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Em 2022, a produção de notebooks deve se manter em alta, em um número próximo ao registrado em 2021 (6,7 milhões). A projeção é da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), que revela que a indústria vem em uma crescente: em 2020, o faturamento com produtos de informática foi de R$ 34,83 bilhões, número que passou para R$ 47,24 bilhões no ano seguinte – uma alta de 36%.

Em 2019, ano pré-pandemia, o setor entregou 4,12 milhões de notebooks ao mercado nacional, segundo a Abinee. Em 2020, ano marcado pela chegada da pandemia de Covid-19 ao país, o número subiu para 5,02 milhões, um acréscimo de 22%.

Em 2021, foram vendidos 1,8 milhões de notebooks no Brasil apenas entre julho e setembro, conforme dados da consultoria IDC, referentes ao terceiro trimestre. A alta foi de 43% em relação a igual período do ano anterior.

Luiz Eduardo Marinho Pacheco, CEO da Kilobyte, observa que, mesmo passada a fase mais crítica da crise sanitária, com o avanço da vacinação e com a queda da adesão ao teletrabalho e às aulas remotas, a produção de notebooks no Brasil se estabilizou em alta, com projeções positivas para 2022. 

“A crise sanitária provocou mudanças drásticas no comportamento e no hábito das pessoas. Por conta disso, termos como ‘vida figital’ – fusão das palavras física e digital – e omnichannel ganharam um real significado para empresas”, afirma.

Pacheco destaca que grande parte dos profissionais brasileiros foram obrigados a levar trabalho para casa, assim como reuniões e festas. Quando isto ocorreu, foi necessário criar maneiras de levar a mesma experiência que se teria no escritório ou faculdade para o ambiente doméstico – e então houve um grande crescimento na venda de eletrônicos como notebooks, televisores e smartphones.

“Um notebook antigo, por exemplo, até ajuda na hora de terminar um relatório em casa, mas, definitivamente, não seria possível levar todo o trabalho para a modalidade de home-office sem uma atualização”, acrescenta.

Esta mudança, prossegue, abriu novos horizontes para o entendimento de como podemos juntar nossas vidas físicas e digitais sem abrir mão da produtividade em nossas tarefas do dia a dia. “Acreditamos que o cenário de produção de notebooks e outros eletrônicos que ajudam na conexão estarão em alta pelos próximos anos – o que é ótimo não apenas para os consumidores, mas para o país como um todo, pois o fenômeno favorece a formação de vagas de trabalho”.

De fato, a indústria eletroeletrônica gerou mais oportunidades de trabalho durante a crise sanitária. Em 2019, havia 234,5 mil empregos diretos, número que passou para 247,3 mil em 2020 e fechou o ano de 2021 na casa de 266 mil, segundo a Abinee.

Personalização é o caminho

Na visão do CEO da Kilobyte, a indústria eletrônica deve investir em processos de personalização e de melhoria contínua a fim de reverter uma possível queda de interesse na compra diante do novo cenário. “A criação de novos modelos para nichos específicos é o melhor caminho para aumentar o interesse do público, já que um notebook para estudar é diferente de um notebook para arquiteto”.

Um exemplo disso é que hoje as melhores opções de notebooks para arquiteto, editores de vídeo e modelagem 3D são, na verdade, notebooks gamers, que possuem muitas luzes e design chamativo – que não é o ideal para quem trabalha com algo do tipo. “Algumas necessidades de notebook para trabalho são similares às de notebooks para diversão, mas deve ir muito além de processador e placa de vídeo dedicada”. 

Para concluir, Pacheco destaca que as marcas devem se preocupar em oferecer o notebook de melhor custo-benefício para cada profissão e tipo de uso.

“As empresas do setor precisam manter o foco em entregar o melhor possível dentro de configurações específicas, para que haja o melhor retorno para o investimento na compra de aparelhos eletrônicos”, pontua. “Em resumo, é preciso pensar no usuário para produzir o que ele realmente quer e precisa e, assim, continuar presente em sua vida”, finaliza.

Para mais informações, basta acessar: https://kilobyte.com.br/