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Nesta quinta feira, as redes sociais da Fórmula 1 divulgaram de forma oficial como será o traçado do circuito em Jedá, que sediará o GP da Arábia Saudita em dezembro.

A pista de rua tem comprimento de 6.135 metros, 27 curvas e largura entre 10 e 15 metros ao longo da volta, além de média de velocidade de 250km/h – a pista de rua mais rápida na história da categoria.

POUCO ESPAÇO PRA DISPUTAS

A natureza do traçado pouco, ou nada lembra a de um circuito de rua. A sequência de curvas a esquerda e a direita em média e alta velocidade dão a sensação de uma versão “2.0” de Hanói, que sediaria o GP do Vietnã em 2020. Considerando os níveis de pressão aerodinâmica e turbulência que os carros da F1 atuais geram, poucas são as expectativas para uma grande corrida.

Deverá impor um bom desafio de perícia e concentração aos pilotos pelo risco iminente de acidentes mas enorme dificuldade de perseguição para os carros na pista – na prática, o único ponto de ultrapassagens é o no final da reta dos boxes. Alguns pilotos mais inventivos poderão arriscar também na última curva do travado, embora seja menos provável.

A resistência – bastante plausível – dos fãs da categoria à uma corrida na Arábia, pelos crimes contra os direitos humanos no país, é outro fator que acaba incitando ainda menos simpatia a pista.

Vale lembrar ainda que o circuito fará parte da trinca de encerramento do calendário, onde a chance de uma decisão para o título mundial é enorme – antes do GP, marcado para 05/12, teremos a Austrália, em 23/11 e logo depois a finalíssima em Abu Dhabi, 12/12.

Considerando a natureza de corridas monótonas em Melbourne e Yas Marina, a preocupação em um anticlímax para um campeonato que promete ser o mais equilibrado entre forças na era híbrida é bastante grande. A influência saudita na F1 está ai. Resta saber se teremos um espetáculo a altura do que é a categoria. Não parece ser o caso.

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