Tag: Atletismo

  • Le Brésil sixième à Paris (O Brasil sextou em Paris)

    Le Brésil sixième à Paris (O Brasil sextou em Paris)

    Sexta tem resultados maravilhosos em vários esportes e medalhas no atletismo, canoagem e vôlei de praia para o Brasil

    Campeãs de tudo, Duda e Ana Patrícia conquistam o ouro no vôlei de praia em Paris 2024

    A dupla Duda e Ana Patrícia se sagrou campeã olímpica do vôlei de praia em Paris 2024. Nesta sexta-feira (09), aos pés da icônica Torre Eiffel, as brasileiras venceram as canadenses Melissa e Brandie no tie-break, por 2 sets a 1 (parciais de 26/24, 12/21, 15/10) para cravarem seus nomes no Olimpo e conquistarem o ouro na edição dos Jogos Olímpicos Paris 2024.

    Eduarda Santos Lisboa e Ana Patrícia Ramos se tornaram a segunda dupla feminina brasileira a subir ao lugar mais alto do pódio na história dos Jogos Olímpicos. Agora, elas se juntam a Jackie Silva e Sandra Pires, campeãs em Atlanta 1996. Campeãs de tudo (Jogos Olímpicos da Juventude, Mundial, Jogos Pan-americanos), Duda e Ana, 28 anos depois da primeira conquista brasileira, somam o ouro olímpico a sua vitoriosa carreira.

    “É o último jogo da Olimpíada então tentei, busquei, começaram em mim, eu não consegui virar, Patrícia começou a vibrar, depois o jogo passou pra ela, teve dificuldade e eu falei “a gente tem que fazer alguma coisa diferente, vamos gritar, vamos vibrar, vamos tirar porque é nosso único momento aqui, os últimos pontos que a gente vai viver”. Espero viver novamente, mas é único, é um momento único então tem que vibrar, tem que comemorar, tem que viver, tem que sentir e deu certo”, disse Duda.

    Isaquias Queiroz é prata na canoagem velocidade e chega a cinco medalhas olímpicas

    Depois da disputa do C2 500m, Isaquias Queiroz prometeu levantar a cabeça e representar bem, em sua última prova nessa edição dos Jogos Olímpicos, todo o time de Lagoa Santa. E ele conseguiu. Com a cabeça em pé, o peito inflado e muita força nos braços, o maior atleta da história da canoagem velocidade do Brasil conquistou a sua quinta medalha olímpica, a prata no C1 1000m em Paris 2024. O brasileiro cruzou a linha de chegada com o tempo de 3:44:33, sendo superado apenas pelo tcheco Martin Fuksa, ouro, com 3:43:16. Serghei Tarnovschi, da Moldávia, fechou o pódio (3:44:68).

    Isaquias se coloca assim ao lado de Robert Scheidt e Torben Grael na segunda colocação na lista de atletas brasileiros com mais medalhas olímpicas, com cinco. Eles estão atrás apenas de Rebeca Andrade que, com as quatro conquistadas nessa edição de Jogos Olímpicos, chegou a seis láureas. Além da prata em Paris, Isaquias tem ouro no C1 1000m em Tóquio 2020, prata no C1 1000m e no C2 500m na Rio 2016 e bronze no C1 200m também nos Jogos do Brasil. O sonho de ultrapassar os dois ídolos da Vela na lista ainda está de pé.

    “No finalzinho da prova eu lembrei que meu filho pediu a medalha de ouro. A de ouro não deu, mas fico feliz de poder subir ao pódio e agora vou entregar essa medalha para ele. Esse é o meu presente para todo mundo do Brasil. Muito obrigado por acreditar em mim. Sou muito grato a todos pelo reconhecimento. Hoje o Brasil inteiro sabe o que é a canoagem de velocidade. Temos que mostrar o resultado para quem investe na gente. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) tem nos ajudado ao longo dos anos. Então tive que sair com a medalha para ajudar o Time Brasil”, declarou Isaquias.

    Alison dos Santos se supera e conquista bronze nos 400m com barreiras em Paris 2024

    Mais uma medalha para a coleção! O brasileiro Alison dos Santos, o “Piu”, conquistou a medalha de bronze na final dos 400m com barreiras nesta sexta-feira, 9, nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Com tempo de 47s26, ele ficou em terceiro para repetir o desempenho em Tóquio 2020, garantindo sua segunda medalha olímpica de bronze na carreira.

    Campeão olímpico, o americano Rai Benjamin foi o único a correr abaixo dos 47s no Stade de France, fechando em 46s46. O noruegês Kasper Warholm ficou com a prata, com 47s06, apenas 0s2 à frente de Alison. Na prática, foi um pódio muito similar ao de Tóquio, com Piu em terceiro e as duas primeiras posições invertidas.

    “Foi mágico poder entrar num estádio lotado e ter aquela energia de todo mundo gritando. Todo mundo estava competindo, obviamente, tinha um francês na nossa prova, mas eles estavam vibrando, eles queriam ver algo bonito e acho que a gente conseguiu entregar isso. A gente poder ter uma rivalidade muito amigável que a gente tem entre todos os atletas que estão correndo agora, porque a gente sabe que a gente não pode dar bobeira, tem que correr muito rápido. Estar conseguindo a medalha, tem que correr muito rápido pra estar no pódio e conseguir chegar aqui mais uma vez é maravilhoso, é mágico pra gente. Estou muito orgulhoso disso e agora só quero aproveitar e dividir essa conquista com todo mundo”, disse Alison.

    Alison havia se classificado à final com um “susto”. Terceiro em sua bateria eliminatória na semifinal, o campeão mundial em Eugene 2022 precisou esperar os resultados dos rivais para confirmar que se classificaria à decisão em Paris pelo tempo. Com 47s05, ele se classificou com a quarta melhor marca geral.

  • Piu da um susto, mas se classifica para a final

    Piu da um susto, mas se classifica para a final

    Medalhista olímpico de Tóquio 2020, Piu precisou esperar para ter certeza da classificação pelo tempo. Almir Júnior consegue vaga na final do salto triplo

    Foi com emoção, mas Alison dos Santos está na final dos 400m com barreiras dos Jogos Olímpicos Paris 2024. O medalhista olímpico em Tóquio 2020 ficou em terceiro na sua eliminatória e teve que esperar até a terceira e última semifinal para ter certeza da classificação à final. Mesmo com susto, Piu acabou avançando com o quarto melhor tempo geral das semis: 47s95. A decisão será na sexta-feira, 9, às 16h45 (horário de Brasília).

    “A gente não sabe explicar. Eu estava preparado, tô pronto, sei que eu tô aqui pra brigar pela medalha, tô numa boa condição física. Agora é só manter a cabeça no lugar, se concentrar, relaxar, saber que estamos na final e são oito brigando por três medalhas”, disse Piu, acrescentando:

    “Sabia que eu poderia ter corrido melhor, mas é essa a vida do atletismo, você tem que estar preparado pra todas as situações. Acho que eu vou com mais raiva, vou com um pouco mais de gosto ruim na garganta, gosto ruim no peito e sabendo que chegar lá não foi tranquilo, não foi o caminho perfeito. Mas nada muda, (na final) são oito atletas, três medalhas e um campeão.”

    O brasileiro precisou esperar em um sofá ao lado da pista e do catari Abderrahman Samba até a divulgação do resultado oficial. Alison acabou ficando atrás somente dos tradicionais adversários Kasper Warholm (NOR), Rai Benjamin (EUA) e do francês Clement Ducos, este a surpresa da classificação. Mesmo com o bom tempo, Piu não tinha certeza de que conseguiria avançar para a disputa de medalhas.

    “Quando você passa assim na prova, você tem que esperar pelos outros atletas correrem. Não quero ter essa sensação novamente, não quero passar pelo momento de ter que esperar pelo resultado das pessoas pra ver se vou para a final ou não. Agora estamos na final. Conseguimos, não importa como. Vou dar tudo. Quero cruzar a linha me sentindo bem, sabendo que fiz tudo”, analisou.

    Outros resultados no atletismo

    O brasileiro Almir Jr. garantiu vaga na final do salto triplo masculino com uma marca de 17,06m, a quinta melhor da fase eliminatória. A decisão está marcada para sexta-feira, 9, às 15h13 (horário de Brasília). Almir é o primeiro brasileiro a alcançar a final do salto triplo desde Jadel Gregório, em Pequim 2008.

    “O primeiro objetivo era passar para a final. Queria ter feito a marca de qualificação direta, faltaram 4 centímetros, mas estamos na final do mesmo jeito. Quando saltei, sabia que estaria dentro. É muito difícil sair (da competição) saltando acima de 17 metros. Esse era o primeiro objetivo, a ideia inicial, porque a Olimpíada é o maior palco do planeta”, comentou Almir. Ele acrescentou: “O que eu quero fazer na final é o quanto precisar para ir para o pódio. Acho que a final é isso. A final olímpica nunca foi sobre resultado, é medalha. Meu objetivo inicial é a medalha”.

    Nos 400m com barreiras, Matheus Lima participou da terceira bateria da semifinal, terminando na quarta colocação com o tempo de 49s08, não conseguindo avançar à final.

    Na semifinal dos 110m com barreiras, Rafael Pereira foi o nono colocado na segunda bateria, com tempo de 13s87. Eduardo de Deus, na mesma categoria, foi sexto em sua bateria, com o tempo de 13s44.

    Renan Gallina, estreante em Jogos Olímpicos, foi eliminado na semifinal dos 200m rasos, terminando em sexto lugar com o tempo de 20s60. Ele permanece em Paris para a disputa do revezamento 4x100m.

  • Beth Gomes é recordista mundial no arremesso de disco paralímpico

    Beth Gomes é recordista mundial no arremesso de disco paralímpico

    Atleta da classe F53 alcançou a marca no Troféu Brasil de atletismo

    Afirmou a atleta, que teve diagnosticada uma esclerose múltipla no início da década de 1990.

  • Inscrições para a 15ª Corrida do Trabalhador de Taboão da Serra vão até o dia 28

    Inscrições para a 15ª Corrida do Trabalhador de Taboão da Serra vão até o dia 28

    A maior competição de rua da região está com inscrições abertas até a última semana de abril

    Já estão abertas as inscrições para a 15ª edição da Corrida do Trabalhador, que acontece no próximo dia 1º de maio, na região do Jd. São Judas, em Taboão da Serra, com apoio do Governo Municipal e organização da Alma Run. Em 2019, a última edição antes da pandemia, reuniu mais de mil atletas.

    A arena será montada novamente na Rua Vicente Leporace, proporcionando maior comodidade aos atletas e facilidade para quem utiliza o transporte público para chegar no dia da prova. Em Taboão da Serra, o transporte público é gratuito aos domingos e feriados.

    Para participar, o atleta precisa pagar a inscrição de R$ 50,00 + 1 kg de alimento não perecível, que dará direito a camiseta especial, chip descartável, número de peito, água, frutas e medalhas para todos que concluírem o percurso. A inscrição pode ser feita pelo site https://www.almarun.com.br, até o dia 28 de abril.

    “Tenho muito orgulho de ver a evolução da Corrida do Trabalhador, de uma prova de bairro para uma prova oficial que recebe atletas de todo o Brasil, mas a minha maior emoção é ver pessoas de todas as idades participando do esporte mais democrático em busca de qualidade de vida”, comenta Cido, idealizador e corredor.

    “Todas as iniciativas que promovem a saúde, o bem-estar e o esporte têm o meu apoio. Desde o início de minha gestão, abri mais de 5 mil vagas em diversas modalidades esportivas, inclusive atletismo. Este ano, vamos garantir que a Corrida do Trabalhador tenha toda a estrutura necessária”, destaca o Prefeito Aprígio.

    Este ano, os cinco primeiros, masculino e feminino, tanto na categoria geral como moradores de Taboão da Serra, dividirão mais de R$ 5 mil em dinheiro, além do troféu. Os três primeiros, nas categorias por faixa etária, também receberão um troféu.

    Serviço:

    15ª Corrida do Trabalhador

    • Data: 1º de maio
    • Concentração: 7h. Largada 8h30
    • Local: Rua Vicente Leporace – Jd. São Judas
    • Inscrições online: https://www.almarun.com.br

  • Petrúcio é tricampeão e Jerusa leva 2º ouro em último dia do Mundial

    Petrúcio é tricampeão e Jerusa leva 2º ouro em último dia do Mundial

    Brasil termina como vice-líder no quadro de medalhas, atrás da China

    O Brasil fechou esta segunda-feira (17), último dia de Mundial de Atletismo Paralímpico, em Paris (França), com mais sete pódios, entre eles o tricampeonato de Petrúcio Ferreira nos 100 metros T47 (amputados de braço) e o segundo ouro de Jerusa Geber, desta vez nos 200m T11 (cegas) – ambos cravaram novos recordes internacionais.

    No total, a delegação nacional conquistou 47 medalhas, duas a mais que a líder China, consolidando a melhor campanha da história, desde a edição de Dubai (2019), quando o somou 39 medalhas. O país asiático terminou em primeiro lugar por ter conquistado mais dois ouros e três pratas que o Brasil.

    Aos 26 anos, o bicampeão paralímpico Petrúcio Ferreira faturou hoje sua quinta medalha em mundiais. O paraibano de 26 anos cruzou a linha de chegada dos 100m T47 em 10s37, cravando o novo recorde da competição

    “Cada conquista para mim é como se fosse a primeira. Eu sempre lembro de onde eu vim. Essa conquista vale muito para mim. Quem é atleta sabe qual é a nossa dedicação do dia a dia, os momentos difíceis que a gente passa. É tudo por um sonho. Agradeço à minha família, ao meu treinador Pedrinho, à torcida e à minha esposa, que passou vários momentos complicados ao meu lado. Não larguei tão bem, errei na mina terceira passada. Poderia ter acertado mais, mas saio feliz com meu terceiro mundial”

    omemorou Petrúcio em depoimento à Confederação Paralímpica Brasileira

    E teve dobradinha brasileira na prova dos 100m T47, com a prata do paranaense José Alexandre Martins (10s73), estreante do país na competição, que já conquistara bronze nos 400m nesta edição do Mundial. O bronze ficou com o britânico Kevin Santos (10s85).

    Quem também festejou muito foi a acreana Jerusa Geber, que venceu nos 200m T11 (cegas) com o tempo de 24s63, o novo recorde da competição. Foi o segundo ouro da velocista: o primeiro foi nos 100m classe T11 (atletas cegas)., na última quinta (13).

    “A nossa prova preferida é a dos 100m. Não esperávamos fazer isso tudo nos 200m e conseguir o ouro. Quando a China está na prova, é sempre com muita emoção. Mas sair da competição com dois ouros, com dois recordes da competição, e como a atleta com mais medalhas em Mundiais é maravilhoso. Só tenho a agradecer”, disse Jerusa

    E pela oitava vez nesta edição teve pódio duplo brasileiro. Assim como nos 100m T11, a potiguar Thalita Símplicio (24s88) chegou em terceiro lugar e garantiu o bronze. A prata ficou com a chinesa Cuiqing Liu (24s79).

    Vice-campeão paralímpico, o paranaense Vinícius Rodrigues amealhou a prata nos 100m classe T63 (para amputados de membros inferiores com prótese) nos últimos metros da prova, quando ultrapassou o alemão Leon Schaefer, finalizando a corrida dois centésimos antes, em 12s16. Schaefer (12s18) ficou com o bronze e o vencedor da prova foi o holandês Joel de Jong (12s09).

    “Em Dubai, fui bronze. Agora, consegui a prata. Estava contando com esse ouro, mas infelizmente não veio. A minha corrida foi muito boa, foi o meu melhor tempo na temporada. Agora é analisar com meu treinador o que errei e onde posso melhorar”, afirmou Vinícius, que foi submetido a uma amputação da perna esquerda acima do joelho devido a um acidente de moto.

    Emocionante também foi a conquista do bronze pela maranhense Rayane Soares, atual campeã mundial, nos 400m T13 (deficiência visual). Embora não tenha largado bem, a velocista de 26 anos se recuperou a tempo de garantir o terceiro lugar com o tempo de 57s90, apenas quatro centésimos amenos que a francesa Nantenin Keita, quarta colocada. A medalha de ouro foi para Lamiya Valiyeva (55s34), do Azerbaijão, e a prata para a portuguesa Carolina Duarte (55s68).

    Outro brasileiro a brilhar no último dia de disputas foi o catarinense Edenilson Floriani, estreante na competição. Ele faturou o bronze no arremesso de peso F42 (deficiência dos membros inferiores), ao atingir a marca de 14,06m. O ouro ficou com britânico Aled Davies, que fez 16,16m, e a prata foi para o iraniano Sajad Mohammadian, com 14,38m.

  • Mundial: Fernanda Yara é ouro e Brasil sobe ao pódio outras 6 vezes

    Mundial: Fernanda Yara é ouro e Brasil sobe ao pódio outras 6 vezes

    País chegou a 31 medalhas, mesmo total da China, líder no quadro geral

    A delegação brasileira garantiu mais sete pódios (um ouro, duas pratas e quatro bronzes) nesta sexta-feira (14) no Mundial de Atletismo Paralímpico, em Paris (França), e empatou com a líder China, ao totalizar 31 medalhas.

    O Brasil segue em segundo lugar, pois soma menos ouros e pratas que o país asiático. O Mundial, primeira competição da modalidade após os Jogos de Tóquio, em 2021, termina na próxima segunda (17). O país conta com 54 atletas e 11 guias em Paris.

    A velocista paraense Fernanda Yara, de 46 anos, faturou o único ouro do dia – e a primeira medalha dela em mundiais – na prova dos 400m da classe T47 (atletas  amputadas de braço).  A paraense completou a distância em 57s30, seu melhor índice na temporada.

    O pódio teve dobradinha brasileira: a potiguar Maria Clara Augusto, de 19 anos – caçula da equipe feminina e estreante em Mundiais –  chegou em terceiro, com o tempo de 58s49 e ficou com o bronze.  A chinesa Lu Li (58s13) assegurou a prata.

    “Estou no Movimento Paralímpico desde 2008, mas tive muitas dificuldades no começo. Antes de me tornar velocista, era corredora de rua. Mudei de cidade.

    Mas, depois que comecei a treinar no Centro de Treinamento Paralímpico, tive acesso àquela estrutura que me faz melhorar a cada dia mais”, afirmou Fernanda Yara, velocista com má-formação congênita no braço esquerdo, abaixo do cotovelo, em depoimento à Confederação Paralímpica Brasileira (CPB).

    Quem também debutou em grande estilo em Mundiais nesta sexta (14) foi a piauiense  Antônia Keyla, de 28 anos, que faturou a prata na prova dos 1.500m da classe T20 (deficiência intelectual) e cravou o novo recorde das Américas com o tempo de 4min30s75.

    O índice anterior (4min28s66) era da norte-americana Kaitlin Bounds, obtido em 2017.  O ouro ficou com a polonesa Barbara Bieganowska (4min28s66) e o bronze com a ucraniana Liudmyla Danylina (4min23s93).

    “Não tem explicação. Demorei a chegar aqui. Essa medalha de prata é muito importante para mim, é a realização de um sonho. Por vários momentos da minha vida, pensei em parar. Mas eu continuei e hoje fui premiada por isso”, comemorou  Keyla, nascida na cidade de Água Branca (PI).

    Também estreante na competição mundial, a amapaense Wanna Brito, de 27 anos, garantiu a prata com a marca de 6,80 m no arremesso de peso da classe F32 (paralisados cerebrais). A vencedora foi a ucraniana Anastasiia Moskalenko (7,50m) e a australianaRosemary Little (6,33) ficou em terceiro lugar.  

    “Essa medalha representa muito trabalho, suor, luta, treino. E muito choro. Não foi fácil, foi muito difícil conseguir essa medalha. Agradeço aos meus técnicos, ao CPB, e à equipe toda”, disse a atleta nascida em Macapá.

    Nas provas de pista hoje foram três bronzes. O paranaense José Alexandre Martins, de 19 anos, chegou em terceiro lugar nos 400m T47 (amputados de braço), ao cruzar a linha de chagada em 49s00. O ouro ficou com o marroquino Ayoub Sadni (46s78) e a prata com o norte-americano Tanner Wright (48s95).

    Também nos 400m, mas na classe T37 (paralisados cerebrais), quem levou o bronze foi o maranhense Bartolomeu Silva, de 22 anos, como tempo de 53,94. O ucraniano Yaroslav Okapinskyi (52s23) chegou em primeiro lugar e em segundo ficou o polonês Michal Kotkowsi (52s62).

    O último brasileiro a subir ao pódio hoje foi Ariosvaldo Fernandes, também conhecido como Parré, terceiro colocado na prova dos 100m da classe T53 (atletas que competem em cadeiras de rodas). O paraibano de 46 anos completou a distância em 14s91. O ouro ficou com o tailandês Pongsakorn Paeyo (14s51), de 26 anos, e a prata com o saudita saudita Adbulrahman Alqurashi (14s84), de 25 anos.

    “Final é final. Tive um pequeno erro no percurso da prova e isso me custou a medalha de prata. Sabia que iria ser uma prova muito complicada. Mas estou feliz pelo bronze, que tem um gostinho de ouro. É um trabalho e um esforço muito grande para estar aqui. Agora vamos nos dedicar para voltar ano que vem em Paris”, afirmou.

    Programação de brasileiros no Mundial neste sábado (15)

    4h08 / 9h08  – Lançamento de disco F11 (final)
    Alessandro Silva

    4h50 – 200m T11 (round 1)
    Jerusa Geber 

    5h20 – 200m T11 (round 1)
    Thalita Simplício 

    5h04 / 10h04 – Salto em distância T37 (final)
    Matheus Evangelista

    5h50 / 10h50 – 100m T12 (semifinais)
    Lorraine Aguiar

    6h06 / 11h06 – 100m T36 (final)
    Rodrigo Parreira

    14h15 / 19h15 – 200m T36 (final)
    Samira Brito 

    14h45 / 19h45 – 400m T20 (final)
    Samuel Conceição 
    Daniel Martins 

    15h45 / 20h45 – 100m T12 (final)
    Lorraine Aguiar – se avançar

    16h05 ou 16h15 / 21h05 ou 21h15 – 100m T35 (round 1)
    Fábio Bordignon

    Fernanda Yara, do Pará , é ouro nos 400m (T47)
    Maria Clara Augusto, caçulinha da delegação entre as mulheres (19 anos), potiguar de Natal, é bronze
  • Jerusa Geber quebra recorde mundial dos 100m entre atletas cegas no Circuito Loterias Caixa de atletismo

    Jerusa Geber quebra recorde mundial dos 100m entre atletas cegas no Circuito Loterias Caixa de atletismo

    Velocista acreana, uma das quatro cegas do mundo a correr a distância em menos de 12s, melhorou sua própria marca durante competição que reúne 324 inscritos neste sábado, 25, e domingo, 26, no CT Paralímpico, em São Paulo; atleta ainda competirá nos 200m

    A velocista acreana Jerusa Geber, 40, da classe T11 (cegas), quebrou o recorde mundial dos 100m durante a 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa de atletismo, competição que reúne 324 atletas na pista e no campo do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, neste sábado, 25, e domingo, 26.

    Medalhista em três edições de Jogos Paralímpicos (Pequim 2008, Londres 2012 e Tóquio 2020), Jerusa completou a distância em 11s83 na manhã deste sábado e melhorou sua própria marca de 11s85, feita também no CT Paralímpico, em setembro de 2019. O Circuito atende a todos os critérios estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla inglês), mas o recorde da acreana ainda necessita ser homologado pela World Para Athletics (WPA), entidade que rege o atletismo paralímpico mundial. 

    Havia quatro anos nenhuma velocista cega fazia os 100m em menos de 12s. Na história, além da acreana, apenas as chinesas Cuiqing Liu e Guohua Zhou, além da britânica Libby Clegg conseguiram tal feito. Outras duas atletas do Brasil chegaram perto: a paranaense Lorena Spoladore, que registrou o tempo de 12s02, em 2019, e a mineira Terezinha Guilhermina, que terminou a distância em 12s10, nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016.  

    “Estava perseguindo o recorde já no Grand Prix de Marrakech [Marrocos], início de março, que foi a primeira competição do ano. Mas era para conseguir aqui, na minha casa. Eu gosto muito desta pista e me sinto bem nela”, disse a atleta, representante do Time Nauru/SP e que nasceu totalmente cega. “Agradeço muito ao meu treinador e marido, Luiz Henrique Barboza, que faz aniversário neste sábado. Foi um presente para ele. Também sou grata ao meu guia Gabriel Garcia. Eles fazem parte desta conquista”, completou a velocista, bronze nos 200m T11 nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Jerusa ainda disputará os 200m, na manhã deste domingo, no Circuito. 

    Outro medalhista na última edição dos Jogos, o paraibano Petrúcio Ferreira, bicampeão paralímpico e recordista mundial nos 100m da classe T47 (atletas com deficiência nos membros superiores), também correu no Circuito e terminou a prova, transmitida pelo YouTube e Facebook do CPB, em 10s61. São 32 centésimos acima da sua melhor marca (10s29), feita também em São Paulo, em março de 2022. 

    “O ano está só começando e gostei do meu tempo. Em outras temporadas, comecei com marcas piores. Para o Mundial de [atletismo paralímpico] de Paris, devo estar mais próximo do meu melhor”, completou o paraibano, do Esporte Clube Pinheiros/SP, ao se referir à competição que acontecerá entre os dias 8 e 17 de julho deste ano, na capital francesa.

    O Circuito é idealizado e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), com o objetivo de melhorar o nível técnico das quatro modalidades nas quais a entidade também atua como confederação (atletismo, halterofilismo, natação e tiro esportivo). As disputas do evento unem atletas de elite e promessas do paradesporto nacional. Neste ano, já houve a realização da 1ª Fase de halterofilismo, também no CT Paralímpico, e de tiro esportivo, no Rio de Janeiro.

    As provas da 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa de atletismo continuam na tarde deste sábado e manhã deste domingo, em São Paulo. Entre os dias 30 de março e 1º de abril, o CPB organizará outra competição da modalidade, o Open Internacional de atletismo, novamente no CT Paralímpico.

    Patrocínios
    O atletismo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa e pela Braskem.

  • Zé Roberto e Felipe Siqueira são eleitos os melhores técnicos de 2022

    Zé Roberto e Felipe Siqueira são eleitos os melhores técnicos de 2022

    Festa de entrega do Prêmio Brasil Olímpico será no próximo dia 2 no RJ

    Os vencedores da categoria melhor técnico de 2022 do Prêmio Brasil Olímpico foram os treinadores da seleção brasileira de vôlei feminino, José Roberto Guimarães, e Felipe Siqueira, instrutor de Alison dos Santos, campeão mundial de atletismo.

    Zé Roberto será laureado como melhor técnico de esportes coletivos, e Siqueira como melhor nas modalidades individuais. A cerimônia de entrega do Prêmio Brasil Olímpico aos técnicos e aos eleitos na votação popular – Atleta da Torcida e Prêmio Inspire – será no próximo dia 2, na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

    “Esse prêmio é resultado do trabalho do grupo. Tenho que agradecer às jogadoras, à comissão técnica, à CBV e a parceria do COB. Tivemos um 2022 de muito trabalho e chegamos nas finais das duas principais competições da temporada, o Campeonato Mundial e a Liga das Nações. Foi o primeiro ano de um ciclo olímpico mais curto, com uma equipe renovada, e nos mantivemos entre as melhores seleções do mundo. Temos um grupo forte e podemos brigar de igual para igual contra qualquer seleção do mundo. 2023 já começou, temos muitos desafios, e vamos em busca dessa vaga nos Jogos de Paris”, disse Zé Roberto, de 68 anos, em depoimento ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).  

    Nascido na pequena Quintana (SP), Zé Roberto soma agora cinco premiações como melhor técnico de esportes coletivos, igualando o recorde de Bernardinho. No ano passado, o treinador paulista comandou a conquista da prata na Liga das Nações e no Mundial de vôlei femininos, apostando na renovação da equipe, que já fora prata um ano antes na Olimpíada de Tóquio. Zé Roberto faturou o Prêmio Brasil pela primeira vez em 2008, após o primeiro ouro olímpicos da história da seleção feminina nos Jogos de Pequim. Depois foi laureado novamente em 2012, 2013 e 2017.

    Felipe Siqueira, mentor de Piu

    Especialista em velocidade e barreira, Felipe Siqueira foi considerado pelo COB o melhor técnico de esportes individuais na temporada passada. Há quatro anos Siqueira treina Alison dos Santos, o Piu. Os melhores resultados do trabalho foram colhidos no ano passado, quando com a temporada invicta de Piu – ele ganhou todas as sete etapas da Liga Diamante (Diamond Leagues) dos 400 metros com barreiras, feito inédito para atletas de pista – que culminou com o ouro no Mundial de Atletismo de Eugene (Estados Unidos).  

    “É uma honra receber essa premiação pela história desse prêmio, pelos profissionais que já receberam e também por ser oferecido pela entidade máxima do nosso esporte, que é o COB. Fico muito feliz por me juntar a outros grandes treinadores do atletismo como Nélio Moura e Elson Miranda, nomes que fizeram e seguem fazendo história, representando a nossa modalidade”, recordou Siqueira. E completou: “2023 é um ano muito importante, que antecede os Jogos Olímpicos e temos algumas competições chaves como o Mundial, os Jogos Pan-americanos e as etapas da Diamond League. Esperamos chegar em Paris com a melhor preparação possível para brigar por uma boa colocação”.

    Há quatro anos o técnico Felipe Siqueira treina Alison dos Santos, o Piu, que no ano passado ganhou de forma invicta as sete etapas dos 400 metros com barreiras da Liga Diamante e o ouro no Mundial de Atletismo de Eugene (Estados Unidos) – Carol Coelho/CBAt/Direitos Reservados
  • Os 400m com barreira tem um rei: Alison dos Santos, campeão mundial.

    Os 400m com barreira tem um rei: Alison dos Santos, campeão mundial.

    Invicto na temporada, brasileiro bateu recorde nos Estados Unidos

    O brasileiro Alison dos Santos negou ao detentor do recorde Karsten Warholm um terceiro título consecutivo no Campeonato Mundial de Atletismo na noite de terça-feira (19), vencendo os 400 metros com barreira em 46,29 segundos.

    Enquanto os holofotes para a final da prova se concentrava em grande parte no confronto entre o campeão olímpico norueguês Warholm e seu rival norte-americano Rai Benjamin, o brasileiro, medalhista de bronze em Tóquio, conquistou a vitória na reta final com o recorde do campeonato.

    Alison explodiu dos blocos e esticou bem os braços enquanto deslizava pelo final com facilidade e segurava sua mão na orelha, incentivando os aplausos da multidão após uma zebra notável.

    “A energia da multidão foi incrível. Eu senti seu amor, as pessoas me abraçando”, disse ele. “Quando você ganha, você começa a ser o favorito de todos. É fantástico ganhar o título mundial nesta pista.”

    Benjamin teve uma chance de lutar até o nono obstáculo, quando reduziu drasticamente o ritmo antes de terminar mais de meio segundo mais lento que o vencedor e conquistar sua segunda prata consecutiva em um Mundial.

    Ele disse aos repórteres que tirou força da torcida, que apoiou o atleta da casa em Hayward Field para se manter no pódio.

    “Sou grato pela prata. Consegui fazer isso. Eu cortei alguns obstáculos e meu plano de corrida saiu pela janela, mas quando ouvi ‘EUA’, ‘EUA’, corri o mais rápido que pude para manter meu segundo lugar”, disse ele.

    Warholm havia batido duas vezes o recorde mundial em 2021, mas entrou em Eugene, Oregon, com um ponto de interrogação sobre sua cabeça depois de sofrer uma lesão no tendão em junho, não tendo completado uma corrida em 10 meses.

    Ele mostrou estar em forma antes de pisar nos blocos, dando seu tradicional tapa na própria cara, e parecia estar ainda na disputa pelo pódio até depois da curva final, mas sofreu nos metros finais da corrida e terminou em sétimo lugar.

    “Foi uma corrida muito dura. Tive uma lesão, mas para mim é sempre sua luta e dando tudo de si e deixando tudo na pista”, disse aos repórteres, acrescentando que tinha “enorme respeito” pelos demais atletas.

    “Espero, olhando para trás, sentir-me orgulhoso disso, embora prefira levar uma medalha. É para isso que eu trabalho e é o que me dá a satisfação.”

    O norte-americano Trevor Bassitt superou por pouco o francês Wilfried Happio para ficar com o bronze, alcançando o rival nos metros finais, antes de passar a linha de chegada no momento exato para garantir o melhor tempo pessoal de 47,39 segundos.

    “Eu posso correr mais rápido”

    Alison disse aos repórteres esta semana que havia trabalhado para afinar sua corrida após terminar em terceiro lugar em Tóquio, um esforço que claramente valeu a pena.

    Até agora, em 2022, ele acumulou quatro vitórias na Diamond League e seu tempo nesta terça-feira (19) foi o mais rápido do ano.

    “Eu não me importei com o tempo porque esta é a primeira vez que eu ganho um título mundial. Acho que posso correr mais rápido do que isso”, disse ele aos repórteres. “Eu não acho que você terá uma corrida perfeita. Sempre procurarei formas de melhorar.”

    Fonte: EBC

  • Na São Silvestre, grandes nomes estarão presentes

    Na São Silvestre, grandes nomes estarão presentes

    São Silvestre promete muita disputa nas ruas de São Paulo

    O atletismo nacional contará com dois de seus grandes campeões na 96ª Corrida Internacional de São Silvestre. A organização confirmou as presenças de dois campeões da principal corrida de rua da América Latina: Emerson Iser Bem, campeão em 1997, e Marílson dos Santos, tricampeão e último atleta nacional a subir no ponto mais alto do pódio, em 2010. Ambos vão prestigiar a Prova neste momento de retomada e largarão junto ao público no ida 31.

    Emerson Iser Bem teve resultados expressivos na carreira. Mas foi na São Silvestre que ele obteve sua mais importante conquista. Como se não bastasse vencer a tradicional disputa, ele derrotou o queniano Paul Tergat, maior vencedor da história da Prova brasileira com cinco títulos.

    O brasiliense Marílson dos Santos tem o tricampeonato da São Silvestre, com vitórias em 2003, 2005 e 2010. Em seu currículo vencedor, o corredor ainda soma dois títulos na Maratona de Nova York e cinco medalhas pan-americanas, em quatro edições.

    Retirada de kits

    Nesta segunda-feira teve início a retirada de kits da Prova, que acontecerá até dia 30 no Palácio das Convenções do Anhembi (Salão Nobre), localizado à Av. Olavo Fontoura, 1.209 (acesso pela entrada do Auditório Elis Regina), na EXPO São Silvestre.

    Resultados de 2019 – Elite

    Masculino
    • 1) Kibiwott Kandie (Quênia), 42min59s (novo recorde)
    • 2) Jacob Kiplio (Uganda), 43min00
    • 3) Titus Ekiru (Quênia), 43min54s
    • 4) Geofry Toroitich Kipchumba (Quênia), 45min10s
    • 5) Joseph Panga (Tanzânia), 45min33s
    Feminino
    • 1) Brigid Kosgei (Quênia), 48min54s
    • 2) Sheila Chelangat (Quênia), 50min10s
    • 3) Tisadk Alem Nigus (Etiópia), 50min12s
    • 4) Pauline Kaveke Kamulu (Quênia), 50min28s
    • 5) Delvine Relin Meringor (Quênia), 50min51s

    A Corrida Internacional de São Silvestre é uma propriedade da Fundação Cásper Líbero, com organização técnica da Yescom. O patrocínio é de Cosan, 3 Corações, NewOn, Assaí Atacadista, Smart Fit e Molico, copatrocínio Bioleve, Adria e Voe Ita, e apoio de Montevérgine, Movimento Plástico Transforma, Dois Cunhados Hortifruti, Bendita Cânfora, Comgas e Transamérica Executive Paulista. O apoio especial do Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura da Cidade de São Paulo.

    Mais informações no site www.saosilvestre.com.br