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Curitiba – Paraná 29/9/2021 – É normal ocorrer espirros e coriza, esses tipos de reações são sintomas comuns a todas as pessoas quando entram em contato com alguns alérgenos. A rinite alérgica pode ser uma rinite crônica, mas nem toda rinite crônica é necessariamente uma rinite alérgica

Em 22 de setembro se iniciou a primavera. Com a chegada da estação das flores aumentam os casos de rinite alérgica. Cerca de 10% a 25% das pessoas sofrem de rinite alérgica, revela o Dr. Fábio Martinelli, otorrinolaringologista do Hospital VITA. A rinite é uma doença inflamatória das mucosas do nariz, que pode ser alérgica ou não alérgica. Muitas pessoas confundem com resfriados e gripes, já que os sintomas são parecidos.

O especialista conta que uma das funções do nariz é a proteção inicial contra substâncias tóxicas e irritantes (alérgenos) que são inaladas. Existe um complexo mecanismo de defesa para impedir que essas substâncias alcancem os pulmões. “É normal ocorrer espirros e coriza, esses tipos de reações são sintomas comuns a todas as pessoas quando entram em contato com alguns alérgenos. Porém, em alguns casos, essa reação é exagerada e duradoura, caracterizando a rinite alérgica”, explica o Dr. Martinelli.

Segundo o médico, a rinite alérgica é uma forma de rinite crônica, pois não ela não tem cura, diferente de uma rinite aguda causada por um resfriado comum, por exemplo. “Nem toda rinite crônica é necessariamente uma rinite alérgica, já que ela pode ser causada por outros fatores”, acrescenta o otorrinolaringologista.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 35% dos brasileiros possuem algum tipo de alergia, sendo que grande parte das pessoas sofrem com a chegada da primavera. “O problema é sazonal, também chamado de primaveril, é causado por alergia ao pólen e mais frequente em regiões onde as estações do ano são bem definidas, como, por exemplo, nas regiões sul e central do Brasil. A rinite alérgica pode se agravar também com o tempo seco e a poluição das cidades”, destaca o Dr. Martinelli.

O especialista revela que a rinite alérgica tem características hereditárias. Mesmo que nenhum dos pais apresente o distúrbio, o problema pode se manifestar. Além disso, a rinite não necessariamente surge desde o nascimento. “É possível a pessoa tornar-se sensível a uma substância que antes era tolerada. Isso significa que podemos conviver com determinada substância por muitos anos e vir a desenvolver sintomas apenas anos depois, enfatiza o Dr. Martinelli.

Dentre os principais gatilhos para a rinite alérgica destacam-se os ácaros existentes na poeira doméstica, pelos de animais, fungos, descamação de pele, mofo, perfume, alguns alimentos, medicamentos, bactérias, vírus, mudanças bruscas de temperatura e pólen.

Em geral, é recomendado a quem tem rinite manter os ambientes arejados, abertos, para evitar o acúmulo de alérgenos, como poeira e ácaros. “Porém, no caso dos que são alérgicos especificamente ao pólen, a indicação é oposta. Deve-se fechar as janelas e portas e usar mais o ar-condicionado, pois ele filtra o pólen”, observa o especialista.

Diagnóstico

Para diferenciar a rinite alérgica dos outros tipos de rinite é necessário levantar a história do paciente e fazer uma avaliação clínica detalhada das vias aéreas. Exames como endoscopia rinossinusal, raios X e tomografia, podem auxiliar o processo. “Ao diagnosticar que se trata de rinite alérgica, o próximo passo é identificar as substâncias que causam a alergia para que seja evitado o contato com elas”, ressalta Dr. Martinelli.

Prevenção e tratamento

A rinite alérgica não tem cura, mas é possível controlá-la e evitar as complicações da rinite crônica com algumas medidas que podem ajudar na prevenção das alergias comuns durante a primavera, reduzindo a exposição da pessoa aos alérgenos.

Dicas para prevenir a rinite alérgica:

Evitar o acúmulo de poeira, mofo e contato com pelos de animais, insetos e ácaros;

Manter as janelas de casa e carro fechadas, para que o pólen não circule no ar;

Ventilar a casa nas primeiras horas da tarde, quando os índices de pólen são mais baixos;

Lavar o nariz com soro fisiológico, pelo menos, uma vez ao dia;

Evitar frequentar jardins ou locais com muito vento, flores e árvores;

Usar capas impermeáveis para forrar almofadas, colchões e travesseiros;

Trocar carpetes por piso liso e tapetes comuns por tapetes de material antialérgico, que não acumulam pó e podem ser lavados facilmente;

Fazer a limpeza da casa pelo menos uma vez por semana e utilizar pano úmido e aspirador de pó em vez de vassoura e espanador;

Reduzir o número de objetos que acumulam poeira, como bichos de pelúcia, itens de decoração e almofadas, especialmente no quarto da pessoa alérgica;

Lavar e trocar a roupa de cama pelo menos uma vez por semana;

Secar as roupas no sol para eliminar microrganismos (ácaros) que podem se acumular no tecido.

Além dos métodos de prevenção, existem medicamentos via oral e nasal que auxiliam no tratamento da rinite alérgica.

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