Nunca se consumiu tantos aparelhos eletrônicos no Brasil. É assim que estudiosos definem o momento que o setor de Tecnologia da Informação (TI) vive. Mais do que sobreviver à crise sanitária e gerar lucro mesmo com as medidas de distanciamento físico, os setores que fazem o manuseio e distribuição desses produtos também passaram por bons momentos até o seu crescimento constatado de fato.
Segundo a Associação Brasileira da Distribuição de Tecnologia da Informação (Abradisti) em pesquisa divulgada na 10ª Edição do Estudo Setorial sobre o Mercado de Distribuição de TIC e do Censo das Revendas, realizados pela IT Data, parceira da Abradisti, um crescimento de 13% foi registrado para os distribuidores de TIC em 2020.No mesmo ano e período de referência, o crescimento foi ainda maior apenas no setor de TI, que atingiu a marca dos 23%.
Outro estudo, agora da Admitad Affiliate, mostrou que no primeiro semestre de 2021, a quantidade de compras “eletrônicas” pela internet cresceu 34% no mundo inteiro. Os brasileiros lideram o ranking das nações que estão à frente da tendência, justamente por aumentar os gastos com eletrônicos em 455% e o número de pedidos em 319%. O ticket médio dos consumidores acompanhou todo este boom e agora está em US$ 886,00, um aumento de US$ 169 e representa crescimento de 33%, tudo impulsionado pelas vendas digitais e prolongamento do trabalho em home office.
Para o CEO da Place Logistics, Fernando Tavares, um fator que influencia diretamente nestas taxas certamente é a disponibilidade desses produtos, uma vez que, com o mercado exterior vivendo várias crises ao mesmo tempo, é difícil preparar-se para o futuro. “Enquanto uns países deixam de fabricar certos tipos de chips, microchips ou componentes menores, outras regiões deixam de fabricar computadores, relógios e muitos outros produtos que tiveram aumento da demanda durante a pandemia”, comentou.
As empresas responsáveis pela distribuição desses produtos também aproveitam o mercado para especializar-se ainda mais e oferecer serviços cada vez mais competitivos. “Com o abraço dessa parte de tecnologia, pudemos viver vários bons momentos aqui, na Place, e já nos preparamos para o futuro!”, completa Fernando. “Agora, queremos oferecer uma solução mais customizada, onde o cliente deixa todas as etapas com a gente, inclusive a parte da manutenção. É uma tendência de mercado que já é realidade para nós”, explica.
Nesse caminho, identificar como o setor de Tecnologia da Informação cresceu deve ser tarefa cada vez mais fácil em um mundo informatizado através de dispositivos tecnológicos interconectados.