Tag: Tóquio

  • Brasil derrota a Espanha e é bicampeão olímpico no futebol masculino

    Brasil derrota a Espanha e é bicampeão olímpico no futebol masculino

    Com ouro do futebol, país chega a sete ouros nesta edição e iguala desempenho na Rio 2016

    futebol masculino ouro em Tóquio

    Com dose extra de emoção, o Brasil venceu a Espanha por 2 a 1 na manhã deste sábado (7), em Yokohama (Japão), e garantiu o segundo ouro consecutivo do futebol masculino em Jogos Olímpicos. O heroi da final foi o atacante Malcom, que entrou na prorrogação e decidiu. Com o resultado, o país somou seu sétimo ouro nos Jogos de Tóquio, igualando o desempenho no Rio, cinco anos atrás.

    Brasil e Espanha fizeram um duelo equilibrado e movimentado desde o início. Aos 15 do primeiro tempo, Diego Carlos salvou em cima da linha o que seria o gol espanhol.

    Aos 37, após checagem do VAR, foi assinalado pênalti do goleiro Unai Simón em saída atrapalhada da meta, atropelando Matheus Cunha. No entanto, na cobrança, Richarlison chutou por cima do gol, desperdiçando a chance de abrir o placar.

    Porém, não demorou para o Brasil conseguir enfim sair na frente. Nos acréscimos da primeira etapa, Daniel Alves salvou um cruzamento de Claudinho que sairia pela linha de fundo. A bola subiu e Matheus Cunha ganhou dos zagueiros espanhóis para dominar e chutar com precisão no canto esquerdo do goleiro: 1 a 0.

    Na volta para o segundo tempo, a Espanha recuperou o jogo de posse de bola, enquanto o Brasil passou a se focar no contra-ataque. Foi assim que Richarlison quase ampliou. Aos seis minutos, ele recebeu na área, driblou o zagueiro e chutou. O desvio do goleiro Simón foi o suficiente para a bola sair da trajetória das redes e encontrar o travessão.

    A Espanha também parou no travessão por duas vezes, até marcar aos 16. Soler cruzou da direita e Oyarzabal, de primeira, finalizou longe do alcance do goleiro Santos.

    Daí em diante, a Espanha manteve a posse da bola, criando dificuldades para a seleção brasileira, mas sem conseguir transformar a vantagem em liderança no placar.

    Na prorrogação, o técnico André Jardine substituiu Matheus Cunha por Malcom, uma substituição que se mostraria decisiva. 

    Recuperando o fôlego, o Brasil passou a dominar o jogo, utilizando principalmente o lado esquerdo, com o próprio Malcom e o lateral Guilherme Arana. O lance capital aconteceu aos quatro minutos do segundo tempo da prorrogação.

    Malcom recebeu lançamento longo pela esquerda, passou pela marcação ao dominar a bola e saiu na cara do gol. Ele tocou na saída do goleiro para dar a vitória e o ouro ao Brasil.

    O gol representou a conclusão de uma história curiosa do atacante de 24 anos. Ele fez parte da lista inicial de Jardine, mas não foi liberado pelo seu clube, o Zenit, da Rússia, por ainda ter uma final a disputar com o time. Posteriormente, com a lesão e o corte de Douglas Augusto às vésperas da viagem para o Japão, ele acabou sendo reconvocado, agora já com a permissão do Zenit. Ele foi o último atleta a se apresentar à seleção para a Olimpíada.

    O Brasil, que até 2016 colecionava decepções no futebol masculino em Olimpíadas, agora tem dois ouros. Há cinco anos, o palco foi o Maracanã. E neste sábado, o Estádio de Yokohama, o mesmo onde a seleção conquistou seu último título da Copa do Mundo, em 2002.

  • Thiago André conquista índice olímpico nos 800 metros

    Thiago André conquista índice olímpico nos 800 metros

    Brasileiro alcança marca no Torneio Atletismo Paulista, em São Paulo

    Mais um atleta brasileiro atingiu o índice olímpico no atletismo. Thiago André, de 25 anos, correu os 800 metros em 1min44s92, se enquadrando na marca exigida pela World Athletics (federação internacional de atletismo), que era de 1min45s20.

    O tempo rendeu a ele a vitória no Torneio Atletismo Paulista, realizado em São Paulo. A marca é a 14ª no ranking mundial e a 11ª no ranking olímpico de 2021.

    Thiago, natural de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, esteve nos Jogos do Rio, mas na prova dos 1.500 metros. Ele tem esperanças de conseguir vaga em Tóquio também nesta distância, pela cota por pontos. Ele atualmente é o 35º do mundo, e 45 atletas farão parte do programa da prova na Olimpíada.

    O tempo de Thiago André registrado em São Paulo ainda não é o melhor da carreira dele.

    Em 2017, ele correu os 800 metros em 1min44s81. Recentemente, ele venceu tanto os 800 quanto os 1.500 metros no Sul-Americano de Guayaquil, que se encerrou na última segunda-feira (31).

  • Yamaguchi, membro do comitê diz que Japão está “encurralado” para realizar os Jogos

    Yamaguchi, membro do comitê diz que Japão está “encurralado” para realizar os Jogos

    Uma dos heroínas do esporte japonês e membro do Comitê Olímpico do Japão, a ex-judoca Kaori Yamaguchi disse nesta sexta-feira (4) que sua nação foi “encurralada” para levar adiante os Jogos de 2020, apesar da oposição pública em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19).

    Os comentários de Yamaguchi aumentaram a tensão em todo o Japão, onde a Olimpíada foi adiada no ano passado, mas agora deve começar no dia 23 de julho, mesmo em meio a uma quarta onda de infecções de covid-19.

    A maioria dos japoneses se opõe à realização dos Jogos, mas alguns atletas estrangeiros devem começar a chegar e os organizadores insistem que o evento esportivo global de 15 bilhões de dólares continua nos trilhos.

    Yamaguchi, que conquistou uma medalha de bronze nos Jogos de Seul de 1988, acusou o Comitê Olímpico Internacional (COI), o governo do Japão e o comitê organizador da Tóquio 2020 de impedirem o diálogo e ignorarem a opinião pública.

    “Para que e para quem será esta Olimpíada? Os Jogos já perderam o sentido, e estão sendo realizados só para ser realizados. Acredito que já perdemos a oportunidade de cancelar”

    escreveu Yamaguchi em um artigo de opinião para a agência de notícias Kyodo

    Espectadores estrangeiros já foram proibidos de assistir aos Jogos, e os japoneses também podem ser barrados do que os organizadores prometem ser um evento em uma “bolha” desinfetada para minimizar o risco de contágio, e ao mesmo tempo dar alegria a um mundo assolado pela covid-19.

  • Olimpíada de Tóquio: COB apresenta uniformes oficiais do Time Brasil

    Olimpíada de Tóquio: COB apresenta uniformes oficiais do Time Brasil

    Lançamento ocorre a 50 dias da abertura dos Jogos em Tóquio

    A 50 dias da abertura de Tóquio 2020, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) lançou nesta quinta-feira (3) os uniformes oficiais do Time Brasil que serão utilizados durante os Jogos no Japão.

    A entidade aproveitou a data redonda para o início do evento para veicular um desfile protagonizado por dez atletas olímpicos, previamente gravado, no Centro de Treinamento Time Brasil, no Rio de Janeiro.

    O desfile completo está disponível o Canal Olímpico.

    “Hoje, misturei bermuda de treino com camisa de pódio. E já vou deixar registrado que quero usá-la lá também. O uniforme de treino precisa ser confortável como esse”

    disse Rosângela Santos, recordista sul-americana dos 100m rasos e medalhista olímpica em Pequim 2008
    A velocista Rosângela Santos e outros nove atletas olímpicos desfilaram com os uniformes do Time Brasil para a Olimpíada de Tóquio (Japão) – Alexandre Loureiro/COB/Direitos Reservados

    Além da velocista, participaram do desfile  Aldemir Junior (Atletismo); Allan do Carmo (Maratonas Aquáticas); Gabrielle Roncatto (Natação); Hugo Calderano (Tênis de mesa); Laura Miccuci (Nado Artístico); Luisa Borges (Nado Artístico); Milena Titoneli (Taekwondo); e Nathália Almeida (Natação).  além de Cassius Duran, colaborador do COB e atleta olímpico de saltos ornamentais.

    As 39 mil peças – calças, agasalhos, camisas, bermudas, tops, bonés, bolsas e calçados – foram produzidas pela empresa chinesa Peak Sports.

    “Estamos muito felizes com o resultado. São roupas que atendem aos requisitos técnicos para enfrentar o calor e a umidade do Japão, mas com um importante toque de brasilidade e modernidade, através do jogo com as cores da nossa bandeira”

    explicou Manoela Penna, diretora de Comunicação e Marketing do Comitê, em depoimento ao COB
  • Tokyo Game Show volta a adotar formato digital

    Tokyo Game Show volta a adotar formato digital

    Maior feira de games da Ásia se junta a eventos atingidos por covid-19

    A capital japonesa, que segue confirmando a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio a partir de 23 de julho, deixará de sediar por mais um ano a maior feira de games da Ásia. Melhor dizendo, pela segunda vez consecutiva a Tokyo Game Show (TGS) acontecerá no formato on-line entre os dias 30 de setembro e 3 de outubro. A novidade foi revelada esta semana, e os motivos todos já sabem, a pandemia do novo coronavírus (covid-19).

    O evento, que comemora 25 anos em 2021, tem como tema na próxima edição: “Nós sempre temos os jogos”. No ano passado, em meio à crise sanitária causada pelo novo coronavírus, a TGS precisou mudar os planos e realizar uma apresentação on-line, com direito a uma série de programas especiais nos quais as principais publicadoras anunciaram seus novos lançamentos. Foi assim que vimos as primeiras imagens de gameplay de Hyrule Warriors: Age of Calamity (Switch), Monster Hunter Rise (Switch e PC) e Resident Evil Village (multiplataforma).

    Mesmo com o início da vacinação pelo mundo, eventos digitais ainda devem ser a norma no ano de 2021. Foi assim com o Consumer Electronis Show (CES) 2021, maior feira de tecnologia do mundo, em janeiro, normalmente sediada em Las Vegas (Estados Unidos). A Game Developers Conference, congresso voltado a desenvolvedores de games, também será inteiramente on-line, e acontece entre os dias 19 e 23 de julho. Já a Gamescom, feira de games sediada normalmente em Colônia (Alemanha), planeja um formato híbrido, parte presencial e parte on-line.

    A E3, que até pouco tempo atrás era considerada o maior evento do mundo dos games, foi cancelada no ano passado. Esse ano, deve voltar em formato digital. Porém, discordâncias do mercado em relação às exigências da feira, que tem cobrado pela participação das produtoras na apresentação on-line, devem contribuir para o seu esvaziamento, em uma perda de relevância cada vez mais evidente no atual mundo hiperconectado. Mesmo sem a E3, estima-se que o mercado de games tenha crescido 20% no ano passado, atingindo a marca recorde de US$ 179,7 bilhões. Na falta da E3, tradicional palco de anúncio de novidades, muitas publicadoras adotaram apresentações exclusivas inteiramente on-line, formato que a própria Nintendo já vinha fazendo na última década.

    No mundo do esporte eletrônico, a situação não é muito diferente. Competições inteiramente de forma remota tem sido uma norma no cenário. Tem sido assim no CBLoL, no Brasileirão de Rainbow Six e na Liga Brasileira de Free Fire. Para campeonatos internacionais, as organizações têm buscado realizar partidas presenciais, ainda que sem a presença de torcida.

    Será assim no MSI de League of Legends, previsto para começar no dia 6 de maio em Reykjavík (Islândia), e também no mundial de Free Fire, World Series, com início no dia 22 de maio em Singapura. Dono das maiores premiações da história do esporte eletrônico, o The Internacional, o mundial do game Dota 2, ainda não revelou o que vai acontecer com a edição deste ano, após o torneio de 2020 ser cancelado. O mesmo pode ser dito da Copa do Mundo de Fortnite deste ano, apesar de a Epic Games já ter revelado que não pretende promover competições presenciais em 2021.

    Outra incógnita é o Six Invitational 2021. O principal torneio internacional de Rainbow Six, normalmente sediado em Montreal (Canadá), aconteceria em fevereiro, em Paris (França). Mas dias antes de começar, o campeonato foi adiado, e até hoje a desenvolvedora Ubisoft não revelou uma nova data ou local para o evento. No cenário de Counter Strike, desde setembro de 2019 não acontece um Major, como são chamadas as competições mundiais promovidas pela desenvolvedora Valve. A edição do Rio de Janeiro, que seria a primeira sediada no Brasil, foi adiada do primeiro para o segundo semestre, até ser finalmente cancelada. O próximo Major deve acontecer só em outubro, em Estocolmo (Suécia) se nada mudar até lá.

    Com o mundo ainda muito distante de zerar os casos de covid-19, mesmo nos países onde o processo da vacinação está avançado, é de se supor que este cenário de restrições, que coloca em risco até mesmo a realização dos Jogos Olímpicos, deve continuar pelo resto do ano, e possivelmente no primeiro semestre do ano que vem.

    Fonte: Agência Brasil

  • Nathalie Moellhausen é nona colocada no mundial e carimba passaporte para Tóquio

    Nathalie Moellhausen é nona colocada no mundial e carimba passaporte para Tóquio

    Atleta foi a melhor das Américas na Copa do Mundo de Espada da Rússia

    Neste domingo (21), a esgrimista naturalizada brasileira, Nathalie Moellhausen, ficou em nono lugar na Copa do Mundo de Espada, realizada em Kazan, na Rússia. Com o resultado, a campeã do mundo e número 2 do ranking mundial está oficialmente classificada para a Olimpíada de Tóquio. Nathalie perdeu nas oitavas de final para a sul-coreana Sera Song por 10 a 9, na primeira competição que disputou após um ano de paralisação por conta da pandemia de Covid-19.

    A Copa do Mundo da Rússia é o último torneio válido para o fechamento do ranking qualificatório para Tóquio e Nathalie foi, novamente, a melhor das Américas na espada.

    Equipes

    Nesta segunda-feira (22), a Copa do Mundo de Espada terá a disputa por equipes. Além de Nathalie, formam a equipe brasileira as esgrimistas Amanda Simeão e Marcela Silva, comandadas pelo técnico Marcos Cardoso.

    O torneio mundial tem transmissão ao vivo no site oficial da Federação Internacional.

    Fonte: Agência Brasil

  • Felipe Wu se classifica para a Olimpíada de Tóquio no Tiro Esportivo

    Felipe Wu se classifica para a Olimpíada de Tóquio no Tiro Esportivo

    Brasileiro ficou em quarto na final da Copa do Mundo, neste sábado

    O medalhista olímpico, Felipe Wu, ficou em quarto lugar na competição de pistola de ar de 10 metros na Copa do Mundo da Federação Internacional de Esportes de Tiro (ISSF, sigla em inglês), realizada em Nova Déli, na Índia. Com o resultado, o atirador se classificou para a Olimpíada de Tóquio.

    O brasileiro alcançou 200 pontos nas finais deste sábado (20). O iraniano Javad Foroughi ficou com a medalha de ouro da Copa do Mundo, com 243.6 pontos. 

    Felipe Wu conquistou a medalha de prata na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, na competição de pistola de ar de 10 metros.

  • Jogos de Tóquio: futuro presidente promoverá igualdade de gênero

    Jogos de Tóquio: futuro presidente promoverá igualdade de gênero

    Pré-requisito surge após renúncia de Yoshiro Mori

    Quem quer que se torne o próximo presidente do comitê organizador das Olimpíadas de Tóquio deve ter um profundo conhecimento sobre igualdade de gênero, disseram os organizadores do evento nesta terça-feira (16), após o ex-líder Yoshiro Mori renunciar por conta de comentários sexistas.

    Os preparativos para os já adiados Jogos Olímpicos enfrentaram um novo turbilhão após os comentários feitos neste mês por Mori, que acabou renunciando na última sexta-feira (12).

    Em sua primeira reunião nesta terça-feira, o comitê de seleção de candidatos para chefiar os preparativos para os Jogos de Tóquio concordou em cinco requisitos para eleger o futuro líder, incluindo um profundo entendimento de igualdade e diversidade de gênero e a capacidade de atualizar esses valores durante os Jogos, disseram os membros do comitê em comunicado.

    Entre outras qualidades exigidas estão perfil internacional e experiência no cenário global.

    “O comitê fará sua seleção de candidatos para presidente do comitê organizador dos Jogos de Tóquio de acordo com esses cinco critérios o mais rápido possível”, afirmam os organizadores do megaevento esportivo.

  • Brasil terá elenco experiente em Mundial de Handebol Masculino

    Brasil terá elenco experiente em Mundial de Handebol Masculino

    Modalidade vive momento turbulento, após renúncia de dirigente

    O técnico Marcus Tatá convocou a seleção brasileira masculina de handebol para disputa do Campeonato Mundial da modalidade, no Egito. A estreia será em 15 de janeiro, contra a Espanha, na capital Cairo. Tunísia e Polônia também integram a chave do Brasil. Os três melhores se classificam à segunda fase. O torneio segue até 31 de janeiro.

    O elenco convocado é experiente, com 11 jogadores que estiveram no Mundial de 2019, na Dinamarca, onde a seleção brasileira realizou a melhor campanha da história, alcançando o nono lugar. Além disso, dos 20 nomes chamados por Tatá, só dois (os armadores Léo Dutra e Gabriel Ceretta) não disputaram o Torneio Sul-Centro-Americano, em janeiro deste ano, em Maringá (PR), no qual o Brasil foi vice-campeão. A campanha garantiu aos brasileiros vaga na competição em solo egípcio.

    “Apesar do pouco tempo como técnico [da seleção brasileira, desde outubro], estou nela há mais de três anos. Fui assistente do Daniel Gordo [espanhol, treinador do Brasil no Sul-Centro-Americano]. Conheço bem o time. É uma seleção com a qual tenho muita familiaridade, não tive problemas para convocá-la. Chamei os jogadores em cima de um trabalho de continuidade. [O Mundial] será uma competição muito dura e não temos tempo para fazer grandes mudanças”

    explica o treinador

    Os jogadores festejaram a convocação nas redes sociais. “Estou muito feliz por retornar à seleção brasileira e espero contribuir novamente com os guerreiros”, publicou no Instagram o goleiro Maik Santos, que atua no Taubaté-SP e defendeu o Brasil nas Olimpíadas de Pequim (China, em 2008) e do Rio de Janeiro (2016). “Muito feliz com a oportunidade de representar meu país”, escreveu o goleiro Rangel Rosa, atleta do Logroño (Espanha), também no Instagram.

    Turbulência

    Segundo Tatá, a equipe se apresenta no próximo dia 27 de dezembro no centro de treinamento da cidade portuguesa de Rio Maior, base do Comitê Olímpico do Brasil (COB) na Missão Europa. De lá, a delegação segue para o Egito entre 6 e 8 de janeiro. Conforme o técnico, a definição da ida a Portugal se deu na sexta-feira (11). “É um local que conheço bem. Estive lá duas vezes, a última em outubro do ano passado. É uma baita estrutura”, detalha.

    No dia anterior, quinta-feira (10), Ricardo Luiz de Souza, conhecido como Ricardinho, renunciou ao cargo de presidente em exercício da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb). Ele estava suspenso por dois anos pelo conselho de ética do COB por causa de uma acusação de assédio moral e sexual durante os Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru), em 2019, mas seguia no posto, apesar da pressão pela saída. O Comitê se recusou a liberar recursos à CBHb enquanto o dirigente não se afastasse. Em meio ao entrave, um período de treinos da seleção masculina em Rio Maior, pela Missão Europa, marcado para outubro, chegou a ser cancelado.

    Apesar da crise de bastidor na confederação, Tatá afirma que não temeu uma eventual ausência do Brasil do Mundial. O que preocupa o técnico, no momento, é a busca por amistosos de preparação, o que a pandemia do novo coronavírus (covid-19) tem dificultado.

    “Nosso planejamento estava pronto há muito tempo. Iríamos agora para um torneio na Suíça, mas ele foi cancelado. Estamos correndo contra o tempo para tentar alguns jogos [amistosos] em Portugal e depois no Cairo. Pelo menos um ou dois jogos antes [da estreia]. Mas está complicado”, explica Tatá. “Vou ser muito sincero. Em momento algum achei que não iríamos [ao Mundial]. Não tive dúvidas de que o Ricardo faria o que fosse melhor. Isso pouco preocupou”

    completa o treinador, terceiro a ocupar o cargo desde 2018

    Confira a convocação

    Goleiros: Maik Santos (Taubaté), Leonardo Ferrugem (Benidorm, da Espanha) e Rangel Rosa (Logroño, da Espanha).

    Pontas: Fábio Chiuffa (Dobrogea, da Romênia), Rudolph Hackbarth (Logroño, da Espanha), Felipe Borges (Créteil, da França) e Cléber Andrade (Taubaté).

    Laterais: Thiagus Petrus (Barcelona, da Espanha), Haniel Langaro (Barcelona, da Espanha), Léo Dutra (Wisla Plock, da Polônia), Thiago Ponciano (Cuenca, da Espanha), José Toledo (Baía Mare, da Romênia), Gustavo Rodrigues (Pontault Combault, da França) e Gabriel Ceretta (Logroño, da Espanha).

    Centrais: Pedro Pacheco (Tatran Presov, da Eslováquia), Henrique Teixeira (CSM Bucaresti, da Romênia) e João Silva (Puente Genil, da Espanha).

    Pivôs: Rogério Moraes (Veszprém, da Hungria), Vinicius Teixeira (Taubaté) e Matheus Silva (Bidasoa, da Espanha).

    Edição: Fábio Lisboa

  • COI expressa confiança nos Jogos em meio à alta de covid-19 no Japão

    COI expressa confiança nos Jogos em meio à alta de covid-19 no Japão

    Bach defende que todos os envolvidos no evento devam ser imunizados

    O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, expressou nesta segunda-feira (16) a confiança de que os Jogos de Tóquio serão realizados com sucesso no ano que vem, permitindo até a presença da plateia, enquanto o mundo lida com um aumento acentuado de infecções pelo novo coronavírus (covid-19).

    A visita de dois dias de Bach a Tóquio provavelmente impulsionará os esforços do Japão para sediar a Olimpíada, mas não servirá muito para apaziguar os receios de um público profundamente preocupado com a disseminação do vírus.

    O presidente do COI passou o dia com os organizadores de Tóquio 2020 debatendo como realizar o evento esportivo gigantesco durante uma pandemia inédita e garantir a segurança dos mais de 11 mil atletas internacionais. A visita é a primeira de Bach à capital japonesa desde março, quando ele e o então primeiro-ministro Shinzo Abe decidiram adiar os Jogos para o ano que vem.

    Também nesta segunda (16), Bach cumprimentou o novo premiê japonês, Yoshihide Suga, e disse à governadora de Tóquio, Yuriko Koike, que eles podem acreditar que uma vacina estará disponível no próximo verão. O COI vai trabalhar para assegurar que tanto participantes quanto visitantes estejam vacinados antes de chegarem ao Japão, acrescentou.

    “Para proteger o povo japonês, e por respeito pelo povo japonês, o COI fará um grande esforço para que… os participantes e visitantes da Olimpíada cheguem aqui vacinados se, até então, uma vacina estiver disponível”

    disse

    Porém mais tarde, em uma coletiva de imprensa, Bach disse que não fará da vacinação uma exigência para os participantes dos Jogos. A notícia sobre uma vacina possivelmente eficiente da Pfizer aumentou a esperança na realização dos Jogos, mas a opinião pública japonesa continua dividida. Quase 60% dos entrevistados de uma pesquisa feita pela rede de televisão Asahi em novembro disseram que o evento deveria ser adiado novamente ou cancelado.

    Depois de se reunir com Koike, Bach abordou um punhado de manifestantes que portavam cartazes e usavam alto-falantes para enfatizar sua exigência de um cancelamento da Olimpíada.

    “Vocês querem falar ou querem gritar?”, indagou enquanto seguranças se colocavam entre ele e um dos manifestantes, mas estes recusaram sua oferta de dialogo, disse Bach na coletiva de imprensa.

    Reportagem adicional de Mari Saito, Issei Kato e Sakura Murakami