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Curitiba – PR 26/7/2021 – Para os nossos joelhos, o resultado de tanto tempo parado, da falta de periodização e de treinamento não poderia ser diferenteEntre as maiores queixas dos pacientes estão a perda de força física, perda de mobilidade, atrofia muscular e piora das condições clínicas gerais, ocasionando quadros de hipertensão, diabetes e acúmulo de gordura corporal, o que sobrecarrega as articulações.

A redução da prática de exercícios e o aumento do sedentarismo forçado, ocasionado pela pandemia, está trazendo consequências para pessoas que sofrem de problemas nos joelhos ou que já possuem artroplastia total do joelho (ATJ). Entre as maiores queixas dos pacientes que se consultam no Instituto Fuchs, em Curitiba, estão a perda de força física, perda de mobilidade, atrofia muscular e piora das condições clínicas gerais, ocasionando quadros de hipertensão, diabetes e acúmulo de gordura corporal, o que sobrecarrega as articulações.

“Para os nossos joelhos, o resultado de tanto tempo parado, da falta de periodização e de treinamento não poderia ser diferente, especialmente naqueles que já tratavam de doenças como, por exemplo, a artrose ou a perda de cartilagem”, afirma o ortopedista e especialista em cirurgia do joelho, Rogério Fuchs.

O aumento da longevidade, próteses sendo indicadas para pacientes mais jovens, bem como a sobrecarga nos joelhos contribuem para o crescimento no número de cirurgias para colocação ou revisão das próteses. Para que se tenha ideia, um estudo realizado nos Estados Unidos sobre as projeções de artroplastia primária e revisões de quadril e joelho entre 2005 e 2030, intitulado “Projections of primary and revisions hip and knee arthroplasty in the United States from 2005 to 2030” apontou que as revisões de prótese de joelho irão aumentar em torno de 600% até o ano de 2030.

Chances de lesão – O joelho é considerado uma das articulações do corpo que mais trabalha próximo aos seus limites fisiológicos, o que aumenta as chances de lesão. Não só a prática esportiva ou a falta dela, mas também atividades repetitivas da vida diária, como subir e descer escadas, andar e agachar-se e aumentos repentinos na intensidade e volume de uma atividade física podem desencadear dor e inchaço, sem causa maior aparente.

Revisão da prótese – Pacientes que já passaram por uma artroplastia total de joelho devem ficar ainda mais atentos aos sintomas e manter o acompanhamento anual com o cirurgião. Isso porque, assim como toda cirurgia que envolve prótese, no caso do joelho pode haver necessidade de troca após 15 a 20 anos.

“95% dos casos em que há necessidade de cirurgia para revisão da prótese estão relacionadas à instabilidade, desgaste do polietileno (material que faz o papel da cartilagem na prótese), soltura dos implantes, rigidez ou perda de movimento, problemas na patela (luxação, algumas vezes) e, em alguns casos, infecção”, conta Rogério Fuchs. Ele explica que os casos de infecção são raros, índice de 1% a 2% (semelhantes ao resto do mundo).

Segundo o especialista, para a cirurgia de revisão da prótese – tanto em época de pandemia como em períodos normais – é preciso levar em conta alguns pontos importantes.“Quanto mais tempo o paciente levar para fazer a revisão da prótese, há piora relacionada à perda óssea, aumento da instabilidade, devido à infecção ou desgaste /soltura da prótese, e maior será a dificuldade técnica de corrigir o que for necessário”, alerta o cirurgião. “No entanto, as tecnologias estão evoluindo cada vez mais de forma positiva”, reforça Rogério.

Diferente das cirurgias primárias, a revisão da prótese exige um planejamento maior por parte do cirurgião, que deverá identificar os implantes que foram colocados anteriormente e procurar por possíveis causas que levam à necessidade de revisão, bem como comorbidades – para que o paciente apresente boas condições para a cirurgia de revisão – entre outras avaliações físicas e clínicas.

O cirurgião  do joelho e do quadril, Thiago Fuchs, destaca que a evolução das próteses, disponibiliza ao paciente modelos com opções de tamanhos variados (mais próximo ao joelho de cada paciente) e com possibilidade de acrescentar suportes que distribuem melhor a carga. “Isso leva a maior sobrevida do implante e a melhores resultados funcionais”, pondera.

A dona de casa aposentada, Rosita Nunes, 82 anos possui prótese nos dois joelhos e realizou uma cirurgia de revisão da prótese em um dos joelhos há cinco anos. “Esta cirurgia mudou a minha vida. Antes, eu não conseguia andar uma quadra e sentia muitas dores devido à artrose. Depois de sofrer seis anos com a doença, operei. Após alguns anos, foi necessário fazer a revisão de uma das próteses, porém hoje faço tudo sem dificuldade e caminho muito bem”, comemora Rosita.

Novas tecnologias – Atualmente, as próteses com desenho moderno têm tamanhos diferenciados para melhor se adaptar às necessidades de cada paciente. Entre as novas opções no mercado estão as próteses com estabilização ligamentar, indicadas aos pacientes que possuem defeitos e instabilidades graves na articulação do joelho. São as próteses tipo dobradiças  ou “hinge”.

Outra novidade é o uso dos chamados metais trabeculares, implantes modulares modernos que permitem preencher perdas ósseas, sem necessidade de enxerto ósseo. “Isto restaura a anatomia da articulação e permite uma recuperação mais adequada nos pós-operatório”, finaliza Thiago Fuchs.

 

Website: https://institutofuchs.com.br/

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