Autor: Redação

  • Brasileiro mais jovem dos Jogos Paralímpicos tem 16 anos e começou na natação aos três meses

    Brasileiro mais jovem dos Jogos Paralímpicos tem 16 anos e começou na natação aos três meses

    Vitinho entrou no esporte por incentivo dos pais, que tinham o sonho de vê-lo nas piscinas. O atleta nasceu com má formação em uma das pernas e hoje precisa usar prótese

    Uma vida dedicada à natação, praticamente desde o nascimento. É assim que se pode resumir a trajetória de Victor dos Santos Almeida, conhecido como Vitinho, 16 anos, o atleta brasileiro mais jovem da delegação que representa o país nos Jogos Paralímpicos de Paris, que começam no próximo dia 28 de agosto. A participação precoce na competição repete o início de sua carreira: ainda aos três meses, o paratleta já frequentava as piscinas.

    Vitinho nasceu com má formação no fêmur direito, e, por isso, tem essa perna na altura do joelho esquerdo. Antes de completar um ano de vida, ele foi levado aos médicos para realizar exames e iniciou o uso de próteses. Com todo o processo de adaptação encaminhado, o pai dele decidiu colocar em prática um sonho: matricular o filho na natação. “Esse foi um processo natural: mesmo com a questão da deficiência, ainda bebê eu já estava nas piscinas”, diz.

    A primeira competição que Vitinho participou foi interna: aos cinco anos ele entrou em disputa com outros atletas mirins nas provas de uma academia na qual os pais o matricularam. Naquela ocasião, mesmo criança, foi naquele momento que percebeu que gostava do esporte aquático. Aos oito anos ele já começou a fazer testes para entrar em clubes e projetos de iniciação na natação. Com o tempo, foi visto como um atleta com potencial para integrar a seleção.

    Foi o que aconteceu entre os anos de 2018 e 2021, quando ele integrou a base da seleção brasileira de natação paralímpica. Agora ele está pronto para representar, pela primeira vez, o Brasil nas Paralimpíadas. Ele vai disputar as provas na classe S9. “Agora tenho a oportunidade de competir contra os melhores do mundo”, diz. Mesmo antes da participação nos Jogos de Paris, Vitinho já fez bonito na França, onde foi disputada uma das etapas do World Swimming Series, em junho deste ano. Na ocasião, o atleta conquistou um ouro e duas pratas.

    Nas semanas que antecederam os jogos, o jovem nadador focou nos treinos, de segunda a sábado, alternados entre atividades na piscina, academia, funcional e regenerativo. Em alguns dias, os treinamentos foram em dobro, ou seja, pela manhã e tarde. “É véspera de competição. Então o foco é total na preparação. Só descanso no domingo”, comenta.

    Mobilidade garantida desde criança

    Ainda que a notícia sobre a má formação no fêmur tenha sido difícil para a família, desde cedo os pais do atleta buscaram a melhor forma de garantir sua autonomia para todas as atividades, seja nos treinos para as competições ou fora da piscina. “Fui levado a vários médicos, até que um deles me indicou a protetização ainda bebê. Tenho minha primeira prótese guardada até hoje. É muito fofa”, conta Vitinho.

    Assim como o primeiro equipamento veio cedo, também vieram as primeiras sessões de acompanhamento e fisioterapia. Atualmente, ele conta com uma prótese provisória desenvolvida pela empresa alemã Ottobock. Para a sua condição, ele precisa de um pé e um joelho mecânicos adaptados para serem encaixados em sua perna com má formação. Além disso, a empresa desenvolve uma prótese definitiva à prova d’água para o atleta. O novo equipamento é desenvolvido para que o atleta tenha mais segurança no uso, especialmente em seus treinos, conforme explica Thomas Pfleghar, diretor de academy da Ottobock na América Latina. “Ainda que ele não utilize a prótese nas provas, por ser um atleta da natação o mais recomendável é a tecnologia à prova d’água para não ter preocupação nos bastidores”, afirma.

    O desenvolvimento de uma prótese demanda tempo de pesquisa, análise das condições do atleta, fabricação, ajustes e adaptação do utilizador à nova realidade. Esses equipamentos, segundo o diretor da empresa, são feitos com base em análises laboratoriais a partir de pessoas não amputadas, para que as próteses criadas cheguem mais perto do que é um membro humano.

    Cada atleta, segundo Pfleghar, tem demandas diferentes, que determinam mais ou menos funções em suas próteses. “Por isso, é importante que um joelho protético forneça segurança quando o usuário se apoia sobre a prótese ou em movimento controlado (quando ocorre flexão e extensão, por exemplo)”, afirma. Após ser entregue a prótese, o atleta recebe treinamento para que saiba usá-la corretamente, e é feito um acompanhamento regular para fazer quaisquer ajustes necessários, explica o diretor.

    Como mais uma garantia de mobilidade e bem-estar, Vitinho diz que cuida da prótese como se fosse sua filha. “Não vou deixar jogada, vou ficar bem atento a ela, porque dependo dela para me locomover, de ir e voltar dos meus treinos. A questão do contato do equipamento com a água já não é uma grande preocupação, mas não impede de eu estar sempre com o maior cuidado com ela”, explica.

  • Após passagem pela Coréia do Sul, Erikys volta ao país que lhe encantou: ‘Me sinto muito bem na China’

    Após passagem pela Coréia do Sul, Erikys volta ao país que lhe encantou: ‘Me sinto muito bem na China’

    O brasileiro Erikys, com passagens principalmente por clubes de Pernambuco, está feliz da vida por retornar a China

    Ele nasceu em Caruaru, mas não esconde de ninguém que um lugar bem distante tem também um espaço considerável no coração. Tudo isso por culpa do futebol.

    No ano passado, o atacante fez a festa no futebol chinês. Pelo Heilongjiang Ice City, fez 14 gols e deu mais cinco assistências em 28 jogos. Tamanho destaque fez o Cheonan City, tradicional clube da Coréia do Sul, efetuar sua contratação. Mas após cinco jogos pelo novo clube, ele novamente recebeu uma oferta da China. E não pensou duas vezes.

    “Eu sei que Caruaru é minha casa, eu amo o estado de Pernambuco, o Nordeste. Mas a China ganhou meu coração também. Gostei muito de morar aqui, de jogar aqui, já conheço muitas coisas. Claro que na Coréia foi legal, mas aqui na China é diferente, já estava adaptado, sei de todos os costumes e me sinto muito bem”, afirmou.

    Hoje Erikys é jogador do Shijiazhuang Gongfu, que disputa a segunda divisão chinesa. O brasileiro é titular e ajudou o time a conquistar sete dos últimos nove pontos em disputa. Atualmente em sétimo na tabela e restando 11 compromissos pela frente, o foco é o acesso. “Já estou muito bem adaptado aqui na nova equipe, me sentindo muito bem. Como eu disse eu amo aqui a China, é um país muito legal, com uma cultura rica e pessoas educadas. Vamos fazer de tudo para subir o time, enquanto há chances temos que brigar”, finalizou.

  • Em Choque-Rei recheado de discussões, Palmeiras vence São Paulo por 2 a 1

    Em Choque-Rei recheado de discussões, Palmeiras vence São Paulo por 2 a 1

    Flaco Lopes se torna o herói improvável do clássico

    O Palmeiras conquistou uma vitória emocionante sobre o São Paulo por 2 a 1 na tarde deste domingo, no Allianz Parque, em um jogo repleto de tensão e controvérsias, válido pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida começou agitada e foi marcada por muitas provocações, o uso do VAR e uma grande confusão no final.

    O Verdão, atuando com seus titulares, abriu o placar logo no início da segunda etapa com um gol de López. A jogada, no entanto, precisou passar pela revisão do árbitro de vídeo antes de ser confirmada. O São Paulo, que optou por uma formação alternativa e contou com alguns titulares ao longo do jogo, conseguiu empatar com Luciano. Ele celebrou o gol de forma provocativa, dirigindo-se à torcida palmeirense e chutando a bandeirinha de escanteio.

    O Palmeiras reagiu rapidamente e marcou o que parecia ser o segundo gol, com Lázaro. No entanto, o árbitro Raphael Claus, após recomendação do VAR, anulou o gol por um impedimento de López na jogada. Apesar da anulação, a vitória estava garantida para os donos da casa: nos acréscimos, López subiu mais alto que Rafael e anotou o gol decisivo.

    A partida terminou em meio a uma grande confusão, com uma discussão intensa entre os jogadores de ambas as equipes que começou no gramado e se estendeu até o túnel de acesso aos vestiários. Embora o árbitro Raphael Claus tenha sido chamado para revisar as imagens pelo VAR, ele não tomou nenhuma decisão adicional.

    https://twitter.com/CuriosidadesBRL/status/1825280878999667152

    FICHA TÉCNICA

    PALMEIRAS 2 X 1 SÃO PAULO

    • Local: Allianz Parque, em São Paulo
    • Data: 18 de agosto de 2024, domingo
    • Horário: 16h (de Brasília)
    • Árbitro: Raphael Claus (SP)
    • Assistentes: Danilo Simon Manis (SP) e Daniel Paulo Ziolli (SP)
    • VAR: Rodolpho Toski Marques (PR)
    • Público: 35.791 torcedores
    • Renda: R$ 3.635.550,69
    • Gols: Flaco López, aos 7 e 53 do 2ºT (Palmeiras); Luciano, aos 27 do 2ºT (São Paulo)
    • Cartões amarelos: Sabino, Luciano (2) (São Paulo); Vitor Reis, Gustavo Gómez, Marcos Rocha (Palmeiras)
    • Cartão vermelho: João Martins (auxiliar) (Palmeiras); Luciano (São Paulo)
    • PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Vitor Reis e Caio Paulista (Vanderlan); Zé Rafael (Aníbal Moreno), Richard Ríos (Rony) e Raphael Veiga (Rômulo); Estêvão (Felipe Anderson), Lázaro e Flaco López.
    • Técnico: Abel Ferreira.
    • SÃO PAULO: Rafael; Ferraresi, Arboleda e Sabino; Moreira (Lucas Moura), Bobadilla, Rodrigo Nestor (Luiz Gustavo) e Michel Araújo (Luciano); Wellington Rato, Ferreira (Patryck) (Alan Franco) e André Silva (Calleri).
    • Técnico: Maxi Cuberas (auxiliar).

  • Pinheiros é campeão do Troféu José Finkel de Natação 2024

    Pinheiros é campeão do Troféu José Finkel de Natação 2024

    Seis atletas conquistam o índice para o Mundial de Budapeste na Hungria

    FOTOS: Ricardo Bufolin/ECP

    Esporte Clube Pinheiros é o grande campeão do Troféu José Finkel de Natação 2024. A equipe ficou na primeira colocação geral da competição com 2.385,50 pontos; o Unisanta foi o segundo com 2.134,50, e o Minas Tênis Clube o terceiro, com 1.989,00 pontos.

    A competição aconteceu de 13 a 17 de agosto, na piscina do Jurerê Sport Clube, em Florianópolis-SC. É o tricampeonato consecutivo do Clube Paulista, que ganhou também em 2022 e 2023. Na história, o Pinheiros soma agora 18 conquistas.

    Na categoria masculina o Pinheiros também conquistou o primeiro lugar com 1.268,00 pontos e na feminina ficou com a terceira colocação, com 937,50. 

    O Troféu José Finkel serviu também como seletiva para o Mundial de piscina curta, que será realizado em Budapeste, na Hungria, em dezembro. Seis nadadores do Clube alcançaram o índice. A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) divulgará os escolhidos para representar o Time Brasil na competição internacional nos próximos dias. 

    Grande destaque do Pinheiros em todo campeonato, Caio Pumputis, que ganhou o prêmio de atleta masculino mais eficiente, falou do início do ciclo Olímpico – Los Angeles 2028.

    “Um ciclo que começou um pouco diferente, acabamos o ciclo Paris 21024 agora, não era uma coisa que estava na minha cabeça (começar tão bem), mas desde que comecei a me adaptar e nadar rápido com esse estilo de treinamento, colocando em prática uma nova rotina, há sim uma possibilidade. Então vamos ver o que tem a entregar até o final de 2026, 2027, para chegar com tudo em 2028, mas com certeza é um objetivo”, comentou o atleta que conquistou 128 pontos.

    Confira a lista dos atletas com índice para o Mundial de Piscina Curta e sua respectiva prova: 

    • Kayky Mota – 100m e 200m borboleta
    • Caio Pumputis – 50m peito; 100m medley
    • Fernanda Celidonio – 200m medley
    • Leonardo Santos – 100m e 200m medley
    • Kaique Alves – 100m e 200m livre
    • Ana Carolina Vieira – 100m livre

    Confira os medalhistas pelo Clube neste sábado (17)

    100m costa feminino

    Prata – Maria Luiza Pessanha – 59.81

    100m medley feminino

    Bronze – Fernanda Celidonio – 1:00.22

    100m medley masculino

    Ouro – Caio Pumputis – 52.06 (índice)

    Prata – Leonardo Santos – 52.56 (índice)

    50m livre feminino 

    Bronze – Beatriz Bezerra – 25.01

    50m livre masculino

    Prata – Marcelo Chierighini – 21.66

    Rev. 4×100 medley feminino

    Prata – Maria Luiza Pessanha, Nichelly Lysy, Beatriz Bezerra e Ana Vieira – 4:03.19

    Rev. 4×100 medley masculino

    Ouro – Flávio Oliveira, Caio Pumputis, Kayky Mota, Kaique Alves – 03:26.76

  • Em noite de homenagens a Silvio Santos, Fluminense e Corinthians ficam no empate

    Em noite de homenagens a Silvio Santos, Fluminense e Corinthians ficam no empate

    Jogo de pouca qualidade por ambas as equipes decepcionou o público no Maracanã

    No cenário tenso do Campeonato Brasileiro, Fluminense e Corinthians protagonizaram um duelo crucial no lendário Estádio do Maracanã. O empate em 0 a 0 refletiu a luta dessas equipes para escapar da ameaça do rebaixamento.

    O Fluminense, ocupando a 18ª posição na tabela, somou 21 pontos em 22 jogos. A equipe carioca está determinada a evitar a queda para a Série B e precisa de resultados positivos nas próximas rodadas.

    Já o Corinthians, com 22 pontos em 23 partidas, conseguiu temporariamente sair da zona perigosa. No entanto, sua permanência fora do grupo dos quatro últimos colocados está condicionada a uma combinação de resultados. Os torcedores corintianos estarão de olho no confronto entre Vitória e Cruzeiro, que acontecerá na segunda-feira, no Estádio Barradão.

    O empate no Maracanã serviu como um alerta para ambas as equipes: cada ponto conquistado pode ser decisivo na batalha pela permanência na elite do futebol brasileiro.

    Ficha do jogo


    Competição: Campeonato Brasileiro
    Local: Jornalista Mário Filho, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ
    Data: 17 de agosto de 2024 (sábado)
    Horário: 21h00 (de Brasília)

    Árbitro: Braulio da Silva Machado
    Assistentes: Rafael da Silva Alves e Thiaggo Americano Labes
    Árbitro de vídeo: Igor Junior Benevenuto de Oliveira

    Cartões amarelos: Samuel Xavier e André (Fluminense); Ryan e Charles (Corinthians)
    Público: 30.470 torcedores

    FLUMINENSE: Fábio; Samuel Xavier, Thiago Silva, Ignácio (Thiago Santos) e Esquerdinha (Keno); André, Facundo Bernal (Nonato), Alexsander e Lima; Isaac (Serna) e Kauã Elias (John Kennedy).
    Técnico: Mano Menezes

    CORINTHIANS: Hugo Souza; Félix Torres (Igor Coronado), Cacá e André Ramalho; Matheuzinho, Ryan, Charles, Matheus Bidu (Hugo Farias) e Rodrigo Garro (Wesley); Talles Magno (Giovane) e Pedro Raul (Pedro Henrique).
    Técnico: Ramón Díaz

  • Fortaleza vence Bragantino e assume liderança do Brasileirão

    Fortaleza vence Bragantino e assume liderança do Brasileirão

    Leão do Pici cresce na competição e chega ao topo da tabela

    Em um confronto emocionante realizado no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, o Fortaleza conquistou uma vitória crucial na Série A do Brasileirão. Com gols de Pochettino e Breno Lopes, o Leão do Pici derrotou o Bragantino por 2 a 1.

    O primeiro gol veio aos 30 minutos do primeiro tempo, quando Pochettino recebeu um cruzamento preciso e finalizou com categoria, abrindo o placar para o Fortaleza. O Bragantino, no entanto, não se deu por vencido e empatou ainda na primeira etapa, com Lincoln convertendo um pênalti.

    A partida seguiu intensa, com ambas as equipes buscando a vitória. No fim do segundo tempo, foi a vez de Breno Lopes brilhar. O atacante do Fortaleza recebeu um passe açucarado de Romarinho e mandou a bola para o fundo das redes, garantindo os três pontos para sua equipe.

    Com esse resultado, o Fortaleza permanece na liderança da Série A, com 45 pontos e um jogo a menos. Já o Bragantino ocupa a 11ª posição, somando 27 pontos.

    Os torcedores do Leão podem comemorar mais uma grande atuação de sua equipe, que segue firme na busca pelo título nacional.

  • Seleção brasileira de Goalball já esta na França, finalizando preparação para defender título paralímpico

    Seleção brasileira de Goalball já esta na França, finalizando preparação para defender título paralímpico

    Seleção brasileira é a atual campeã paralímpica do torneio e chega a Paris como favorita

    Foto: Saulo Cruz/CPB

    As Seleções Brasileiras de goalball que disputarão os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 aterrissaram no aeroporto Charles de Gaulle, França, na quinta-feira, 15, e nesta sexta-feira, 16, já realizaram os primeiros treinos no Centro Esportivo de l’Aube, em Troyes, cidade que fica a cerca de 160km da capital francesa.

    Os atletas da modalidade se juntaram aos esportistas do remo, vôlei sentado e tênis de mesa, que chegaram na terça-feira, 13, na aclimatação em solos franceses. Agora, as equipes de goalball vão finalizar a preparação para o megaevento, que começará daqui a 12 dias em uma cerimônia de abertura inédita.

    Atual campeã paralímpica e única tricampeã mundial, a Seleção masculina chegará a Paris com a missão de defender o título conquistado nos Jogos de Tóquio 2020. Jogador remanescente da campanha vitoriosa, o brasiliense Leomon Moreno afirmou que o time está ciente da responsabilidade, mas que, ao mesmo tempo, a pressão não deverá atrapalhar o desempenho dentro da quadra.

    Foto: Saulo Cruz/CPB

    “Tentamos tratar este protagonismo da melhor maneira possível, com tranquilidade, para isso não se tornar um fator de risco para gente. Estamos trabalhando em um novo ciclo. O título de Tóquio foi muito importante, mas ficou para trás. Agora, para Paris, nos preparamos para buscar o ouro da mesma forma que fizemos em Tóquio “, disse o jogador do Santos-SP, que fará 31 anos no próximo dia 21 e que perdeu a visão quando ainda era um bebê, por conta de uma retinose pigmentar. Além de Leomon, Parazinho, Romário Marques e Emerson da Silva foram campeões na capital japonesa há três anos.

    A percepção de Leomon é compartilhada pelo técnico Jônatas Castro, que assumiu o comando da Seleção masculina no meio do ciclo, após ser campeão das Américas com a feminina, em 2022. No final do mesmo ano, já na liderança do time masculino, ele foi campeão mundial em Matosinhos, Portugal.

    “Temos que assumir a responsabilidade de ser um dos favoritos, mas diminuir o peso sobre nós. Sei que recebi uma Seleção muito vencedora e pronta. o que eu precisava era ajustá-la ao meu estilo de entender goalball. É uma modalidade muito dinâmica e que muda muito rápido de um ciclo para outro”, analisou o treinador. A Seleção masculina começa a defesa do título no dia 29 de agosto, às 12h30 (de Brasília), contra a anfitriã França.

    Seleção feminina

    A equipe feminina busca uma medalha inédita nos Jogos Paralímpicos. Na última edição, o time ficou na quarta colocação, ao perder a disputa do bronze contra o Japão. Para os Jogos de Paris, a Seleção, que está na competição por um convite da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, na sigla em inglês), também tem uma novidade no comando técnico. Alessandro Tosim, campeão com a equipe masculina em Tóquio, está à frente do time feminino desde dezembro do ano passado.

    Foto: Douglas Magno / CPB – @douglasmagno / @ocpboficial

    A pivô brasiliense Ana Gabrielly, conhecida como Gabi, afirmou que está muito grata pela oportunidade de representar o Brasil mais uma vez nos Jogos Paralímpicos. A atleta também destacou que a Seleção está pronta para o desafio. Já na estreia, a equipe vai enfrentar a Turquia, atual campeã paralímpica. “Vamos jogar de igual para igual contra qualquer time. A gente admira as turcas, mas também temos as nossas qualidades. Temos feito grandes confrontos contra elas”, analisou a jogadora, que fez 34 anos nessa quinta-feira, 15, e é do Sesi-SP.

    “Temos que agradecer ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) pela estrutura que proporcionou aqui na França. É um complexo esportivo muito bacana. A nossa quadra é silenciosa e própria para o goalball. Eu acredito muito nas jogadoras que estão com a Seleção. Foram sete meses de preparação e elas evoluíram muito, tanto dentro como fora das arenas. Acredito que coisas boas estão por vir”, completou o treinador Alessandro Tosim.

    O Brasil será representado por 280 atletas, sendo 255 com deficiência, de 20 modalidades nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Nesta sexta-feira, as equipes de badminton, natação e taekwondo chegaram a Troyes. No sábado, 17, será a vez da Seleção de atletismo se acomodar na cidade francesa.

    É a maior delegação brasileira já anunciada para uma edição dos Jogos fora do Brasil. Antes, a maior equipe nacional era de 259 convocados ao todo em Tóquio 2020. Já o recorde de participantes do país foi nos Jogos do Rio 2016, ocasião em que o Brasil sediou o megaevento e contou com 278 atletas com deficiência em todas as 22 modalidades já classificadas automaticamente.

    Na região de Aube, serão 216 atletas de 13 modalidades (atletismo, badminton, canoagem, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cegos, goalball, judô, remo, natação, taekwondo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado) que farão suas preparações para os Jogos Paralímpicos. No período, os atletas do Brasil terão disponíveis grandes centros de treinamentos, com acomodações acessíveis e operações exclusivas com chef e equipe de cozinha brasileira.

    Patrocínio
    As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do goalball.

    Time São Paulo
    O atleta Leomon Moreno é integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 149 atletas.

  • Estados Unidos Conquistam o Ouro no Basquete Masculino dos Jogos Olímpicos Paris 2024

    Estados Unidos Conquistam o Ouro no Basquete Masculino dos Jogos Olímpicos Paris 2024

    Seleção americana cumpre expectativas e vence França em final emocionante

    Curry arrebentou com o jogo

    A França lutou bravamente, demonstrando valentia e competitividade, mas o ouro no basquete masculino dos Jogos Olímpicos Paris 2024 já estava destinado a uma seleção estelar: os Estados Unidos. E os americanos não decepcionaram, superando os desafios pelo caminho. Na final realizada neste sábado, 11 de agosto, os EUA venceram a França por 98 a 87, com uma atuação impressionante de Stephen Curry, LeBron James, Kevin Durant e seus companheiros.

    Durante os dois primeiros quartos, a França chegou a liderar em momentos breves. Sua atuação no garrafão equilibrou-se com a explosividade dos Estados Unidos. No entanto, antes do intervalo, os americanos ampliaram sua vantagem. O ouro se tornou uma realidade nos dois últimos quartos, apesar da tentativa francesa de se aproximar com arremessos de três pontos no final. Os tiros certeiros de Curry foram decisivos e pavimentaram o caminho para o topo do pódio.

    Stephen Curry contribuiu com 24 pontos, incluindo oito cestas de três, com impressionantes 67% de aproveitamento. LeBron James também fez sua parte, registrando 14 pontos e 10 assistências, enquanto Kevin Durant adicionou 15 pontos à pontuação. Na equipe francesa, Victor Wembanyama foi o cestinha com 26 pontos, e Guerschon Yabusele impressionou novamente com 20 pontos. No entanto, a superioridade do conjunto treinado por Steve Kerr prevaleceu.

    Essa vitória marca o quinto ouro consecutivo dos Estados Unidos no basquete masculino das Olimpíadas, totalizando 17 títulos em 21 edições do torneio. A França, por sua vez, conquista sua quarta prata, a segunda consecutiva após Tóquio 2020. Os dois países terão um novo encontro no domingo, 11 de agosto, na final do basquete feminino, onde o favoritismo dos EUA é ainda maior.

  • Gigante Bárbara Domingos encerra Paris 2024 com melhor colocação do Brasil na história do individual geral na ginástica rítmica

    Gigante Bárbara Domingos encerra Paris 2024 com melhor colocação do Brasil na história do individual geral na ginástica rítmica

    Ela é a primeira atleta do país a se classificar para uma final da prova individual

    Bárbara Domingos nem precisaria competir para confirmar a melhor campanha de uma brasileira no individual geral da ginástica rítmica. Mas o fez com afinco e muita graciosidade para somar 123.100 e conquistar um inédito 10º lugar, despedindo-se dos Jogos Olímpicos Paris 2024 com o melhor resultado do país na história da prova.

    Babi foi apenas a quarta brasileira a se classificar para a prova em Jogos Olímpicos. A melhor marca até então era o 23º lugar de Natalia Gaudio na Rio 2016. Antes delas o país tinha sido representado no individual geral apenas por Rosane Favilla, em Los Angeles 1984, e Marta Cristian Schonhurst, em Barcelona 1992.

    “Eu estou muito feliz com a competição. Eu acho que independente do resultado, de como foi a minha competição hoje, eu estou muito orgulhosa de mim mesma por estar entre as dez melhores do mundo. Foi o meu objetivo desde o ano passado, que eu tracei quando eu conquistei minha vaga no Mundial em Valência, foi estar entre as dez melhores. E eu sabia que era um pouco difícil, mas não impossível. E poder ter entrado hoje entre as dez melhores do mundo é algo surreal”, disse Babi.

    Victoria Borges sofre lesão, e conjunto da ginástica rítmica do Brasil se despede de Paris na nona colocação

    As lágrimas, desta vez, não foram de felicidade. Após uma apresentação excelente nos cinco arcos, o conjunto de ginástica rítmica do Brasil foi vítima do imponderável. Victoria Borges sofreu uma lesão na panturrilha esquerda minutos antes da série mista e quis competir mesmo no sacrifício – honrando o apelido de “leoas” da geração mais vitoriosa da modalidade. O esforço emocionou público e as companheiras de seleção, mas não evitou que o sonho da inédita medalha nos Jogos Olímpicos Paris 2024 fosse adiado.

    “É um misto de sentimentos, mas o que prevalece é o orgulho. A gente deu o nosso máximo. No aquecimento, 10 minutos antes de entrarmos, a Vic sentiu uma dor na panturrilha. A gente não sabia muito o que fazer, mas o nosso médico estava com a gente, ela foi atendida. Fizeram uma bandagem e ela quis tentar competir. A gente só tinha a agradecer porque a gente trabalhou duro para competir nessas Olimpíadas, era o nosso maior objetivo. Só gratidão porque a gente se uniu muito. Ela deu o máximo dela, só que não tinha condições de fazer as dificuldades corporais e por isso a nota não subiu tanto. A gente aceita o que vier, porque a gente sabe que deu o nosso melhor todos os dias”, disse a capitã Duda Arakaki.

    O Brasil havia terminado a primeira rodada em quarto lugar com 35.950 no somatório. Mas os 24.950 recebidos na série com três fitas e duas bolas deixou o grupo na nona colocação geral com 60.900, como primeiro reserva. Mesmo que ficasse entre os oito finalistas, no entanto, não haveria condições de entrar no tablado, uma vez que não há reservas.

    “A Victória, após realizar a primeira série de competição sem restrições, apresentou uma dor aguda na musculatura da panturrilha durante o aquecimento, o que limitou sua capacidade de força para a segunda etapa da competição”, disse Rodrigo Sasson, médico do COB.

  • Le Brésil sixième à Paris (O Brasil sextou em Paris)

    Le Brésil sixième à Paris (O Brasil sextou em Paris)

    Sexta tem resultados maravilhosos em vários esportes e medalhas no atletismo, canoagem e vôlei de praia para o Brasil

    Campeãs de tudo, Duda e Ana Patrícia conquistam o ouro no vôlei de praia em Paris 2024

    A dupla Duda e Ana Patrícia se sagrou campeã olímpica do vôlei de praia em Paris 2024. Nesta sexta-feira (09), aos pés da icônica Torre Eiffel, as brasileiras venceram as canadenses Melissa e Brandie no tie-break, por 2 sets a 1 (parciais de 26/24, 12/21, 15/10) para cravarem seus nomes no Olimpo e conquistarem o ouro na edição dos Jogos Olímpicos Paris 2024.

    Eduarda Santos Lisboa e Ana Patrícia Ramos se tornaram a segunda dupla feminina brasileira a subir ao lugar mais alto do pódio na história dos Jogos Olímpicos. Agora, elas se juntam a Jackie Silva e Sandra Pires, campeãs em Atlanta 1996. Campeãs de tudo (Jogos Olímpicos da Juventude, Mundial, Jogos Pan-americanos), Duda e Ana, 28 anos depois da primeira conquista brasileira, somam o ouro olímpico a sua vitoriosa carreira.

    “É o último jogo da Olimpíada então tentei, busquei, começaram em mim, eu não consegui virar, Patrícia começou a vibrar, depois o jogo passou pra ela, teve dificuldade e eu falei “a gente tem que fazer alguma coisa diferente, vamos gritar, vamos vibrar, vamos tirar porque é nosso único momento aqui, os últimos pontos que a gente vai viver”. Espero viver novamente, mas é único, é um momento único então tem que vibrar, tem que comemorar, tem que viver, tem que sentir e deu certo”, disse Duda.

    Isaquias Queiroz é prata na canoagem velocidade e chega a cinco medalhas olímpicas

    Depois da disputa do C2 500m, Isaquias Queiroz prometeu levantar a cabeça e representar bem, em sua última prova nessa edição dos Jogos Olímpicos, todo o time de Lagoa Santa. E ele conseguiu. Com a cabeça em pé, o peito inflado e muita força nos braços, o maior atleta da história da canoagem velocidade do Brasil conquistou a sua quinta medalha olímpica, a prata no C1 1000m em Paris 2024. O brasileiro cruzou a linha de chegada com o tempo de 3:44:33, sendo superado apenas pelo tcheco Martin Fuksa, ouro, com 3:43:16. Serghei Tarnovschi, da Moldávia, fechou o pódio (3:44:68).

    Isaquias se coloca assim ao lado de Robert Scheidt e Torben Grael na segunda colocação na lista de atletas brasileiros com mais medalhas olímpicas, com cinco. Eles estão atrás apenas de Rebeca Andrade que, com as quatro conquistadas nessa edição de Jogos Olímpicos, chegou a seis láureas. Além da prata em Paris, Isaquias tem ouro no C1 1000m em Tóquio 2020, prata no C1 1000m e no C2 500m na Rio 2016 e bronze no C1 200m também nos Jogos do Brasil. O sonho de ultrapassar os dois ídolos da Vela na lista ainda está de pé.

    “No finalzinho da prova eu lembrei que meu filho pediu a medalha de ouro. A de ouro não deu, mas fico feliz de poder subir ao pódio e agora vou entregar essa medalha para ele. Esse é o meu presente para todo mundo do Brasil. Muito obrigado por acreditar em mim. Sou muito grato a todos pelo reconhecimento. Hoje o Brasil inteiro sabe o que é a canoagem de velocidade. Temos que mostrar o resultado para quem investe na gente. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) tem nos ajudado ao longo dos anos. Então tive que sair com a medalha para ajudar o Time Brasil”, declarou Isaquias.

    Alison dos Santos se supera e conquista bronze nos 400m com barreiras em Paris 2024

    Mais uma medalha para a coleção! O brasileiro Alison dos Santos, o “Piu”, conquistou a medalha de bronze na final dos 400m com barreiras nesta sexta-feira, 9, nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Com tempo de 47s26, ele ficou em terceiro para repetir o desempenho em Tóquio 2020, garantindo sua segunda medalha olímpica de bronze na carreira.

    Campeão olímpico, o americano Rai Benjamin foi o único a correr abaixo dos 47s no Stade de France, fechando em 46s46. O noruegês Kasper Warholm ficou com a prata, com 47s06, apenas 0s2 à frente de Alison. Na prática, foi um pódio muito similar ao de Tóquio, com Piu em terceiro e as duas primeiras posições invertidas.

    “Foi mágico poder entrar num estádio lotado e ter aquela energia de todo mundo gritando. Todo mundo estava competindo, obviamente, tinha um francês na nossa prova, mas eles estavam vibrando, eles queriam ver algo bonito e acho que a gente conseguiu entregar isso. A gente poder ter uma rivalidade muito amigável que a gente tem entre todos os atletas que estão correndo agora, porque a gente sabe que a gente não pode dar bobeira, tem que correr muito rápido. Estar conseguindo a medalha, tem que correr muito rápido pra estar no pódio e conseguir chegar aqui mais uma vez é maravilhoso, é mágico pra gente. Estou muito orgulhoso disso e agora só quero aproveitar e dividir essa conquista com todo mundo”, disse Alison.

    Alison havia se classificado à final com um “susto”. Terceiro em sua bateria eliminatória na semifinal, o campeão mundial em Eugene 2022 precisou esperar os resultados dos rivais para confirmar que se classificaria à decisão em Paris pelo tempo. Com 47s05, ele se classificou com a quarta melhor marca geral.