A DGS Brasil, empresa pertencente ao Grupo Dedalus, provedora líder de soluções de diagnóstico e gestão hospitalar, tem como um de seus principais objetivos para 2022 ampliar a estratégia de implementação de plataformas de interoperabilidade em seus clientes. Por isso, a plataforma DC4H (Digital Connect for Health) se apresenta como o carro-chefe da companhia para esse ano, tendo recentemente incorporado novos recursos que garantem o domínio e especialização local.
O conceito de interoperabilidade é de fundamental importância para o setor da saúde. Atualmente, existe uma grande preocupação dos grupos privados, bem como dos gestores públicos, em que os sistemas tradicionais de registros não consigam acompanhar as mudanças de escala, ritmo e complexidade das informações geradas durante todo o atendimento médico. “A interoperabilidade é a capacidade que um sistema tem em se comunicar com outros sistemas, seja por meio de troca de informações ou de funcionalidades. Ou seja, é a capacidade de acessar, integrar e gerir dados oriundos de vários sistemas, dispositivos e aplicativos de forma coordenada e padronizada, agindo exatamente nessa fraqueza dos sistemas de registro atuais”, explica Ivan Cintra, Advanced Interoperability & Digital Connect Leader da DGS Brasil.
Como a interoperabilidade é aplicada?
Os chamados sistemas interoperáveis foram desenvolvidos para funcionar de forma contínua com outros sistemas, possibilitando a criação de um ecossistema de informações e funcionalidades. Esta capacidade faz com que um conjunto de sistemas possa trabalhar de forma integrada, permitindo a operação em ambientes complexos e utilizando de tecnologias altamente especializadas como sistemas de inteligência artificial, machine learning, deep learning, repositórios clínicos, imagens médicas, datalakes, business intelligence, entre outros. Com isso, os profissionais da saúde podem consultar esses dados de qualquer lugar ou dispositivo.
Segundo Ivan Cintra, a DGS Brasil atua com três tipos de soluções, o O4C, a Engage4me e a plataforma DC4H, com essa última sendo um conjunto modular de aplicações que tem como objetivo permitir a construção de uma camada de interoperabilidade entre os sistemas médicos. “Na parte técnica, a plataforma possui estes módulos que têm como diferencial a capacidade de integrar dados e funcionalidades entre sistemas da área da saúde por meio da utilização de padrões internacionais da indústria, tendo ainda a flexibilidade de integrar qualquer fonte de dados”, destaca.
A grande virada de chave para a ampliação da estratégia com a plataforma DC4H, que está sendo implantada em alguns clientes do Grupo no País, é tornar ela a camada de interoperabilidade de todo o portfólio Dedalus, fazendo com que os sistemas possam ser acoplados de forma simples e sem a necessidade de desenvolvimento específico. Como observado por Paulo Banevicius, CEO da DGS Brasil, “a interoperabilidade irá mudar a forma que o sistema de saúde funciona hoje no país, assumindo o chamado open health, semelhante ao que o mercado bancário vem passando com o open banking. A capacidade de compartilhar os dados e informações de forma horizontal por entre os silos que hoje residem nos hospitais e clínicas será transformador no aumento da eficiência clínica e operacional”.
A interoperabilidade na prática
Em um exemplo prático, hoje, um paciente que vai ao SUS consegue sair de um hospital público e ser atendido em outro para a mesma enfermidade sem que o sistema perceba. Já no sistema privado é possível fazer um exame em uma semana e repeti-lo na semana seguinte; ou deixar uma internação com obrigações de follow-up que não são cobradas e acompanhadas se o paciente nada fizer, aumentando o risco de voltar a ser internado novamente.
Com a adoção de plataformas que viabilizem a interoperabilidade, esse cenário seria mais próximo da seguinte: alguém que mora em São Paulo viaja para Recife, e acaba adoecendo, ao chegar em uma UBS de Recife, o médico abre o prontuário e tem acesso a todo histórico de saúde, incluindo exames e alergias, sendo muito mais fácil realizar o diagnóstico e atender corretamente a pessoa.
Ademais, deve-se ressaltar que essa falta de conexão entre as informações acaba levando a um considerável desperdício de recursos financeiros e tempo de todos os envolvidos, um gargalo que a Dedalus tem como missão encerrar. “Transformar o ambiente da saúde facilitando o fluxo operacional, o acesso à informação nas instituições e sendo um facilitador para a adoção de tecnologias inovadoras em nossos cientes fazem parte da estratégia da DGS no Brasil e no mundo”, conclui Ivan Cintra.