Tag: Catar 2022

  • Chocolate português com CR7 no banco

    Chocolate português com CR7 no banco

    Gonçalo Ramos (foto) marca três vezes e Portugal avança as quartas

    Portugal se tornou a última seleção classificada às quartas de final da Copa do Catar. Os ibéricos golearam a Suíça por 6 a 1, na tarde desta terça-feira (6) no Estádio de Lusail. Com este resultado, Portugal enfrenta Marrocos, a partir das 12h (horário de Brasília) do próximo sábado (10), no Estádio Al Thumama em busca de uma vaga nas semifinais da competição.

    Antes de a bola rolar, o grande destaque era a presença do astro Cristiano Ronaldo no banco de reservas. Na versão do técnico português Fernando Santos, a escolha foi por questões técnicas, negando a versão da imprensa europeia de que haviam desentendimentos entre o comandante e o craque. Essa foi a primeira vez em 21 jogos que CR7 apareceu como opção no banco para Portugal em um Mundial de seleções.

    Depois que a bola rolou, os holofotes se voltaram para Gonçalo Ramos, que substituiu Cristiano Ronaldo. Logo aos 16 minutos, quando a partida começava a ficar arrastada, o camisa 26 de Portugal recebeu dentro da área e girou de perna esquerda, mandando um chutaço no ângulo do goleiro Sommer para abrir o placar.

    Em desvantagem no marcador, a Suíça foi obrigada a sair de trás. E até conseguiu criar uma oportunidade, em bela cobrança de falta de Shaqiri. Mas a tentativa de reação durou pouco. Aos 32, o experiente zagueiro Pepe, de 39 anos, aproveitou uma cobrança de escanteio para concluir de cabeça e fazer 2 a 0.

    Aos 37, a Suíça não descontou por muito pouco. Freuler aproveitou o rebote do goleiro Diogo Costa e cabeceou. A bola estava entrando, mas Dalot salvou praticamente em cima da linha. A próxima grande chance foi portuguesa. Aos 42, Bruno Fernandes achou um passe espetacular para Gonçalo Ramos. O centroavante ficou de frente para o goleiro Sommer, concluiu e o defensor suíço evitou o terceiro.

    O gol que não saiu no finalzinho da primeira etapa surgiu logo nos primeiros minutos do segundo tempo. Dallot cruzou da direita, aos cinco minutos, e o próprio Gonçalo Ramos se antecipou à zaga para bater por baixo do goleiro.

    O quarto gol veio cinco minutos depois. Raphael Guerreiro, após boa jogada pela esquerda, bateu forte para estufar a rede suíça.

    Mesmo em situação extremamente complicada, a Suíça seguiu tentando e foi premiada com o gol de honra aos 12 minutos. Após cobrança de escanteio da direita, a bola foi desviada na primeira trave e Akanji finalizou com liberdade para superar Diogo Costa.

    Mas o dia não era realmente da Suíça. Em um lindo contra-ataque, João Felix passou para Gonçalo Ramos, que, de cavadinha, marcou pela terceira vez na partida. 5 a 1 para a equipe da Península Ibérica.

    Com o placar e a classificação já garantidos, o técnico Fernando Santos atendeu os diversos pedidos da torcida no Estádio de Lusail e colocou em campo o craque Cristiano Ronaldo.

    O astro até tentou marcar e se igualar a Eusébio como o maior artilheiro da equipe em Copas. Mas quem fechou o placar para os portugueses foi Rafael Leão, já nos acréscimos com um chute cruzado.

  • Com show de Mbappé, França vence Polônia e avança

    Com show de Mbappé, França vence Polônia e avança

    Atuais campeões do mundo, não tiveram dificuldades para vencer a Polônia

    Mesmo desfalcada de diversos jogadores importantes (inclusive o atacante Karim Benzema), a França mostrou mais uma vez nesta Copa do Catar sua potência ofensiva ao bater a Polônia por 3 a 1, neste domingo (4) no Estádio Al Thumama, pelas oitavas de final.

    A atual campeã mundial contou com dois gols de Mbappé e um de Giroud (Lewandowski descontou) para manter vivo o sonho do terceiro título de Copa do Mundo. Em quatro jogos, os franceses balançaram as redes adversárias nove vezes.

    A seleção da França é um time que convence e mostra a força do seu conjunto mesmo com tantos desfalques que colocaram em xeque o trabalho de Deschamps.

    Até o fraquíssimo Giroud, um “Jardel com grife” consegue brilhar na ótima seleção francesa.

    Os gols marcados no duelo deste domingo alçaram ambos os atacantes ao primeiro posto de uma determinada lista de artilheiros: Olivier Giroud chegou aos 52 com a camisa da seleção, superando Thierry Henry e se tornando o jogador que mais marcou pela França na história, já Mbappé pulou para cinco nesta Copa, abrindo dois de frente na artilharia da competição, enquanto acumula nove gols em duas participações em Mundiais.

    O adversário da seleção francesa na próxima fase sai do duelo entre Inglaterra e Senegal, que também será disputado neste domingo.

    Primeiro tempo movimentado

    Os 45 minutos iniciais no Al Thumama foram intensos, com a França mais presente no campo de ataque, mas a Polônia levando perigo por mais de uma vez.

    Destaque na última rodada da fase de grupos, quando suas defesas permitiram que a Polônia avançasse no saldo de gols, o goleiro Wojciech Szczesny esteve novamente inspirado. No primeiro tempo, ele parou chutes de Tchouaméni, Dembele e Mbappé que tinham endereço certo, impedindo que a França ficasse confortável desde o início. Em outra jogada, Giroud recebeu cruzamento rasteiro da direita, mas a finalização de carrinho foi para fora.

    A Polônia também assustou, em chute de fora da área de Robert Lewandowski, mas principalmente em jogada criada pela esquerda por Bereszynski na qual Zielinski, de frente para o gol, chutou em cima do goleiro Hugo Lloris, e no rebote Raphael Varane salvou em cima da linha o chute de Kaminski.

    Pouco depois, aos 43, veio o desafogo. Mbappé encontrou Giroud dentro da área e ele finalizou imediatamente, vencendo finalmente o goleiro Szczesny.

    Antes do intervalo, a Polônia ainda teve mais uma chance, mas o chute de Kaminski desviou na zaga e foi para fora.

    Mbappé brilha e alivia França

    Na segunda etapa, a França continuou martelando a meta polonesa, porém em menor intensidade. Szczesny não brilhou tanto até que o craque Kylian Mbappé praticamente sentenciasse o resultado.

    Aos 28, após saída da defesa com um chutão, Giroud puxou contra-ataque e Griezmann encontrou o atacante do PSG (França) pelo lado esquerdo. Ele dominou e finalizou com calma no ângulo direito do goleiro polonês.

    Já na reta final, em nova jogada pela esquerda, desta vez Mbappé criou o espaço e acertou belo chute no ângulo oposto, deixando 3 a 0 no placar no começo dos acréscimos e definindo a classificação da França.

    No último lance do jogo, a arbitragem deu pênalti em toque de mão de Upamecano na área. Robert Lewandowski cobrou e Lloris defendeu, mas a cobrança foi repetida por invasão de jogadores franceses antes da batida. Na segunda chance o atacante do Barcelona (Espanha) marcou seu segundo gol na competição.

    Pela terceira vez consecutiva, a França avança à fase de quartas de final. 

  • Messi é o fiel da balança novamente e Argentina derrota a modesta Austrália e pega Países Baixos nas quartas

    Messi é o fiel da balança novamente e Argentina derrota a modesta Austrália e pega Países Baixos nas quartas

    Hermanos abrem 2 a 0, mas garantem classificação apenas no fim

    Durante praticamente os primeiros 80 minutos de jogo, a Argentina pareceu ter o controle do duelo de oitavas de final da Copa do Mundo do Catar diante da Austrália, no Estádio Ahmad Bin Ali neste sábado (3). Abriu 2 a 0 e não corria grandes riscos.

    Porém, dali em diante viveu momentos dramáticos até garantir a classificação por 2 a 1. A seleção sul-americana passou por um pequeno sufoco até literalmente o último lance, quando o goleiro Emiliano Martínez fez grande defesa em chute de Kuol à queima-roupa. Agora, tem encontro marcado com a Holanda na próxima sexta-feira (9) pelas quartas de final.

    Os gols da vitória argentina foram marcados por Lionel Messi e Julián Álvarez. Craig Goodwin diminuiu para os australianos.

    No jogo mil da carreira, gol de Messi

    Independentemente do que acontecesse em campo, o duelo pelas oitavas de final representaria um marco na carreira de um dos maiores jogadores da história do futebol mundial. Lionel Messi completou mil jogos na carreira profissional.

    Nada mais justo, então, que o primeiro acontecimento digno de destaque na partida tenha vindo dele. Em um primeiro tempo de muito estudo e poucas oportunidades, coube a Messi abrir o placar já aos 35 minutos. Ele cobrou escanteio pela direita.

    Mac Allister recebeu e tentou acionar Otamendi dentro da área. O domínio incompleto do zagueiro acabou ajeitando a bola à feição da perna esquerda de Messi, que, assim como fez outras tantas vezes na carreira, finalizou com categoria para bater o goleiro Matthew Ryan. Foi o gol de número 789 da carreira do craque.

    2º tempo morno até final eletrizante

    Mesmo em desvantagem no placar, a Austrália não adotou postura mais agressiva ao voltar dos vestiários. No entanto, a seleção não contava com um tiro no próprio pé proporcionado pelo goleiro Matthew Ryan aos doze minutos. Ele recebeu bola recuada e, pressionado por De Paul, tentou driblar o jogador argentino. Julián Álvarez roubou a bola e chutou para o gol vazio, ampliando a vantagem argentina no placar.

    Por mais 20 minutos, embora estivesse dando adeus à Copa, a Austrália não conseguiu levar perigo ao gol adversário. Porém, em um lance de sorte, voltou para o jogo.

    Aos 32, Goodwin pegou sobra da defesa e chutou forte. A bola, que parecia ter o destino das arquibancadas, acertou Enzo Fernández e o desvio matou completamente o goleiro Emiliano Martínez, decretando o 2 a 1.

    Com nova vida em campo, a seleção australiana se encheu de coragem. Não criou muitas oportunidades, mas quando chegou causou extrema preocupação à torcida da Argentina. Poucos minutos depois do gol, o lateral Behich fez jogada de craque pela esquerda, passando por ao menos três adversários. Quando já estava de frente para o gol, praticamente na pequena área, seu chute foi bloqueado por Lisandro Martínez, evitando o que seria um golaço.

    Pouco a pouco, a Argentina conseguiu respirar e até levar mais perigo do que o adversário que necessitava do gol. Em diversos contra-ataques, os jogadores argentinos surgiram com liberdade mas pecaram nas finalizações. Lautaro Martínez perdeu gol feito após passe de Messi, que também desperdiçou uma chance.

    No último lance da partida, praticamente ao fim dos sete minutos de acréscimo, um último susto para os argentinos. Após bola levantada na área, Kuol dominou e ficou de frente para o gol. No entanto, o goleiro Emiliano Martínez saiu de forma corajosa e, com os braços, praticamente fechou o ângulo, fazendo uma importante e difícil defesa com o braço esquerdo.

    Aliviados, os argentinos se jogaram no chão com o apito final, que garantiu a classificação às quartas, algo que a seleção não conseguiu em 2018, quando caiu nas oitavas para a França, que seria a campeã.

    A Holanda, adversária da Argentina em outras cinco partidas na história das Copas, será o obstáculo nas quartas (assim como em 1998, quando deu Holanda). O duelo acontece na sexta-feira (9), às 16h de Brasília, no Estádio de Lusail.

  • Holanda bate EUA e conquista primeira vaga nas quartas da Copa

    Holanda bate EUA e conquista primeira vaga nas quartas da Copa

    Laranja Mecânica aguarda por Argentina na próxima fase

    Na abertura das oitavas de final da Copa do Mundo do Catar, a Holanda teve mais trabalho do que o placar supõe, mas superou os Estados Unidos por 3 a 1, na tarde deste sábado (3) no Estádio Internacional Khalifa, avançando para as quartas de final. O adversário sairá do confronto entre Argentina e Austrália, marcado para as 16h. Depay, Blind e Dumfries marcaram para os holandeses, enquanto Wright fez o gol dos norte-americanos.

    Com o triunfo, a Holanda segue sem derrotas no Catar, com uma campanha de três vitórias e um empate. Os EUA, que junto com os adversários deste sábado foram uma das cinco seleções a passar pela primeira fase invictas, conheceram o gosto da derrota no pior momento.

    Estados Unidos pressionam, Holanda marca
    Os primeiros instantes do jogo acabaram por se tornar uma boa prévia do que se veria ao longo dos 90 minutos. Aguerridos, os norte-americanos tentaram se impor, enquanto a Holanda adotou uma postura mais calculista. Logo aos dois minutos, Christian Pulisic, que foi dúvida para a partida, teve uma chance de ouro. Após sobra de bola levantada na área, ele surgiu completamente livre na cara do gol, mas parou no goleiro Noppert, que colocou para escanteio.

    Antes dos dez minutos, a seleção europeia mostrou sua eficiência. Recuperou a bola na defesa, trocou passes ininterruptamente por um minuto, até que Dumfries recebeu pela direita e cruzou rasteiro para encontrar Memphis Depay livre dentro da área. Ele completou de primeira e marcou: 1 a 0 Holanda

    Com a vantagem no placar, a Holanda encontrou o cenário que precisava para colher ainda mais frutos da estratégia escolhida. Frustrada e desorganizada, a seleção dos Estados Unidos levou perigo apenas em chute forte de Weah que Noppert espalmou e acabou punida em outro lance no qual os holandeses se aproveitaram de seus descuidos. Aos 45, Dumfries apareceu novamente pela direita e desta vez encontrou Blind, que se desvencilhou da marcação dentro da área e chutou de direita para ampliar.

    Insistência dos EUA é premiada, porém falhas reaparecem

    O balde de água fria nos últimos instantes da primeira etapa não desmotivou a seleção dos Estados Unidos. Na volta do intervalo, a equipe ocupou o campo de ataque, criando oportunidades, embora nem sempre levando perigo real. A melhor oportunidade chegou aos 29, quando Wright aproveitou saída de bola errada do time holandês, driblou o goleiro Noppert e finalizou para o gol. Dumfries evitou o gol certo praticamente em cima da linha.

    Na cobrança do escanteio, Pulisic recebeu de volta pela direita e cruzou rasteiro. Wright desviou de forma involuntária e a bola acabou encobrindo Noppert. Dumfries ainda tentou afastar mas não conseguiu: 2 a 1.

    Empolgados para buscar o empate, os norte-americanos acabaram frustrados logo na sequência. Aos 35, alguns elementos se repetiram na jogada do terceiro gol holandês: Dumfries e marcação inexistente. Desta vez, ao invés de dar o passe, o lateral recebeu de Blind e, completamente livre dentro da área, cabeceou para vencer o goleiro Turner e deixar a Holanda mais tranquila na partida.

    Os Estados Unidos ainda tiveram algumas chances, mas não o suficiente para realmente colocar em risco o resultado.

    A Holanda segue em busca de seu primeiro título mundial (foi vice em 1974, 1978 e 2010) e agora pega a Argentina na sexta-feira (9), no Estádio de Lusail, pelas quartas de final.

  • Coreia do Sul vence Portugal, avança na Copa e pode encarar o Brasil

    Coreia do Sul vence Portugal, avança na Copa e pode encarar o Brasil

    Sul-coreanos festejaram vaga ao final de partida entre Uruguai e Gana

    A Coreia do Sul pode aparecer no caminho do Brasil nas oitavas de final da Copa do Mundo do Catar. Nesta sexta-feira (2), os Tigres Asiáticos venceram Portugal por 2 a 1, de virada, no Estádio Cidade da Educação, em Doha, garantindo a segunda vaga do Grupo H ao mata-mata.

    Os europeus, classificados por antecipação, encerraram a chave na liderança, com seis pontos. Os sul-coreanos somaram os mesmos quatro pontos do Uruguai, mas ficaram à frente pelo número de gols marcados (quatro a dois). Para comemorarem a vaga nas oitavas, os asiáticos tiveram que aguardar a partida dos uruguaios com Gana, no Estádio Al Janoub, em Al Wakrah, chegar ao fim. A vitória sul-americana por 2 a 0 acabou sendo insuficiente.

    É a terceira vez que a Coreia chega à segunda fase de uma Copa, em 11 participações. Curiosamente, na primeira ocasião, quando sediou o torneio, em 2002, a vaga também foi assegurada com uma vitória sobre Portugal (1 a 0). Atual técnico dos Tigres Asiáticos, o ex-volante Paulo Bento esteve naquele encontro, mas defendendo as cores portuguesas.

    Uruguai vence Gana, mas triunfo sul-coreano elimina ambos da Copa

    Arrascaeta garante vitória, mas Celeste não avança pelo número de gols

    Doze anos depois, o Uruguai voltou a frustrar as expectativas de Gana em uma Copa do Mundo. A diferença é que, desta vez, a Celeste Olímpica teve o mesmo destino dos rivais: a eliminação. Nesta sexta-feira (2), os sul-americanos venceram os Estrelas Negras por 2 a 0 no Estádio Al Janoub, em Al Wakrah. Ambos, porém, deram adeus ao Mundial do Catar.

    Os uruguaios finalizaram o Grupo H com os mesmos quatro pontos da Coreia do Sul, que ficou à frente, na segunda posição, pelo número de gols marcados (quatro a dois). Em jogo simultâneo, no Estádio da Educação, em Doha, os asiáticos derrotaram Portugal – que atuou com um time quase todo reserva, por já estar classificado por antecipação – por 2 a 1. O gol do atacante Hwang Hee-Chan, aos 45 minutos do segundo tempo, que decretou a virada dos sul-coreanos, obrigou os sul-americanos a buscar o 3 a 0, que não ocorreu. Com três pontos, os ganeses terminaram a chave em último lugar.

    Tivesse acontecido, a classificação uruguaia teria participação decisiva de um jogador bastante conhecido do futebol brasileiro: Giorgian de Arrascaeta. Reserva nos dois primeiros jogos, tendo atuado por somente 28 minutos na derrota por 2 a 0 para Portugal, na rodada passada, o meia do Flamengo foi titular nesta sexta e marcou os dois gols da Celeste.

    O duelo fez torcedores de ambos os países relembrarem a Copa de 2010, na África do Sul. Na ocasião, Gana e Uruguai empatavam por 1 a 1 o confronto válido pelas quartas de final. No último lance da partida, Luís Suárez salvou, com as mãos, uma cabeçada à queima-roupa de Dominic Adiyiah, na área. O uruguaio foi expulso. O também atacante Asamoah Gyan teve a oportunidade da vitória ganesa na cobrança da penalidade, mas acertou o travessão. Nos pênaltis, deu Celeste, por 4 a 2. Quis o destino que a batida desperdiçada fosse justamente a de Adiyiah, defendida pelo goleiro Fernando Muslera (que, assim como Suárez, fez parte da seleção sul-americana no Catar).O momento da defesa monumental de Rochet no pênalti de Gana! 

    O ex-meia Otto Addo, atual técnico ganês, integrava aquele elenco dos Estrelas Negras. Para o jogo desta sexta, o treinador repetiu o 4-3-3 da vitória por 3 a 2 sobre a Coreia do Sul, com apenas duas trocas. Titulares na derrota por 3 a 2 para Portugal, na primeira rodada, os laterais Alidu Seidu e Abdul-Rahman Baba retornaram nos lugares de Tariq Lamptey e Gideon Mensah (que deixou o jogo contra os sul-coreanos com dores no tornozelo).

    No Uruguai, Diego Alonso recuou na formação com três zagueiros e também montou a equipe no 4-3-3, como na estreia, quando a Celeste empatou sem gols com a Coreia do Sul. Na frente, Suárez retomou a vaga que foi de Edinson Cavani contra Portugal, enquanto Arrascaeta e Facundo Pellistri deixaram o time mais ofensivo herdando os lugares do zagueiro Diego Godín e do volante Matías Vecino.

    Os uruguaios iniciaram a partida em cima, mas demonstrando certa ansiedade no último passe. Após 15 minutos de pressão sul-americana, Gana encaixou um contra-ataque com Jordan Ayew, que recebeu na ponta esquerda, próximo à entrada da área, carregou até a meia-lua e bateu, para defesa de Sérgio Rochet. Na sobra, o também meia Mohammed Kudus dividiu com o goleiro e caiu na área. A penalidade foi marcada com intervenção do árbitro de vídeo (VAR), mas o atacante André Ayew, irmão de Jordan (ambos filhos de Abedi Pelé, maior nome do futebol ganês) fez o torcedor africano reviver o pesadelo de 2010, ao cobrar fraco, rasteiro, facilitando a defesa de Rochet.

    Não demorou para os Estrelas Negras serem punidos. Aos 22, o atacante Darwin Núñez tabelou com Arrascaeta, chutou na saída do goleiro Lawrence Zigi e viu o zagueiro Mohammed Salisu salvar em cima da linha. Três minutos depois, não teve “quase”: Núñez cruzou pela esquerda, a defesa não tirou e a bola sobrou com Suárez na área. O atacante driblou Seidu e finalizou. Zigi defendeu, mas Arrascaeta, no rebote, cabeceou para as redes.

    O camisa 10 uruguaio precisou de mais cinco minutos para aumentar a vantagem. Aos 30, Núñez recebeu de Pellistri na entrada da área e ajeitou de cabeça para Suárez. O artilheiro de uma de “garçom” e abriu na esquerda para o meia do Flamengo concluir de primeira.

    Os gols mudaram a cara da partida, com o Uruguai passando a trabalhar a bola com mais paciência e Gana, tentando se recuperar do baque, precisando se lançar à frente. Na volta do intervalo, André e Jordan Ayew foram substituídos pelos atacantes Osman Bukari e Kamaldeen Sulemana. Aos 17 minutos, a dupla quase foi responsável pelo primeiro gol ganês. “Quase”, porque, após o cruzamento de Sulemana, pela esquerda, Rochet demorou a sair da meta e Bukari chegou tarde para completar na pequena área.

    O Uruguai, por sua vez, tinha o contra-ataque à disposição para aproveitar os espaços deixados pela marcação de Gana. Aos 18, o meia Federico Valverde recebeu de Núñez encontrou Suárez na área, pela esquerda. O camisa 9 rolou para Pellistri finalizar rente à esquerda da meta, ao lado da trave. Cinco minutos depois, Valverde emendou uma bomba de primeira, quase da intermediária pela esquerda. A bola quicou no chão e foi no canto esquerdo de Zigi, que conseguiu espalmar.

    À medida que o tempo passava, a missão de Gana ficava mais difícil. Os Estrelas Negras não desistiram. Aos 32 minutos, o atacante Antoine Semenyo recebeu próximo à pequna área, pela esquerda, mas finalizou mal, rasteiro, ao lado do gol uruguaio. Dois minutos depois, Kudus obrigou Rochet a uma bela defesa, mandando para escanteio uma bomba de Kudus, da meia-lua.

    A informação da virada da Coreia do Sul sobre Portugal chegou aos 37 minutos e transformou a reta final da partida no Al Janoub em drama. Desesperados, os uruguaios intensificaram a pressão em busca do terceiro gol, mas pararam em ótimas defesas de Zigi. Aos 42, Cavani, de cabeça, em posição irregular, obrigou o goleiro a uma intervenção acrobática. Nos acréscimos, o arqueiro se esticou todo para salvar outro chutaço de fora da área de Valverde.

    O gol da classificação, porém, não saiu, decretando a eliminação das duas equipes. Após o apito final, o árbitro Daniel Siebert foi cercado por jogadores uruguaios, revoltados pela não marcação de um suposto pênalti aos 12 minutos do segundo tempo, em cima de Núñez, pelo zagueiro Daniel Amartey. O juiz alemão foi chamado ao vídeo para conferir o lance, mas manteve a decisão de campo.

  • O mesmo de sempre, a “Holanda das Américas”, joga como sempre e passa recibo na Copa, novamente

    O mesmo de sempre, a “Holanda das Américas”, joga como sempre e passa recibo na Copa, novamente

    É primeira vez que o México fica fora do mata-mata desde 1978

    O México venceu pela primeira vez na Copa do Mundo do Catar, mas está fora da briga do título. Nesta quarta-feira (30), a seleção norte-americana bateu a Arábia Saudita por 2 a 1 no Estádio de Lusail. O triunfo, porém, foi insuficiente. A equipe tricolor encerrou o Grupo C na terceira posição, com a mesma pontuação da Polônia, segunda colocada, ficando atrás pelo saldo de gols. Os asiáticos, com três pontos, ficaram com a lanterna.

    A vitória da Argentina sobre a Polônia, por 2 a 0, no Estádio 974, em Doha, permitiria aos mexicanos se classificarem com uma vitória por três gols de diferença. Um triunfo por 2 a 0 – como apontou o placar em Lusail em quase toda a segunda etapa – levaria a decisão da segunda vaga para o critério do número de amarelos, que colocaria os poloneses na segunda posição por terem três cartões a menos. O gol saudita, marcado nos acréscimos, foi uma ducha de água fria.

    É a primeira vez, desde 1978, que o México não passa da primeira fase em uma Copa. Após estrear com uma vitória histórica sobre a Argentina, por 2 a 1, de virada, a Arábia Saudita ficou pelo caminho e repetiu o roteiro das quatro participações anteriores, entre 1998 e 2006 e 2018, quando caiu na fase de grupos. Os sauditas avançaram ao mata-mata apenas em 1994, na estreia do país em Mundiais, parando nas oitavas de final.

    O argentino Gerardo Martino, técnico do México, voltou atrás em boa parte das mudanças feitas contra a Argentina (que terminou em derrota por 2 a 0) e reeditou a base da equipe que empatou sem gols com a Polônia, na estreia. O lateral Jorge Sánchez, o volante Edson Álvarez e o atacante Henry Martín retornaram ao time, escalado com três homens de frente. O único desfalque foi o volante Andrés Guardado, capitão mexicano, com uma lesão muscular.

    Na seleção saudita, o francês Hervé Renard também mexeu no time que perdeu por 2 a 0 da Polônia. Em alguns casos, as trocas foram necessárias. Na defesa, Sultan Al-Ghanam e Ali Al-Bulayhi (na vaga do lesionado Mohammed Al-Burayk) assumiram as laterais, com Hassan Al-Tambakti na zaga (o meia Sami Al-Naji iniciou no banco) e Saud Abdulhamid (lateral nos jogos anteriores) escalado como volante. Ainda no meio-campo, o suspenso Abdulelah Al-Malki foi substituído por Ali Al-Hassan.

    A necessidade de uma vitória com bom saldo de gols fez o México ter o comando das ações ofensivas no primeiro tempo. Aos dois minutos, Hirving Lozano espetou a bola no meio da zaga saudita e Alexis Vega, na frente de Mohammed Al-Owais, bateu em cima do goleiro. A resposta asiática veio cinco minutos depois, em contra-ataque pela esquerda e cruzamento para o Mohamed Kanno, livre na direita, quase na pequena área, bater de primeira, por cima do gol. O volante assustou novamente aos 12, em cobrança de falta da meia-lua, rente ao travessão.

    Os mexicanos rondavam a área asiática, mas com dificuldades para entrar nela. Os chutes da intermediária e as bolas alçadas foram alternativa, sem sucesso. Em uma delas, aos 26 minutos, Lozano cruzou pela direita para cabeçada do meia Orbelin Pineda, no contrapé de Al-Owais, que Al-Ghanam salvou quase em cima da linha. Recuada, a Arábia só conseguiu encaixar um contra-ataque nos acréscimos, pouco antes do intervalo, em cruzamento de Al-Ghanam pela direita e “peixinho” de Al-Hassan, que foi à direita do gol de Guillermo Ochoa.

    A insistência norte-americana foi premiada no segundo tempo. Aos dois minutos, após escanteio batido pela esquerda, o zagueiro Cesar Montes desviou na primeira trave e Martín, na pequena área, mandou para as redes. Quatro minutos depois, o volante Luis Chávez, cobrando falta no ângulo, aumentou a vantagem tricolor. O terceiro teria saído aos dez minutos, com Lozano, mas a arbitragem deu impedimento de Martín e anulou o gol.

    A possibilidade de classificação empolgou os mexicanos, que martelaram atrás do gol salvador. Martín e Pineda falharam por pouco na pontaria, enquanto Chávez e Lozano pararam em Al-Owais. Aos 41, Uriel Antuna balançou as redes, mas o lance foi anulado por impedimento do atacante. Nos acréscimos, o drama tricolor deu lugar à decepção. Na única investida saudita no segundo tempo, o atacante Salem Al-Dawsari tabelou na entrada da área e finalizou na saída de Ochoa, para delírio da torcida polonesa, que aguardava, desesperada, o término da partida, após a derrota para a Argentina.

  • Argentina finalmente “estreia” na Copa contra a medíocre Polônia de Lewa

    Argentina finalmente “estreia” na Copa contra a medíocre Polônia de Lewa

    Argentina joga o que se espera dela, garante vaga contra uma Polônia que no mínimo é medíocre, mas que também se classifica

    Antes da Copa do Catar, Lionel Messi anunciou que o Mundial seria o último da carreira. Nesta quarta-feira (30), o sonho de levantar o troféu mais importante do futebol antes de pendurar as chuteiras ganhou sobrevida, com a vitória dos argentinos sobre a Polônia, por 2 a 0, no Estádio 974, em Doha, pela terceira e última rodada do Grupo C.

    A vitória, cheia de autoridade, deu à Argentina a ponta da chave, com seis pontos. Nada mal para quem estreou perdendo da Arábia Saudita por 2 a 1 e viu chegar ao fim, de forma surpreendente, uma série invicta de 36 partidas oficiais. Os poloneses, com os mesmos quatro pontos do México, levaram a segunda vaga do grupo por terem um gol a mais que os mexicanos de saldo. A nação europeia não passava de fase em uma Copa desde 1986.

    A presença de Messi o isolou como o argentino com mais partidas em Copas. Foi o 22º jogo dele, superando ninguém menos que Diego Armando Maradona. Se a equipe sul-americana for à final e o astro estiver em campo nos quatro duelos até lá, ele se tornará o atleta que mais vezes atuou em Mundiais. A estatística tem o alemão Lothar Matthäus como líder, com 25 participações.

    Os compromissos de ambas as seleções pelas oitavas de final serão neste fim de semana. No sábado (3), às 16h (horário de Brasília), a Argentina encara a Austrália, no Estádio Ahmed bin Ali, em Al Rayyan. No domingo (4), às 12h, a Polônia terá pela frente a França, atual campeã mundial.

    Assim como na vitória por 2 a 0 sobre o México, Lionel Scaloni escalou a seleção argentina com várias mudanças. Na lateral direita, Nahuel Molina retomou o posto de titular no lugar de Gonzalo Montiel (pendurado). Na zaga, Cristian Romero (1,85 metro) substituiu Lisandro Martínez (1,75 metro), para enfrentar Robert Lewandowski (1,85 metro) pelo alto. No meio-campo, Guido Rodríguez (que levou a vaga de Leandro Paredes contra os mexicanos) saiu para entrada de Enzo Fernández. Por fim, no ataque, Júlian Álvarez desbancou Lautaro Martínez.

    No lado polonês, Czeslaw Michniewicz repetiu quase toda a formação que bateu a Arábia Saudita por 2 a 0. A única alteração foi no ataque, com Lewandowski sozinho à frente e Karol Swiderski como ponta de lança, no lugar de Arkadiusz Milik, que fora o parceiro de área do centroavante do Barcelona (Espanha) no jogo anterior.

    A Polônia como em toda a copa, não jogou nada, uma seleção medíocre com um craque.

    O primeiro tempo foi um massacre argentino para cima da Polônia. Regidos por Messi, os hermanos finalizaram 14 vezes, sendo nove em direção à meta de Wojciech Szczesny. Aos nove minutos, o goleiro polonês salvou um chute cruzado do craque, na área pela esquerda. Aos 16, o camisa 10 lançou Marcos Acuña na esquerda. O lateral, na área, levou à perna direita e mandou por cima do travessão. Aos 27, Acuña teve uma nova chance, na sobra de uma finalização do atacante Julián Álvarez. O chute, da entrada da área, saiu rente à trave esquerda.

    Aos 36 minutos, Álvarez recebeu do meia Alexis Mac Allister na área e finalizou cruzado, para mais uma defesa de Szczesny. No rebote, o atacante do Manchester City (Inglaterra) cruzou pela esquerda e o goleiro acabou atingindo o rosto de Messi na área. Com auxílio do árbitro de vídeo (VAR), o pênalti foi assinalado. O camisa 10 cobrou, mas o arqueiro se lançou no canto esquerdo e salvou uma penalidade pela segunda vez nesta Copa. 

    A pressão da Argentina, que continuou após o pênalti perdido, não arrefeceu na volta do intervalo, com a diferença que, enfim, a rede balançou. Antes do cronômetro completar o primeiro giro, Molina recebeu pela direita do atacante Ángel Di Maria e cruzou rasteiro para Mac Allister, revelação de 23 anos, colocar a equipe sul-americana à frente.

    A fome argentina não estava saciada. Com Messi se multiplicando à frente, os hermanos continuaram alugando o campo de ataque, rondando a área dos europeus, que pouco faziam para se desvencilharem da pressão. Questão de tempo, o segundo gol saiu dos pés de mais duas jovens promessas. Aos 22 minutos, Enzo Fernández, 21 anos, encontrou Álvarez na área. O atacante, de 22 anos, bateu no ângulo de Szczesny – que, três minutos depois, evitou o terceiro ao salvar uma conclusão de Messi, após cruzamento de Enzo Fernández, pela esquerda.

    Acuada, a Polônia parecia mais preocupada em evitar outro gol, que poderia custar a vaga às oitavas, mas seguiu dando espaços à Argentina. Aos 40 minutos, o atacante Lautaro Martínez foi lançado pelo volante Rodrigo De Paul, entrou na área pela direita e bateu cruzado, próximo à trave direita, na última boa chance da partida.

    Após o apito final, enquanto a torcida argentina comemorava, a polonesa, tensa, voltou as atenções ao jogo entre México e Arábia Saudita, que estava já nos acréscimos. Os mexicanos venciam por 2 a 0 e estavam a um gol da classificação, mas quem balançou as redes foram os sauditas, com o atacante Salem Al-Dawsari. Apesar da derrota, os europeus celebraram a vaga nas oitavas.

  • Ganhou mas não classificou, Tunísia bate França B

    Ganhou mas não classificou, Tunísia bate França B

    Triunfo da Austrália sobre Dinamarca deixa africanos fora das oitavas

    A Tunísia deu adeus à Copa do Mundo do Catar, mas fez história nesta quarta-feira (30). As Águias do Cartago fizeram a parte que lhes cabia e superaram a França, atual campeã, por 1 a 0, no Estádio Cidade da Educação, em Doha. A equipe africana, porém, dependia de um resultado favorável no duelo entre Austrália e Dinamarca, no Estádio Al Janoub, em Al Wakrah. O triunfo dos Socceroos, também por 1 a 0, acabou eliminando os tunisianos.

    Apesar da derrota, os Bleus – que entraram em campo já classificados – finalizaram o Grupo D na ponta, com os mesmos seis pontos da vice-líder Austrália, ficando à frente pelo saldo de gols. Os tunisianos, com quatro pontos, despedem-se da Copa do Catar na terceira colocação da chave, com quatro pontos.

    O primeiro triunfo da Tunísia sobre um europeu na história do Mundial foi especial, também, pelo rival ser um antigo colonizador. O país africano foi um protetorado francês entre 1881 e 1956, quando, enfim, conseguiu independência. O período deixou marcas na população. Tanto que, antes de a bola rolar, alguns torcedores vaiaram a “A Marselhesa”, como é chamado o hino da França. Ato parecido, mas em maior profusão, ocorreu em 2008, quando as seleções jogaram em Paris, capital francesa. Na ocasião, o meia Hatem Ben Arfa, de ascendência tunisiana, mas que defendia os Bleus, foi o maior alvo das arquibancadas.

    Viva na briga pelo terceiro título mundial (e o segundo consecutivo), apesar do fim de uma sequência de nove partidas de invencibilidade em Copas, a França terá pela frente, nas oitavas de final, o vice-líder do Grupo D, que reúne Argentina, Polônia, Arábia Saudita e México. O jogo será no domingo (4), às 12h, no Estádio Al Thumama, em Doha.

    Como adiantado pelo técnico Didier Deschamps na última terça-feira (29), a França entrou em campo bastante modificada, com apenas dois titulares (o zagueiro Raphael Varane e o meia Aurelien Tchouaméni) dos duelos anteriores. Na Tunísia, Jalel Khadri também mexeu bastante: seis alterações em relação à derrota para a Austrália, por 1 a 0, na rodada passada, com as saídas do zagueiro Dylan Bronn, dos laterais Mohamed Dräger e Ali Abdi, dos meias Naïm Sliti e Youssef Mskani e do atacante Issam Jebali, para entradas, respectivamente, de Nader Ghandri, Wajdi Kechirda, Ali Maaloul, Ali Ben Romdhane, Anis Slimane e Wahbi Khazri.

    A necessidade de vitória fez a Tunísia iniciar o jogo mais agressiva, tentando sair em velocidade pelos lados, mas com dificuldades para entrar na área e finalizar, dada à marcação dos zagueiros Ibrahima Konaté e Varane. Aos sete minutos, Ghandri até balançou as redes ao desviar, quase na pequena área, uma cobrança de falta de Khazri pela esquerda, mas o lance foi invalidado por impedimento. 

    A bola parada e, principalmente, cruzamentos, foram as únicas armas das Águias do Cartago no primeiro tempo, sem sucesso. Os africanos fizeram 19 levantamentos na área durante os 45 minutos iniciais e levaram a melhor somente uma vez. Os franceses, sem pressa, administraram a posse (46% a 33%, com 21% em disputa), buscando espaços na marcação da Tunísia, mas também sem sustos à meta do goleiro Aymen Dahmen.

    Os tunisianos seguiram no ataque na volta do intervalo, com a postura ainda mais ofensiva. Aos seis minutos, Aissa Laïdouni tomou do também volante Youssouf Fofana na área e soltou a bomba, na frente do goleiro Steve Mananda, por cima do gol. A maior vontade do time africano foi recompensada aos 12. O meia Ellyes Shkiri roubou de Fofana no meio-campo e rolou para Laïdouni, que lançou Khazri. O atacante, um dos dez jogadores da seleção africana com nacionalidade francesa, carregou em direção à área, encarou a marcação e bateu na saída de Mananda, no cantinho, abrindo o placar.

    Com o desgaste da Tunísia e as alterações de Deschamps, que promoveu as entradas do volante Adrien Rabiot e dos atacante Kylian Mbappé, Antoine Griezmann e Ousmane Dembelé, todos titulares habituais, a França passou a controlar as ações ofensivas e chegar com perigo. Dahmen, em três ocasiões, salvou as Águias do Cártago, em finalizações de Dembelé (33 e 36 minutos) e Mbappé (43 minutos).

    Nos acréscimos, a resistência africana pareceu ter chegado ao fim. Aos 52 minutos, Tchouaméni cruzou pela esquerda, o zagueiro Montassar Talbi afastou e Grizemann, de primeira, mandou para as redes. A celebração do atacante, porém, foi frustrada pelo árbitro de vídeo (VAR), que viu impedimento na jogada. Apesar da eliminação já consolidada pela vitória da Austrália sobre a Dinamarca, a anulação do gol francês explodiu a torcida tunisiana, que pôde, ao menos, comemorar uma vitória histórica no adeus à Copa do Catar.

  • Zebra Australiana bate Dinamarca e vai as oitavas após 16 anos

    Zebra Australiana bate Dinamarca e vai as oitavas após 16 anos

    País ficou em 2º lugar no Grupo D e pega líder da chave C no sábado

    Pela segunda vez na história das Copas do Mundo, a Austrália está classificada às oitavas de final. Nesta quarta-feira (30), os Socceroos derrotaram a Dinamarca por 1 a 0 no Estádio Al Janoub, em Al Wakrah, pela rodada final do Grupo D do Mundial do Catar.

    Os australianos finalizaram a chave na segunda posição, com os mesmos seis pontos da França, atual campeã, que ficou à frente pelo saldo de gols. Em duelo simultâneo, no Estádio Cidade da Educação, em Doha, os franceses perderam da Tunísia por 1 a 0. O resultado teria eliminado a equipe da Oceania (que representa a federação asiática), caso o jogo em Al Wakrah terminasse empatado ou com vitória dinamarquesa.

    Desde 2006, na Alemanha, quando ficou na segunda colocação do grupo do Brasil, a Austrália não passava de fase em uma Copa. Na ocasião, a seleção caiu para a futura campeã Itália nas oitavas. A seleção escandinava ficou fora do mata-mata pela segunda vez em seis participações em Mundiais. A última queda precoce tinha sido em 2010, na África do Sul.

    Nas oitavas de final, a Austrália terá pela frente o líder do Grupo C, onde estão Argentina, Polônia, Arábia Saudita e México. A partida será neste sábado (3), às 16h (horário de Brasília), no Estádio Ahmad bin Ali, em Al Rayyan.

    Na Dinamarca, o técnico Kasper Hjulmand abriu mão da formação com três zagueiros, com a saída de Victor Nelsson e o reforço ao meio-campo com a entrada do volante Mathias Jensen. Na ligação com o ataque, Andreas Skov Olsen pegou a vaga de Mikkel Damsgaard. O treinador australiano, Graham Arnold, por sua vez, mexeu somente na lateral direita, trocando Fran Karacic por Milos Degenek.

    As mudanças na seleção escandinava a deixaram com maior mobilidade para articular jogadas. Aos 11 minutos, o atacante Martin Braithwaite fez o pivô na entrada da área, quebrando a linha de marcação e rolando, à direita, para Jensen bater cruzado e o goleiro Mathew Ryan espalmar. Dois minutos depois, Skov Olsen recebeu de Braithwaite na entrada da área, levou à perna direita e chutou por cima do gol.

    A Dinamarca sustentou a pressão nos dois primeiros terços da etapa inicial, mas pecando na finalização, como em tentativas de Skov Olsen e do também meia Cristian Eriksen, ambas da entrada da área, aos 24 e 28 minutos, respectivamente. Apesar do desgaste reduzir o ímpeto dos europeus, a Austrália não aproveitou e quase se aventurou à frente. Quando o fez, em contra-ataque aos 41 minutos, foi pouco efetiva. O meia Riley McGree ajeitou na intermediária para Mitch Duke, pela esquerda. O atacante carregou a bola em direção à área, sem marcação, mas chutou fraquinho, nas mãos do goleiro Kasper Schmeichel.

    A pressão da Tunísia sobre a França no outro jogo desta quarta pareceu ter acendido o alerta nos Socceroos, que retornaram melhor do intervalo. A entrada do volante Keanu Baccus no lugar do atacante Craig Goodwin recuperou o meio-campo e deu mais fluidez aos contra-ataques, como o que resultou no gol da vitória. Aos 15 minutos, o meia Mathew Leckie disparou pelo meio, lançado por McGree, escapou da marcação do lateral Joakim Maehle e chutou cruzado, colocando a Austrália à frente.

    As saídas de Jensen, Skov Olsen e Braithwaite, de boas atuações na primeira etapa, para darem lugar a Damsgraad e aos atacantes Andreas Cornelius (1,92 metro) e Kasper Dolber (1,87 metro) deixaram, novamente, a equipe da Escandinávia estática. As apostas no jogo aéreo e nos lançamentos longos acabaram, na verdade, “consagrando” os zagueiros Harry Souttar e Kye Rowles. Nos acréscimos, o time europeu foi para o abafa e até mesmo Schmeichel foi para a área nas cobranças de escanteio, mas a rede não balançou mais no Al Janoub.

  • Pulisic decide e Estados Unidos eliminam Irã na Copa do Catar

    Pulisic decide e Estados Unidos eliminam Irã na Copa do Catar

    Agora os norte-americanos pegam a Holanda nas oitavas de final

    Graças a um gol de Pulisic, os Estados Unidos derrotaram o Irã por 1 a 0, na tarde desta terça-feira (29) no Estádio Al Thumama, e se garantiram nas oitavas de final da Copa do Catar. Os norte-americanos avançaram após alcançarem a segunda melhor campanha do Grupo B da competição.

    Já os iranianos não conseguiram alcançar um fato inédito, ultrapassar a fase de grupos pela primeira vez em sua quinta participação em um Mundial de seleções.

    Na partida que era considerada uma das principais da primeira fase da competição por envolver dois países que vivem sob tensão há mais de 40 anos, desde a Revolução Islâmica, com o rompimento das relações diplomáticas, o que prevaleceu foi o bom futebol.

    Precisando de uma vitória para avançar para as oitavas, os norte-americanos começaram a partida com uma postura mais propositiva, mantendo mais a posse de bola, trocando passes na intermediária do campo do Irã e buscando espaços para finalizar. Já o Team Melli se fechava atrás, abusando de uma forte marcação que às vezes descambava para lances violentos.

    Em um confronto muito intenso no meio de campo, a primeira finalização a gol surgiu apenas aos 10 minutos, quando Musah levantou a bola na área, onde o camisa 10 Pulisic cabeceou para defesa sem dificuldade do goleiro Beiranvand.

    Seis minutos depois os norte-americanos voltaram a chegar com perigo. Dest avançou na ponta direita e cruzou rasteiro, forte, para Beiranvand afastar com um soco e impedir a finalização de Pulisic. Já o Irã se limitava a esperar na defesa por uma boa oportunidade de avançar rápido em contra-ataque.

    Aos 27 Pulisic tocou para Sargent, que bateu forte para corte da zaga iraniana. A bola ganhou altura e Weah chegou finalizando de cabeça, mas Beiranvand defendeu bem. Cinco minutos depois foi Weah que levou perigo, ao bater forte, de dentro da área, mas a bola foi por cima da meta do Irã.

    E, de tanto tentar, os norte-americanos conseguiram abrir o marcador aos 37 minutos. McKennie lançou Dest na ponta direita e o lateral escorou, de cabeça, para o meio da área, onde Pulisic chegou escorando de primeira. Este foi o primeiro gol do jogador do Chelsea (Inglaterra) em um Mundial de seleções. O detalhe é que o camisa 10 dos Estados Unidos acabou se chocando com muita força com o goleiro Beiranvand no lance e acabou não comemorando o seu tento.

    Com a desvantagem no marcador os iranianos passaram a se posicionar de forma mais adiantada no gramado. Com isso, os Estados Unidos conseguiram encontrar mais espaços para contra-atacar, como aos seis minutos de acréscimos, quando Weah recebeu lançamento longo e bateu na saída do goleiro para colocar no fundo do gol. Mas o lance foi anulado pelo juiz espanhol Antonio Mateu por posição irregular do atacante.

    Mas o fato é que a etapa inicial foi de predomínio da equipe norte-americana, que teve 58% de posse de bola e finalizou oito vezes, enquanto o Team Melli não bateu a gol.

    No retorno do intervalo, os Estados Unidos tiveram que abrir mão de seu líder técnico, Pulisic, que não conseguiu se recuperar do choque que sofreu ao marcar o gol. O segundo tempo iniciou com o Irã arriscando mais, e chegando pela primeira vez ao gol aos 7 minutos, quando Razaeian cruzou na área para Ghoddos cabecear para fora.

    Aos 19 o Team Melli chegou novamente com perigo, quando Gholizadeh aproveitou sobra de bola e cruzou rasteiro. Taremi não conseguiu finalizar e Ghoddos bateu com violência, mas para fora.

    O tempo foi passando e o desespero do Irã foi aumentando. O Team Melli fez uso então de uma velha estratégia para tentar reverter o marcador, levantar bolas na área da equipe adversária. Mas a ideia se mostrou pouco efetiva diante da segura defesa norte-americana. E a melhor oportunidade surgiu já nos acréscimos. Aos 47, quando Razaeian cobrou falta e Pouraliganji cabeceou com muito perigo.

    Agora, os norte-americanos (que passaram na segunda posição do Grupo B) pegam a Holanda, primeira colocada do Grupo A, a partir das 12h (horário de Brasília) do próximo sábado (3) no Estádio Internacional Khalifa.