Categoria: Paris 2024

Cobertura do ESPORTESNET sobre os jogos de Paris 2024

  • Brasil tem quatro ouros e medalhas inéditas em dia com mais pódios em Paris

    Brasil tem quatro ouros e medalhas inéditas em dia com mais pódios em Paris

    Primeira medalha do badminton e ouros de porta-bandeiras impulsionam melhor dia do Brasil no megaevento

    O quinto dia de competição dos Jogos Paralímpicos foi o melhor do Brasil em número de medalhas: foram 11 (quatro de ouro, quatro de prata e três de bronze). Assim, o país terminou a segunda-feira, 2, no quarto lugar do quadro de medalhas, com 38 (12 ouros, oito pratas e 18 bronzes), atrás de China, Grã-Bretanha e Estados Unidos.

    Foram dois ouros na natação — com o mineiro Gabrielzinho e com a pernambucana Carol Santiago – e dois ouros no atletismo – com o mineiro Claudiney Batista e com a paulista Beth Gomes. Além disso, o paranaense Vítor Tavares conquistou a primeira medalha brasileira (bronze) no badminton em Jogos Paralímpicos.

    Atletismo

    • No quarto dia da modalidade, o Brasil viu seus atletas conquistarem cinco medalhas: duas de ouro, duas de prata e uma de bronze.  
    • Duas das medalhas vieram com a paulista Beth Gomes. Primeiro, ela foi prata no arremesso de peso, com a marca de 7,82m, novo recorde mundial da classe F53 (que competem sentados) – ela competiu também com a classe F54, que tem atletas com limitações físico-motoras menores.
    • Mais tarde, Beth voltou ao Stade de France para a prova do lançamento de disco, na classe F53 (que competem sentados), e conquistou o ouro, com a marca de 17,37m e novo recorde paralímpico.
    • Outro brasileiro que subiu ao lugar mais alto do pódio foi o mineiro Claudiney Batista. Ele foi tricampeão paralímpico no lançamento de disco, classe F56 (que competem sentados), com a marca de 46,86m – também estabelecendo o novo recorde da competição.
    • O gaúcho Aser Ramos conquistou a medalha de prata no salto em distância, na classe T36 (paralisia cerebral). Ele alcançou a marca de 5,76m. Outro brasileiro na prova, o goiano Rodrigo Parreira ficou em sexto, com 5,60m.
    • O paranaense Vinícius Rodrigues conseguiu a medalha de bronze na final dos 100m T63 (amputados de membros inferiores com prótese) ao completar a prova em 12s10.
    • Além das medalhas, a acreana Jerusa Geber estabeleceu o novo recorde mundial nos 100m, da classe T11 (deficiência visual). A marca foi atingida nas eliminatórias. A paranaense Lorena Spoladore também avançou à final da prova, com o terceiro melhor tempo.

    Natação

    • Quatro brasileiros subiram ao pódio no quinto dia da modalidade. Foram duas medalhas de ouro, uma medalha de prata e uma de bronze.
    • O mineiro Gabrielzinho venceu os 200m livre, da classe S2 (limitações físico-motoras), e conseguiu seu terceiro ouro em Paris. Ele fez o tempo de 3min58s92 para garantir mais uma conquista.
    • A pernambucana Carol Santiago se tornou a mulher brasileira com mais ouros (cinco) em Jogos Paralímpicos, ultrapassando a atleta mineira Ádria Santos, que tem quatro. Ela venceu a prova dos 50m livre, das classe S12 e S13 (deficiência visual), com o tempo de 26s75. Foi o segundo ouro da nadadora nesta edição do megaevento.
    • Na prova dos 100m peito, classe S14 (deficiência intelectual), teve dobradinha brasileira com as irmãs gêmeas Débora Carneiro e Beatriz Carneiro. As paranaenses ficaram com a prata e o bronze, com os tempos de 1min16s02 e de 1min16s46, respectivamente. O ouro ficou com a britânica Louise Fiddes (1min15s47).

    Badminton

    • O paranaense Vitor Tavares, da classe SH6, venceu Chu Man Kai, de Hong Kong, por 2 sets a 1 (23/21, 16/21 e 21/12) na disputa do terceiro lugar e garantiu o bronze, a primeira medalha da história da modalidade para o Brasil.

    Triatlo

    • O paranaense Ronan Cordeiro conquistou a medalha de prata na categoria PTS5. Ele completou a prova em 59min02. Foi o primeiro pódio brasileiro na modalidade. Chris Hammer, dos EUA, ficou com o ouro, com 58min44, e o alemão Martin Schulz ficou com o bronze (59min19).

    Tênis de mesa

    • A catarinense Bruna Alexandre venceu a sueca Anja Handen por 3 sets a 1, na classe 10 (andantes). Classificada à semifinal, a brasileira garantiu ao menos uma medalha de bronze, já que não há disputa pelo terceiro lugar na modalidade.
    • Evelyn Santos, na classe 11 (andantes com deficiência intelectual), venceu Mui Wui Ng, de Hong Kong, e avançou às quartas de final.
    • Thiago Gomes, na classe 11 (andantes com deficiência intelectual), venceu o egípcio Abdelrahman Abdalla, e assegurou um lugar nas oitavas de final.

    Futebol de cegos

    • O Brasil venceu a França por 3 a 0 no segundo jogo da fase de grupos e manteve os 100% de aproveitamento. Jardiel, Ricardinho e Nonato marcaram para a Seleção Brasileira.

    Goalball

    • A Seleção Brasileira masculina venceu o Egito por 10 a 0 e garantiu vaga na semifinal da competição. Agora, o Brasil enfrenta a Ucrânia por um lugar na decisão.

    Vôlei sentado

    • A Seleção Brasileira feminina de vôlei sentado venceu a Eslovênia por 3 sets a 0. O jogo foi válido pela fase de grupos 

    A delegação brasileira

    Esta é a maior missão brasileira em uma edição do megaevento fora do Brasil, superando os 259 convocados de Tóquio 2020, que também havia sido à época a missão com mais atletas em terras estrangeiras. O número só não supera o registrado nos Jogos do Rio 2016, quando o Brasil contou com 278 atletas com deficiência. Naquela edição, o Brasil participou de todas as 22 modalidades por ser o país-sede da competição.

    Patrocínios

    As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do goalball, tênis de mesa, badminton, natação e vôlei sentado.
    As Loterias Caixa e a Braskem são as patrocinadoras oficiais do atletismo.

    Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível 

    Os atletas Gabriel Araújo, Beth Gomes, Aser Ramos, Rodrigo Parreira, Claudiney Batista, Vinícius Rodrigues, Jerusa Geber, Beatriz Carneiro, Debora Carneiro e Bruna Alexandre são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 114 atletas.

    Time São Paulo

    Os atletas Beth Gomes, Lorena Spoladore, Claudiney Batista e Jerusa Geber são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 149 atletas.

  • Petrúcio é tricampeão paralímpico em dia de recorde mundial e ouro de estreante no taekwondo

    Petrúcio é tricampeão paralímpico em dia de recorde mundial e ouro de estreante no taekwondo

    Impulsionado também pelas conquistas no atletismo e na natação, Brasil termina o segundo dia da competição na capital francesa em terceiro lugar do quadro geral de medalhas, com cinco ouros, uma prata e seis bronzes

    Os atletas brasileiros subiram ao lugar mais alto do pódio quatro vezes nesta sexta-feira, 30, e conquistaram outras cinco medalhas de bronze. Com isso, o Brasil chegou a 12 medalhas (cinco ouros, uma prata e seis bronzes) nos Jogos Paralímpicos, e escalou posições no quadro geral de medalhas, terminando o dia em terceiro lugar, atrás apenas de China (com 25 pódios no total) e Grã-Bretanha (15).

    O segundo dia de provas em Paris marcou o início do atletismo, com os brasileiros conquistando três medalhas de ouro e uma de bronze, com direito a um recorde mundial do paulista Júlio Agripino na prova dos 5.000m da classe T11 (deficiência visual). Taekwondo, natação e tênis de mesa também garantiram pódios para o Brasil (um ouro e quatro bronzes).

    Atletismo

    • O Brasil conquistou quatro medalhas (três de ouro e uma de bronze), e estabeleceu um novo recorde mundial.
    • O paraibano Petrúcio Ferreira conquistou o tricampeonato paralímpico, ao vencer os 100m, da classe T47 (deficiência nos membros superiores), com o tempo de 10s68.
    • O paulista Júlio Agripino estabeleceu o novo recorde mundial nos 5.000m, na classe T11 (deficiências visuais), e também levou o ouro, com o tempo de  14min48s85; o sul-matogrossense Yeltsin Jacques ficou com a medalha de bronze na mesma prova.
    • O fluminense Ricardo Mendonça foi ouro nos 100m, classe T37 (paralisados cerebrais), com o tempo de 10s68.

    Taekwondo

    • O Brasil chegou em três semifinais, subindo duas vezes ao pódio, com uma medalha de ouro e uma de bronze.
    • A mineira Ana Carolina Moura, estreante em Jogos Paralímpicos, ganhou o ouro contra a francesa Djelika Diallo na categoria até 65kg, ao vencer por 13 a 7.
    • A paraibana Silvana Fernandes conquistou a medalha de bronze na categoria até 57kg, derrotando a cazaque Kamiyla Dosmalova por 28 a 3 na disputa pelo terceiro lugar.
    • O paulista Nathan Torquato, da categoria até 63kg, sofreu uma entorse no joelho esquerdo na semifinal e ficou fora da disputa pelo bronze.

    Natação

    • O Brasil conquistou duas medalhas de bronze no segundo dia de disputas da modalidade.
    • A primeira medalha foi do catarinense Talisson Glock, nos 200m medley, da classe S6 (limitações físico-motoras).
    • A outra medalha veio no revezamento 4x50m livre misto 20 pontos.

    Tênis de mesa

    • O Brasil conquistou uma medalha de bronze nesta sexta-feira e garantiu mais dois pódios, com a classificação de duas duplas para as semifinais – não há disputa de terceiro lugar nesta modalidade.
    • A dupla formada pelas paulistas Cátia Oliveira e Joyce Oliveira foi derrotada pelas sul-coreanas Su Yeon Seo e Jiyu Yoon por 3 sets a 0 nas semifinais das duplas femininas WD5 e ficaram com o bronze.
    • Os paulistas Claudio Massad e Luiz Manara venceram os franceses Thomas Bouvais e Mateo Boheas por 3 sets a 1, garantindo lugar nas semifinais das duplas masculinas MD18.
    • Nas quartas de final das duplas femininas WD20, as catarinenses Bruna Alexandre e Dani Rauen venceram a dupla ucraniana Iryna Shynkarova e Maryna Lytovchenko por 3 sets a 0, e agora fazem a semifinal neste sábado, 31.

    Tiro com arco

    • Na classe W2 (atletas com deficiências graves, em três ou quatro membros – braços e nas pernas) (arco composto masculino) o gaúcho Reinaldo Charão foi derrotado por Michael Meier, da Áustria, por 142 a 135, e não avançou às quartas de final.
    • Já a goiana Jane Karla venceu a filipina Agustina Bantiloc por 143 a 127, na classe open, e garantiu um lugar entre os oito melhores.

    Bocha

    • Na classe BC2 (sem assistência), o cearense Maciel Santos venceu o israelense Nadav Levi por 8 a 0, em partida válida pela fase de grupos.
    • Também pela fase de grupos, a paraibana Laissa Guerreira, da classe BC4 (sem assistência), venceu a alemã Anita Raguwaran por 4 a 2.
    • Por outro lado, o paulista José Carlos Chagas, na classe BC1 (assistência opcional), o mineiro Mateus Carvalho, na classe BC3 (com assistência), a paulista Evelyn Oliveira, da classe BC3, e a pernambucana Evani Calado, da classe BC3, foram derrotados em seus confrontos – todos na fase de grupos.

    Mais resultados

    • Na competição masculina de vôlei sentado, o Brasil foi derrotado pela Alemanha por 3 sets a 0; o jogo foi válido pela fase de grupos.
    • Na fase de grupos do goalball masculino, o Brasil venceu os Estados Unidos por 13 a 8.
    • Já na competição feminina, também pela fase de grupos, a Seleção Brasileira foi superada por 8 a 4 por Israel.

    A delegação brasileira

    Esta é a maior missão brasileira em uma edição do megaevento fora do Brasil, superando os 259 convocados de Tóquio 2020, que também havia sido à época a missão com mais atletas em terras estrangeiras. O número só não supera o registrado nos Jogos do Rio 2016, quando o Brasil contou com 278 atletas com deficiência. Naquela edição, o Brasil participou de todas as 22 modalidades por ser o país-sede da competição.

  • Atletas brasileiros começam a chegar à Vila Paralímpica

    Atletas brasileiros começam a chegar à Vila Paralímpica

    Jogos começam no dia 28 de agosto

    Os primeiros atletas brasileiros chegaram nesta quarta-feira (21) à Vila Paralímpica, em Paris, quando falta uma semana para o início dos Jogos Paralímpicos, que serão disputados entre os dias 28 de agosto e 8 de setembro.

    A primeira leva de esportistas do Brasil na Vila Paralímpica, no total de 75, são do remo, do tênis de mesa, do vôlei sentado, do tiro com arco, do halterofilismo e da bocha. A próxima modalidade a chegar ao espaço é o goalball, com doze atletas das seleções masculina e feminina no total. A previsão é que eles se acomodem no complexo na próxima quinta-feira (22). A entrada da delegação brasileira na Vila será feita de forma escalonada até o dia 30 de agosto, quando os esgrimistas se juntarão aos outros esportistas em Paris.

    Na Vila Paralímpica os atletas brasileiros ficarão acomodados em dois prédios: o D10, com 64 apartamentos para hospedar 226 atletas, e o D11, com 44 apartamentos que comportarão 28 atletas.

    “Cada vez que participo dos Jogos, vivo experiências diferentes. Essa é minha terceira participação e, quando entrei aqui, senti uma energia super-positiva. Acabei de chegar e já estou apaixonada. Estou sem palavras para descrever o cantinho do Brasil. Está tudo muito lindo. Será algo perfeito para nós”, declarou Mariana D’Andrea, campeã paralímpica no halterofilismo nos Jogos de Tóquio.

    Já o diretor de esportes de alto rendimento do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Jonas Freire, elogiou a estrutura preparada para os atletas paralímpicos às margens do Rio Sena: “O Comitê Organizador Local [LOC, na sigla inglês] e o Comitê Paralímpico Internacional [IPC] mostraram uma atenção especial à questão da acessibilidade desde o começo da estruturação do espaço. A Vila Paralímpica é totalmente acessível e dá total autonomia para as pessoas com deficiência”.

  • Brasileiro mais jovem dos Jogos Paralímpicos tem 16 anos e começou na natação aos três meses

    Brasileiro mais jovem dos Jogos Paralímpicos tem 16 anos e começou na natação aos três meses

    Vitinho entrou no esporte por incentivo dos pais, que tinham o sonho de vê-lo nas piscinas. O atleta nasceu com má formação em uma das pernas e hoje precisa usar prótese

    Uma vida dedicada à natação, praticamente desde o nascimento. É assim que se pode resumir a trajetória de Victor dos Santos Almeida, conhecido como Vitinho, 16 anos, o atleta brasileiro mais jovem da delegação que representa o país nos Jogos Paralímpicos de Paris, que começam no próximo dia 28 de agosto. A participação precoce na competição repete o início de sua carreira: ainda aos três meses, o paratleta já frequentava as piscinas.

    Vitinho nasceu com má formação no fêmur direito, e, por isso, tem essa perna na altura do joelho esquerdo. Antes de completar um ano de vida, ele foi levado aos médicos para realizar exames e iniciou o uso de próteses. Com todo o processo de adaptação encaminhado, o pai dele decidiu colocar em prática um sonho: matricular o filho na natação. “Esse foi um processo natural: mesmo com a questão da deficiência, ainda bebê eu já estava nas piscinas”, diz.

    A primeira competição que Vitinho participou foi interna: aos cinco anos ele entrou em disputa com outros atletas mirins nas provas de uma academia na qual os pais o matricularam. Naquela ocasião, mesmo criança, foi naquele momento que percebeu que gostava do esporte aquático. Aos oito anos ele já começou a fazer testes para entrar em clubes e projetos de iniciação na natação. Com o tempo, foi visto como um atleta com potencial para integrar a seleção.

    Foi o que aconteceu entre os anos de 2018 e 2021, quando ele integrou a base da seleção brasileira de natação paralímpica. Agora ele está pronto para representar, pela primeira vez, o Brasil nas Paralimpíadas. Ele vai disputar as provas na classe S9. “Agora tenho a oportunidade de competir contra os melhores do mundo”, diz. Mesmo antes da participação nos Jogos de Paris, Vitinho já fez bonito na França, onde foi disputada uma das etapas do World Swimming Series, em junho deste ano. Na ocasião, o atleta conquistou um ouro e duas pratas.

    Nas semanas que antecederam os jogos, o jovem nadador focou nos treinos, de segunda a sábado, alternados entre atividades na piscina, academia, funcional e regenerativo. Em alguns dias, os treinamentos foram em dobro, ou seja, pela manhã e tarde. “É véspera de competição. Então o foco é total na preparação. Só descanso no domingo”, comenta.

    Mobilidade garantida desde criança

    Ainda que a notícia sobre a má formação no fêmur tenha sido difícil para a família, desde cedo os pais do atleta buscaram a melhor forma de garantir sua autonomia para todas as atividades, seja nos treinos para as competições ou fora da piscina. “Fui levado a vários médicos, até que um deles me indicou a protetização ainda bebê. Tenho minha primeira prótese guardada até hoje. É muito fofa”, conta Vitinho.

    Assim como o primeiro equipamento veio cedo, também vieram as primeiras sessões de acompanhamento e fisioterapia. Atualmente, ele conta com uma prótese provisória desenvolvida pela empresa alemã Ottobock. Para a sua condição, ele precisa de um pé e um joelho mecânicos adaptados para serem encaixados em sua perna com má formação. Além disso, a empresa desenvolve uma prótese definitiva à prova d’água para o atleta. O novo equipamento é desenvolvido para que o atleta tenha mais segurança no uso, especialmente em seus treinos, conforme explica Thomas Pfleghar, diretor de academy da Ottobock na América Latina. “Ainda que ele não utilize a prótese nas provas, por ser um atleta da natação o mais recomendável é a tecnologia à prova d’água para não ter preocupação nos bastidores”, afirma.

    O desenvolvimento de uma prótese demanda tempo de pesquisa, análise das condições do atleta, fabricação, ajustes e adaptação do utilizador à nova realidade. Esses equipamentos, segundo o diretor da empresa, são feitos com base em análises laboratoriais a partir de pessoas não amputadas, para que as próteses criadas cheguem mais perto do que é um membro humano.

    Cada atleta, segundo Pfleghar, tem demandas diferentes, que determinam mais ou menos funções em suas próteses. “Por isso, é importante que um joelho protético forneça segurança quando o usuário se apoia sobre a prótese ou em movimento controlado (quando ocorre flexão e extensão, por exemplo)”, afirma. Após ser entregue a prótese, o atleta recebe treinamento para que saiba usá-la corretamente, e é feito um acompanhamento regular para fazer quaisquer ajustes necessários, explica o diretor.

    Como mais uma garantia de mobilidade e bem-estar, Vitinho diz que cuida da prótese como se fosse sua filha. “Não vou deixar jogada, vou ficar bem atento a ela, porque dependo dela para me locomover, de ir e voltar dos meus treinos. A questão do contato do equipamento com a água já não é uma grande preocupação, mas não impede de eu estar sempre com o maior cuidado com ela”, explica.

  • Seleção brasileira de Goalball já esta na França, finalizando preparação para defender título paralímpico

    Seleção brasileira de Goalball já esta na França, finalizando preparação para defender título paralímpico

    Seleção brasileira é a atual campeã paralímpica do torneio e chega a Paris como favorita

    Foto: Saulo Cruz/CPB

    As Seleções Brasileiras de goalball que disputarão os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 aterrissaram no aeroporto Charles de Gaulle, França, na quinta-feira, 15, e nesta sexta-feira, 16, já realizaram os primeiros treinos no Centro Esportivo de l’Aube, em Troyes, cidade que fica a cerca de 160km da capital francesa.

    Os atletas da modalidade se juntaram aos esportistas do remo, vôlei sentado e tênis de mesa, que chegaram na terça-feira, 13, na aclimatação em solos franceses. Agora, as equipes de goalball vão finalizar a preparação para o megaevento, que começará daqui a 12 dias em uma cerimônia de abertura inédita.

    Atual campeã paralímpica e única tricampeã mundial, a Seleção masculina chegará a Paris com a missão de defender o título conquistado nos Jogos de Tóquio 2020. Jogador remanescente da campanha vitoriosa, o brasiliense Leomon Moreno afirmou que o time está ciente da responsabilidade, mas que, ao mesmo tempo, a pressão não deverá atrapalhar o desempenho dentro da quadra.

    Foto: Saulo Cruz/CPB

    “Tentamos tratar este protagonismo da melhor maneira possível, com tranquilidade, para isso não se tornar um fator de risco para gente. Estamos trabalhando em um novo ciclo. O título de Tóquio foi muito importante, mas ficou para trás. Agora, para Paris, nos preparamos para buscar o ouro da mesma forma que fizemos em Tóquio “, disse o jogador do Santos-SP, que fará 31 anos no próximo dia 21 e que perdeu a visão quando ainda era um bebê, por conta de uma retinose pigmentar. Além de Leomon, Parazinho, Romário Marques e Emerson da Silva foram campeões na capital japonesa há três anos.

    A percepção de Leomon é compartilhada pelo técnico Jônatas Castro, que assumiu o comando da Seleção masculina no meio do ciclo, após ser campeão das Américas com a feminina, em 2022. No final do mesmo ano, já na liderança do time masculino, ele foi campeão mundial em Matosinhos, Portugal.

    “Temos que assumir a responsabilidade de ser um dos favoritos, mas diminuir o peso sobre nós. Sei que recebi uma Seleção muito vencedora e pronta. o que eu precisava era ajustá-la ao meu estilo de entender goalball. É uma modalidade muito dinâmica e que muda muito rápido de um ciclo para outro”, analisou o treinador. A Seleção masculina começa a defesa do título no dia 29 de agosto, às 12h30 (de Brasília), contra a anfitriã França.

    Seleção feminina

    A equipe feminina busca uma medalha inédita nos Jogos Paralímpicos. Na última edição, o time ficou na quarta colocação, ao perder a disputa do bronze contra o Japão. Para os Jogos de Paris, a Seleção, que está na competição por um convite da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, na sigla em inglês), também tem uma novidade no comando técnico. Alessandro Tosim, campeão com a equipe masculina em Tóquio, está à frente do time feminino desde dezembro do ano passado.

    Foto: Douglas Magno / CPB – @douglasmagno / @ocpboficial

    A pivô brasiliense Ana Gabrielly, conhecida como Gabi, afirmou que está muito grata pela oportunidade de representar o Brasil mais uma vez nos Jogos Paralímpicos. A atleta também destacou que a Seleção está pronta para o desafio. Já na estreia, a equipe vai enfrentar a Turquia, atual campeã paralímpica. “Vamos jogar de igual para igual contra qualquer time. A gente admira as turcas, mas também temos as nossas qualidades. Temos feito grandes confrontos contra elas”, analisou a jogadora, que fez 34 anos nessa quinta-feira, 15, e é do Sesi-SP.

    “Temos que agradecer ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) pela estrutura que proporcionou aqui na França. É um complexo esportivo muito bacana. A nossa quadra é silenciosa e própria para o goalball. Eu acredito muito nas jogadoras que estão com a Seleção. Foram sete meses de preparação e elas evoluíram muito, tanto dentro como fora das arenas. Acredito que coisas boas estão por vir”, completou o treinador Alessandro Tosim.

    O Brasil será representado por 280 atletas, sendo 255 com deficiência, de 20 modalidades nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Nesta sexta-feira, as equipes de badminton, natação e taekwondo chegaram a Troyes. No sábado, 17, será a vez da Seleção de atletismo se acomodar na cidade francesa.

    É a maior delegação brasileira já anunciada para uma edição dos Jogos fora do Brasil. Antes, a maior equipe nacional era de 259 convocados ao todo em Tóquio 2020. Já o recorde de participantes do país foi nos Jogos do Rio 2016, ocasião em que o Brasil sediou o megaevento e contou com 278 atletas com deficiência em todas as 22 modalidades já classificadas automaticamente.

    Na região de Aube, serão 216 atletas de 13 modalidades (atletismo, badminton, canoagem, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cegos, goalball, judô, remo, natação, taekwondo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado) que farão suas preparações para os Jogos Paralímpicos. No período, os atletas do Brasil terão disponíveis grandes centros de treinamentos, com acomodações acessíveis e operações exclusivas com chef e equipe de cozinha brasileira.

    Patrocínio
    As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do goalball.

    Time São Paulo
    O atleta Leomon Moreno é integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 149 atletas.

  • Estados Unidos Conquistam o Ouro no Basquete Masculino dos Jogos Olímpicos Paris 2024

    Estados Unidos Conquistam o Ouro no Basquete Masculino dos Jogos Olímpicos Paris 2024

    Seleção americana cumpre expectativas e vence França em final emocionante

    Curry arrebentou com o jogo

    A França lutou bravamente, demonstrando valentia e competitividade, mas o ouro no basquete masculino dos Jogos Olímpicos Paris 2024 já estava destinado a uma seleção estelar: os Estados Unidos. E os americanos não decepcionaram, superando os desafios pelo caminho. Na final realizada neste sábado, 11 de agosto, os EUA venceram a França por 98 a 87, com uma atuação impressionante de Stephen Curry, LeBron James, Kevin Durant e seus companheiros.

    Durante os dois primeiros quartos, a França chegou a liderar em momentos breves. Sua atuação no garrafão equilibrou-se com a explosividade dos Estados Unidos. No entanto, antes do intervalo, os americanos ampliaram sua vantagem. O ouro se tornou uma realidade nos dois últimos quartos, apesar da tentativa francesa de se aproximar com arremessos de três pontos no final. Os tiros certeiros de Curry foram decisivos e pavimentaram o caminho para o topo do pódio.

    Stephen Curry contribuiu com 24 pontos, incluindo oito cestas de três, com impressionantes 67% de aproveitamento. LeBron James também fez sua parte, registrando 14 pontos e 10 assistências, enquanto Kevin Durant adicionou 15 pontos à pontuação. Na equipe francesa, Victor Wembanyama foi o cestinha com 26 pontos, e Guerschon Yabusele impressionou novamente com 20 pontos. No entanto, a superioridade do conjunto treinado por Steve Kerr prevaleceu.

    Essa vitória marca o quinto ouro consecutivo dos Estados Unidos no basquete masculino das Olimpíadas, totalizando 17 títulos em 21 edições do torneio. A França, por sua vez, conquista sua quarta prata, a segunda consecutiva após Tóquio 2020. Os dois países terão um novo encontro no domingo, 11 de agosto, na final do basquete feminino, onde o favoritismo dos EUA é ainda maior.

  • Gigante Bárbara Domingos encerra Paris 2024 com melhor colocação do Brasil na história do individual geral na ginástica rítmica

    Gigante Bárbara Domingos encerra Paris 2024 com melhor colocação do Brasil na história do individual geral na ginástica rítmica

    Ela é a primeira atleta do país a se classificar para uma final da prova individual

    Bárbara Domingos nem precisaria competir para confirmar a melhor campanha de uma brasileira no individual geral da ginástica rítmica. Mas o fez com afinco e muita graciosidade para somar 123.100 e conquistar um inédito 10º lugar, despedindo-se dos Jogos Olímpicos Paris 2024 com o melhor resultado do país na história da prova.

    Babi foi apenas a quarta brasileira a se classificar para a prova em Jogos Olímpicos. A melhor marca até então era o 23º lugar de Natalia Gaudio na Rio 2016. Antes delas o país tinha sido representado no individual geral apenas por Rosane Favilla, em Los Angeles 1984, e Marta Cristian Schonhurst, em Barcelona 1992.

    “Eu estou muito feliz com a competição. Eu acho que independente do resultado, de como foi a minha competição hoje, eu estou muito orgulhosa de mim mesma por estar entre as dez melhores do mundo. Foi o meu objetivo desde o ano passado, que eu tracei quando eu conquistei minha vaga no Mundial em Valência, foi estar entre as dez melhores. E eu sabia que era um pouco difícil, mas não impossível. E poder ter entrado hoje entre as dez melhores do mundo é algo surreal”, disse Babi.

    Victoria Borges sofre lesão, e conjunto da ginástica rítmica do Brasil se despede de Paris na nona colocação

    As lágrimas, desta vez, não foram de felicidade. Após uma apresentação excelente nos cinco arcos, o conjunto de ginástica rítmica do Brasil foi vítima do imponderável. Victoria Borges sofreu uma lesão na panturrilha esquerda minutos antes da série mista e quis competir mesmo no sacrifício – honrando o apelido de “leoas” da geração mais vitoriosa da modalidade. O esforço emocionou público e as companheiras de seleção, mas não evitou que o sonho da inédita medalha nos Jogos Olímpicos Paris 2024 fosse adiado.

    “É um misto de sentimentos, mas o que prevalece é o orgulho. A gente deu o nosso máximo. No aquecimento, 10 minutos antes de entrarmos, a Vic sentiu uma dor na panturrilha. A gente não sabia muito o que fazer, mas o nosso médico estava com a gente, ela foi atendida. Fizeram uma bandagem e ela quis tentar competir. A gente só tinha a agradecer porque a gente trabalhou duro para competir nessas Olimpíadas, era o nosso maior objetivo. Só gratidão porque a gente se uniu muito. Ela deu o máximo dela, só que não tinha condições de fazer as dificuldades corporais e por isso a nota não subiu tanto. A gente aceita o que vier, porque a gente sabe que deu o nosso melhor todos os dias”, disse a capitã Duda Arakaki.

    O Brasil havia terminado a primeira rodada em quarto lugar com 35.950 no somatório. Mas os 24.950 recebidos na série com três fitas e duas bolas deixou o grupo na nona colocação geral com 60.900, como primeiro reserva. Mesmo que ficasse entre os oito finalistas, no entanto, não haveria condições de entrar no tablado, uma vez que não há reservas.

    “A Victória, após realizar a primeira série de competição sem restrições, apresentou uma dor aguda na musculatura da panturrilha durante o aquecimento, o que limitou sua capacidade de força para a segunda etapa da competição”, disse Rodrigo Sasson, médico do COB.

  • Le Brésil sixième à Paris (O Brasil sextou em Paris)

    Le Brésil sixième à Paris (O Brasil sextou em Paris)

    Sexta tem resultados maravilhosos em vários esportes e medalhas no atletismo, canoagem e vôlei de praia para o Brasil

    Campeãs de tudo, Duda e Ana Patrícia conquistam o ouro no vôlei de praia em Paris 2024

    A dupla Duda e Ana Patrícia se sagrou campeã olímpica do vôlei de praia em Paris 2024. Nesta sexta-feira (09), aos pés da icônica Torre Eiffel, as brasileiras venceram as canadenses Melissa e Brandie no tie-break, por 2 sets a 1 (parciais de 26/24, 12/21, 15/10) para cravarem seus nomes no Olimpo e conquistarem o ouro na edição dos Jogos Olímpicos Paris 2024.

    Eduarda Santos Lisboa e Ana Patrícia Ramos se tornaram a segunda dupla feminina brasileira a subir ao lugar mais alto do pódio na história dos Jogos Olímpicos. Agora, elas se juntam a Jackie Silva e Sandra Pires, campeãs em Atlanta 1996. Campeãs de tudo (Jogos Olímpicos da Juventude, Mundial, Jogos Pan-americanos), Duda e Ana, 28 anos depois da primeira conquista brasileira, somam o ouro olímpico a sua vitoriosa carreira.

    “É o último jogo da Olimpíada então tentei, busquei, começaram em mim, eu não consegui virar, Patrícia começou a vibrar, depois o jogo passou pra ela, teve dificuldade e eu falei “a gente tem que fazer alguma coisa diferente, vamos gritar, vamos vibrar, vamos tirar porque é nosso único momento aqui, os últimos pontos que a gente vai viver”. Espero viver novamente, mas é único, é um momento único então tem que vibrar, tem que comemorar, tem que viver, tem que sentir e deu certo”, disse Duda.

    Isaquias Queiroz é prata na canoagem velocidade e chega a cinco medalhas olímpicas

    Depois da disputa do C2 500m, Isaquias Queiroz prometeu levantar a cabeça e representar bem, em sua última prova nessa edição dos Jogos Olímpicos, todo o time de Lagoa Santa. E ele conseguiu. Com a cabeça em pé, o peito inflado e muita força nos braços, o maior atleta da história da canoagem velocidade do Brasil conquistou a sua quinta medalha olímpica, a prata no C1 1000m em Paris 2024. O brasileiro cruzou a linha de chegada com o tempo de 3:44:33, sendo superado apenas pelo tcheco Martin Fuksa, ouro, com 3:43:16. Serghei Tarnovschi, da Moldávia, fechou o pódio (3:44:68).

    Isaquias se coloca assim ao lado de Robert Scheidt e Torben Grael na segunda colocação na lista de atletas brasileiros com mais medalhas olímpicas, com cinco. Eles estão atrás apenas de Rebeca Andrade que, com as quatro conquistadas nessa edição de Jogos Olímpicos, chegou a seis láureas. Além da prata em Paris, Isaquias tem ouro no C1 1000m em Tóquio 2020, prata no C1 1000m e no C2 500m na Rio 2016 e bronze no C1 200m também nos Jogos do Brasil. O sonho de ultrapassar os dois ídolos da Vela na lista ainda está de pé.

    “No finalzinho da prova eu lembrei que meu filho pediu a medalha de ouro. A de ouro não deu, mas fico feliz de poder subir ao pódio e agora vou entregar essa medalha para ele. Esse é o meu presente para todo mundo do Brasil. Muito obrigado por acreditar em mim. Sou muito grato a todos pelo reconhecimento. Hoje o Brasil inteiro sabe o que é a canoagem de velocidade. Temos que mostrar o resultado para quem investe na gente. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) tem nos ajudado ao longo dos anos. Então tive que sair com a medalha para ajudar o Time Brasil”, declarou Isaquias.

    Alison dos Santos se supera e conquista bronze nos 400m com barreiras em Paris 2024

    Mais uma medalha para a coleção! O brasileiro Alison dos Santos, o “Piu”, conquistou a medalha de bronze na final dos 400m com barreiras nesta sexta-feira, 9, nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Com tempo de 47s26, ele ficou em terceiro para repetir o desempenho em Tóquio 2020, garantindo sua segunda medalha olímpica de bronze na carreira.

    Campeão olímpico, o americano Rai Benjamin foi o único a correr abaixo dos 47s no Stade de France, fechando em 46s46. O noruegês Kasper Warholm ficou com a prata, com 47s06, apenas 0s2 à frente de Alison. Na prática, foi um pódio muito similar ao de Tóquio, com Piu em terceiro e as duas primeiras posições invertidas.

    “Foi mágico poder entrar num estádio lotado e ter aquela energia de todo mundo gritando. Todo mundo estava competindo, obviamente, tinha um francês na nossa prova, mas eles estavam vibrando, eles queriam ver algo bonito e acho que a gente conseguiu entregar isso. A gente poder ter uma rivalidade muito amigável que a gente tem entre todos os atletas que estão correndo agora, porque a gente sabe que a gente não pode dar bobeira, tem que correr muito rápido. Estar conseguindo a medalha, tem que correr muito rápido pra estar no pódio e conseguir chegar aqui mais uma vez é maravilhoso, é mágico pra gente. Estou muito orgulhoso disso e agora só quero aproveitar e dividir essa conquista com todo mundo”, disse Alison.

    Alison havia se classificado à final com um “susto”. Terceiro em sua bateria eliminatória na semifinal, o campeão mundial em Eugene 2022 precisou esperar os resultados dos rivais para confirmar que se classificaria à decisão em Paris pelo tempo. Com 47s05, ele se classificou com a quarta melhor marca geral.

  • Piu da um susto, mas se classifica para a final

    Piu da um susto, mas se classifica para a final

    Medalhista olímpico de Tóquio 2020, Piu precisou esperar para ter certeza da classificação pelo tempo. Almir Júnior consegue vaga na final do salto triplo

    Foi com emoção, mas Alison dos Santos está na final dos 400m com barreiras dos Jogos Olímpicos Paris 2024. O medalhista olímpico em Tóquio 2020 ficou em terceiro na sua eliminatória e teve que esperar até a terceira e última semifinal para ter certeza da classificação à final. Mesmo com susto, Piu acabou avançando com o quarto melhor tempo geral das semis: 47s95. A decisão será na sexta-feira, 9, às 16h45 (horário de Brasília).

    “A gente não sabe explicar. Eu estava preparado, tô pronto, sei que eu tô aqui pra brigar pela medalha, tô numa boa condição física. Agora é só manter a cabeça no lugar, se concentrar, relaxar, saber que estamos na final e são oito brigando por três medalhas”, disse Piu, acrescentando:

    “Sabia que eu poderia ter corrido melhor, mas é essa a vida do atletismo, você tem que estar preparado pra todas as situações. Acho que eu vou com mais raiva, vou com um pouco mais de gosto ruim na garganta, gosto ruim no peito e sabendo que chegar lá não foi tranquilo, não foi o caminho perfeito. Mas nada muda, (na final) são oito atletas, três medalhas e um campeão.”

    O brasileiro precisou esperar em um sofá ao lado da pista e do catari Abderrahman Samba até a divulgação do resultado oficial. Alison acabou ficando atrás somente dos tradicionais adversários Kasper Warholm (NOR), Rai Benjamin (EUA) e do francês Clement Ducos, este a surpresa da classificação. Mesmo com o bom tempo, Piu não tinha certeza de que conseguiria avançar para a disputa de medalhas.

    “Quando você passa assim na prova, você tem que esperar pelos outros atletas correrem. Não quero ter essa sensação novamente, não quero passar pelo momento de ter que esperar pelo resultado das pessoas pra ver se vou para a final ou não. Agora estamos na final. Conseguimos, não importa como. Vou dar tudo. Quero cruzar a linha me sentindo bem, sabendo que fiz tudo”, analisou.

    Outros resultados no atletismo

    O brasileiro Almir Jr. garantiu vaga na final do salto triplo masculino com uma marca de 17,06m, a quinta melhor da fase eliminatória. A decisão está marcada para sexta-feira, 9, às 15h13 (horário de Brasília). Almir é o primeiro brasileiro a alcançar a final do salto triplo desde Jadel Gregório, em Pequim 2008.

    “O primeiro objetivo era passar para a final. Queria ter feito a marca de qualificação direta, faltaram 4 centímetros, mas estamos na final do mesmo jeito. Quando saltei, sabia que estaria dentro. É muito difícil sair (da competição) saltando acima de 17 metros. Esse era o primeiro objetivo, a ideia inicial, porque a Olimpíada é o maior palco do planeta”, comentou Almir. Ele acrescentou: “O que eu quero fazer na final é o quanto precisar para ir para o pódio. Acho que a final é isso. A final olímpica nunca foi sobre resultado, é medalha. Meu objetivo inicial é a medalha”.

    Nos 400m com barreiras, Matheus Lima participou da terceira bateria da semifinal, terminando na quarta colocação com o tempo de 49s08, não conseguindo avançar à final.

    Na semifinal dos 110m com barreiras, Rafael Pereira foi o nono colocado na segunda bateria, com tempo de 13s87. Eduardo de Deus, na mesma categoria, foi sexto em sua bateria, com o tempo de 13s44.

    Renan Gallina, estreante em Jogos Olímpicos, foi eliminado na semifinal dos 200m rasos, terminando em sexto lugar com o tempo de 20s60. Ele permanece em Paris para a disputa do revezamento 4x100m.

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