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O mercado do coworking, que se popularizou em todo o mundo e no Brasil, continua como uma tendência atraindo o interesse de profissionais das mais diversas áreas, incluindo a da saúde, por ser um modelo considerado econômico e conveniente para o desenvolvimento de atividades. De acordo com o mais recente estudo Coworking Space Global Market Report 2021: Covid-19 Growth and Change to 2030, da Research and Markets, um dos maiores escritórios de pesquisas de mercado do mundo, o segmento consolidou-se e se encontra em uma trajetória ascendente, mesmo sob os efeitos da pandemia, de modo que deve crescer 12% de 2021 até 2025, passando dos US$ 8,14 bilhões para US$ 13,03 bilhões de faturamento.

No país, segundo o Censo Coworking Brasil, houve aumento de 25% de escritórios compartilhados conhecidos no mercado em 2019, se comparado ao ano anterior, um salto de 1.194 para 1.497 estabelecimentos registrados. Este número é 650% maior em comparação a 2015, ano de início do levantamento. Já os dados do primeiro Censo ANCEV (Associação Nacional dos Coworkings e Escritórios Virtuais) 2021, realizado pela Painel Pesquisas e Consultoria, apontam que existem no Brasil 1.647 coworkings localizados nas 100 maiores cidades do País.

Os dados mostram que os espaços ou escritórios compartilhados conquistaram seu mercado e devem continuar crescendo nos próximos anos. Desenvolvidos para atender variados tipos de profissionais e empresas, os espaços de coworking têm atraído também profissionais da saúde, como dentistas, nutrólogos, nutricionistas e otorrinos, que descobriram os benefícios do modelo de consultórios compartilhados.

Ao mesmo tempo, empreendedores que acompanham este movimento investem na abertura de espaços voltados exclusivamente aos profissionais da área, como a OPT.DOC, coworking de saúde, que decidiu expandir sua operação com apoio de investidores, e está aplicando R$ 20 milhões na compra de dois novos imóveis em São Paulo e na abertura de novas salas e consultórios no espaço que já possui na capital.

“Os investimentos estão em sintonia com o desempenho positivo alcançado no nosso primeiro ano de atuação em compartilhamento de consultórios”, conta Patrícia Del Gaizo Maia, sócia fundadora da OPT.DOC. Ela destaca que os novos empreendimentos e salas permitirão que a startup cresça e amplie o número de usuários em seus espaços, que hoje, já atendem mais de 300 profissionais. “Profissionais das diversas áreas de atuação, especialmente os da saúde, passaram a entender que o coworking é uma opção mais inteligente e adequada ao perfil atual do mundo do trabalho e da economia”.

A adoção de um modelo mais flexível, que permite a troca dos custos fixos, por variáveis; o fato de dispensar as preocupações com as burocracias e a gestão de um consultório próprio; a possibilidade de contar com equipes treinadas e com um ambiente de networking; a disponibilidade de uma central de exames e a possibilidade de ter acesso a equipamentos de ponta com custo zero de investimento estão entre os fatores que estão levando empresas e profissionais da saúde a migrarem para o modelo de coworking.

Um dos profissionais da área de saúde que resolveu adotar o coworking é o dentista Heleno de Moraes, de São Paulo, especialista em prótese. Ele conta que teve um consultório tradicional há 30 anos e hoje nem pensa em deixar o coworking. “Há um ano e meio decidi mudar para um coworking, pois ele dá acesso a todos os aparelhos de última geração, além de equipamentos auxiliares e tudo o que é necessário para a realização do trabalho, sem ter que me preocupar com a demanda que um consultório tradicional exige. No coworking encontrei todas as vantagens de um grande consultório, a um custo pequeno”, relata.

Assim, como Heleno, a ortodontista Adriana Vallone, que também resolveu adotar o coworking de saúde, vê muitas vantagens nessa nova maneira de atender os seus pacientes. “No coworking temos acesso a aparelhos de alta tecnologia que nem sempre conseguimos ter em um consultório particular. Além disso, o ambiente é agradável e você convive com profissionais de áreas diferentes, o que possibilita o networking. Por exemplo, um dentista de outra área pode indicar um paciente, e há muita troca de informações. Tudo enriquece, além do custo ser financeiramente mais viável”.

Outros profissionais como Elisa Cruz, cuja especialidade é a harmonização orofacial, descobriu no coworking uma praticidade não encontrada nos consultórios tradicionais. “O estilo coworking de se trabalhar é interessante porque o uso é sob demanda, e ainda podemos contar com uma estrutura impecável e a possibilidade de networking com outros colegas. É incrível ter tecnologia extrema em equipamentos, laboratório de prótese e uma equipe treinada. E ainda podemos contar com pequenas facilidades que fazem toda a diferença no dia a dia, como manobrista e restaurante”, destaca.