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  • A história do Skate no Brasil: das ruas aos campeonatos nacionais

    A história do Skate no Brasil: das ruas aos campeonatos nacionais

    Uma jornada sobre rodas, desde os primeiros skatistas até os ídolos que conquistaram o Brasil

    O skate no Brasil tem uma história rica e vibrante, marcada por paixão, superação e a busca constante por adrenalina. Desde as primeiras manobras nas ruas até os campeonatos nacionais que revelam grandes talentos, o skate conquistou seu espaço no coração dos brasileiros. Neste artigo, vamos explorar a trajetória do skate no Brasil, desde suas raízes até os dias de glória, e relembrar os nomes que se consagraram como campeões brasileiros.

    As Origens do Skate no Brasil

    A história do skate no Brasil remonta ao final da década de 1960 e início dos anos 70. Inspirados pelo surf, os primeiros skatistas brasileiros improvisavam suas manobras em ruas e calçadas, utilizando pranchas de madeira com rodinhas adaptadas. O esporte cresceu de forma orgânica, com a criação de pistas improvisadas e a realização de pequenos campeonatos entre amigos.

    A Evolução e Profissionalização

    Com o passar dos anos, o skate foi se profissionalizando e ganhando cada vez mais adeptos. A construção de pistas adequadas, o surgimento de marcas e lojas especializadas e a organização de campeonatos com premiações atraentes impulsionaram o desenvolvimento do esporte no Brasil.

    Os Campeonatos Brasileiros: Celeiro de Talentos

    Os campeonatos brasileiros de skate desempenham um papel fundamental na revelação de novos talentos e na consagração de ídolos do esporte. As competições atraem skatistas de todo o país, que buscam mostrar suas habilidades e conquistar o título de campeão brasileiro.

    O Skate Brasileiro no Cenário Internacional

    O skate brasileiro ganhou destaque no cenário internacional, com diversos atletas conquistando títulos e reconhecimento em competições ao redor do mundo. A participação do skate nos Jogos Olímpicos também impulsionou ainda mais a popularidade do esporte no Brasil.

    A história do skate no Brasil é uma trajetória de paixão, evolução e conquistas. Das ruas aos campeonatos, o skate se consolidou como um esporte vibrante e relevante no país. Que venham muitos outros capítulos emocionantes dessa história sobre rodas!

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  • A Bela e Trágica Trajetória de Elena Mukhina: O Preço da Pressão no Esporte

    A Bela e Trágica Trajetória de Elena Mukhina: O Preço da Pressão no Esporte

    A Ascensão de Elena Mukhina

    Elena Mukhina foi uma ginasta que fez história durante os anos de intensa rivalidade da Guerra Fria, onde as pressões para desempenho eram esmagadoras. Treinando até 16 horas por dia, sem descanso nos finais de semana, ela enfrentou o desafio de se destacar em um sistema que exigia o impossível.

    Em 1978, no mundial de Estrasburgo, Elena brilhou, conquistando cinco medalhas, incluindo três de ouro, e introduzindo quatro novos movimentos na ginástica.

    As Pressões do Sistema Soviético

    Com o sucesso dos campeonatos, as expectativas em torno de Mukhina aumentaram exponencialmente. Para se preparar para os Jogos Olímpicos de 1980, a pressão se tornou insuportável.

    A ginasta foi instrumentalizada como símbolo do regime soviético, enfrentando um treino sem fim e pressão constante por rendimento excepcional, o que culminou em um esgotamento físico e emocional devastador.

    Uma Trágica Queda

    O colapso de sua saúde chegou em um momento crítico. Durante um treino, uma manobra arriscada resultou em um acidente horrível, deixando Elena tetraplégica e mudando sua vida para sempre. O trágico evento, que ocorreu semanas antes das Olimpíadas de Moscou, chocou o mundo e revelou a face obscura das exigências sobre os atletas.

    Após a queda da União Soviética, sua história foi redescoberta, evidenciando o sofrimento de uma atleta cujas realizações foram ofuscadas pela pressão e desamparo. Elena Mukhina partiu aos 45 anos, marcada por uma dor que muitos entenderam apenas tardiamente.

  • A McLambo, que impressionou Senna

    A McLambo, que impressionou Senna

    McLaren buscava um novo parceiro para substituir Honda e Lamborghini foi uma das tentativas

    A Fórmula 1, como quase todos os esportes—motorizados ou não—está cheia de suposições, histórias e promessas. Pilotos que eram candidatos ao título e carros feitos para dominar as pistas, mas que nunca conseguiram. Também há parcerias que quase foram fechadas, mas que acabaram antes de começar. A McLaren Lamborghini é um excelente exemplo disso.

    Este carro, um dos mais fascinantes casos de “e se…” na história da Fórmula 1, combinava um excelente chassi da McLaren com um potente motor V12 da Lamborghini. Esta McLaren não ficou só no papel. Ela se materializou, mostrou-se extremamente rápida e até recebeu a aprovação de Ayrton Senna, que a testou no Circuito do Estoril, Portugal, em 1993. Mas Ron Dennis, o chefe da McLaren na época, tinha outros planos e não deixou que ela chegasse às pistas. Mas, por quê?

    Primeiro, é preciso lembrar que a temporada de 1993 não foi fácil para a equipe britânica. A Honda, que fornecia os motores, anunciou repentinamente que iria deixar a Fórmula 1. Isso deixou a McLaren em uma situação complicada, forçada a encontrar um novo fornecedor de motores em poucos dias.

    Para complicar ainda mais, a McLaren enfrentava uma equipe Williams fortíssima, impulsionada pelo motor V10 da Renault, em uma relação de exclusividade que inviabilizava qualquer acordo entre a Renault e a McLaren. Ciente de tudo isso, Ron Dennis firmou uma parceria com a Ford-Cosworth para o fornecimento do motor V8. Mas dizem que esses motores eram menos potentes do que os que a Ford fornecia à Benetton, sua principal equipe.

    Além disso, o ambiente dentro da equipe começou a deteriorar. Ayrton Senna, esperto, já previa os tempos difíceis que viriam e mostrou vontade de sair. Dizem que o piloto brasileiro chegou a renovar contrato corrida a corrida, deixando sempre aberta a possibilidade de mudança.

    Senna percebeu rapidamente que continuar com os motores V8 da Ford-Cosworth não era uma opção viável para a temporada de 1994, e Ron Dennis começou a procurar alternativas. É aqui que entra a Lamborghini, presente na Fórmula 1 desde 1989 como fornecedora de motores V12 para várias equipes menores, como a Larrousse, vista como uma espécie de equipe de fábrica da marca italiana. Em qualquer equipe em que o V12 da Lamborghini foi utilizado, o resultado foi além de muitas dores de cabeça, mostrando-se sempre pouco confiável. Mas todos admitiam que aquele motor tinha potencial para oferecer muito mais.

    Lamborghini na F1

    A norte-americana Chrysler comprou a Lamborghini em 1987 e um dos focos era justamente competir na F1. Em 1989, o fornecimento de motores começou para a Lola, uma das pequenas do grid. Em 1990, a marca expandiu e também começou a equipar os carros da Lotus.

    Em 1991, a Lamborghini esteve com os carros da Modena e da Ligier. O resultado foi um fracasso, sem marcar pontos com as duas equipes. Em 1992, as equipes foram Minardi, do brasileiro Christian Fittipaldi, e Larrousse. Em 1993, somente a Larrousse permaneceu com os motores Lambo. No total foram 80 Grandes Prêmios.

    Os testes do “McLambo”

    O primeiro teste de Senna com o motor da Lamborghini foi no dia 23 de setembro de 1993, com um carro era completamente branco, sem patrocínios. O brasileiro mostrou empolgação com a nova máquina, mas a McLaren fechou surpreendentemente com a Peugeot, que forneceu unidades de dez cilindros no ano seguinte para o time britânico.

    Piloto de testes da McLaren até a 13ª corrida da temporada, Mika Hakkinen assumiu o posto de segundo piloto da equipe justamente no GP de Portugal, após um desempenho decepcionante do norte-americano Michael Andretti na categoria. No entanto, o finlandês também testaria o motor Lamborghini em Silverstone depois e cravaria um tempo 1s2 melhor do que aquele estabelecido com os motores Ford em 1993 no final de semana do GP da Inglaterra.

    Senna, inclusive, já queria utilizar o novo motor nos últimos três GPs da temporada (Portugal, Japão e Austrália). No entanto, o tricampeão admitia que mais potência e sofisticação eram necessárias para adquirir mais competitividade. “Estou certo que será um ótimo motor para a próxima temporada”, disse Ayrton na época, que vivia também a indefinição de onde correria em 1994.

    Os motores Peugeot escolhidos para 1994 não duraram mais de uma temporada na equipe. Após a saída de Ayrton para a Williams, a McLaren não venceu corridas em 1994 e trocou o fornecedor no ano seguinte, firmando uma parceria longa e duradoura com a Mercedes (1995-2014), que culminou com conquistas do Mundial com Hakkinen (1998-1999) e o primeiro título de Lewis Hamilton na F1 (2008).

    Bastidores polêmicos

    O que poucas pessoas souberam na época é que a McLaren já havia feito um acerto financeiro com a Peugeot antes dos testes com o motor Lamborghini e por isso o acordo com a Lambo não foi para a frente. Quem confirmou isso foi Martin Whitmarsh em depoimento ao britânico Tony Dodgins, autor do livro Ayrton Senna: All his Races.

    Whitmarsh era um dos chefões da McLaren junto com Ron Dennis e lembrou do dia em que ambos foram na sede da Lambo.

    McLaren Peugeot em 1994

    “A Lamborghini chegou e nos mostrou os dados de telemetria e o motor era fantástico, com 50 ou 60 cavalos a mais do que o que nós tínhamos (Ford), e com 30 kg mais leve. Mas eu não acreditei naqueles dados porque eu via o quanto aqueles carros (da Larrousse) eram lentos. Eu lembro que fui na Lamborghini e colocamos o motor no dinamômetro e realmente vimos a agulha girar e alcançar os números de potência que eles realmente afirmavam”, disse Whitmarsh.

    A decepção de Senna

    “No final, não achamos que a Chrysler honraria o compromisso (de desenvolver o motor) e fizemos um acordo com a Peugeot em 1994. Contratualmente, apesar de termos testado esse motor da Lamborghini e até antes de executá-lo, eu disse ao gerente da equipe, Dave Ryan, o que deveria acontecer com o carro (no teste). Não deveria ir mais rápido que X. Se isso acontecesse, nos iria causar alguns grandes problemas contratuais. E acrescentei: ‘Mas não se preocupe, não vai (acontecer)’.

    “Dave me ligou da pista e disse ‘Olha, eu não consigo parar o crescimento desse carro, ele está indo muito rápido. Parece ótimo e tem o Ayrton dentro’. Então eu disse a ele para colocar 100 kg de combustível e não dizer nada a ninguém.

    “Aquilo era uma verdadeira bagunça e eu estava tendo que administrar isso. Mas o Ayrton, obviamente, percebeu que era mais rápido que o carro de motor Cosworth e queria competir com o Lamborghini nas últimas três corridas de 1993. Ele estava muito chateado que nós não faríamos isso”.

    Mesmo sem os Lambo, a McLaren mostrou um desempenho melhor no final daquela temporada e venceu as últimas duas corridas com Senna no Japão e na Austrália, justamente as duas últimas vitórias do piloto brasileiro na F1. Após a decepção com a McLaren, a Lamborghini nunca mais voltou a correr na categoria.

  • Livro conta através de depoimentos, um pouco mais sobre Ayrton Senna

    Livro conta através de depoimentos, um pouco mais sobre Ayrton Senna

    Autor Ernesto Rodrigues revisita história do ídolo brasileiro em biografia com depoimentos marcantes como de Lewis Hamilton

    A edição atualizada de “Ayrton: o herói revelado” não é apenas uma obra de preservação da memória de um dos maiores pilotos da história da Fórmula 1, mas é também um documento emocionante e íntimo. O livro, que conta a vida e a trajetória de Ayrton Senna, ganha novos capítulos que incluem relatos pós-Senna, evidenciando sua contínua influência tanto no coração dos brasileiros quanto no mundo do automobilismo.

    Reginaldo Leme, icônico comentarista esportivo, destaca a relevância eterna de Senna e do trabalho de Ernesto Rodrigues, afirmando:

    “Verifico, com prazer, passados trinta anos da perda de Senna, que, além da veracidade, permanência e relevância do que Ernesto escreveu em 2004 […] Ayrton: o herói revelado, assim como Senna, continua importante, emocionante e inesquecível.”

    Além de revisitar as paixões e as controvérsias que marcaram a vida do campeão, a nova edição se aprofunda em momentos críticos que definiram sua carreira. O livro investiga os anos em que Senna dividiu a equipe McLaren com Alain Prost, seu adorado rival, além de momentos icônicos em pistas como Donington Park e Mônaco, trazendo também reflexões sobre como sua figura comparava-se a campeões subsequentes da F1 – nomes como Schumacher, Fernando Alonso, Sebastian Vettel, Lewis Hamilton e Max Verstappen.

    Contudo, é a abordagem pessoal e introspectiva que toca os leitores mais profundamente. Por exemplo, a nova edição apresenta um comovente depoimento do heptacampeão Lewis Hamilton, que recorda o momento em que soube da morte de Senna:

    “Eu me lembro como se fosse ontem. Meu pai me disse que Ayrton tinha morrido. Fui para um muro que ficava junto à linha férrea. Não queria que meu pai me visse chorando. Foi uma coisa muito forte. E eu era ainda criança.” (Ayrton: o herói revelado, p. 426)

    Além de preservar as façanhas de Senna nas pistas, Ernesto Rodrigues expande sobre a humanidade de Senna, a qual ressoa não só em seus admiradores mas também naqueles que, como Hamilton, seguiram seus rastros no asfalto da F1.

    As entrevistas com mais de duzentos indivíduos não servem apenas como testemunho, mas também como consolo para aqueles que ainda sentem a ausência dessa lenda do esporte.

    Em suma, a nova edição de “Ayrton: o herói revelado” é uma homenagem a um homem cujo legado vai muito além das conquistas nas pistas, e essa atualização é uma leitura obrigatória para todos que desejam entender não apenas o piloto como ícone, mas também como ser humano extraordinário.

    Ficha técnica:

    • Título: Ayrton: o herói revelado
    • Autor: Ernesto Rodrigues
    • Editora: Tordesilhas
    • ISBN: 978-65-5568-202-1
    • Páginas: 512
    • Preço: R$ 98,90
    • Onde comprar: Amazon

    Sobre o autor: 

    Ernesto Rodrigues é mineiro de Lambari, formado pela PUC de Belo Horizonte e repórter desde 1978. Escreveu e foi organizador do livro No próximo bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet. Também é autor de Jogo Duro – A história de João Havelange; O traço da Cultura – O desafio de ser ombudsman da TV Cultura, a emissora mais festejada e menos assistida do Brasil; e Zilda Arns – Uma biografia. Aos 70 anos, Ernesto vive e trabalha no Rio de Janeiro.