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  • Adios Fúria. Marrocos elimina espanhóis da Copa na disputa de penais

    Bounou pega 2 cobranças e põe Leões do Atlas nas quartas pela 1ª vez

    Os Leões – ou seriam zebras? – do Atlas estão nas quartas de final da Copa do Mundo pela primeira vez. Nesta terça-feira (6), a seleção de Marrocos foi responsável pela maior surpresa das oitavas de final do Mundial do Catar, ao eliminar a favorita Espanha nos pênaltis, por 3 a 0, após empate sem gols no tempo normal, no Estádio Cidade da Educação, em Doha.

    O goleiro Yassine Bounou foi o herói da classificação histórica, defendendo dois pênaltis. Ironicamente, o camisa 1 defende um time espanhol, o Sevilla.

    Curiosamente, dois dos 26 jogadores do elenco marroquino são nativos da Espanha, mas escolheram defender o país africano, que foi um protetorado espanhol entre 1912 e 1956. Um deles é o lateral Achraf Hakimi, nascido em Madri, justamente quem bateu o pênalti decisivo. O outro é o goleiro reserva Munir El-Kajoui, natural de Melilla, cidade no território de Marrocos, próximo ao Estreito de Gibraltar, mas que pertence à nação ibérica e possui, inclusive, um muro erguido na região de fronteira.

    A classificação garante o melhor resultado marroquino em uma Copa, superando 1986 (México), quando a equipe parou na Alemanha Ocidental, nas oitavas. De quebra, a seleção do norte-africana igualou o desempenho mais positivo do continente em um Mundial, repetindo Camarões (1990, na Itália), Senegal (2002, em Japão e Coreia do Sul) e Gana (2010, na África do Sul).

    Para ser o primeiro país da África em uma semifinal de Copa, Marrocos terá que superar o ganhador do confronto entre Suíça e Portugal, que se enfrentam ainda nesta terça, a partir das 16h (horário de Brasília), no Estádio de Lusail. O duelo pelas quartas será no próximo sábado (10), a partir das 12h, no Estádio Al Thumama, em Doha.

    A Espanha, pelo terceiro Mundial seguido, fica pelo caminho antes das quartas. Em 2014 (Brasil), a La Roja (A Vermelha, na tradução do espanhol) sequer passou da primeira fase. Há quatro anos, na Rússia, a Fúria (outro apelido da seleção ibérica) também caiu nos pênaltis e nas oitavas de final, só que para os anfitriões. Apesar de terem a equipe com a quarta menor média de idade da Copa e de serem um time em formação para a edição de 2026 (Estados Unidos, México e Canadá), os campeões de 2010 deixam o Catar frustrados, após a empolgação de iniciarem a competição com um 7 a 0 sobre a Costa Rica.

    A formação daquela goleada, aliás, foi a base do time que Luís Enrique mandou a campo em Doha, com uma surpreendente novidade: o meia Marcos Llorente como lateral-direito, ao invés de Dani Carvajal e de Cesar Azpilicueta, que era dúvida, com dores na panturrilha. Poupados na derrota por 2 a 1 para o Japão, o zagueiro Aymeric Laporte, o lateral Jordi Alba e os atacantes Ferran Torres e Marco Asensio retornaram à equipe. O último acabou vencendo a concorrência com Álvaro Morata (artilheiro da Fúria no Mundial do Catar com três gols) pelo comando do ataque.

    Na seleção marroquina, Walid Regragui repetiu a escalação das duas primeiras rodadas, quando os Leões do Atlas empataram sem gols com a Croácia e venceram a Bélgica por 2 a 0. O treinador fez somente uma mudança em relação ao time que superou o Canadá por 2 a 1, com a saída de Abdelhamid Sabiri e o retorno do também meia Selim Amallah.

    As formações deixaram claras as ideias das equipes. Com as peças adiantadas e compactada, a Espanha trocava passes em profusão (foram 383 no primeiro tempo, com 362 acertos, conforme a estatística da Fifa), buscando espaços para quebrar as linhas de marcação de Marrocos, concentradas no campo de defesa. É verdade que a Fúria, na primeira vez que conseguiu furar o bloqueio, chegou perto do gol. Aos 25 minutos, Asensio recebeu na área pela esquerda, às costas do zagueiro Nayef Aguerd, mas o chute foi na rede pelo lado de fora.

    Ao longo da etapa inicial, porém, a estratégia dos Leões do Atlas, de aguardar pacientemente o momento ideal para o desarme e sair em velocidade, funcionou melhor, especialmente pela esquerda, com Sofiane Boufal praticamente ignorando a presença de Llorente. Aos 41, o atacante driblou o lateral improvisado com facilidade e cruzou na área para Aguerd, de cabeça, quase abrir o placar.

    O cenário se manteve no segundo tempo, obrigando Luís Enrique a buscar alternativas, como a entrada de Morata para ser a referência na área, substituindo Asensio. Pouco adiantou, entretanto. Aos 35, o camisa 7 recebeu entre linhas dos pés do também atacante Nico Willians, pela direita. O chute, sem ângulo, quase na linha de fundo, virou um cruzamento rasteiro, sem ninguém (que, em tese, deveria ser o próprio Morata) para concluir.

    Para resistir à pressão espanhola e não perder intensidade, Walid Regragui refrescou o contra-ataque marroquino, tirando Amallah, Boufal e Youssef En-Nesyri para colocar Sabiri, Abde Ezzalzouli e Walid Cheddira. Aos 40 minutos, os dois últimos ficaram no quase em jogada iniciada por Hakim Ziyech. O meia abriu para Hakimi cruzar pela direita, na cabeça de Ezzalzouli, que escorou na pequena área para Cheddira. O atacante, de costas, conseguiu girar, mas o chute saiu prensado.

    O duelo, truncado, foi à prorrogação. O maior desgaste físico, apesar de as equipes manterem as respectivas estratégias, provocou os dois lances mais perigosos da partida. Aos quatro minutos do primeiro tempo extra, Cheddira recebeu do meia Azzedine Ounahi, entre os zagueiros Rodri e Laporte, mas bateu em cima do goleiro Unai Simon. Já no último lance da segunda etapa, o atacante Pablo Sarabia foi lançado às costas da zaga e chutou de primeira, cruzado, na pequena área, acertando a trave.

    Quis o destino que Sarabia, que entrou em campo no fim da prorrogação, justamente para a disputa de pênaltis, parasse novamente no poste, na primeira cobrança espanhola. O meia Carlos Soler e o volante Sérgio Busquets, por sua vez, tiveram as batidas salvas por Bounou. O zagueiro Badr Banoun, mais um que entrou nos instantes finais, desperdiçou a oportunidade que teve, defendida por Simon, mas não fez falta: Sabiri, Ziyech e Hakimi, de cavadinha, levaram os Leões do Atlas às quartas de final.

  • Jogo sensacional, decisão nos penais e Flamengo campeão

    Jogo sensacional, decisão nos penais e Flamengo campeão

    Flamengo e Palmeiras fizeram da decisão da Supercopa do Brasil um daqueles jogos para guardar na memória

    Em jogo eletrizante, o atual campeão Brasileiro, Flamengo, venceu neste domingo (11) o atual campeão da Copa do Brasil, Palmeiras, pelo placar de 6 a 5, nos pênaltis, e levou o bicampeonato da Supercopa do Brasil. Durante os 90 minutos, mais acréscimos, o jogo terminou empatado por 2 a 2.

    O Flamengo conquistou o bicampeonato da competição, já que no ano passado levantaram o caneco após bater o Athletico Paranaense por 3 a 0, também na capital federal.

    Nesta atual edição da Supercopa, o campeão levou R$5 milhões de reais de premiação pela conquista, já o vice-campeão embolsou R$2 milhões de reais. 

    Primeiro tempo

    Mal começou a partida, o Verdão saiu na frente. Com um minuto de bola rolando, o goleiro Diego Alves, do Flamengo, deu um chutão para frente. Em seguida, Felipe Melo, do Palmeiras, rebateu de cabeça encontrando Raphael Veiga, que deu um drible desconcertante em Willian Arão e finalizou no canto esquerdo do goleiro rubro-negro, que não conseguiu evitar o gol.

    Após gol sofrido, Flamengo se lançou ao ataque, mas quem chegou com perigo mais uma vez foi o Alviverde, em um chute cruzado de Roni defendido por Diego Alves aos 16.

    Logo na sequência, aos 17, o Flamengo chegou com perigo em um chute de Diego, de longa distância, que provocou difícil defesa do goleiro Weverton.

    Na melhor jogada rubro-negra até os 18, Bruno Henrique foi até a linha de fundo, deu um passe de calcanhar para chileno Isla, que encontrou De Arrascaeta na entrada da grande área. O uruguaio bateu colocado e a bola saiu à esquerda de Weverton.

    Aos 22, a equipe comandada pelo técnico Rogério Ceni conseguiu transformar a pressão em gol. De Arrascaeta passou para Filipe Luís, que fez bela jogada individual e acertou a trave.

    Na sequência, Gabigol, com liberdade, na pequena área, apenas teve o trabalho de empurrar para o fundo da rede.

    Aos 28, foi a vez do Palmeiras ameaçar o adversário. Wesley, em uma precisa enfiada de bola, encontrou Breno Lopes atrás da zaga rubro-negra.

    O jogador do time paulista limpou Diego Alves e bateu rasteiro. Praticamente na linha, Diego evitou o gol.

    Dez minutos depois, aos 38, o técnico palmeirense Abel Ferreira reclamou acintosamente e, consequentemente, tomou cartão vermelho. Aos 39, Isla derrubou Wesley próximo da linha da grande área. O árbitro Leandro Pedro Vuaden (RS) marcou pênalti.

    Contudo, o árbitro de vídeo (VAR) Wagner Reway (PB) avisou Vuaden que a falta foi cometida fora da área. Sendo assim, o árbitro voltou atrás no lance e não marcou pênalti.

    Na cobrança de falta, Raphael Veiga bateu forte, no ângulo esquerdo, implicando em grande defesa de Diego Alves.

    O jogo permaneceu movimentado até o final do primeiro tempo. Aos 44, foi a vez de Gabigol deixar Bruno Henrique cara a cara com Weverton, que conseguiu evitar a virada.

    Porém, nos acréscimos da primeira etapa, De Arrascaeta chutou colocado no canto direito de Weverton, que, desta vez, não conseguiu bloquear. O Flamengo saiu com a vitória por 2 a1 ao final de um primeiro tempo bem disputado.

    Segundo tempo

    A segunda etapa começou como terminou a primeira: bastante movimentada. Aos 10, o Flamengo quase chegou ao terceiro gol em um chute de fora da área de Gabigol.

    A bola saiu à esquerda de Weverton. Três minutos depois, aos 13, foi a vez do Verdão responder com Danilo, que limpou a marcação de dois adversários e bateu no canto esquerdo de Diego Alves, que conseguiu evitar o empate. E não parou por aí.

    Em duas cabeçadas, aos 16, do paraguaio Gustavo Gómes e aos 18, com Gabriel Veron, os palmeirenses quase igualaram o marcador.

    O Flamengo voltou a incomodar somente aos 24. Everton Ribeiro fez jogada individual e deixou Gabigol cara a cara com Weverton, mas o atacante acabou desperdiçando a oportunidade. Dois minutos depois, aos 26, Roni sofreu pênalti.

    O jogador palmeirense foi puxado pela camisa por Rodrigo Caio. Raphael Veiga bateu colocado, rasteiro, no canto esquerdo de Diego Alves, que não conseguiu intervir no lance. Tudo igual no Mané Garrincha, dois para cada lado no placar.

    Após empate, o jogo continuou com ritmo forte. Aos 39, o Flamengo chegou muito perto de voltar à frente do placar em chute de Vitinho, que após defesa de Weverton, a bola bateu na trave e, na sequência, ficou nas mos do goleiro palmeirense.

    Polêmica?

    Em seguida, nos acréscimos, aos 48, Gabigol chutou e, em cima da linha, Weverton conseguiu se recuperar e fazer a defesa. O árbitro Vuaden chegou a checar no monitor do VAR se a bola ultrapassou a linha e constatou que não foi gol.

    Antes de terminar o jogo, o auxiliar técnico João Martins, do Palmeiras, foi expulso por reclamação. Após empate de 2 a 2 durante os 90 minutos, mais acréscimos, a taça da Supercopa do Brasil foi decidida nos pênaltis.

    Os penais

    Nas penalidades, o goleiro do Flamengo, Diego Alves brilhou e defendeu três pênaltis, garantindo a vitória por 6 a 5. Pelo lado do Palmeiras, que deu início às cobranças, Raphael Veiga, Gustavo Gómes, Gustavo Scarpa, Matías Viña, Gabriel Veron converteram. Já Luan, Danilo, Gabriel Menino e Mayke desperdiçaram para os paulistas.

    Pelo lado do Flamengo, De Arrascaeta, Vitinho, Gabigol, João Gomes, Michael e Rodrigo Caio colocaram a bola no fundo da rede. O trio Filipe Luís, Matheuzinho e Pepê perdeu.

     Flamengo 2(6) X (5)2 Palmeiras

    Local: Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF)
    Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)

    Cartões amarelos: Isla, Rodrigo Caio, Willian Arão, Rogério Ceni (FLA) / Felipe Melo, Wesley, Abel Ferreira, Luan, Mayke (PAL)
    Cartões vermelhos: Abel Ferreira e João Martins (PAL)

    GOLS: Raphael Veiga, 1’/1ºT (0-1); Gabigol, 23’/1ºT (1-1); Arrascaeta, 48’/1ºT (2-1); Raphael Veiga, 28’/2ºT (2-2)

    PÊNALTIS: Palmeiras: Raphael Veiga (gol), Gustavo Gómez (gol), Gustavo Scarpa (gol), Luan (perdeu), Danilo (perdeu), Matías Viña (gol), Pepê (gol), Gabriel Veron (gol), Mayke (perdeu). Flamengo: Arrascaeta (gol), Filipe Luís (perdeu), Matheuzinho (perdeu), Vitinho (gol), Gabigol (gol), João Gomes (gol), Pepê (perdeu), Michael (gol), Rodrigo Caio (gol)

    FLAMENGO: Diego Alves; Isla (Matheuzinho, 17’/2ºT), Willian Arão, Rodrigo Caio e Filipe Luís; Diego (João Gomes, 17’/2ºT), Gerson (Pepê, 42’/2ºT), Everton Ribeiro (Vitinho, 33’/2ºT) e Arrascaeta; Bruno Henrique (Michael, 42’/2ºT) e Gabigol. Técnico: Rogério Ceni

    PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha (Mayke, 14’/2ºT), Luan, Gustavo Gómez e Matías Viña; Felipe Melo (Gabriel Menino, intervalo), Zé Rafael (Danilo, intervalo), Raphael Veiga, Breno Lopes e Wesley (Gabriel Veron, 14’/2ºT); Rony (Gustavo Scarpa, 45’/2ºT). Técnico: Abel Ferreira

    Assista aos melhores momentos: