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Fundada em dezembro de 2020, a Agrolend é a mais nova integrante da Associação Brasileira de Crédito Digital. Primeira agtech a fazer parte da entidade, a fintech, que captou R$ 120 milhões no começo deste ano, oferece um produto inédito no mercado: capital de giro para pequenos e médios produtores rurais, com prazos que variam de 8 a 15 meses, com vencimento ajustado à safra do cliente – se a cultura é de soja, por exemplo, o vencimento ocorre de março a maio, se é de milho, em agosto e setembro.

Além disso, todas as operações, cujo ticket médio vai de R$ 100 mil a R$ 500 mil, são pré-fixadas e convertidas em sementes, fertilizantes, defensivos, equipamentos e peças em mais de 200 empresas parceiras da Agrolend espalhadas por 120 cidades em 14 estados do país.

“O dinheiro vai para a parceira, um estabelecimento que o nosso cliente já conhece e confia. Lá, o produtor retira tudo o que é necessário para sua operação. Desta forma, garantimos o bom uso do recurso e financiamento produtivo por meio de um canal de aquisição super inteligente”, detalha André Glezer, CEO e Co-Founder da Agrolend.

Segundo ele, o produto surgiu para atender à demanda crescente do segmento agrícola por crédito. “O setor, do ponto de vista bancário, é muito concentrado e não consegue expandir as linhas subsidiadas que existem. Enquanto isso, o agronegócio, que necessita de um investimento de capital intensivo, está crescendo. É um mercado muito grande que deve chegar a R$ 600 bilhões nos próximos três ou quatro anos “, estima Glezer.

Atualmente com uma carteira de cerca de R$ 42 milhões, a Agrolend disponibiliza seu produto por meio de uma plataforma com formalização pelo WhatsApp, sem burocracia. De acordo com o CEO da fintech, o preenchimento do cadastro é feito em 90 segundos, e a tomada de decisão em relação ao oferecimento do crédito leva no máximo 15 minutos. Uma vez aprovado, a Cédula de Produto Rural Financeira (CPR-F) é emitida, e sua formalização é feita em algumas etapas, como prova de vida e assinatura digital. Hoje a empresa atua com várias culturas, entre elas, soja, milho, trigo, amendoim, pecuária de corte, leite, frango e hortifruti.

Para Claudia Amira, diretora executiva da ABCD, a chegada da Agrolend amplia a representatividade da entidade em um segmento cada vez mais relevante no mercado. “É uma grande satisfação ter a Agrolend entre nossos associados. A ABCD, inclusive, foi recentemente convidada para participar das discussões da Iniciativa de Mercado de Capitais Agroambiental (IM2A), uma ação estratégica do Governo Federal para o desenvolvimento do ambiente de negócios, com foco na interseção entre os segmentos agropecuário, ambiental e financeiro. Pauta intimamente ligada aos negócios da agtech”, finaliza.