasil, China, Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Rússia, Austrália, Japão, Índia, Indonésia e Coreia do Sul –, aponta que o setor de coworking faturou US$ 8,1 bilhões em 2021 e vai crescer 12,5% até 2025, alcançando US$ 13 bilhões. No Brasil, mesmo com a retomada dos escritórios algumas tendências do mercado de trabalho foram adiantadas entre elas o modelo híbrido de trabalho. 

Esse cenário de crescimento fez com que empresas criassem novas soluções que fossem capazes de oferecer ao mercado o que de fato era necessário nesse momento de mudanças e adaptações, em que a redução de custos foi fundamental. A busca por esses espaços onde as empresas podem oferecer estrutura aos seus colaboradores sem de fato ter uma sede foi impulsionada pelo formato hibrido de trabalho. Soluções como o OfficePass, um serviço que conecta os colaboradores de uma determinada empresa a espaços de coworkings, ganharam espaço no mercado. 

“A empresa que passa a contar com a solução OfficePass consegue ter uma significativa economia em suas operações comerciais, já que gastos com internet, por exemplo, são cortados. O modelo de trabalho híbrido proporcionou para empresas grandes possibilidades de reduzir custos e para os colaboradores deu a oportunidade de terem uma melhor qualidade de vida e muito mais flexibilidade”, comenta Roberta Vasconcellos, cofundadora e CEO do BeerOrCoffee.